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do
M aranhão
I nventário do P atrimônio A zulejar do M aranhão
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
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2004 - 2005 - 2006
São Luís-MA 2012
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GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO Roseana Sarney Murad SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA Olga Simão CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA, filho. Diretora Ceres Costa Fernandes ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO Presidente Joany de Jesus Araújo Reis Equipe Técnica Coordenação Geral da Pesquisa Margareth Gomes de Figueiredo Elaboração do Projeto para Finaciamento Fárida da Silva Carvalho Rocha Patrocínio Vale Elaboração de Projetos e Textos da Pesquisa Domingos de Jesus Costa Pereira – Especialista em Azulejaria Letícia de Maria Paixão Martins de Castro – Especialista em Azulejaria Valflor da Conceição Louzeiro Oliveira – Especialista em Azulejaria Margareth Gomes de Figueiredo – Arquiteta
Equipe de Estagiários Inventário 2004: Ana Carolina Leda da Costa - Arquitetura Camila Moraes Rêgo Rocha – Arquitetura Daniel Paixão Martins – Sistemas de Informação Jalila Eos Amate Amorim – Arquitetura Joseana Cristina Morais Anchieta – Arquitetura Keyla Cristine Barros da Costa – Arquitetura Raimundo Nonato Correa Filho – Arquitetura Inventário 2005: Caio José Martins Serra – Arquitetura Claudiceia Silva Mendes – Arquitetura Daniel Paixão Martins – Sistemas de Informação Gustavo Cordeiro Rodrigues – Arquitetura Gabriela Fiquene Pereira – História Jairid Leandro Martins Costa – Arquitetura Luisa Carvalho Venâncio – Arquitetura Inventário 2006: Amanda Moura Cruz – Arquitetura Ana Isabela Soares Martins – Arquitetura Daniel Paixão Martins – Sistemas de Informação Jairid Leandro Martins Costa – Arquitetura Jalila Eos Amate Amorim – Arquitetura Marco Aurélio Moraes Rego Rocha – Arquitetura Thayse Melo de Castro Santos – Arquitetura
Bibliotecária Lélia Edwiges Gomes dos Santos Supervisão de Informática Pablo Rodrigo de Castro e Lima Supervisão Técnica Jairid Leandro Martins Costa - Arquiteto
Lima, Zelinda Machado de Castro e: Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão/Zelinda Machado de Castro e Lima (Org.) – São Luís: Santa Marta, 2012 (510) p.. Il. ISBN 978-85-98274-35-5 1. Azulejos tradicionais – Inventário. 2. Cidades Históricas – Maranhão. I. Título
Diagramação: Adailton José Costa da Silva Jairid Leandro Martins Costa Fotografia Camila Aragão Gonçalves Camila Moraes Rego Rocha Daniel Lopes Luísa Carvalho Venâncio Margareth Gomes de Figueiredo Roberto Monteiro de Sousa Sobrinho
CDD 666.733.042 ( 812.1)
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Prefácio
Zelinda Machado de Castro e Lima*
F
oi com grande emoção que recebi a “boneca” do livro Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão, que reúne os registros de um projeto desenvolvido entre os anos de 2004, 2005 e 2006, sob minha
coordenação. O referido projeto promoveu uma pesquisa bibliográfica e de campo, realizada por equipe de técnicos e estagiários das áreas de Arquitetura e Tecnologia da Informação. Em parceria com o Instituto Federal Tecnológico do Maranhão – IFMA, e com a Universidade de São Carlos – SP, além do indispensável patrocínio da Vale, a Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa, Filho assumiu o desafio de promover o Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão, projeto desenvolvido em três etapas, a saber: Inventário dos Azulejos de São Luís, Inventário dos Azulejos da Ilha de São Luís e Inventário dos Azulejos das Cidades Históricas do Maranhão. Ao final de cada uma das etapas, foram lançados catálogos trazendo o relatório impresso e em CD dos principais dados coletados, além de fotos, mapas e cadastro de cada imóvel pesquisado. Fruto da parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), foi montado, no espaço do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, um laboratório de azulejaria. Este, com apoio da Fundação Ricardo Espirito Santo, passou a ser dinamizado por técnicos locais, capacitados em restauração, confecção e conservação de azulejos, passando por experiências de formação em Lisboa. Após terem concluído a formação em Portugal, contribuíram com sua técnica na restauração da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, em
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Salvador e na Igreja do Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro. Cumpre destacar a importância da participação dos moradores, comerciantes, estudantes, gente do povo que, com grande interesse e entusiasmo, acolheram as equipes de pesquisa, respondendo plenamente ao objetivo primordial de conscientização do valor do nosso patrimônio azulejar, fazendo compreender que os azulejos são, além de ladrilhos belos e valiosos, peças vivas de nossas raízes culturais, expressando um tempo histórico, um modo de viver e de fazer arte. Ainda na linha da conscientização, realizamos aquela que talvez seja a mais importante atividade de todo esse trabalho: o Projeto Educar para Preservar, ação desenvolvida junto a estudantes do ensino fundamental de escolas públicas estaduais, motivando-os a um contato efetivo e íntimo com nossa História e Patrimônio arquitetônico e cultural. O Projeto proporcionou visitas das crianças à oficina de azulejaria para conhecerem o processo de manufatura do azulejo, passeio a pé pelo Centro Histórico para apreciação do acervo a céu aberto e também daquele reunido no Museu de Artes Visuais do Estado. Em síntese: promoveu importante trabalho de formação das equipes pedagógicas dessas escolas, oferecendo subsídios aos educadores para o aprofundamento do tema em sala de aula. A experiência, em parte relatada nesse livro, é uma prova de que é possível envidar esforços em prol da preservação do nosso tão maltratado patrimônio histórico. A reunião de atores com diferentes talentos e capacidades, a vontade política de realizar e o profundo amor a nossa História foram, e permanecem sendo, o motor que impulsiona resultados. Resta-nos o desejo de apreciar esse trabalho sendo continuado de modo que muitas e muitas gerações possam ainda desfrutar o prazer de enlevar-se, em uma tarde quente da Upaon-açu, com a beleza de nossa azulejaria.
*Pesquisadora de Cultura popular, autora de diversos livros e estudos sobre temas da Cultura maranhense, tendo dirigido o Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, no período de 1997 a 2005.
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Apresentação Ceres Costa Fernandes*
N
este ano de 2012, todos os olhares estão voltados para São Luís do Maranhão. Não é para menos: a cidade completa 400 anos de sua fundação. E nada mais significativo a caracterizar a Cidade
Patrimônio Arquitetônico da Humanidade, a cidade dos sobradões de grossas paredes de pedra e fachadas recobertas de porcelana, que o símbolo maior de São Luís: o azulejo. Resultante de três anos de pesquisa, o Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão, desde o final de 2006, estava pronto para ser transformado em livro, aguardando o patrocínio para uma edição condigna. Esse inventário retrata na sua iconografia o mais rico patrimônio de azulejos de fachadas do Brasil. Registra, ainda, vários prédios, fachadas e interiores não mais existentes, possibilitando o cotejo com o que subsiste; o passado no presente, na tentativa de, conhecendo a beleza do primeiro, reacender o desejo da preservação do nosso patrimônio arquitetônico, agora não apenas nosso, mas de toda a Humanidade. A sensibilidade da Vale ao se incorporar preciosamente às homenagens à cidade no seu 4º Centenário permitiu esta edição. A publicação do levantamento do Patrimônio Azulejar do Maranhão é uma fonte de pesquisa e conhecimento, uma forma de lutar pela preservação de algo que, ao mesmo tempo em que embeleza o nosso cenário arquitetônico, é marcante na nossa História e indissociável da nossa identidade cultural.
*Diretora do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho
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SUMÁRIO PREFÁCIO APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO.............................................................................................................................13 INVENTÁRIO DOS AZULEJOS DE SÃO LUÍS ....................................................................17 1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..........................................................................................19 2. ASPECTOS DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO DE SÃO LUÍS...............................................21 3. HISTÓRICO DA AZULEJARIA .........................................................................................................27 4. PATRIMÔNIO AZULEJAR DE SÃO LUÍS ..........................................................................................29 - PLANILHA DOS AZULEJOS INVENTARIADOS .............................................................................81 - MAPAS DO INVENTÁRIO ....................................................................................................................151 INVENTÁRIO DOS AZULEJOS DA ILHA DE SÃO LUÍS ..................................................165 5. AZULEJOS PORTUGUESES ...............................................................................................................167 6. IGREJAS ...................................................................................................................................................169 7. SÍTIOS ......................................................................................................................................................231 8. MUSEUS ..................................................................................................................................................245 9. AZULEJOS DA ILHA ...............................................................................................................................259 10. PEÇAS ORNAMENTAIS ......................................................................................................................265 11. CEMITÉRIO DO GAVIÃO ..................................................................................................................267 - PLANILHA DOS AZULEJOS INVENTARIADOS ............................................................................269 - MAPAS DO INVENTÁRIO ....................................................................................................................253 INVENTÁRIO DOS AZULEJOS DAS CIDADES HISTÓRICAS DO MARANHÃO............365 12. AZULEJOS NO BRASIL .......................................................................................................................367 13. AZULEJOS DE ALCÂNTARA ...........................................................................................................371 14. AZULEJOS DE CAXIAS .....................................................................................................................393 15. AZULEJOS DE GUIMARÃES ............................................................................................................403 16. AZULEJOS DE ROSÁRIO ...................................................................................................................409 17. AZULEJOS DE VIANA ........................................................................................................................419 - PLANILHA DOS AZULEJOS INVENTARIADOS ...........................................................................429 - MAPAS DO INVENTÁRIO ....................................................................................................................453 CONCLUSÃO .........................................................................................................................487 GLOSSÁRIO ............................................................................................................................489 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................503
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INTRODUÇÃO
O
Estado
do
Maranhão
possui,
em
algumas edificações das suas cidades históricas, valioso acervo de azulejos
antigos, remanescentes dos séculos XVIII, XIX e meados do século XX, procedentes principalmente de Portugal, Inglaterra, França, Holanda e Alemanha. Esse acervo vem, ao longo dos anos, sofrendo processo de deterioração constante, apresentando, em alguns imóveis, um estado precário de conservação. Considerando o delicado estado de conservação do vasto acervo azulejar distribuído no centro antigo de São Luís e nas cidades históricas de Alcântara, Caxias, Guimarães e Viana, surgiu entre os técnicos da Oficina de Azulejaria do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, Domingos Pereira, Valflor Oliveira e Letícia Castro, o projeto de identificar e cadastrar os azulejos maranhenses. Em 2001, a equipe técnica elaborou um Projeto de Inventário dos Azulejos do Maranhão, com o intuito de documentar e inventariar todo acervo azulejar, por ser esta a primeira tarefa (conhecer para preservar) necessária para reverter e estagnar o processo de deterioração. O Projeto do inventário foi apresentado à Vale, que patrocinou sua execução em três etapas: Inventário dos Azulejos de São Luís (2004), Inventário dos Azulejos da Ilha de São Luís (2005) e Inventário dos Azulejos das Cidades Históricas do Maranhão (2006). Os três inventários foram realizados sob a coordenação da arquiteta Margareth Figueiredo e das presidentes da Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, Zelinda Lima (20042005) e Maria Leandro Cavalcante (2006). Nesta publicação, registram-se os relatórios
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
técnicos detalhados de cada etapa do Inventário, uma vez que, anteriormente, ao fim de cada etapa só foi possível publicar catálogos contendo informações básicas, com identificação de todos os endereços dos imóveis com azulejos. Ressalte-se que os relatórios técnicos, agora publicados, complementam as informações contidas nos catálogos, na medida em que procuram identificar todos os elementos que envolvem a preservação e conservação do patrimônio azulejar. Desde o estilo, tipologia, proteção legal e estado de conservação dos imóveis que possuem azulejos antigos, detalhandose em seguida a quantificação e qualificação dos azulejos catalogados, indicando-se: local de aplicação, tipo, padrão, técnica de decoração, procedência, dimensões, peças faltantes, estado de preservação, causas da deterioração, superfície, peças de reposição, acessórios fixados, azulejos subtraídos e planilha dos azulejos inventariados. O objetivo principal do inventário consistiu em registrar-se e catalogar-se azulejos antigos existentes no Maranhão, procurando-se identificar os tipos de aplicações, padrões, técnicas de decoração dos azulejos, de maneira a fornecer elementos que permitam aos técnicos especializados em restauração elaborarem diagnósticos sobre o estado de conservação e preservação dos mesmos. A primeira etapa do trabalho, iniciada em 2004, foi o Inventário dos Azulejos de São Luís. Este consistiu no cadastro das edificações de Arquitetura civil do centro histórico de São Luís, revestidas com azulejos em paredes externas e internas. Posteriormente, deveriam ser inventariados, da mesma forma, os imóveis do interior do Estado que possuem revestimento azulejar. Contudo, durante o desenvolvimento do Inventário dos Azulejos de São Luís, verificou-se a necessidade de ampliar a pesquisa, para incluir o acervo das igrejas, museus e peças de faiança ornamentais da arquitetura (na área do Centro Histórico), além de expandi-la para outras áreas da Ilha, possibilitando assim, identificar e cadastrar os azulejos e registros devocionais encontrados em cemitérios, bairros, sítios históricos e municípios.
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Uma das hipóteses levantadas pela equipe técnica era a de que alguns exemplares de azulejos antigos, remanescentes dos séculos XVIII e XIX, por motivos diversos, poderiam ter migrado para outras localidades da cidade de São Luís, ou talvez até para os municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. Após a sistematização e análise dos dados coletados na pesquisa de campo, verificou-se que o maior número de azulejos antigos, aplicados em forma de silhar, adorno isolado e registros devocionais, encontrava-se nos bairros às margens da Avenida Getúlio Vargas, via de continuidade ao antigo Caminho Grande (atual Rua Grande), estrada de penetração para o interior da Ilha de São Luís. Cadastraram-se também adornos e registros devocionais nos bairros Lira, Belira e imediações. Nenhum tipo de azulejo foi encontrado no município da Raposa.
