Ae Teste3 8 Ano [PDF]

  • 0 0 0
  • Gefällt Ihnen dieses papier und der download? Sie können Ihre eigene PDF-Datei in wenigen Minuten kostenlos online veröffentlichen! Anmelden
Datei wird geladen, bitte warten...
Zitiervorschau

Conto contigo 8

Grupo I

Vais observar uma curta-metragem com o título Estória do gato e da lua, do realizador Pedro Serrazina. Se achares necessário, visiona-o uma segunda vez.

1. Identifica as afirmações verdadeiras como (V) ou falsas (F), tendo em conta o vídeo. 1.1. No princípio, o gato não apreciava particularmente a imensidão da noite. 1.2. Depois, surgiu uma gata preta que mudou totalmente a sua vida. 1.3. A certa altura, o gato percorreu mares e oceanos à procura da sua amada, mas sem sucesso. 1.4. Desesperado, o gato decidiu arranjar um barco para agradar à sua apaixonada. 1.5. Os outros gatos dos telhados apoiaram-no na resolução do seu problema amoroso. 1.6. O gato sentia-se feliz, saltando pelos quintais, porque finalmente conseguiu um encontro com ela. 1.7. O tempo passou e o gato acabou por desistir de cativar a sua amada. 1.8. Certa noite, a lua veio ao encontro do bicho e lá partiram.

2. Seleciona um dos subtítulos para a história que acabaste de ouvir e justifica a tua opção a partir da curta-metragem. (A) Um conto sobre alguém que tentou realizar o seu sonho. (B) Um conto sobre um amor impossível. (C) Um conto sobre o fascínio da noite. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________

1

Conto contigo 8

Leitura e Educação Literária

Grupo II Texto A Lê, com atenção, o texto. Qual é a origem dos nossos peludinhos ronronantes? A história do gato doméstico tem despoletado, em particular nos últimos anos, estudos que se debruçaram sobre o tema e nos permitiram conhecer melhor a origem destes pequenos felinos, bem como a sua história desde os primeiros passos junto aos 5

seres humanos até ao domínio (propositadamente sem aspas) das nossas casas. Uma das primeiras questões que nos surgem quando pensamos na domesticação do gato é: porque motivo os domesticamos? Aparentemente, os gatos são os únicos animais que domesticamos sem termos uma razão explicita para o fazermos. Se verificarmos a história da nossa civilização, vemos que o ser humano domesticou

10

vários animais para deles retirar benefícios essenciais à sua sobrevivência, fosse através do trabalho, da carne, do leite ou da lã. E fê-lo com animais que, em modo selvagem, já viviam em grupos com hierarquias bem definidas, uma estrutura que o ser humano aproveitou para chamar a si o estatuto de indivíduo alfa e controlar esses grupos. Ora, os gatos não contribuem para a sobrevivência do ser humano de nenhuma

15

dessas formas e, excetuando os leões, os felinos selvagens também não vivem em grupos hierárquicos nem respondem perante qualquer alfa – na verdade, os gatos não são propensos a obedecer ou a seguir ordens. Então, qual foi o nosso interesse inicial em domesticar os gatos? E será que nós realmente os domesticamos? [...]

20

Anteriormente acreditava-se que a origem dos nossos gatos seria africana, como uma adaptação evolutiva do gato selvagem africano (Felis silvestris cafra) e que o povo egípcio teria sido o primeiro a domesticá-lo. Porém, e como vamos ver de seguida, vestígios da presença de gatos noutras partes do globo e em datas anteriores aos achados egípcios (cerca de 4 mil anos atrás) vieram “reescrever a história”.

25

Em 1983, no Chipre, arqueólogos descobriram uma mandíbula de gato datada de há 8 mil anos atrás. Dadas as incríveis semelhanças entre os esqueletos dos gatos domesticados e dos gatos selvagens, era difícil afirmar se os achados arqueológicos diziam respeito a um ou a outro.

2

Conto contigo 8

No entanto, também é pouco provável que alguém tivesse decidido levar gatos 30

selvagens para a ilha, como referiu Desmond Morris no seu livro Catwatching: “um felino selvagem em pânico, a bufar e a arranhar seria o último companheiro de viagem que a tripulação quereria ter a bordo”. Então, é plausível que esses gatos já estivessem de alguma forma domesticados e habituados à presença humana. A prova de domesticação mais convincente seria descoberta em 2004, também

35

no Chipre. Jean-Denis Vigne, do Museu Nacional de História Natural de Paris, e a sua equipa, desenterraram um túmulo onde estavam sepultados, lado a lado, um ser humano de sexo desconhecido e um gato de cerca de 8 meses. Ambos os corpos se encontravam sepultados na mesma direção (oeste). Mais surpreendente foi a datação desses restos mortais: 9500 anos, ainda mais antigo do que a descoberta de 1983.

