Composiçao Da Biblia [PDF]

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Zitiervorschau

RESPOSTAS: (3) A COMPOSIÇÃO DA BÍBLIA 1. Como surgiu a designação de "Bíblia" ? Em nenhum lado da Bíblia consta que a mesma assim se deva intitular. Porque a palavra "Bíblia" significa "livro" ou "livros", passou a ser utilizada para designar o conjunto dos livros que constituem as Sagradas Escrituras. Além disso, a uma folha de papiro os gregos chamavam "biblos" e a um rolo pequeno de papiro chamavam "biblon", cujo plural é "bíblia". Todavia, já na época do Senhor Jesus Cristo, a Bíblia distinguia-se dos demais livros, designando-se por Escrituras (Mateus 21:42), Santas Escrituras(Romanos 01:02), Livro do Senhor (Isaías 34:16) e Palavra de Deus (Marcos 07:13 e Hebreus 04:12).

2. Qual a composição e estrutura da Bíblia ? A Bíblia é composta por 66 livros (39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento). Os 66 Livros não estão sequenciados em ordem cronológica, mas sim de forma temática: Antigo Testamento Lei 5 livros (Gênesis a Deuteronômio), também chamados de Pentateuco. História 12 livros (de Josué a Ester), com a narração da história do Povo de Israel;

Poesia

5 livros (de Jó a Cantares de Salomão); Profecia 17 livros, subdividos em "profetas maiores" e "profetas menores" (esta designação versa unic’amente sobre o tamanho dos livros e não sobre a importância dos profetas). Novo Testamento Evangelhos 4 livros (Mateus, Marcos, Lucas e João), que descrevem a biografia de Jesus Cristo História 1 livro (Actos), que narra a história da Igreja do I século. Doutrina 21 livros (ou epístolas): cartas a Igrejas ou a pessoas. Profecia 1 livro (Apocalipse). 3. O que são os livros apócrifos ? Os livros apócrifos são aqueles que, embora a religião Católica Romana os aceite como pertencendo ao cânone bíblico, não podem ser considerados como pertencentes à Bíblia, por serem contraditórios ou e origem duvidosa. A religião Católica Romana aprovou os apócrifos em 8 de abril de 1546 para combater a Reforma protestante. Nessa época, os protestantes opunham-se

violentamente às doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras, etc. A palavra apócrifo significa precisamenteoculto, e foi o termo inicialmente utilizado por certas seitas a respeito de livros seus, que eram guardados para seu próprio uso. Livros apócrifos do Antigo Testamento Estes livros não faziam parte do cânone hebraico, mas eram aceites pelos judeus de Alexandria que liam o grego. Alguns deles são citados no Talmude. III Esdras Relata factos históricos desde o tempo de Josias até Esdras, sendo a maior parte da matéria tirada dos livros das Crônicas, de Esdras, e de Neemias. Foi escrito no século I aC. IV Esdras Série de visões e profecias, especialmente apocalípticas, que alegadamente Esdras terá anunciado. Tobias É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael. Apresenta a justificação pelas obras (4.7-11;12.8), a mediação dos santos (12.12), superstições (6.5, 7.9,19) e um anjo engana Tobias e o ensina a mentir (5.16-19). Judite História da libertação de judeus do

poder do general persa Holofernes, realçando a coragem da heroína Judite, viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando-o. Grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios. Ester Capítulos adicionados ao livro canónico de Ester, do século II aC. Sabedoria Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo ( filosofia grega na era cristã). Apresenta o corpo como prisão da alma (9.15), a doutrina sobre a origem e o destino da alma (8.19 e 20) e a salvação pela sabedoria (9.19), todas contrárias à Bíblia. Eclesiástico Ou "Sabedoria de Jesus, filho de Siraque". Colecção de ditados prudentes e judiciosos, semelhante ao livro dos Provérbios. Apresenta, todavia, a justificação pelas obras (3.33,34), o trato cruel aos escravos (33.26 e 30; 42.1 e 5) e incentiva o ódio aos samaritanos (50.27, 28) Baruque Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus aquando da destruição de Jerusalém. Mas é de data muito posterior, quando da segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo. Tem, entre outras

doutrinas, a intercessão pelos mortos (3.4) II Daniel Aditamento ao livro de Daniel, com "cântico dos três jovens"(o cântico dos três jovens na fornalha), "história de Susana"(representando Daniel como justo juiz, em que segundo esta lenda, Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseados em falsos testemunhos), "Bel e Dragão" (conta histórias sobre a necessidade da idolatria). Manassés Oração de Manassés, rei de Judá, no seu cativeiro da Babilónia. I Macabeus Descreve a história de três irmãos da família “Macabeus”, que no chamado período interbíblico (400aC.-3dC) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e da sua terra. II Macabeus Não é a continuação de I Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu. Apresenta a oração pelos mortos; culto e missa pelos mortos; intercessão pelos santos e o próprio autor não se julga inspirado. III História fictícia de 217aC, enunciando Macabeus as relações do rei egípcio Ptolomeu IV, com os judeus da Palestina e Alexandria. IV Ensaio homilético, feito por um judeu