Em Paço do Lumiar
cadastrou-se um único registro devocional. Em São José de Ribamar foram inventariados alguns adornos isolados e vários registros devocionais. Com a realização do Inventário dos Azulejos das Cidades Histórica do Maranhão, em 2006, concluiuse a terceira etapa do trabalho. Teve como principal objetivo inventariar aos azulejos antigos dos imóveis das cidades de Alcântara, Caxias, Guimarães, Rosário e Viana. Nesses municípios, procurou-se identificar os tipos de aplicações, padrões e técnicas de azulejos, assim como o estilo arquitetônico e estado de conservação dos imóveis azulejados. Espera-se, com a publicação das três etapas dos relatórios do Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão, uma divulgação de dados mais abrangente da identificação, localização e o estado de conservação do acervo de azulejos tradicionais existentes no Maranhão, de forma a permitir-se uma nova leitura, um novo olhar que revele a sua vetustez e beleza, tornando mais fácil a atuação do Poder público, em parceria com a sociedade civil, na difícil e imperiosa tarefa de restauração, preservação e manutenção de tão rico acervo do nosso patrimônio cultural.
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O
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS s azulejos constituem parte importante do
Foi realizado pela equipe técnica composta de 12
patrimônio artístico, histórico e cultural da
pessoas a saber: 1 arquiteta Coordenadora do Projeto,
cidade de São Luís, que possui um dos mais
3 técnicos especialistas em Conservação e Restauro,
ricos e diversificados acervos azulejares deixados pelos
06 formandos em Arquitetura e Urbanismo, 1 Digita-
povos europeus como espólio cultural a todos os mara-
dor e 1 Fotógrafo.
nhenses.
Os procedimentos metodológicos desenvolvidos no decorrer do Inventário pautaram-se no levanta-
O “Inventário do Patrimônio Azulejar do Mara-
mento dos dados bibliográficos, elaboração de fichas,
nhão” tem como função primordial promover o conhe-
treinamento de estagiários, coleta de dados em campo,
cimento atualizado do acervo, servindo como um ins-
preenchimento de fichas de identificação do imóvel e
trumento para as ações de proteção e conservação do
dos azulejos, registro fotográfico dos imóveis e azule-
patrimônio azulejar, bem como possibilitar à sociedade
jos, análise de dados, digitação das fichas, sistematiza-
o acesso a essas informações, contribuindo para a com-
ção e mapeamento de dados, revisão, elaboração de
preensão e valorização.
Catálogo e Relatório Final.
O Inventário realizado no período de janeiro a
É oportuno registrar que o ponto de partida do
maio do ano de 2004 teve como objetivo principal
inventário adotou como parâmetros referenciais os
identificar e cadastrar os azulejos antigos que revestem
cadastros publicados pelos arquitetos Olavo Pereira
fachadas e interiores de imóveis existentes na arqui-
Filho em Arquitetura Luso-brasileira no Maranhão
tetura civil dos séculos XVIII, XIX e início do século
(1986) e Dora Alcântara em Azulejos Portugueses em
XX, nas áreas de tombamento Federal e Estadual do
São Luís do Maranhão (1980).
centro histórico de São Luís.
Praça João Lisboa, 66
Rua da estrela, 350
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Aplicações azulejares na arquitetura de São Luís
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ASPECTOS DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO DE SÃO LUÍS Margareth Gomes de Figueiredo
2.1 Histórico
A
conquista francesa, quase oitenta anos após a criação da esquecida Capitania do Maranhão, concretiza-se em 1612, com sua fundação denominada França Equinocial e a construção do Forte “Saint Louis” em homenagem a Luís XVIII, futuro rei da França. No entanto, em 1615, com a retomada do domínio luso, ruíam as últimas possibilidades de consolidação de uma colonização francesa no Brasil.
pressivos do país, que resultou do impulso desenvolvimentista, a partir de 1755, com a criação, por iniciativa Marquês de Pombal, da Companhia Geral do Comércio do Grão Pará e Maranhão. Esse empreendimento favoreceu a prosperidade da Capitania do Maranhão, através de incentivos a cultura do algodão, com fornecimento de crédito, ferramentas e mão de obra escrava. Em pouco tempo o Maranhão tornou-se um dos maiores produtores e exportadores de algodão e arroz,
A implantação do traçado urbano inicial de São Luís, em 1615, enfatizou o resgate do domínio português, obedeceu ao plano viário do engenheiromor Francisco Frias de Mesquita, que estabeleceu um ordenamento físico, atingindo na época todo o contingente populacional da cidade. Seu crescimento posterior significou apenas a ampliação do espaço urbanizado, sem perder de vista a concepção (ortogonal no sentido dos pontos cardeais) de sua malha original. A presença holandesa registrada a partir de 1641, encerrou os conflitos em torno da posse das terras maranhenses, assegurada definitivamente com a expulsão desses invasores, em 1644. Tendo sido breve a permanência francesa e holandesa na história de sua colonização ocorrida nos períodos iniciais da formação urbana de São Luis, e considerando-se a precariedade das técnicas e materiais (taipa e palha) empregadas em suas construções, somada aos séculos já passados, foram estes fatos suficientes para suplantar a possibilidade de quaisquer remanescentes arquitetônicos do século XVII. A cidade de São Luís hoje detém um conjunto de Arquitetura civil de interesse histórico dos mais ex-
Rua do Sol, 65
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propiciando principalmente a São Luís e Alcântara a circulação da riqueza gerada por essas culturas.
cimento econômico, que prosseguiu, então, com sua
O Centro Histórico de São Luís reporta-nos a esse período áureo de crescimento econômico do Estado do Maranhão no cenário brasileiro. A riqueza vigente traduziu-se em uma extraordinária qualidade de vida urbana na capital, considerada no início do século XIX a quarta cidade brasileira em desenvolvimento e prosperidade, precedida de Salvador, Recife e Rio de Janeiro. A paisagem urbana de São Luís floresce com a construção de sobrados e solares, que adquirem aspecto de nobreza, resultado das novas edificações “a moda do reino” (LEMOS, 1979).
No início do século XIX a cidade passou por melhorias de infra-estrutura urbana, iluminação pública, instalação de fontes e chafarizes, além de incremento nas construções civis de sobrados de dois, três e até quatro pavimentos, alguns com fachadas totalmente revestidas em azulejo português.
independência financeira consolidada.
O processo de declínio da promissora economia, atribuído em parte à Abolição da Escravatura, (mãode-obra essencial à produção das lavouras), e as tentativas, nem sempre bem sucedidas de substituição da atividade agrícola pela implantação de indústrias têxteis, culminou com a estagnação do Maranhão no final do século XIX e, inevitavelmente, com fortes reflexos no desenvolvimento urbano.
Em 1778, extinto o monopólio da Companhia, cessaram as vantagens de incentivos de produção e exportação agrícola, que não chegaram a abalar o cres-
Praça João Lisboa, 37
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2.2 Acervo Arquitetônico
cidade cresce pelo eixo principal do antigo Caminho Grande (atual Rua Grande), Rua da Paz, Rua do Sol, Rua Rio Branco, Rua do Passeio e suas transversais, de cruzamento ortogonal.
O Centro Histórico de São Luís, com área de aproximadamente 220 ha, é formado pelo conjunto arquitetônico e paisagístico tombado pelo Governo federal e estadual, compreendendo uma área contínua do Caís da Sagração até as imediações da Praça Deodoro (sentido oeste-leste) e da Praça Gonçalves Dias aos bairros de São Pantaleão e Madre de Deus (sentido norte-sul), reunindo cerca de 5.600 imóveis.
A diferenciação de poder aquisitivo das novas classes sociais significou o surgimento de padrões de moradias térreas, tipologicamente hierarquizadas. Desse modo, basicamente as “moradas inteiras” e “meias-moradas” pertenciam aos funcionários públicos, profissionais liberais e aos pequenos comerciantes e as “portas e janelas” à população mais pobre.
O acervo arquitetônico que compõe o Centro Histórico de São Luís é essencialmente de Arquitetura civil. As edificações, em sua maioria construídas no período imperial, concentram-se ainda hoje no núcleo urbano mais antigo, compreendendo os bairros da Praia Grande, Desterro, Praça Pedro II e Praça João Lisboa, onde se evidencia o número mais significativo de sobrados e solares com características coloniais.
Sendo assim, as edificações nesses novos trechos diversificam-se em termos de tipos, com predominância de habitações térreas com características já não apenas coloniais, mas ecléticas, resultantes das novas tendências construtivas do final do século XIX. Solares, sobrados, morada inteira, meia morada, porta e janela, tipologias encontradas também em outras cidades brasileiras, aqui adquiriram peculiaridades regionais: o grande número de fachadas revestidas de azulejos portugueses, a presença constante de mirantes nos sobrados, moradas inteiras e até nas meias-moradas, as soluções de iluminação e ventilação através do uso de pátios internos com avarandados, protegidos por largas venezianas (tabicão) e bandeiras vazadas; a utilização em abundância da pedra de lioz, procedente do Reino, nos balcões das sacadas, ombreiras de vãos de portas e janelas, pavimentação de calçadas e alinhamento de meio fios.
Desde a fundação da cidade, o trecho situado hoje ao longo da Avenida Pedro II é o referencial administrativo, político e religioso mais importante, reunindo o Palácio do Governo (local do antigo Fort Saint-Louis fundado pelos franceses), a Casa de Câmara e Cadeia (hoje, sede da Prefeitura Municipal), o Fórum e a Catedral Metropolitana (Igreja da Nossa Senhora da Vitória). Apesar de todas estas edificações terem sofrido reformas ao longo do tempo, ainda se constituem em exemplares de importante valor histórico e arquitetônico. Na Praia Grande e imediações da Praça João Lisboa, comerciantes, em geral portugueses, enriquecidos com a exportação de algodão e arroz e a venda de artigos do Reino, construíram sobradões, determinando a utilização do pavimento térreo para o estabelecimento comercial e os pavimentos superiores para moradia.
Em especial, os solares primam pela suntuosidade e apuro no acabamento, possuindo vãos de portas trabalhadas em cantaria, algumas com feições neoclássicas e balcões sinuosos, sacados em pedra de lioz, guarnecidos por grades de ferro com desenhos apurados. Internamente, no pavimento térreo, um grande vestíbulo, piso quase sempre decorado em seixo de rio e pedra de lioz, dando acesso à escada principal, que conduz aos pavimentos onde a família residia. O restante do pavimento térreo era destinado a abrigar carruagens e dependências de serviços.
Já os solares, construídos com requinte pela alta burguesia dos séculos XVIII e XIX, foram, desde sua concepção, tipicamente residenciais; ainda hoje podem ser identificados no Centro Histórico.
Os sobrados, mais despojados que os solares, atendiam às funções comercial e residencial, onde o comércio e as dependências de serviço definiam a utilização do pavimento térreo. De uso exclusivamente residencial, os demais pavimentos têm seu corpo
No decorrer do século XIX o surgimento de novos segmentos sociais formados por servidores públicos pequenos comerciantes e profissionais liberais passa a se constituir em fator de expansão urbana. A
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principal formado por amplas salas que se voltam para rua e alcovas centrais. Para as dependências da parte posterior, o avarandado, que recebia iluminação e ventilação do pátio interno.
bandas, frontões triangulares, colunatas e escadarias. A Arquitetura religiosa maranhense prescinde da suntuosidade e riquezas das igrejas encontradas em outras cidades antigas do litoral brasileiro. As capelas religiosas, construídas inicialmente de forma provisória, atendiam de imediato às ordens religiosas na missão da catequese. Essas toscas edificações, em grande parte, foram substituídas por templos erigidos em pedra e cal.
Sem a mesma suntuosidade, os sobrados seguem o mesmo ritmo dos solares, quanto às sacadas e balcões corridos em pedra de loiz e gradis de ferro. O telhado, de inclinação acentuada, divide suas águas para o pátio interno e para a rua, com beirais arrematados por cimalha.
Os exemplares que compõem hoje o acervo arquitetônico religioso de São Luís foram ao longo do tempo submetidos a intervenções e reformas, descaracterizando principalmente seus interiores. Algumas igrejas já não existem, em função de demolições ocorridas nas primeiras décadas deste século, a exemplo da Igreja de Santaninha, construída em 1791 (praça Deodoro – no local do prédio da Caixa Econômica Federal) demolida em 1930; a Igreja Nossa Senhora da Conceição, situada na Rua Grande (no local onde está construído o Edifício Caiçara) e a Igreja das Mercês, pertencente ao antigo Convento das Mercês.
Com a finalidade exclusiva de habitação, o surgimento das edificações térreas mereceu a identificação tipológica e inclusive popular de “morada inteira” quando apresenta na composição de fachada uma porta central com duas janelas de cada lado; “meia morada”caracterizando a porta de entrada em uma das extremidades com duas janelas laterais e um tipo de habitação mais simples a “porta e janela”, cuja própria denominação define seus elementos de fachada. Várias construções de caráter oficial e civil não obedecem a uma tipologia e, em particular, apresentam afastamentos frontais e laterais (tipo de implantação de lote urbano adotado no final do século XIX), desenhos de feições neoclássicas, principalmente na composição dos elementos de fachada, como plati-
Mesmo sem uma tradição em Arquitetura religiosa, São Luís ainda possui muitas igrejas e capelas de importante valor histórico e artístico, algumas ainda possuem silhares revestidos em azulejos antigos. Na Catedral Metropolitana – Igreja da Sé, destaca-se o altar-mor,
Morada inteira
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Conjunto de meias-moradas
(em estilo barroco nacional português), tombado como Monumento Nacional. A edificação inicial é do século XVII, passou por sucessivas reformas, uma delas (1922) substituiu o frontispício de estilo barroco, pela a atual fachada de feição neoclássica.
e alfaias, que hoje fazem parte de museus e coleções particulares. Os principais templos religiosos, que embora tenham sofrido tantas mutilações em tempos passados, encontram-se hoje totalmente protegidos por legislações específicas de tombamento Federal e Estadual.