40

Uma vez que os gatos não são nativos das ilhas Mediterrâneas e, portanto, tiveram mesmo de ser transportados de barco, bem como o enterro de um ser humano e um gato lado a lado no mesmo túmulo, forneceram fortes evidências em como, nessa altura, as pessoas já tinham alguma relação especial e/ou intencional com os gatos. Em junho de 2007, num estudo baseado em análises genéticas e publicado na

45

revista Science, os autores do mesmo afirmaram que os gatos domésticos tiveram todos origem nos gatos selvagens do Médio Oriente (Felis silvestris lybica), num processo que especulam ter começado há 12 mil anos atrás – quase 3 mil anos antes da datação do gato encontrado sepultado com o “dono” no Chipre. A data coincide com o a expansão das primeiras sociedades agrícolas no Crescente Fértil do Médio Oriente,

50

o que nos leva ao (provável) motivo pelo qual seres humanos e gatos deram início a esta jornada juntos. https://www.mundodosanimais.pt/gatos/historia-domesticacao-do-gato/

1. Seleciona, em cada item (1.1. a 1.4.), a opção correta relativamente ao sentido do texto. 1.1. Ao longo do tempo, o ser humano domesticou vários animais, porque (A) pretendia viver em harmonia com eles. (B) sem eles não teria sobrevivido. (C) estes faziam parte de grupos hierarquizados que o homem integrou. (D) queria dominar os animais selvagens.

3

Conto contigo 8

1.2. Os gatos são diferentes dos outros animais, pois (A) não contribuíram, diretamente, ao longo do tempo, para a sobrevivência do homem. (B) vivem em grupos hierarquizados. (C) obedecem ao elemento alfa dentro do grupo. (D) o homem domesticou-o com o propósito de o integrar na sua vida. 1.3. A origem dos gatos data (A) de há 8 mil atrás. (B) de há 9500 mil anos atrás. (C) de há 12 mil anos atrás. (D) de há 10 mil anos atrás.

1.4. Uma das dificuldades dos arqueólogos em localizar, em termos geográficos, a origem dos gatos é (A) as descobertas de esqueletos de felinos em diferentes locais do globo. (B) as semelhanças entre os esqueletos dos gatos domesticados e as do gatos selvagens. (C) os problemas de datação dos vestígios descobertos no Crescente Fértil. (D) as especulações em redor das descobertas no Chile.

2. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

(A) os gatos domésticos tiveram origem nos gatos selvagens do Médio Oriente. (B) os gatos não são nativos das ilhas Mediterrâneas. (C) com as análises genéticas conseguiu-se datar, com mais rigor, a origem espaciotemporal dos gatos domésticos. (D) todos os felinos vivem em grupos hierarquizados bem definidos.

4

Conto contigo 8

3. Identifica o antecedente do pronome «que» na expressão «estudos que se debruçaram sobre o tema» (linha 3). _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

Grupo II Texto B Lê o excerto. Em torno era a primavera, o sonho de um poeta. O Gato Malhado teve vontade de dizer algo semelhante à Andorinha Sinhá. Sentou-se no chão, alisou os bigodes, apenas perguntou: –Tu não fugiste com os outros? 5

– Eu? Fugir? Não tenho medo de ti, os outros são todos uns covardes... Tu não me podes alcançar, não tens asas para voar, és um garanhão ainda mais tolo do que feio. E olha lá que és feio... – Feio, eu? O Gato Malhado riu, riso espantoso de quem se havia desacostumado de rir, e

10

desta vez até as árvores mais corajosas, como o Pau-Brasil – um gigante – estremeceram. “Ela o insultou e ele a vai matar”, pensou o velho Cão Dinamarquês. O Reverendo Papagaio – reverendo porque passara uns tempos no seminário onde aprendera a rezar e decorara frases em latim, o que lhe dava valiosa reputação de erudito – fechou os olhos para não testemunhar a tragédia. Por duas razões: por ser

15

emotivo, não lhe agradando ver sangue, menos ainda de andorinha tão formosa, e por não desejar servir como testemunha se o crime chegasse à justiça, massada sem tamanho, tendo de decidir entre dizer a verdade e arcar com as consequências da ira do Gato Malhado – processo por calúnia, umas bofetadas, o bico arrancado, quem sabe lá o quê – ou mentir e ficar com fama de covarde, de cúmplice do assassino. Situação

20

difícil, o melhor era não testemunhar. Em troca rezou pela alma da Andorinha Sinhá, ficando em paz com a sua consciência, uma chata cheia de exigências. A própria Andorinha Sinhá sentiu que exagerara e, por via das dúvidas, voou para um galho mais alto onde ficou bicando as penas num gesto de extrema faceirice. O Gato Malhado continuava a rir, apesar de se sentir um tanto ofendido. Não porque a Andorinha 5

Conto contigo 8

25

o houvesse tachado de mau e sim por tê-lo chamado de feio, e ele se achava lindo, uma beleza de gato. Elegante até. – Tu me achas feio? De verdade? – Feiíssimo... – reafirmou lá de longe a Andorinha. – Não acredito. Só uma criatura cega poderia me achar feio.