Macabeus

de Alexandria, conhecedor da escola estóica sobre II Macabeus. Livros dos Ou "Pequeno Génesis", tratando de Jubileus particularidades do Génesis duma forma imaginária e legendária, escrito por um fariseu entre os anos de 135 e 105 a.C. Testamento Livro de modelo de ensino moral. dos 12 Patriarcas Oráculos Descrições poéticas das condições Sibilinos passadas e futuras dos judeus. Livros apócrifos do Novo Testamento Sob este nome são algumas vezes reunidos vários escritos cristãos de data primitiva, que pretendem dar novas informações acerca de Jesus Cristo e seus apóstolos, ou novas instruções sobre a natureza do Cristianismo em nome dos primeiros cristãos. Eis a lista desses livros: "Evangelhos" Evangelho segundo os Hebreus; Evangelho dos Egípcios; Evangelho dos Ebionitas; Evangelho de Pedro; Protoevangelho de Tiago; Evangelho de Tomé; Evangelho de Filipe; Evangelho de Bartomeu; Evangelho de Nicodemos; Evangelho de Gamaliel; Evangelho da Verdade Epístolas I Clemente,

As Sete Epístolas de Inácio; Aos Magnésios; Aos Trálios, Aos Filadélfios, Aos Esmirnenses e a Policarpo; A Epístola de Policarpo A Epístola de Barnabé Actos Actos de Paulo; Actos de Pedro; Actos de João; Actos de André; Actos de Tomé. Apocalipses Apocalipse de Pedro; Pastor de Hermas; Apocalipse de Paulo; Apocalipse de Tomé; Apocalipse de Estêvão 4. Observação sobre os livros apócrifos Os chamados livros apócrifos não devem ser considerados como bíblicos por várias razões: 4.1. Tais livros nunca foram reconhecidos pelos judeus e esse facto é fundamental, considerando a doutrina de Romanos 3:2. Os Judeus perceberam que a inspiração profética terminara com Esdras. Esta é a conclusão a que chegamos através das palavras de Flávio Josefo: «Desde Artaxerxes até os nossos dias, escreveram-se vários livros; mas não os consideramos dignos de confiança idêntica aos livros que os precederam, porque se interrompeu a sucessão dos profetas. Esta é a prova do respeito que temos pelas nossas Escrituras. Ainda que um grande intervalo nos separe do tempo em que elas

foram encerradas, ninguém se atreveu a juntar-lhes ou tirar-lhes uma única sílaba; desde o dia de seu nascimento, todos os judeus são compelidos, como por instinto, a considerar as Escrituras como o próprio ensinamento de Deus, e a ser-lhes fiéis, e, se tal for necessário, dar alegremente a sua vida por elas» (Discurso Contra Ápion, capítulo primeiro, oitavo parágrafo). 4.2. Nesses livros há muitos ensinos falsos, em contradição com os livros canónicos. Exemplos: 







Justificação pelas obras Em Eclesiástico 3:33 e Tobias 4:7-11 defendese a justificação (salvação) pelas obras, o que é negado por Efésios 2:8,9. Em Tobias 12:8,9 ensina-se que as ofertas caridosas podem expiar o pecado, mas lemos em I Pedro 1:18,19 que não é com coisas corruptíveis, como prata ou ouro que somos salvos, mas pelo precioso sangue de Cristo. Mediação dos santos Em Tobias 12:12 narra-se a mediação dos santos, doutrina que é completamente repudiada na Bíblia. Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo Homem (I Timóteo 2:5). Ele disse: "Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim" (S.João 14:6). Oração pelos mortos Em II Macabeus 12:44-46 doutrina-se a oração pelos mortos, o que a Bíblia não admite (cfr. Hebreus 9:27 e S.João 3:18,36). Superstições e feitiçarias







Em Tobias 6:5-8 promove-se o ensino da arte mágica. Porém, coração de um peixe não possui poder mágico e sobrenatural para espantar "toda a espécie de demónios". Satanás não pode ser expulso por algum truque (cfr. Marcos 16:17 e Actos 16:18) Pedido de desculpas Em II Macabeus 15:38,39, o autor do livro pede desculpas, algo que é completamente inaceitável perante o texto bíblico inspirado por Deus (cfr. II Pedro 1:20,21) ! Ensino do Purgatório A Religião Católica baseia a sua crença no purgatório, particularmente devido ao livro de Sabedoria 3:1-4. Porém, esse ensino aniquila completamente a expiação feita pelo Senhor Jesus. Se o pecado pudesse ser extinguido pelo fogo do purgatório, não tínhamos necessidade de Cristo, nem Ele tinha tido a necessidade de morrer na Cruz do Calvário (I João 1:7). Relatos impossíveis. Os apócrifos do Novo Testamento não constituem nenhum problema, porque são rejeitados por todas as igrejas cristãs, face à fragilidade desses escritos. Basta citar o exemplo do "Evangelho" de São Tomás: «Jesus atravessava uma aldeia e um menino que passava correndo, esbarra-lhe no ombro. Jesus irritado, disse: não continuarás tua carreira. Imediatamente, o menino caiu morto. Seus pais correram a falar a José; este repreende a Jesus que castiga os reclamantes com terrível

cegueira». Este relato, que não se coaduna com a sublimidade dos ensinos de Cristo, é suficiente para provar que este evangelho é espúrio. 4.3. O Senhor Jesus citou, por diversas vezes, as Escrituras do Antigo Testamento, porém, nunca citou qualquer texto dos chamados livros apócrifos. Vejamos alguns exemplos das citações que Jesus fez no Velho Testamento. Cfr., as seguintes citações do Antigo Testamento, constantes em Lucas 24:27 e 44; Mateus 4:4; Mateus 4:7; Mateus 4:10; Mateus 19:4-5; Lucas 17:26-29; Mateus 12:40; Marcos 12:36 e João 5:46-47.