As igrejas maranhenses, além das intervenções físicas, privam-se de grande parte do mobiliário, estatuária
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HISTÓRICO DA AZULEJARIA Domingos de Jesus Costa Pereira
O
azulejo teve sua origem em civilizações
das externas e raramente azulejavam fachadas.
orientais
O azulejo português de revestimento exterior começou “a sair à rua” no século XVII, revestindo os majestosos jardins do Palácio do Marquês de Fronteira, isto foi apenas em “caráter excepcional”. No início do século XIX deixou de ser um privilégio só de interiores e passou a valorizar com sua beleza e arte, os revestimentos arquitetônicos externos. Nesse período, ocorreram mudanças econômicas e políticas importantes em Portugal a exemplo da invasão francesa, da fuga da corte portuguesa para a colônia, da independência do Brasil, da abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional e da guerra civil. Tudo isso alterou a produção de azulejos portugueses com o fechamento de fábricas.
antiguíssimas,
atribuindo-se
sua utilização em construções e monu-
mentos na China, Índia, Mesopotâmia, Egito, etc., há 7.000 anos. No século XI, os árabes invadiram a Península Ibérica e desenvolveram a técnica de produção de azulejo, influenciados pela porcelana chinesa milenar. A confecção de azulejos em Portugal teve início em meados do século XV e aumentou progressivamente devido à grande procura. Houve profundas transformações na azulejaria portuguesa, a partir do Século XVI, utilizando-se a técnica majólica de influência ítalo-flamenga, com expressão artística decorativa de motivos locais e das viagens dos descobrimentos. Nesse período o Brasil recebeu o conjunto mais antigo de
O reflorescimento do azulejo para decorar superfícies externas, coincidiu com a vinda da família real para o Brasil em 1808, garantindo-se aqui seu sucesso no “novo uso”. Proporcionou suntuosidade à fidalguia elitista, gerando polêmica entre os historiadores da arte azulejar, onde primeiro utilizou-se o azulejo para revestir fachadas, se no Brasil ou em Portugal. O certo é que, no Brasil, essa técnica se desenvolveu compatível com o clima tropical: quente e úmido, salino e outras vantagens como refletir os raios solares, evitar infiltrações, pinturas repetitivas, manter estética, higiene, além da arte e cintilação das fachadas decoradas. O hábito de azulejar exteriores retornou a Portugal, pelos “enriquecidos brasileiros”, portugueses que fizeram fortuna no Brasil e regressando à terra natal recorreram ao “seu gosto” de azulejar fachadas, exteriorizando o poder econômico, embelezando as moradas com azulejos, são atitudes saudosistas das plagas brasileiras. O primeiro revestimento bem ao “jeitinho brasileiro” provocou um “repelente escândalo” na cidade do Porto, quebrando a monotonia da rua e perturbando,
azulejos que possuímos. Durante o período de expansão ultramarina, os lusitanos levaram consigo o idioma, a religião, hábitos de vida e o padrão cultural, para as colônias mediterrâneas e atlânticas. A azulejaria, no século XVIII, fez parte da cultura dos continentes africano e americano. Assumiu grandes proporções nas artes ornamentais e decorativas com integração do azulejo nas construções arquitetônicas de palácios e igrejas com painéis historiados, narrando cenas da vida de santos, profanos, caçadas, contos de batalhas, a vida da nobreza e outros, envolvidos com molduras de rica decoração de influência barroca, onde predominam as volutas, pilastras florais, etc que se constituem importantes documentos iconográficos. Nesse período foi utilizada a figura avulsa, azulejos azuis e brancos com motivos independentes, florais, pássaros, animais, barcos, figuras humanas, etc. A produção de azulejos dessa época destinava-se a revestir superfícies interiores, algumas vezes decoravam pequenas áreas exteriores: jardins, varandas, esca-
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com seu brilho e cor, os transeuntes. Lentamente o hábito cultural de azulejar e refletir a luz do sol, como em “São Luís do Maranhão”, fez parte da exuberante paisagem urbana. “Afinal valeu a pena”. Os revestimentos de fachadas iniciaram-se com azulejos brancos, destinados ao interior, como cozinhas, banheiros, corredores, etc. Foi então que surgiram preocupações decorativas com azulejos de padrão policromados, que deram origem ao tapete, uma repetição de padrões. São combinações formadas de 2X2, 4X4 nas composições mais simples e 6X6 até 12X12 nas padronagens mais complexas, de acordo com a escala arquitetônica a que se destinam. No Brasil os azulejos de fachadas estão localizados
quanto em outra os azulejos estavam pintados. Nesse trabalho foram catalogados 144 padrões, 15 cercaduras e 39 frisos diferentes. O pesquisador Olavo Pereira da Silva, em seu levantamento de 1973 a 1986, contabilizou somente 177 fachadas revestidas com azulejos. O Inventário de Azulejaria de São Luís, realizado de janeiro a maio de 2004, por Técnicos Especialistas em Conservação e Restauro de Azulejos e formandos em Arquitetura, registrou 423 imóveis com azulejos dos séculos XVIII, XIX e início do século XX, compondo os revestimentos tanto no interior como no exterior à arquitetura aplicados de várias formas e locais, sendo catalogadas 213 fachadas, 181 totalmente revestidas e por razões desconhecidas da equipe, 33 fachadas incompletas ou parciais; foram localizadas 245 aplicações diversas, entre estas 80 no interior dos prédios e 165 em outros procedimentos parietais. Os revestimentos localizados na Arquitetura do Centro Histórico de São Luís estão distribuídos em diversos tipos de aplicações, segundo a nomenclatura utilizada: 3 Painéis Figurados, 12 Tarjas, 36 Silhares, 98 Adornos Isolados; 36 adaptações em espelhos de escadas, rodapés, barra, e 213 Tapetes de fachadas. Este acervo forma 139 padrões de azulejos, 29 cercaduras emoldurando 79 fachadas, 59 frisos, guarnecendo 164 revestimentos; ainda foram catalogados 84 registros devocionais entre antigos e novos, com figuras de santos.
no litoral de norte a sul. Belém, São Luís, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre e outras cidades, com menor intensidade. A grande concentração em azulejaria de fachada está em São Luís e Belém; estas cidades são superadas apenas por Lisboa. A capital maranhense é “conhecida como a cidade de maior acervo de azulejos coloniais da América Latina”. Com o desenvolvimento sócioeconômico do Estado do Maranhão no século XIX, surgiu um conjunto arquitetônico peculiar que resgata as raízes culturais portuguesas com o gosto de azulejar fachadas. Segundo o historiador Domingos Vieira Filho, o primeiro registro de remessa de azulejo em São Luís data de 1778, quando chegaram cerca de 107.402 unidades. Com a Independência do nosso país, em 1822, as relações comerciais entre o Brasil e Portugal se estabeleceram. A partir de meados do século XIX, o Maranhão intensificou a importação de azulejos portugueses, contudo, outros países como Espanha, Holanda, França e posteriormente Inglaterra, Bélgica e Alemanha forneceram os azulejos já industrializados para compor fachadas de São Luís. O primeiro registro do número de edifícios com superfícies exteriores revestidas com azulejos antigos em São Luís, foi elaborado por Dora Alcântara, em 1959, que catalogou 270 fachadas azulejadas, em 1968, vinte destas haviam sido demolidas e outras substituídas por padrões novos nacionais. Em 1972, a pesquisadora atualizou o cadastro, encontrando apenas 221 edificações azulejadas, sendo 88 sobradões e 133 casas térreas. Duas estavam em processo de demolição, en-
Rua Portugal, 199
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PATRIMÔNIO AZULEJAR DE SÃO LUÍS Domingos de Jesus Costa Pereira
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conjunto azulejar de São Luís é um raríssimo tesouro de formas, decorações e cores. É uma exposição de Arte, que reveste os casarões antigos embelezando as ruas de pedras e ladeiras desta cidade equatorial, onde o sol reflete o brilho das paredes, enquanto as escadarias, sacadas e peitoris contam sua história cultural, remontando um período distante de bom gosto pela arte. Os padrões formam os tapetes e as fachadas, uma coleção de azulejos ornamentais expostos permanentemente nos revestimentos de São Luís, inspirados na criatividade de artesões e artistas de vários países do velho continente europeu, mas predomina o gosto lusitano pela arte cerâmica. Se a população despertar, antes que seja tarde demais, contemplará nas paredes de suas casas, nas ruas de sua cidade e nos casarões que estão ruindo, os azulejos decorados com as mais belas flores cultivadas nos jardins da Inglaterra, Bélgica, França, Alemanha, Espanha, produzidos por seus melhores operários e artistas; reconhecerá a técnica e leveza dos traços holandeses, identificará o conjunto com mais de cem padrões diferentes da arte portuguesa. Quando os ludovicenses tiverem consciência dessa herança valiosa, então terão orgulho de sua cidade e toda a sociedade será mobilizada: os meios de comunicação, comércio, indústria, imobiliária e o patrimônio serão tratados com dignidade e respeito.
vegetações, insetos, microorganismos e, os piores problemas, vandalismos e negligência de todos os tipos e espécies. Azulejos do século XVIII são quebrados a marretadas e jogados nas lixeiras públicas em reformas de prédios antigos, saque de silhares completos tem ocorrido em plena luz do dia, de sobradões arruinados também seticentista cujas peças são vendidas por vândalos no “comércio negro”.
A azulejaria é o símbolo cultural e arquitetônico de São Luís; e a cidade, referência nacional de azulejo de fachada. Poucos compartilham da riqueza desse patrimônio artístico e não conhecem a importância, que este espólio representa à vida cultural de seus habitantes. O grande desafio é impedir as agressões que o conjunto arquitetônico está sofrendo; atacar as causas de deterioração, que comprometem as estruturas das edificações e o revestimento azulejar: infiltrações,
Sobrados à Rua da Estrela
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Segundo estimativas estatísticas fundamentadas
restaurar e conservar prédios e fachadas azulejadas. Urge, então, punirem-se vândalos e negligentes; desburocratizar instituições fiscalizadoras, federais, estaduais e municipais para que haja integração e coerência desses órgãos em defesa dos bens culturais; agilizar as buscas e apreensões de objetos de arte e materiais do patrimônio histórico; treinar e habilitar construtores, mestres-de-obra e operários para identificar e manusear obras de artes encontradas em escombros e reformas de prédios, sítios históricos e áreas arqueológicas. São Luís agradece aos “os bens aventurados”, que cuidam da preservação de seu patrimônio arquitetônico cultural para que as futuras gerações possam usufruir dessa herança histórica.
em pesquisas anteriores, o patrimônio urbanístico cultural do centro histórico de São Luís está perdendo aproximadamente 2 casarões com fachadas azulejadas por ano, além do desgaste das peças decoradas pelas ações das intempéries e vandalismos. Não estão contabilizadas as perdas de revestimentos interiores, por não existir registro exato deste acervo. É difícil inventariar azulejos de interior das propriedades privadas e coleções particulares. Estão caracterizadas e identificadas as síndromes dos males, que atacam o patrimônio azulejar; carecem urgentemente de decisões políticas concretas, honestas e objetivas para resgatar o conjunto arquitetônico,
Rua Rio Branco, 216
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4.1 Locais de Aplicação
Os azulejos aplicados nas fachadas são do tipo tapete ou lisos, guarnecidos com frisos e/ou cercaduras próprios, mas acontece também serem guarnecidos por outras padronagens. O “tapete” é infinito e significa a repetição de um determinado padrão que pode ser 2X2, 4X4 e padrão único. Existem fachadas com azulejos sem padrão, que são os lisos. Em algumas, nos “tapetes”, notamos a ausência de cercadura e friso.
Letícia de Maria Paixão Martins de Castro
4.1.1 Fachada Em São Luís, os azulejos são bens integrados à Arquitetura de interior e exterior, formando as mais variadas composições. A aplicação nas fachadas individualizou-se pela forma invulgar de tapetes e transformou a arquitetura através de suas cores de pintura, da concentração decorativa e da cintilação do material. Grande parte dos azulejos foi aplicada nas fachadas e se encontram em diversos imóveis do Centro Histórico. Alguns em revestimento total, outros parcial. Foram encontrados prédios de esquina com fachadas azulejadas, o que acontece também quando existem mirantes. Estes podem ser azulejados só na fachada ou totalmente (fachada e lateral).
Possuímos disposições variadas de aplicação de um mesmo padrão, fornecendo, assim, diferentes leituras do mesmo desenho. Em algumas fachadas encontramos agrupamentos isolados, tipo “adorno” – dois casos são de azulejos de “tapete”, padrão semelhante ao do séc. XVII (Santos Simões – “Azulejaria em Portugal no séc XVII” - Tomo I, pág 55.), um na Rua dos Afogados- nº 437, esquina com Flores e outro na Travessa da Lapa, nº 178 – Portinho, fato bastante curioso esse, visto que em ambas as construções não existe nenhum outro tipo de azulejamento. Achamos que talvez sejam remanescentes de azulejaria exterior retirada de outro prédio ou que sejam réplicas portuguesas do original, visto que a aplicação de azulejos internamente em São Luis teve início na segunda metade do século XVII e nas fachadas no século XIX.
Padrão encontrado
Padrão do livro de S. Simões
Algumas casas possuem suas fachadas com azulejos lisos (amarelo, verde, branco, creme ou rosa), guarnecidos por frisos estampilhados que delimitam todo o seu espaço, como o sobrado da Rua do Sol nº 230, que tem toda sua fachada em azulejos lisos rosa, com friso policrômico. Existem 180 fachadas totalmente azulejadas e 33 parcialmente. Os azulejos são encontrados nas diversas tipologias arquitetônicas existentes em São Luis: na morada inteira, meia-morada, porta e janela, assim como nos sobrados; nem sempre os azulejos que se encontram na fachada do imóvel são da época de construção deste.
Rua da inveja, 72
Como de costume, as casas geralmente têm na fachada a barra rebocada no embasamento ou chapiscada contudo, em alguns casos, são azulejadas com padrão diferente do tapete da fachada. Encontramos azulejos esponjados, relevados e lisos (verdes – provavelmente da primeira metade do séc. XX).
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4.1.2 Interior
4.1.3 Outros locais de aplicação
A aplicação interna deu-se principalmente na forma de silhar, com friso ou não, acompanhando a inclinação das escadas, contornando salas, corredores, cozinhas, banheiros e varandas. Também foi constatada a existência de azulejos em espelhos de escadas.
Também foram encontrados azulejos aplicados em outros espaços, como pátio interno. Em uma só casa, situada na Rua Afonso Pena, nº 213, encontramos azulejos aplicados na base das colunas da varanda, recobrindo banco no jardim, forrando chafariz e porão nos fundos; são azulejos portugueses do século XIX e ingleses da primeira metade do século XX. Durante a pesquisa do inventário, em um prédio na Rua Portugal, nº 165 (reduto comercial nos séculos XVIII e XIX), sendo “reformado”, foram encontrados azulejos do século XVIII que foram retirados por operários, localizados em um muro interno nos fundos, com saída para a Rua de Nazaré. Estavam encobertos por reboco azulejos de cercadura (ornato de cartelas, renda portuguesa) e de “tapete”, todos em estilo pombalino. Todo o material encontrado foi recolhido pela equipe do Inventário e se encontra sob a guarda da Oficina de Azulejaria do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho. Revestindo uma fonte em casa da Av. Silva Maia, nº 131, temos azulejos (PE-41), frisos (FE-33) e cercaduras (CE-06) estampilhados em azul. Num pátio interno na Rua da Saúde, encontramos dois padrões (PR-09 e PR-10) diferindo apenas o colorido, com técnica que lembra a de “corda seca” de estilo mudéjar, com semirrelevo. Segundo a pesquisadora Dora Alcântara, ele é português do séc. XIX; só foi encontrado nesse imóvel.