30

– Feio e convencido! A conversa não continuou porque os pais da Andorinha Sinhá, o amor pela filha superando o medo, chegaram voando, e a levaram consigo, ralhando com ela, pregando-lhe um sermão daqueles. Mas a Andorinha, enquanto a retiravam, ainda gritou para o Gato:

35

– Até logo, seu feio... Foi assim, com esse diálogo um pouco idiota, que começou toda a história do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá. Jorge Amado, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: Uma História de Amor, 7.ª edição, Publicações Europa-América, 1997

1. Demonstra como o insulto da Andorinha Sinhá ao Gato Malhado foi exagerado. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

2. Explica por que razão o Reverendo Papagaio não queria ser testemunha no caso do Gato matar a Andorinha Sinhá. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________

3. De entre as opções abaixo apresentadas, seleciona as que completam corretamente a afirmação. No 7.º parágrafo, o comportamento da Andorinha revela (A) não ter medo do Gato Malhado. (B) que tinha o desejo de ofender o Gato. (C) que considerava ter exagerado no insulto que fizera. (D) a sua pretensão de ofender o Gato. 6

Conto contigo 8

4. Explica a reação do Gato Malhado ao insulto da Andorinha. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________

5. Transcreve uma afirmação que permita comprovar que o narrador emite considerações sobre a história. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Grupo III Gramática 1. Identifica a função sintática dos constituintes destacados. a) “pensou o velho Cão Dinamarquês”. _______________________________ b) “não lhe agradando ver sangue”. ___________________________________ c) A Andorinha Sinhá voou para um galho mais alto. ____________________ d) A Andorinha acha o Gato feio e tolo. ________________________________

2. Classifica as orações. a) “porque passara uns tempos no seminário”. ___________________________ b) “onde aprendera a rezar”. _________________________________________ c) “apesar de se sentir um tanto ofendido”. ______________________________ d) “enquanto a retiravam”. ___________________________________________

3. Reescreve as frases substituindo os constituintes sublinhados por pronomes pessoais. a) A Andorinha Sinhá considerava o Gato mau e feio. ____________________________________________________________ b) Não agradava ao Reverendo Papagaio ver sangue. ____________________________________________________________ c) A Andorinha sentirá remorsos pelo que fez ao Gato. ____________________________________________________________ d) O narrador contou-nos uma bela história de amor. ____________________________________________________________ 7

Conto contigo 8

4. Identifica o tempo e modo das formas verbais presentes nas frases. a) O Gato Malhado tinha-se sentado no chão quando a Andorinha chegou. _____________________________________________________________

b) A Andorinha Sinhá sentiu que exagerara. _____________________________________________________________

c) É possível que o Gato ataque a Andorinha. _____________________________________________________________

Grupo IV Escrita Lê o texto seguinte. O Principal Sinal de Humanidade O principal sinal de humanidade é a maneira como os seres humanos tratam os animais. O ser realmente humano seria incapaz de tratar mal um animal. O ser realmente sensível e pensante, carinhoso por sentimento e prestável por sistema, teria a delicadeza da superioridade. Há de reparar-se que as pessoas e as civilizações mais brutas são as que mais maltratam os animais. É preciso um mínimo de humanidade para se ter pena dos bichos. Os bichos não são gente, mas não têm culpa de não ser. Nós temos. Por enquanto ainda tratamos os animais como os animais que somos. Tratamo-los como eles, caso mandassem nos seres humanos, nos tratariam a nós. Só que pior. Matamo-los, comemo-los, batemos-lhe, abandonamo-los. Tratamo-los como iguais porque ainda somos iguais a eles. Os animais tratam mal os animais diferentes deles. No dia em que formos superiores cuidaremos deles como deve ser. Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um min ́ imo de 150 e um máximo de 240 palavras, em que apresentes e defendas o teu ponto de vista sobre a forma como os seres humanos tratam os animais.

8

Conto contigo 8

O teu texto deve integrar: – a tua posição sobre o tema; – a apresentação de, pelo menos, duas razões que te permitam justificar essa mesma posição; – uma breve conclusão. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

Bom trabalho! 😊

9