Rua da Saúde, 221
Algumas vezes o azulejo do silhar é o mesmo da fachada, de “tapete”. Ocorre também do prédio não possuir azulejos na fachada; só internamente, como silhar. Outra forma de aplicação interna e externa de azulejos é o Registo ou Registro, que são minipainéis com o santo de devoção do proprietário da casa. Localizamos em alguns imóveis da área de tombamento federal silhares com azulejos do século XVIII, de motivos pombalinos, em vestíbulos e escadarias. No Beco da Alfândega, prédio de nº 180, os azulejos estão recobertos por grossa camada de tinta. Retiramos essa camada de alguns e pudemos confirmar a existência dos padrões já cadastrados também por Dora Alcântara, embora não tenha citado este endereço: PA 5.1.1, CA 1.1.1, CA 4.1.1, um padrão mais ou menos parecido com o padrão PA 11.1.1, outro parecido com o PA 13.1.2 e outro com o PA 9.1.2. Da mesma forma com os padrões cadastrados por Olavo P. da Silva: nº 219 e nº 13. Foram encontrados 79 imóveis com azulejaria interna: silhares, registos, espelhos de escada, jardins e varandas.
Rua da Saúde, 221
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Rua da Saúde, 221
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4.2 Tipo de Revestimento Azulejar
acompanhando a inclinação das escadas. Em um prédio na Rua da Saúde, nº 94, desmoronado recentemente, encontramos vestígios de silhares com azulejos do séc. XVIII, no hall de entrada, acompanhando a escada e no pavimento superior. Formavam painéis em estilo “pombalino”, com cercaduras “ornato de cartelas”, “renda portuguesa” e marmoreadas, além de terem sido encontrados também outros padrões na parte de dentro do pavimento superior, todos azulejos do séc. XVIII.
Letícia de Maria Paixão Martins de Castro 4.2.1 Silhar Silhar ou Alizar são aplicações que ocupam a parede do piso até aproximadamente 1,5 m de altura, equivalendo a mais ou menos 10 fiadas de azulejos. Os primeiros silhares de São Luís estão localizados nas Igrejas. São silhares de almofadas marmoreadas, com florão estilizado, do século XVIII, embora também tenhamos encontrado silhares com azulejos de “tapete”, estilo pombalino, no interior de alguns prédios. Assim como as fachadas, o silhar algumas vezes tem friso e cercadura, outras só com o friso, que pode ser próprio (o mesmo motivo do padrão da fachada se azulejada), ou não. Os silhares quase sempre estão no corredor principal da casa, ou na varanda e em algumas casas com mais de um pavimento estão
Na área de tombamento federal do Centro Histórico existiam vários silhares em forma de painéis com altura inferior aos do século seguinte (XIX), com azulejos do séc. XVIII, emoldurados por cercadura de cartela com marmoreado e rodapés esponjados. Foram encontrados 36 silhares com azulejos dos séculos XVIII e XIX. Esse acervo vem sendo destruído ao longo dos anos por intempéries, vandalismos, descaso e negligência dos proprietários.
Rua do Sol, 230
Rua da Saúde, 244
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4.2.2 Tapete
Rua dos Afogados nº 538, localizados em sua fachada. Possuímos cerca de 10 (dez) padrões com motivos de laçarias. Noutra, à Rua da Saúde, nº 244, padrões tipicamente mouriscos semi-relevados (PR–10 e PR–09), localizados em pátio interno. Este padrão português não foi visto aqui em nenhum outro local, (Dora Alcântara em “Azulejos Portugueses em São Luís do Maranhão”, p. 31), possivelmente do século XIX, talvez da Fábrica de Faiança das Caldas da Rainha, que recriou exemplares hispano-mouriscos, ou da Fábrica Santo Antônio do Vale da Piedade que também produziu padrões em estilo árabe.
É o revestimento constituído em geral pela repetição de padrões policromos que cobrem paredes inteiras ou, pelo menos, grandes áreas murais. A grande maioria dos nossos azulejos de “tapete” é estampilhada, contudo encontramos exemplares decorados com as técnicas de decalcomania e majólica. Existe uma variação bastante curiosa na forma de aplicação dos azulejos de “tapete” aqui em São Luís, o que não sabemos é se nas outras cidades, onde existe Arquitetura tradicional portuguesa, também foi utilizado esse artifício: a composição não obedece ao feitio pré-determinado pelos fabricantes e é disposta de maneira diferente, formando novos desenhos, o que ocorreu com alguns padrões tais como “luz-e-sombra”, “pintura-em-negativo”, “caixilho” e outros.
Dos padrões de “tapete”, os mais frequentes na paisagem urbana de São Luís são os de “ferradura”, “pintura-em-negativo” e “estrela-e-bicha”. O padrão PE –22, que representa um dos vários padrões de pintura-em-negativo, foi o mais encontrado, quer em silhares, quer em fachadas quer ainda como adornos isolados.
PE-10, aplicado de formas diferentes PE-01
Os padrões portugueses de “tapete” possuíam nomes próprios (ou apelidos), batizados pelos operários das fábricas e merecem ser aqui registrados para conhecimento de simpatizantes e estudiosos do assunto: cobrinha ou estrela-e-bicha, laçarias, hispano-mourisco, exaquetados, caixilho, sargento-grande, luz-e-sombra, marmoreados, motivo–de-lira, pintura-em-negativo, figura avulsa e crochê. São desenhos em composições geométricas ou estilizações de motivos fitomórficos.
PE-22
Os padrões de “tapete” do século XVIII que foram encontrados estavam aplicados em silhares e raros casos em adornos isolados. Muito interessante o caso de azulejos de “tapete” em miniatura em um só azulejo, encontrado num estabelecimento comercial situado na Av. Gomes de Castro, nº 88. Esta mesma padronagem existe em outra cor, só que não mais revestindo fachada, mas, sim como adorno isolado na Rua do Sol, nº 562.
Em algumas fachadas com azulejos de tapete notamos a ausência de cercadura e friso. Temos 10 casas com o padrão caixilho (PE-56) aplicado principalmente nas fachadas, e 4 com o enxaquetado (PE - 50 e PE- 57), só fachadas. Uma parte de nossa azulejaria de “tapete” é de laçarias, que são motivos de influência mourisca com decoração em diagonal, possuindo dois centros de rotação, de forma que na composição 2x2 as linhas geométricas formem uma estrela de oito pontas e a cruz, como encontrados na
PE-88, aplicado na fachada e em adorno
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4.2.3 Painel Figurado
Em uma residência na Rua Afonso Pena nº 213, encontramos dois padrões de azulejos semirrelevados (PR-04 e PR-05) das primeiras décadas do século XX, os quais possuem frisos próprios, relevados de origem inglesa. Ainda nesse imóvel encontramos azulejos portugueses, estampilhados (século XIX) e lisos, verdes (século XX). É o único local onde existe o padrão estampilhado com o chamado “motivo crochet” (PE-69), produzido na França e em Portugal, sendo que este, encontrado, obedece às dimensões de azulejos portugueses, 13,5 cm x 13,5 cm. Foi produzido por várias fábricas portuguesas (Viúva Lamego, Carvalhinho e Sacavém) em diversas cores, usando-se dois tipos de estampilha: por aerografia e à trincha.
Painéis são “quadros” de azulejos que retratam figuras, cenas profanas, históricas ou religiosas. Neste sentido o que conseguimos localizar foram três. São Luís não possui grande quantidade de painéis figurados propriamente ditos. O que se encontrou e classificou como “painel figurado” foi um que existe acima do portão de entrada para o Hospital Português. Na realidade, é um painel informativo ou “Cartela”, pois contém data de fundação, nomes e outras informações, todo em majólica, policromo, do início do século XX.
Rua do Passeio, 365
PR-05
Em uma residência na Av. Pedro II, nº 221, um painel em azul e branco retratando uma embarcação portuguesa em alto mar, todo em majólica com cercadura em azulejos de “tapete”, estampilhados, provavelmente das primeiras décadas do século XX.
PR-04
Av. Pedro II, 221
PE-69
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4.2.4 Tarjas
O 3º painel encontrado foi no interior de uma residência na Av. Silva Maia nº 131, retratando a “Santa Ceia”, com 18 peças em majólica, de procedência portuguesa (Fábrica Aleluia – Aveiro), também do século XX.
Tarja é um tipo de decoração que emoldura vãos de portas e janelas, adornando algumas fachadas. Foram encontradas 12, a maioria em azulejos de padrão, estampilhados ou em decalcomania. Dois casos se destacaram dos demais por serem tarjas feitas em majólica, recortadas, com figuras aladas em azul e branco: uma na Rua Rio Branco, nº 379 e na Praça Deodoro, nº 398. Elas contornam vãos, janelas e seriam de procedência inglesa, do século XX, segundo o arquiteto Olavo P. da Silva em “Arquitetura Luso-Brasileira no Maranhão”, p. 204.
Av. Silva Maia, 131
Outros painéis de que temos notícia, estavam no Palacete Gentil Braga, com medalhões de motivos orientais no estilo D. Maria I; hoje se encontram no Museu de Artes Visuais; na sacristia da Igreja de Santana acha-se um hagiográfico, procedente da extinta Igreja de Nossa Senhora da Conceição, alusivo a Nossa Senhora da Piedade. Temos notícias de outros painéis que pertenciam a residências de São Luís os quais estão no Museu do Açude no Rio de Janeiro. Padrão ferradura estampilhado
Vários painéis policromáticos em azulejos industriais foram encontrados, feitos na técnica da pintura de mufla, internos (varanda, sala, garagem) e externos (fachadas, terraços). A maior parte deles elaborados pelo artista plástico (já falecido) Elyan Bacelar. São painéis com paisagens, religiosos e até um onde vemos a figura de um índio. Outros dois da autoria de “Rako”, são monocromáticos (em castanho escuro) e localizam-se na Rua Rio Branco, nº 379. Na fachada lateral do antigo BEM – Banco do Estado do Maranhão, encontramos um grande painel da autoria de Antônio Almeida (escultor e escritor), que foi concluído por Edmar Santos (artista plástico), da década de 80 do século passado.
Tarja em majólica, possivelmente inglesa.
Painel Estilo D. Maria I - Museu de Artes Visuais
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4.2.5 Cercadura
Dentre todos os padrões encontrados, o mais utilizado foi o CE – 06, estampilhado em azul e branco, português, do século XIX.
A cercadura normalmente vem acompanhando azulejos de “tapete” nas fachadas (embora tenhamos encontrado algumas sem cercadura), pois delimita a área azulejada ou, ainda, faz a divisão de pavimentos e contornos de envasaduras. Contudo encontramos também algumas casas com suas janelas e portas emolduradas por cercaduras, colocadas como adornos. Às vezes, acontece de vir logo abaixo da cimalha, em forma de faixa, tendo ou não fachada azulejada. Essa faixa pode ser de uma ou duas fiadas de azulejos de cercadura (alguns autores a chamam de “barra”). As cercaduras são reconhecidas pela presença de dois bordos no mesmo azulejo: o externo e o interno ao painel ou ao “tapete”. A aplicação de azulejos nas fachadas com cercadura é uma tradição portuguesa.
CE-06
Quase todas as cercaduras encontradas possuem suas peças de canto e quando não existem, são apostas sem dar continuidade ao desenho ou colocadas a meia esquadria. Foram encontradas cercaduras de meandros, de “folhas-em-cadeia”, “renda portuguesa”, “ondulada”, com motivos fitomórficos e com azulejos de padrão (caixilho) ou lisos (brancos) funcionando como tal.
CE-07
As cercaduras portuguesas obedecem às mesmas dimensões do azulejo: 13,5X13,5 cm, já as francesas são de 11,0X11,0 cm; uma de origem belga (Rua Grande nº 1454) possui dimensões diferentes: 14,5X14,5cm. Encontramos cercaduras de origem portuguesa, francesa, holandesa e belga. Possuímos 30 padrões de cercaduras em 79 imóveis, quer guarnecendo “tapetes”, quer como adornos. Foram colhidas 13 cercaduras na técnica de estampilha, 3 em relevo, 4 em decalcomania e 11 em majólica. Das cercaduras em relevo, uma é portuguesa (azul e branco); as outras duas são provavelmente de origem inglesa, monocromáticas (verdes) e se encontram guarnecendo barra em um imóvel de construção do início do século XX, na Rua do Sol nº 660.
CE-07 - Peça de canto
As cercaduras eram feitas por encomenda para cada tipo de azulejo, isto é, todo azulejo tinha sua cercadura onde a composição possuía algum elemento da composição do azulejo. Existem cercaduras relevadas, em majólica, estampilhadas (aerografadas ou não), em decalcomania e até com técnica mista: esponjado com estampilha e estampilha com retoque a mão. Num imóvel na Rua Portugal, revestido em toda a sua fachada com azulejos franceses e portugueses, a cercadura de “meandros” é estampilhada com aerógrafo (através de pistola onde se coloca a tinta a ser usada), e de origem francesa.
Cercadura francesa
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4.2.6 Frisos
Observamos frisos relevados lisos e decorados. Os lisos são nas cores branca e verde. Os decorados são coloridos, destes, dois são em alto relevo: um azul e branco e o outro acompanha azulejo similar português (azul-amarelo-branco), ambos são provavelmente da Fábrica de Massarelos (Porto – Portugal), segunda metade do século XIX. Três são de origem inglesa e trazem em seu tardoz a marca “H & R JOHNSON LTDA”: dois coloridos e um branco, manufaturados talvez por prensagem com molde de metal, sendo que o branco possui nas partes mais fundas um tom levemente esverdeado com alguma parte do seu relevo acentuado por ouro. Todos três parecem ser do início do século XX, da mesma forma que os lisos que se encontram em silhares internos. Possuímos 164 imóveis com frisos de diversas origens: portugueses, ingleses, alemães e holandeses.
Os Frisos realçam os vãos das fachadas, desempenhando importante papel na integração dos azulejos na Arquitetura, tradição que remonta a azulejaria do século XVII. São peças retangulares que correspondem aproximadamente à metade do azulejo. As dimensões mais comuns são 6,75X13,5 cm, porém encontramos também até de 8,5X15,0 cm. Assim como as cercaduras, eram feitos para acompanhar determinados padrões e também possuíam nomes próprios, tais como meandros, corda, galão e outros. Temos frisos com motivos zoomórficos, marmoreados, enxaquetados e vários com folhas ou flores estilizadas, nas técnicas de Estampilha, Decalcomania e manufaturados em relevo, sendo que a maioria é estampilhada. Encontramos 7 em relevo, 9 em decalcomania, um em majólica (o marmoreado da Rua do Giz), 3 lisos e 38 em estampilha. Os frisos também possuem suas peças de canto. Muitas vezes encontramos frisos cortados diagonalmente para dar ideia da peça de canto original. Possuímos cerca de 60 padrões de frisos, sendo a maioria de procedência lusitana.
Friso em Decalcomania - FD-03
FE-12 e sua peça de canto
Alguns não foram identificados, ficando a dúvida se seriam holandeses ou ingleses. Não identificamos frisos de procedência francesa. O friso mais encontrado foi FE – 02, em estampilha, nas cores azul, branco e amarelo. Deveríamos ter mais frisos em decalcomania, entretanto um deles só foi encontrado em serigrafia em uma fachada na Rua 13 de Maio o qual, aliás, está com os azulejos em réplicas de serigrafia.
Friso português em Relevo - FR-01
FE-02
Friso em Relevo - FR-03
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4.2.7 Adornos Isolados
Foram encontrados mais adornos na área de tombamento estadual, perfazendo um total de 99.
Uma forma de decoração em fachadas bastante encontrada em São Luís são os adornos isolados. Pequenos agrupamentos de azulejos lisos, de tapete ou de padrão único, encontrados nas variadas técnicas, principalmente em estampilha ou majólica.
Também foram encontrados adornos com peças de cercaduras, de frisos estampilhados (de corda), azulejos lisos, sem decoração (azul) e outros em majólica, padrão do séc. XVIII. Alguns padrões de azulejos só foram achados em adornos, como os situados na Rua Jacinto Maia nº 271. Expõe-se o padrão numa composição a que Udo Knoff (“Azulejos das Bahia”, prancha XXVI, pág. 64) que se diz ser “punta-de-clavo”, decoração com motivos geométricos.
Rua da Cruz, 200
Foram encontrados adornos feitos com azulejos de padrão único, em agrupamentos de vários azulejos, formando tarjas, emoldurando ou delimitando portas, janelas e vãos. Algumas vezes encontramos só a composição do “tapete” (padrão 2x2), localizada simetricamente na parte superior da fachada. Também observamos alguns adornos com ladrilho hidráulico e um caso de adorno “Art Nouveau” em peça côncava de porcelana na Rua da Paz nº 605.
Rua da Inveja, 154
Rua dos Afogados, 416
Rua da Paz, 605
Rua Jacinto Maia, 271
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4.2.8 Registo
Foi achada grande quantidade de Registos em 4 peças (quatro azulejos), aplicados de forma oblíqua, com molduras monocromáticas (azul), na técnica de pintura em porcelana, também chamada de “decoração ao fogo de mufla”. Neste caso a moldura é sempre a mesma, só mudando a figura do santo. Achamos que seja de origem local, de artista popular não identificado; são em número de 13. Outros também foram encontrados, de fabricação local, com origem em autores não identificados. Existem Registos de vários tamanhos, até com a quantidade de 31 peças (azulejos). Registramos vários em majólica, de procedência portuguesa, alguns com o nome da fábrica, como “Aleluia-Aveiro”, da Fábrica Aleluia em Aveiro (Portugal), origem da maioria deles. Outras localidades encontradas: Fábrica das Devezas (Vila Nova de Gaia), Fábrica Soares dos Reis (Vila Nova de Gaia), Fábrica do Cavaco (Vila Nova
Registo ou Registro é uma forma de decoração, tanto exterior quanto interior, muito encontrada em São Luís. Os “Registos Devocionais” são pequenos painéis com simbologia religiosa, surgidos em Portugal durante o séc. XVIII. Sua característica principal é a de proteger a residência de catástrofes e males diversos. São figuras de santos ou anjos, integrados ou não nos revestimentos de “tapete” da fachada, variando muito de localização. Tanto podem estar nesta, quanto na varanda, nos terraços ou hall de entrada, até internamente, como num pátio (Av. Silva Maia, 131) onde foram encontrados dois, ambos portugueses, na técnica majólica da Fábrica Aleluia (Aveiro-Portugal), século XX.
Montanha Russa, 52
Av. Silva Maia, 131
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4.2.9 Outros
de Gaia ), Fábrica de Valadares (Vila Nova de Gaia), Fábrica Corticeira (Porto), Fábrica de Valente (Porto), Estatuária Artística (Coimbra) e Faianças do Outeiro (Águeda). Esses Registos portugueses geralmente possuem molduras com elementos fitomórficos em estilo barroco, rococó ou neoclássico, monocromáticas ou policromáticas, assim como a imagem do Santo. Todos são provavelmente do século XX. Com relação ao Santo de devoção em maior quantidade encontrada seria pela ordem, Santo Antônio, São José e Nossa Senhora de Fátima.
Também foram encontrados azulejos em espelhos de escadas. Temos um bom exemplo à Rua Oswaldo Cruz, nº 1374 (ou Rua Grande), com azulejos em decalcomania (com motivos florais, “Art Déco” e “Art Nouveau”), estampilhados, lisos e semi-relevados. Nesse mesmo imóvel, em uma pequena escada que dá para o pátio interno, o espelho é de azulejos relevados, o mesmo que está fazendo silhar e que reveste um depósito nesse pátio. São azulejos portugueses da Fábrica das Devezas (Porto – Portugal), provavelmente do século XIX.
Outros Registos que se assemelham ao mesmo estilo dos portugueses foram encontrados. São de origem nacional, alguns do Rio de Janeiro (“M.ARTES”) e um onde se lê embaixo “Belém – Pará”. A maior parte dos Registos está localizada na área de tombamento estadual, principalmente nas ruas dos Afogados, do Alecrim e de São Pantaleão. O número total encontrado (área federal e estadual) foi de 86. Além de todos esses tipos de decoração citadas, existem também as Barras e os Espelhos de escadas. As barras podem ser com azulejos de “tapete” ou com cercaduras, e são formadas por duas linhas de azulejos sobrepostos na fachada.
Rua Grande, 1374
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4.3 Padrão
Consideramos o azulejo sem padrão o liso, sem qualquer tipo de decoração. O azulejo de padrão úni-
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co é aquele em que o centro de rotação está contido
Os padrões, quando se repetem, geram linhas de
nele mesmo; não precisa de outros elementos para
forças, ora perpendiculares ora oblíquas. Todos os pa-
dar continuidade à composição; pode conter com-
drões possuem seu “centro de rotação”: o principal
posições geométricas ou estilizações de motivos fito-
que é central e as vezes um secundário que é o elo de
mórficos. Para exemplificá-lo citemos o prédio onde
ligação com os outros padrões, que ao agruparem-se
funciona o Museu de Arte Sacra, Rua 13 de Maio, nº
repetidamente formam o “tapete”.
500 – com motivo fitomórfico (PE 55), estampilhado, sendo talvez de procedência inglesa.
Embora o desenho seja igual, cada azulejo se comporta em relação ao outro como a sua imagem num espelho, de tal maneira que um é considerado “direito” e o outro “esquerdo”, formando assim um padrão de azulejos iguais e simétricos 2 a 2. Nos azulejos de fachada os padrões, na maioria dos casos, são constituídos por 4 azulejos iguais, “padrão 2X2” (dois por dois), o mais frequente aqui em São Luís. As “padronagens” são uma criação portuguesa, o que explica a existência da enorme quantidade de padrões 2X2 em nossa cidade, onde a maioria dos azulejos é de origem lusitana; os azulejos franceses que possuímos contêm o padrão na própria peça. Para nossa surpresa, foi encontrado um exemplo onde o padrão é 3X3/2, situado na Rua Oswaldo Cruz, nº 1454, em Decalcomania, com motivo floral
PE-55
(PD-01 e PD-02). Segundo Dora Alcântara, é belga (“Azulejos Portugueses em São Luís do Maranhão”,
Na fachada da casa na Av. Gomes de Castro, nº 88
p. 43).
um azulejo estampilhado possui “elementos que parecem conter um padrão e mais, em miniatura” – (Dora Alcântara, pág. 36). Foi localizado o mesmo padrão com outra cor, só que em adornos isolados (Rua do Sol, nº 562); esse padrão foi inspirado num azulejo inglês produzido pela “Minton, China Works & Co.” em 1880 e é português, de “A.A.Costa & CA.”, Fábrica das Devezas (Porto), 1ª metade do século XX. O PE-51 também só foi encontrado em adornos isolados existindo similar no mesmo catálogo de azulejos, é o de nº 508, desenhado pelo arquiteto neogótico A.W.N. Ougion, amigo pessoal de Herbert Minton; foi baseado em estudos diretos de exemplos medievais, sendo que o exemplar do catálogo é azul, vermelho, branco e castanho claro. O padrão “estrela-e-bicha” também chamado de
Rua Oswaldo Cruz, 1454
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“cobrinha” e “bicha-da-praça”. Foi produzido por ho-
Outro exemplo de padrão encontrado em uma só
landeses e portugueses e tornou-se característico da
residência (Rua 14 de Julho, 182) é o PE-52. Dele só
azulejaria portuguesa por mais de um século. Em
temos em verde e amarelo. De acordo com Dora Al-
São Luís, foi encontrado em cinco versões: duas sem
cântara, é português, inspirado em similar holandês
contornos (azul e amarelo), duas com contorno (azul
(Fábrica de Harlingen) cujas cores são vinho e azul
claro com azul colonial e amarelo com castanho) e
(Alcântara, 1980, p. 38).
uma onde ao centro, no meio da cobrinha existe uma estrela de oito pontas. Esse padrão estava em um livreto de desenhos de manufatura holandesa já em 1680. De acordo com estudos e pesquisas, as fábricas portuguesas usavam a estrela como figura de canto e também gostavam de usar o contorno de desenhos em tons mais fortes (azulejos de números 147 e 148 do de Olavo P. Silva, 1997).
PE 52 O padrão único cujo motivo é uma estrela de oito pontas, encontrado nas cores amarela ou azul sobre fundo branco, sendo que, nesse padrão, a estrela só tem seis pontas – PE-60 e PE-61. Foi encontrado também em Portugal, no Palácio da Pena (Sintra), nos aposentos íntimos de D. Carlos I, só que nas cores verde e vermelho separadamente, com branco. Trata-se de encomenda feita a um fabricante em Lisboa chamado Eugênio Rosenbaum (ou Roseira), proprietário da Fábrica Roseira (PEREIRA e CARNEIRO, 1999, pág. 78).
PE-31, PE-32 e PE-33
O azulejo PE- 67 achado em três imóveis, esteve em voga durante quase 200 anos. Pintado a mão e em variações diversas. Os primeiros chegaram de Portugal em finais do século XVIII e após Abertura dos Portos, “vieram às toneladas da Holanda” (Knoff, 1986, pág. 76).
PE.67
PE-61
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Os azulejos PE-63 e PE-64 são do final do século XVIII e início do século XIX, originários de um desenho utilizado tanto pela França quanto por Portugal e Holanda. A decoração feita em estampilha com exceção das pétalas centrais que são pintadas a mão. De acordo com pesquisas, as fábricas portuguesas davam preferência por usar em determinados desenhos uma só cor, clara e escura; outro fator importante é a presença da estrela nos cantos, típico da decoração portuguesa. Ocorre que várias fábricas portuguesas produziram o mesmo padrão por terem importado de outros países as mesmas matrizes e terem acesso aos mesmos catálogos. Outras vezes teriam copiado os desenhos umas das outras, por preferência da clientela ou para satisfazer encomendas destinadas ao restauro de fachadas degradadas. Assim sendo, o PE – 64 é português e o PE – 63 pode ser holandês.
Palácio de Pena - Sintra
O azulejo de “figura avulsa” praticamente não existe aqui em São Luís. Encontramos, porém, um padrão em duas residências: uma em demolição situada na Rua Rio Branco, nº 216, e outra na Av. Kennedy, formando painel no terraço. São azulejos com fundo branco, desenho em azul com figuras de motivos holandeses (moinho, camponesa , farol, casal, embarcação e outros), na técnica de decalcomania, com dimensões bastante diferentes das outras encontradas: 25,0X25,0 cm. São peças do século XX.
O padrão PE-22, a chamada pintura-em-negativo,foi muito usada em Portugal entre 1790 e 1830, aproveitava-se o branco do azulejo para motivo da decoração. O uso da pintura-em-negativo iniciou-se na Bélgica, no século XVII. O PE – 66, padrão colorido estampilhado, é uma produção portuguesa, do Porto,. Existe similar em azul e branco em Salvador.
PE-66 O padrão “ferradura” ( PE-01, PE-02, PE-03, PE-04 e PE-05) que é muito frequente em São Luis, foi produzido pela Fábrica Viúva Lamego (Lisboa-PORTUGAL), no século XIX. Bastante encontrado tanto em sua forma policrômica como na monocrômica, que é rara em Portugal.
Azulejo de figura avulsa
O padrão PE-27 de origem portuguesa, segundo Udo Knoff (“Azulejos da Bahia”, prancha X, pág. 32), é encontrado em praticamente todos os cantos do Brasil, de norte a sul e, após a Abertura dos Portos, entraram no país mais de 5.000 peças num único dia. Pode ser visto nas Ruas Afonso Pena, Antônio Rayol, Rio Branco e outras.
PE-01
PE-02
PE-03
PE-04
PE-05
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Durante o trabalho, em visita de estudo ao “Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão”, podemos apreciar fragmentos de azulejos encontrados no trabalho desenvolvido pela equipe do órgão,
um marmoreado que não foi achado durante todo o
no “Projeto de Monitoramento Arqueológico das Obras
também não visto em qualquer outro lugar de São
de Ampliação da Rêde Hidráulica no Centro Histórico
Luís. Foi decorado na técnica “corda seca”, possui
de São Luis”, executado pela CAEMA (Companhia de
pouca espessura, desenho floral em diagonal e colo-
Águas e Esgotos do Maranhão), de abril a novembro
rido em verde claro, amarelo e vermelho sobre fun-
de 2003. Foram encontrados fragmentos de azulejos
do branco, de origem francesa, século XIX. (http://
estampilhados (PE-10, PE-64, PE-07, PE-51 e PE-74),
www.ironbridge.org.uk)
levantamento; um fragmento estampilhado em azul e branco com flores pequeninas não identificado e um fragmento de azulejo hispano-mourisco. Esse azulejo
Acervo do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão
Fragmento de azulejo francês
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4.4 Técnicas de Decoração
Ficou constatada a existência de 139 padrões de azulejos em São Luís, sendo um do século XVII, o restante dos séculos XVIII, XIX e alguns do início do século XX.
Letícia de Maria Paixão Martins de Castro Dentre as técnicas de decoração encontradas em São Luís estão a Estampilha, a Decalcomania, Majólica, o Marmoreado e Esponjados. Foram encontrados também azulejos sem decoração lisos e outros de técnica mista. A Estampilha e a Decalcomania surgiram como alternativa à pintura manual (Majólica) e representaram a modernização no fabrico do azulejo. Estas foram as mais usadas em Portugal, nosso maior fornecedor.
O que se notou em São Luís foi a repetição de várias padronagens nas fachadas. Padrões que estão definitivamente ligados à paisagem da cidade, tornando-se familiares para seus habitantes. Isso ocorreu com os padrões ferradura, pintura-em-negativo, estrela-e-bicha, sendo estes os mais comuns.
4.4.1 Estampilha Nessa técnica os azulejos eram decorados com desenhos simples e pintados por um processo que consiste em colocar sobre o vidrado um molde de papel próprio, ou acetato vazado no local desenhado, permitindo assim criar uma matriz para cada cor aplicada com trincha ou aerógrafo. Por terem sido assim fabricados, de forma artesanal, é que se observam algumas vezes certas imperfeições em inúmeras peças. Este era o processo mais comum.
Rua da Estrela, 327 Esta breve análise dos padrões existentes nas fachadas de São Luís apenas pretende levantar algumas informações sobre alguns aspectos que mais chamaram nossa atenção ao longo deste trabalho.
Português
Holandês
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4.4.2 Decalcomania A Decalcomania é uma técnica de decoração que surgiu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII. Os azulejos em decalcomania são geralmente monocromáticos e as cores mais utilizadas são azul, verde e castanho. Possuem decoração minuciosa. Também chamada de “impressão a talhe doce” ou “impressão mecânica”, era feita com a transferência para a peça cerâmica de um desenho cujo original foi gravado numa placa de cobre, passada com uma mistura de óxidos metálicos e óleo. Um papel fino e absorvente recolhe o desenho gravado na chapa, que por sua vez é comprimido sobre a superfície vítrea ou diretamente sobre a chacota, neste caso posteriormente a decoração é coberta com vidro transparente e tudo será fixado numa segunda cozedura. A maioria das matrizes em Portugal era importada da Inglaterra, explicando-se assim a semelhança entre várias estampas utilizadas na decoração dos azulejos portugueses e ingleses.
Francês
Os azulejos em estampilha em sua maioria são portugueses, contudo temos também holandeses e franceses. Normalmente são em cores muito fortes. Os portugueses são de manufatura mais rústica, com pequenos defeitos durante a estampilhagem. Os padrões estampilhados se espalharam por toda a cidade, principalmente nas fachadas mais antigas da área de tombamento estadual. Um dos padrões mais frequentes em estampilha em São Luís é o “ferradura”, da Fábrica Viúva Lamego, de Lisboa. Foi encontrado revestindo fachadas, como adornos e até em rodapés. Foi bastante aceito no mercado brasileiro e, por isso, muito explorado, com pequenas variantes no centro de rotação.
Os azulejos em Decalcomania são facilmente identificados dos outros por ter seus desenhos de contornos bem definidos e possuírem dimensões maiores, 15,0X15,0 cm, sendo que os bisotados possuem 11,5X18,0 cm.
Foram registrados no Centro Histórico de São Luís 282 imóveis com padrões estampilhados.
PD-03
Rua Portugal, 251
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4.4.3 Lisos
Durante o inventário, foram observados alguns exemplares de azulejos em decalcomania com cercaduras e frisos próprios; do padrão PD 9.1.2 (ALCÂNTARA, 1980, prancha XVII) só encontramos réplica em serigrafia. Esses azulejos estão mais concentrados no trecho das Ruas Grande, do Sol, Afogados e Passeio, não deixando de ter também em outras localidades. Notamos que, no Centro Histórico, na área de Tombamento Federal, não foi encontrado nenhum prédio com azulejos em decalcomania. Provavelmente eles só chegaram aqui no século XX e revestem as edificações da área de expansão da cidade com as ruas acima citadas . A quantidade imóveis azulejados com técnica de decalcomania é de 25 apresentando 18 padrões.
Constatamos a existência de fachadas revestidas com azulejos lisos, sem padrão, da mesma cor. Esta forma de utilização do azulejo, aliás pouco frequente, seria uma preferência pelos aspectos utilitários em prejuízo dos efeitos decorativos. Contudo muitos desses exemplares acompanham-se de frisos ornamentados, monocrômicos ou não. Os azulejos lisos encontrados foram nas cores Rosa, Amarelo, Azul, Verde, Creme, Branco e Marrom. Os dois primeiros acreditamos ser de origem portuguesa por possuírem as mesmas dimensões de azulejos portugueses do século XIX. Os verdes e os marrons (Rua dos Afogados, nº 690), do início do século XX, já têm uma pasta cerâmica mais clara e homogênea, no entanto é desconhecida sua procedência. O Azul não foi possível medir e só foi encontrado em adornos isolados. Foram achados 17 imóveis com azulejos lisos, de aplicação interna e externa. Foi localizado um imóvel com azulejos lisos e retangulares na cor verde em sua fachada e outro com brancos bisotados como silhar.
PD-07
PD-09
Rua do Sol, 176
PD-13 PL-03
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4.4.4 Marmoreados
4.4.5 Esponjados
Geralmente estão associados a efeitos “trompe loeil”, sugerindo molduras. Encontramos 5 casos onde a decoração do azulejo imita os veios de mármore, o que é feito com o pincel. Possui friso próprio e está situado em um conjunto de prédios na Rua do Giz, nº 149, 155, 161, 167 e 175, que se encontram já praticamente todo “desnudado” desses azulejos. É na cor rosa, procedência portuguesa e possui friso próprio. Foi o único caso de azulejos realmente marmoreados. Alguns autores chamam os azulejos esponjados de marmoreados, unindo as duas formas de decoração numa só.
Azulejos Esponjados, também chamados de “pedra torta”, são aqueles que reproduzem o efeito do granito ou aparência marmórea. Este efeito é conseguido por meio da utilização de esponjas na aplicação das tintas ou mesmo com o próprio pincel. Possuem função de rodapés e surgiram no século XVIII, início do barroco em Portugal. A Fábrica Viúva Lamego produziu alguns destes exemplares. Costumam aparecer em silhar com painel de almofadas (é o caso das Igrejas de Santana, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e Igreja da Sé), embora tenhamos um caso de barra na Rua do Giz, nº 149, 155, 161 e 167, onde a camada de vidrado se encontra bastante prejudicada por intempéries, vandalismos e outros tipos de agressões. Encontramos restos de um exemplar na cor azul clara, proveniente de demolição do prédio na Rua Portugal, nº 165. No total foram 7 prédios com azulejos esponjados, sempre nas cores roxo avinhado, azul claro e amarelo (este fazendo parte de painel).
Rua do Giz, 175
PM-02
PM-01
PM-05
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4.4.7 Mista
4.4.6 Majólica
Dizemos que a técnica de decoração é mista quando se juntam dois tipos de decoração em um só padrão. Pode ser estampilha com retoque à mão ou esponjado com estampilha, o que normalmente é uma cercadura, padrão do século XVIII. Como exemplo, colha-se o prédio na Rua do Giz, nº 53, ou ainda na Rua Grande, nº 782. Restam pouquíssimos casos.
A Majólica é uma técnica que consiste basicamente na aplicação da pintura a pincel sobre esmalte estanífero. Os azulejos decorados na técnica da majólica existentes em São Luís estão aplicados principalmente no interior dos prédios e, sobretudo, na área de tombamento federal, pois normalmente são do século XVIII. São azulejos de estilo pombalino, com flores e folhas estilizadas, usando principalmente as cores azul, amarela e vinho sobre fundo branco.
Pode ser também estampilha aerografada, que é feita através de pistola com a tinta sobre o vidrado opaco, ao invés de passá-la com trincha, como no caso dos azulejos franceses da Rua Portugal, nº 185. Essa técnica é também chamada de “decoração ao terceiro fogo”.
Encontramos 69 imóveis com azulejos decorados na técnica da majólica.
Rua Portugal, 185 - PE-54
O acabamento a mão se encontra em muitos azulejos estampilhados e é um processo moroso, sendo muito frequente nos exemplares mais antigos. Alguns exemplares fabricados na 1ª e 2ª décadas do século XIX tiveram acabamento à mão. Encontramos 26 imóveis com azulejos decorados por mais de uma técnica.
PMJ-02
PMJ-07
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4.5 Procedência
para o Brasil e, consequentemente, para o Maranhão. Daí, podemos afirmar, de acordo com a presente pesquisa, que é de produção lusitana a grande maioria dos azulejos de revestimento de fachadas da cidade de São Luís. Existem azulejos de vários países além de Portugal, originários da França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Holanda e Bélgica.
Letícia de Maria Paixão Martins de Castro Valflôr da Conceição Louzeiro Oliveira A identificação da origem de cada padrão reveste-se de grandes dificuldades, já que não podemos examinar o tardoz dos azulejos aplicados nas paredes e, se conseguirmos em algum exemplar, talvez nada seja encontrado, pois nem todas as fábricas marcavam a chacota. A identificação de azulejos não marcados tem de se basear nas consultas do pouco material bibliográfico existente, no conjunto de elementos menos objetivos e rigorosos provenientes do estudo da matéria-prima, das técnicas de fabrico, do tipo de desenho, da gama de cores utilizadas, das técnicas de vidragem e pintura e das dimensões da chacota. Os frisos e cercaduras que acompanham alguns padrões poderão também ser elementos importantes na identificação.
Além das diferenças que dizem respeito às técnicas de fabrico, existem as referentes ao tipo de desenho e cores utilizadas, que permitem em alguns casos, distinguir a procedência. Eis algumas características de manufatura que determinam a procedência dos azulejos: Holandesa: chacota com pouca espessura pasta cerâmica homogênea, “pintura transparente”, uso de figura de canto, frieza gráfica, estilo bastante pormenorizado. O azulejo holandês era mais delgado confeccionado com barro de finíssima granulação e amassado de forma homogênea com cores predominando o azul muito claro e transparente, aspecto este que apontou para uma forte influência chinesa que os holandeses se apressaram em copiar.
Procuramos, sobretudo, seguir as indicações da pesquisadora e arquiteta Dora Alcântara, do também pesquisador Udo Knoff e do arquiteto Olavo Pereira da Silva. De alguns padrões encontramos a procedência em seus livros, de outros foi-nos necessário fazer um estudo específico e ainda assim, surgiram dúvidas diversas vezes por existirem padrões que eram fabricados em um país, vendidos para outro e neste revendidos a um terceiro país. Por outro lado, existem padrões “copiados” (por outro país), com pequenas modificações.
Fábricas Holandesas: Keinklijke Fabrick Van Murrtyls (fica em Harlingen); Utrecht, que a partir de 1907 mudou o nome para Westraven (em Makun). Inglesa: chacota com dimensões oscilantes entre 14 e 16,5cm, corpo cerâmico de barro vermelho e estilo clássico. Fábricas Inglesas: Minton China Worts e Maw & Co, Hollins e Copeland. Francesa: sem retoques manuais, cores azuis e violetas borrados,como se o azul transbordasse, desenhos compostos por traços, pequenos arabescos, círculos ou curvas, padrão contido na própria peça que aqui em São Luís aparece sempre sem frisos, mas com cercaduras. Variações de tamanhos, sendo que a dimensão mais encontrada foi 11,0X11,0 cm. Na segunda metade do século XIX, a França concorreu com Portugal na exportação de azulejos para o Brasil; portanto, há exemplares com motivos idênticos de produção francesa como também portuguesa.
No século XIX, com o fechamento das fábricas em Portugal, algumas casas comerciais portuguesas negociavam azulejos de outros países e os revendiam para o Brasil, já que esse era obrigado a obedecer ao monopólio, adquirindo azulejos e porcelanas só da metrópole (Portugal). Esses países seriam a Holanda, tradicional também na fabricação de azulejos e o primeiro a vender azulejos para o Brasil nesse período, seguida pela Inglaterra, França, Alemanha, Espanha e Bélgica. Tem-se notícias de que a firma “Ricardo Graça e Cia”, no Rio de Janeiro, vendia azulejos alemães, franceses e belgas (J. M. dos Santos Simões para “Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional”, nº 14, 1959).
A França não só produziu azulejos para o Brasil como também para Montevidéu e Buenos Aires. Os centros produtores de azulejos franceses localizam-se em Desvres, Pas-de-Calais, em Serreguemines,
Portugal foi o país que mais exportou azulejos
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Alsácia Lorena e Aubágne, na Boca do Rhódano ou Choisy Le Roy, região de Paris. A fábrica mais importante é Pas-de-Calais, da família Fourmaintraux.
das Caldas da Rainhas, Goarmon, entre outras. Fazem parte da história do azulejo em Portugal. A fábrica Sacavém produziu azulejos cujo tardoz era canelado apresentando uma inscrição com o nome da fábrica e esporadicamente, com uma pequena coroa, cuja forma foi sofrendo algumas alterações ao longo dos anos.
Outra grande fábrica francesa é a Villeroy e Boch (atualmente tem sede na Alemanha, próximo da fronteira com a França). Foi criada com a união de duas famílias, uma francesa e outra alemã. Ficaram também conhecidas como as fábricas Blim Pêre et Fils e Blin Frères, em Aubane.
A fábrica Desterro também operou com azulejos com tardoz canelado, sentido transversal muito semelhante ao da fábrica Sacavém, com a seguinte inscrição “Fábrica Desterro-Lisboa”.
Quase todas as variantes têm marcas incisivas dos fabricantes no seu tardoz (um selo elipsóide ou circular). Os exemplares de produção de Pas-de-Calais, Fourmaintraux têm 11,0 cm de dimensão, o que é uma das características dessa fábrica. Enquanto que
As fábricas Goarmon e Constância produziram azulejos de fachada, mas não registraram nenhuma marca da fábrica no verso das chacotas, era completamente lisa. Outras fábricas como Campolide, Miragaia, Cavaquinho e Santo Antônio da Piedade, também não marcavam os biscoitos, nenhum dos exemplares dessas fábricas pode ser identificado como pertencentes às mesmas.
os azulejos com 20,0 cm de dimensão são da fábrica Aubagne ou J.C.Givet, ambas fabricavam com as mesmas medidas. Os exemplares da Villeroy Boch, variam de tamanho (de 11,0 a 15,0 cm). A padronagem desta fábrica
A maioria das matrizes de metal para azulejos em decalcomania de Portugal foi importada da Inglaterra, o que explica a semelhança de vários padrões portugueses com ingleses.
apresenta formas geométricas e tem duas características, azul e violeta borrados semelhante ao “azul borrão” da louça inglesa e os desenhos pontilhados ou pintura “puntillista”.
Os exemplares produzidos pela Fábrica Viúva Lamego em Portugal quase sempre se acompanhavam de frisos e, menos frequentemente, de cercaduras. Os frisos produzidos por ela mais comuns entre nós são os “de corda” (FE-22), “de trança” (FE-20 e FE –21) e os “de galão” (FE – 30 e FE – 35).
As interpretações de Art Nouveau e Art Déco, foram reproduzidas nos azulejos das famosas fábricas Faiemceries de Sarreguemines e Villeroy & Boch caracterizando assim um importante período da arte azulejar francesa. Espanhola: são tricrômicos (azul, amarelo e branco), coloridos alegres.
Os azulejos mais antigos frequentemente possuem alguns pequenos defeitos como empenamento da chacota e irregularidades no vidrado. O acabamento era feito a mão, principalmente nos estampilhados, persistindo até mais ou menos a primeira e segunda décadas do século XX. Esses defeitos são de uma época de fabricação artesanal. À medida que as fábricas foram se modernizando, o acabamento foi atingindo grau de perfeição. Apesar disso tudo, a evolução tecnológica das fábricas ocorreu lentamente e de modo irregular, pois na mesma época coexistiam técnicas de fabrico diferentes, tornando assim mais difícil a classificação cronológica.
Belgas: motivos em diagonais com flores, folhas estilizados estrelas de 6 e 8 pontas, meandros e uso da decalcomania. Portuguesa: camada do vidrado apresentando por vezes alguns defeitos, pasta cerâmica granulada, de grossa espessura, uso da estrela como decoração nos cantos, desenhos grosseiros, toscos em azul e branco ou em policromia. O padrão é desdobrado em 2X2 ou 4X4, sempre contornados por frisos ou cercaduras. Fábricas portuguesas de grande, médio e pequeno porte como: Viúva Lamego, Constância, Sacavém, Devezas, Desterro, Carvalhinho, Miragaia, Cavaquinho, Lusitânia, Massarelos, Bica do Sapato, Faiança
No que diz respeito às marcações de tardoz, em algumas fábricas portuguesas, só começou a ser feita
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por volta de 1942. Atribuir com precisão uma data de fabricação e de colocação dos azulejos torna-se, em muitos casos, impossível. Apesar destas dificuldades, existem alguns dados com os quais podemos contar para classificar cronologicamente, de forma aproximada, alguns padrões. Os azulejos de alto relevo, por exemplo, são todos portugueses do Porto, do século XIX, Fábrica de Massarelos ou Fábrica das Devezas. Ocorreu também o fenômeno da reciclagem, na 2ª metade do século XIX, da apropriação do passado, por carência de conteúdo, foi lançada mão do que dispunham em termos de modelos, adequando para os novos modos de produção.Outro fator muito importante seria o conhecimento da época em que se ocorreu a expansão da cidade. O PE-51 só foi encontrado em adornos isolados e existe similar no catálogo de azulejos da “Mintons, China Works & Co.” de 1880, é o de nº 508 e foi desenhado pelo arquiteto neogótico A.W.N. Ougion, amigo pessoal de Herbet Minton (“Azulejos Decorativos”. LIBSA, lâmina 18), sendo que o exemplar do catálogo é em azul, vermelho, branco e castanho claro. De acordo com nossas pesquisas, alguns azulejos puderam ser identificados quanto a sua procedência, destes 346 são portugueses, 2 são holandeses, 16 ingleses, 3 franceses, 5 alemães e 6 belgas, entretanto 76 não foram identificados. Rua das Crioulas, 324
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4.6 Dimensões
10X10 cm; 10,4X10,4 cm; 10,8X10,8 cm 11,0X11,0 cm e 11,4X11,4 cm de dimensões. Os azulejos bisotados ingleses possuem as seguintes dimensões: 11,5X18,0 cm e os retangulares (verdes) 10,0X16,0 cm.
Letícia de Maria Paixão Martins de Castro Valflôr da Conceição Louzeiro Oliveira
A Bélgica também produziu azulejos com as dimensões de 10,2X10,2 cm; 11,0X11,0 cm; 13,0X13,0 cm e 13,3X13,3 cm. Os padrões encontrados possuem 14,5X14,5 cm e 15,0X15,0 cm.
Os azulejos possuem diferentes dimensões, de acordo com suas origens. Verificamos que há uma variedade muito grande de tamanhos, pois os tamanhos nem sempre são exatos; por sua vez, adquiriam também características de outras fábricas (estrangeiras).
A Espanha produziu azulejos com dimensões um pouco maior que os demais países (chegando até 21,0 cm) 13X13 cm; 14X14 cm; 14,5X14,5 cm; 15,3X15,3 cm; 20,0X20,0 cm e 21,0X21,0 cm.
As fábricas portuguesas Sacavém, Lusitânia e Desterro produziram azulejos em diversos tamanhos, como por exemplo: 12,6X12,6 cm; 13,5X13,5 cm; 14X14 cm. O mesmo acontecendo com as fábricas Devesas, Carvalhinho e Constância que produziram azulejos com a dimensões de 14,5X14,5 cm e 14,9X14,9 cm.
Os azulejos franceses possuem dimensões variadas, podem ter 10,5X10,5 cm, 11,0X11,0 cm, 15,0 ou até 20,0 cm.
Algumas fábricas portuguesas usavam 15,0X15,0 cm, outras usavam dimensões mais reduzidas (13,0X13,0 cm ou 14,0X14,0 cm). Nem sempre essas dimensões são exatas, por causa da retração, que faz com que a chacota diminua de tamanho, durante a queima. A cercadura portuguesa relevada CR-01, da Rua Rio Branco, nº 314 (ou Praça Gonçalves Dias), possui 16,0 cm x 16,0 cm. O friso relevado FR-04, português, possui 8,5X13,5 cm. A Holanda produziu azulejos com as seguintes dimensões: 10,5X10,5 cm; 11,5X11,5 cm: 12,8X12,8 cm e 13,5X13,5 cm. Quase todas as fábricas holandesas utilizaram os mesmos motivos, com ou sem pequenas variações. Assim como a Holanda, Portugal também fez pequenas variações criando novos padrões. Fábricas da Inglaterra produziram azulejos com CR-05 - Praça Gonçalves Dias, 314
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4.7 Peças Faltantes Domingos de Jesus Costa Pereira A herança de bens culturais “foi-nos legada pelos nossos antepassados para que dela pudéssemos usufruir!”. Nela está inserida a história de um povo e o modo de fazer arte. Cabe a todas as gerações ter a sensibilidade de absorver, respeitar e preservar seu patrimônio histórico. A sociedade deve conhecer o acervo cultural de sua cidade e assumir a responsabilidade por sua integração física, estabelecer normas e criar hábitos saudáveis de uma convivência harmoniosa das pessoas com a arte, proporcionar condições necessárias para preservar e conservar sua herança cultural, que tem grande importância artística e uma história milenar, conhecida em todos os continentes, envolvendo artistas, técnicos e operários, compondo e ilustrando as páginas mais belas da história da arte universal.
Rua do Giz, 426
quisadora, de 1959 a 1972 em apenas 13 anos a cidade perdeu 49 prédios revestidos de azulejos antigos. Cerca de 11 imóveis referidos em trabalhos anteriores, foram demolidos ou desabaram no último quartel do século XX; 73 fachadas de padrões antigos foram simplesmente removidas nos últimos tempos; 163 imóveis perderam azulejos, uma quantidade que varia entre uma unidade a 30%, às vezes mais, como consta do fichário anexo, a falta destas peças nos revestimentos deixa uma lacuna sombria do descaso público e dos proprietários na conservação do patrimônio.
A descaracterização do patrimônio artístico, muitas vezes tem a conivência de construtores, comerciantes e proprietários, que não reconhecem ou desrespeitam o valor histórico cultural dos seus revestimentos, gradis, portadas e bandeiras antigas. A valorização extrema ao moderno e a aversão ao clássico criam uma mentalidade errônea de que o patrimônio cultural impede o desenvolvimento. Surgem os adeptos da substituição dos prédios antigos por novos e a vontade das imobiliárias por desabamentos para novos projetos.
Não foi possível contabilizar o número de azulejos extraviados do conjunto arquitetônico dos imóveis citados. É um trabalho exaustivo, que deverá ser feito especificamente com esse objetivo. Alguns exemplares remanescentes desta catástrofe histórica cultural estão expostos em forma de faixas e tarjas nos frontais dos casarões suntuosos, outros fazem parte da pinacoteca de coleções particulares, ou como adornos e outros ornamentos nas fachadas de 135 imóveis, só na área tombada do centro histórico, estes últimos ornatos estão em geral nas casas simples provavelmente de operários que trabalharam na remoção do acervo perdido.
A pesquisadora Dora Alcântara, em seu trabalho sobre “Azulejos Portugueses em São Luís do Maranhão”, faz referência de um caso típico, que justifica o quanto se tem perdido desse patrimônio magnífico, no decorrer dos anos. Com as melhores intenções transcrevemos o texto na íntegra: “um construtor português, há muitos anos radicado em São Luís, Manuel Fernandes, com quem tivemos oportunidade de falar, disse ter executado reformas em fachadas azulejadas de vários prédios e demolido outros tantos. O mesmo, dissera ele, a Mário Barata em 1955, estimando então em 300 as fachadas azulejadas que teriam desaparecido ‘nos últimos 30 anos’ ”. Embora a autora considere a informação “um pouco exagerada”, os acontecimentos confirmam a veracidade da história.
Basta uma análise simples dos resultados dos trabalhos recentes e para constatar-se a dimensão da perda do rico patrimônio artístico do centro histórico, as agressões indiscriminadas dos últimos três quartéis do século passado e início deste, parece a história de uma cidade decadente esquecida no tempo. Onde existiam bonitos casarões azulejados, foram encontrados apenas terrenos vazios ou usados para estacionamentos, alguns estão registrados em livros ou catálogos históricos, outros fazem parte dos tristes contos: “aqui era uma vez...”. Ainda integram o conjunto arquitetônico grandes sobradões arruinados escorados ou não com peças de madeira, algumas portas e janelas estão veda-
Com o episódio citado, conclui-se que a partir do segundo quartel do século XX, tivemos as primeiras informações, que caracterizam a gravidade do processo de perda do conjunto arquitetônico azulejado do Centro Histórico de São Luís. Segundo a mesma pes-
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das com tijolos e cimento bruto, compondo, há anos, um cenário horroroso e lamentável, como se o tempo recuperasse o desleixo das instituições responsáveis de resguardar a memória cultural da cidade. Azulejos belíssimos são sacados à força dos revestimentos por raízes de arbustos, que crescem nas paredes; fachadas inteiras foram substituídas por padrões novos. - “Os azulejos eram muito velhos, troquei por novos”,- diz orgulhosa a proprietária da casa nº 218, da Rua Antônio Rayol.
possível documentar, em alguns cômodos, mesmo arruinados, uma pequena quantidade de azulejos empilhados, fragmentos descartados, as marcas deixadas das peças saqueadas no “Hall” de entrada do primeiro e segundo pavimento dos silhares das escadarias e numa dependência do andar superior. São exemplares de procedência lusitana com as referências de padronagem PA 5.1.1, PA 10.1.1, PA 15.1.1, PA 2.1.1, PA 16.1.1, PA 12.1.1.1, PA 12.2.2, CA 5.1.1 (Código de Dora Alcântara) e Nº 304 (Código de Olavo P. Silva) do seleto conjunto do século XVIII.
A equipe de pesquisadores formada por onze integrantes, que durante cinco meses, de janeiro a maio de 2004, dedicou-se intensamente às investigações e análises da situação atual do acervo azulejar do centro histórico de São Luís, passou momentos de angústia ante os problemas que parecem insolúveis. Azulejos que despencam das fachadas, prédios que desabam e são saqueados por vândalos, reformas que fragmentam azulejos antigos e descartam no entulho; negligência, roubo, descaso das instituições responsáveis pela preservação dos bens culturais. Um conjunto de ocorrências contínuas, que levam ao caos qualquer patrimônio. Três casos ilustram bem as preocupações dos inventariantes neste período:
Nos três casos referidos, calcula-se cerca de mil azulejos que decoravam os interiores desses imóveis. Foram eliminados da memória. Estas perdas poderiam ter sido evitadas ou recuperadas para museus ou resguardadas por qualquer órgão responsável pelo acervo. A coordenação do inventário comunicou às instituições de direito em tempo hábil para que providências fossem tomadas, com exceção da Rua Portugal, onde um especialista em azulejaria não pertencente à equipe já havia denunciado o fato por escrito. Engana-se quem pensa que os azulejos, que revestem interiores de imóveis, estão mais protegidos que os das fachadas; às vezes são extraviados sem deixar pelo menos o registro histórico de seus valores artísticos para as futuras gerações conhecerem a criatividade da memória coletiva dos seus antepassados. Diz um filósofo dos primórdios das Ciências: “na natureza nada se perde, nada se cria e tudo se transforma”. Assim, o sábio transforma o barro em arte; e o ignorante, a cultura em lixo.
1) Rua Rio Branco, casa nº 216. Foi demolida toda a estrutura interna e posteriormente a fachada com azulejos do século XX foi removida. Nos escombros foram encontrados dois belos padrões de azulejos portugueses com as referências PE 1.1.2 , PE 23.1.1, revestindo paredes do interior do imóvel e um painel de figuras avulsas com desenhos e traços finos que caracterizam a arte holandesa, todas essas relíquias foram quebradas a picareta e jogadas no entulho. 2) O sobradão nº 165 da Rua Portugal estava em reforma, os operários removeram o revestimento de um muro com azulejos portugueses do século XVIII, com os seguintes padrões antigos: PA S/Nº , CA 3.1.1, CA 3.1.2, CA 4.1.1, CA 5.1.1, CA 6.1.1, PA 12.1.1, PA 12.2.2 (Código de Dora Alcântara) , Nº 13, Nº 23, Nº 219, Nº 221, Nº 304 , (Código de Olavo P. Silva). Raríssimos no acervo ludovicense e que foram parar no contêiner de lixo público; alguns exemplares foram resgatados por “flanelinhas” do estacionamento da Praia Grande e vendidos livremente aos transeuntes do logradouro interessados nas peças. Os fragmentos foram abandonados no lixão. 3) Dois sobradões conjugados desabaram, um de esquina com a Rua da Saúde, nº 94; e o outro, na Rua da Palma nº 445. As fachadas não ruíram. Ainda foi
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4.8 Estado de Preservação
e microfraturas; a umidade e raízes de vegetações provocam destacamento de azulejos dos suportes. Os revestimentos de uma forma geral são afetados por manchas e sujeiras superficiais decorrentes das decomposições naturais dos materiais orgânicos e aglutinantes utilizados nas fixações dos suportes, adesivos e colas da panfletagem. Registrou-se ainda perdas parciais de chacotas.
Domingos de Jesus Costa Pereira A metodologia utilizada para avaliação da deterioração do revestimento azulejar no centro histórico de São Luís foi através de observação visual pormenorizada por técnicos e estagiários, analisando as causas e detectando os problemas em cada local de aplicação, contabilizando por estimativas as perdas de vidrados, partes das chacotas, fraturas, sujidades, danos por intempéries e estupidez humana. As fichas individuais dos imóveis azulejados apresentam a estatística dos resultados da situação atual do patrimônio.
Nos prédios encontrados com fachadas azulejadas, muitos adornos e registos estão em avançado estado de deterioração por intempéries, agentes biológicos, vandalismo e negligência. Foram contabilizadas 56 edificações com infiltrações, 57 fachadas com alguma espécie de vegetais; 340 locais com aplicações, cujas fissuras estão infestadas por quaisquer tipos de colônias de microorganismos degradativos dos vidrados; 182 agressões de vândalos a exemplo de saques, além das pichações, colagens, peças fragmentadas por impactos com objetos metálicos e outras ações brutais.
A equipe de trabalho constatou problemas variados no estado de preservação da azulejaria, integrada à Arquitetura ao longo dos anos e concluiu: os azulejos sofreram acentuado processo de fragilização com perda de vidrados, provavelmente em consequência da existência de sais solúveis nos monumentos e dos ciclos das chuvas, que favorecem o aparecimento de organismos vivos com ação devastadora. O período de estiagem com a elevação de temperatura contribui para formação de cristais, aparecimento de craquelês
Esses dados caracterizam o estado físico da azulejaria do Centro Histórico de São Luís, o qual foi classificado em três categorias: bom, regular e péssimo, segundo investigações minuciosas do sistema estrutural de cada revestimento.
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rão mencionadas, às vezes replicadas, devido tamanha preocupação com o acervo. A pesquisa detectou que os principais agentes do processo deteriorativo do acervo azulejar são danos irreversíveis, que afetam esse patrimônio valoroso, necessita-se de cuidados urgentes para salvar-se o que resta da memória preciosa dessa arte arquitetônico-decorativa e manter em condições de ser visto e apreciado com todo seu valor e beleza artística cultural, sob rigoroso cuidado de preservação e vigilância.
Azulejo com sujidades
As informações catalogadas demonstraram outras razões prejudiciais ao patrimônio: o próprio envelhecimento natural; degradação com perdas de vidrados; microfraturas e pulverulência das chacotas; manchas e sujeiras diversas; zonas afetadas por sais, infestações biológicas tanto animais como vegetais e as agressões humanas “involuntárias”: azulejos antigos assentados com massa de cimento; restaurações mal feitas; réplicas (Serigrafia) para reposição, que perdem a decoração; peças com tonalidades diferentes das antigas e vários fatores agravantes, cujas causas já foram ou se-
Azulejos danificados
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4.9 Causas da Deterioração
por ativando o processo de envelhecimento da azulejaria no decorrer dos anos.
Domingos de Jesus Costa Pereira
São preocupantes as contribuições biológicas
Os revestimentos azulejares em suportes arquitetô-
no arruinamento das construções antigas. Arbustos
nicos permanecem interados com as estruturas físicas
crescem nas fachadas e nos beirais, trepadeiras esten-
das peças cerâmicas e das edificações. Esta diversidade
dem-se nos telhados e dependuram-se nas cimalhas,
material cria um mecanismo de resistências opostas,
formando enormes cortinas verdes; até a embaubeira,
provocando as causas de deterioração do patrimônio
árvore dos pântanos, tem seu lugar de destaque nas
artístico. O levantamento do estado de conservação
coberturas dos casarões. As raízes dessas vegetações
elaborado no “Inventário de Azulejos de São Luís” não
penetram pelas paredes muitas vezes de taipa e adobe,
tem o caráter de diagnosticar, mas apenas obter uma
encontram nutrientes necessários para a perpetuação
constatação visual dos problemas graves que intera-
das espécies formando verdadeiros jardins suspensos
gem no acervo de maneira danosa, isto é fundamental
no alto dos prédios, provocando rachaduras e desaba-
para análises laboratoriais e um diagnóstico definitivo
mentos de paredes azulejadas. Os revestimentos são
para futuras intervenções de conservação e restauro.
infestados de fungos, liquens, bolores e outros tipos de microorganismos nocivos ao patrimônio, as colô-
Foram detectadas várias causas externas e inter-
nias se desenvolvem nas fraturas, lacunas e rejuntes
nas de degradação que agridem a integridade física
dos azulejos, provocando destacamento de vidrado e
dos azulejos que integram a arquitetura. Os danos
fragilidade dos biscoitos.
externos estão relacionados com as radiações solares, os efeitos dos raios ultravioletas, as mudanças climáti-
As causas internas de degradação das estruturas
cas equatoriais bruscas com variações de temperatura
de suporte são igualmente perigosas. As paredes rece-
e precipitações de chuvas, a grande acumulação de
bem água por ascensão através de hidroscopia capilar,
umidade no solo e no ar, além de uma névoa salina
dissolvendo sulfatos e sais solúveis ativando os ciclos
que envolve as ilhas oceânicas, como São Luís, pro-
iônicos, fragilizando o corpo cerâmico, provocando
vocando efeitos físico-químicos nos materiais, como
fissuras nos vidrados, aflorações pulverulentas dos
uma estufa com alteração de calor e circulação de va-
materiais estruturais e desintegração das pinturas. As goteiras e infiltrações provocam danos irreparáveis ao patrimônio arquitetônico, as estruturas parietais intumescem e dilatam-se provocando rachaduras, às vezes desabando, arruinando o prédio e rasgando a história cultural da cidade.
Rua do Giz, 53
PE-33
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Largo de Santiago - Fábrica Martins
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4.10 Superfície Letícia de Maria Paixão Martins de Castro Valflôr da Conceição Louzeiro Oliveira Ao longo dos séculos o azulejo sofreu várias influências, adaptou-se como ornamento no espaço arquitetônico, encontrando no Brasil o acolhimento devido e fixando raízes de origem portuguesa. A integração do azulejo na Arquitetura deve ser realçada com uma das características mais originais no revestimento parietal, a qual deixa de ter o papel estritamente decorativo para se transformar num elemento intimamente ligado a estrutura arquitetônica. Os azulejos relevados merecem referência especial. O relevo sempre foi a forma de expressão preferida dos ateliers de Vila Nova de Gaia, localizada na cidade do Porto. Esta técnica encontrou poucos adeptos no centro de Portugal. Existem dois processos para conseguir-se relevos. Uma técnica que consiste em despejar a argila liquida no molde de gesso ou madeira; a outra maneira é prensando argila molhada de encontro a placa de madeira (gesso ou metal), em negativo.
PR-01
Vila Nova de Gaia anunciava no jornal O 1º de Janeiro, da cidade do Porto: “Continuar a fabricar azulejos de alto-relevo, lisos e muitas qualidades com desenhos que recebeu da Inglaterra, França, Bélgica, Suíça, acabando com tal perfeição como não vêm melhor do estrangeiro”(Dora Alcântara – Azulejos Portugueses em São Luís do Maranhão). Outra informação pesquisada sobre o início da produção dos azulejos relevados data do ano de 1886 pela fábrica Devezas, logo seguida por outras fábricas do Norte tais como Massarelos, Cavaquinho e Santo Antônio da Piedade, diferenciaram-se pela produção do verdadeiro azulejo “de” meio-relevo e alto-relevo que ainda hoje a cidade do Porto mantém um precioso mostruário. Nesse tipo de azulejo a superfície é valorizada pela luminosidade do brilho e as riquezas das cores.
Técnica bastante utilizada nos séculos XV e XVI,
Quase toda a nossa azulejaria é de superfície plana, embora tenhamos vários padrões em relevo e alguns bisotados. Possuímos três modalidades de azulejos com superfície em relevo: alto, baixo e semirrelevado. Em alto relevo foram encontrados 4. padrões 2x2; em baixo relevo encontramos um, padrão único; semirrelevado, foram encontrados 6 padrões, sendo que de um deles só foi detectado um elemento em espelho de escada (Rua Oswaldo Cruz nº 1.374).
PR-03
pelos De La Robia, sendo posteriormente retomada em Portugal no século XIX e divulgada por artistas como: Rafaell Bordalo Pinheiro; bem como em produção de azulejo das fábricas de Sacavém, Devezas e Massarelos.
Os azulejos semirrelevados são ingleses do início do século XX, manufaturados e decorados pela técnica conhecida como tubagem na qual uma pasta com mistura de barro, fundente e quartzo é aplicada criando
Em 1822, a Fábrica Santo Antônio do Vale de
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um desenho com finas linhas de aresta na superfície do azulejo, posteriormente estas áreas são preenchidas com vidrados coloridos e as arestas funcionam como fronteiras entre cada cor.
Existe fachada toda recoberta por azulejos em alto-relevo (PR - 02 com PR- 01) que não possuem friso, mas o PR - 11, português, possui friso próprio e só foi encontrado em residência na Rua do Ribeirão nº 68. Foram encontrados azulejos em alto relevo como adornos isolados, embasamentos e barra abaixo da cimalha. No total foram 21 imóveis com azulejos em relevo, sejam eles em alto, baixo ou semirrelevado.
Um deles possui no tardoz “H & R JOHNSON” e no interior de um desenho em forma triangular a inscrição “Cristal – Trade Mark”, segundo catálogo da “MINTON CHINA WORKS & Co.”, os azulejos lembram o estilo hispano-mouriscos de aresta. Um destes semi-relevados é “Art Dèco” e os outros são “Art Nouveau”.
Encontramos azulejos de superfície bisotada, retangular, liso ou em decalcomania, talvez de origem inglesa, revestindo fachadas e áreas internas como jardim de inverno, casa de banho e cozinha. O padrão liso é na cor branca e o decorado em dois padrões, um azul e outro vermelho sobre fundo branco. Ao todo foram 5 imóveis com este tipo de azulejo.
Em baixo-relevo temos o PR - 06, só encontrado à Rua Oswaldo Cruz nº 1.474. É provavelmente português, cidade do Porto, da Fábrica das Devezas, não possui friso próprio.
PL-08 PR-06
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trializado, tecnicamente é um procedimento errado utilizar peças serigrafadas e expor às intempéries.
4.11 Peças de Reposição
A utilização de produtos cerâmicos inadequados às fases do processo de sinterização, causam a incompatibilidade entre o vidrado original da indústria e o sobresmalte usado na composição pictórica do artista, quando os pontos de fusibilidade dos materiais decorativos são diferentes, portanto não há reações de oxidação e redução das substâncias, são características físico-químicas importantíssimas na miscividade durante a cozedura de vitrificação.
Domingos de Jesus Costa Pereira Durante o inventário foram coletadas informações criteriosas de várias situações diferentes, que caracterizam o estado degradativo do acervo azulejar de São Luís. Os problemas mais agravantes são as danificações naturais de diversas etimologias; encontram-se peças tão estragadas, que não permitem mais recuperação, além da grande quantidade de azulejos faltantes por depredação de vândalos e negligências. Tendo em vista tudo isto existem as causas de degradação cometidas por intervenções inadequadas de empresas ou pessoas desprovidas de conhecimento, sem consciência profissional, nem orientação técnica específica, nas tentativas empíricas de restauração, provocam danos irrecuperáveis no patrimônio azulejar, utilizando metodologia errada, réplicas sem qualidade técnica e materiais impróprios.
Raramente coincide o ponto de fusão dos materiais empregados nas fábricas com os usados nos ateliês. Tudo pode ser corrigido, consultando técnicos ou fabricantes de matérias primas e adquirindo material compatível com a utilidade desejada. Este é um procedimento técnico para utilização de materiais cerâmicos de revestimentos exteriores.
A questão das réplicas encontradas no acervo da azulejaria antiga do centro histórico é muito preocupante, as peças de reposição serigrafadas nas fachadas com restauração mal sucedidas e quando os azulejos faltantes foram substituídas por novos, cuja reconstituição decorativa utiliza-se a técnica de serigrafia. Esse processo apresenta decomposição da arte, desenho e cor, impressa na superfície vidrada do azulejo indus-
Azulejos antigos dos revestimentos parietais em restaurações recentes são assentados com argamassas de cimento portland que, comprovado em análises químicas, possui elevado teor de sulfatos e halogenatos, que migram em formas iônicas para as superfícies vidradas e espaçamentos de juntas, provocando verdadeiras corrosões das extremidades para o centro e causando aflorações fissurais com destacamento da área decorada. Naturalmente acontece a solidificação das massas, incorporando-se no tardoz do azulejo, fragili-
Peças de reposição em serigrafia - Prédio ao lado
Peças de reposição em serigrafia - Rua de Nazaré, 328
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zando o biscoito, tornando inseparáveis por processos químicos ou mecânicos sem danificar as peças; são as “conseqüentes alterações e degradações que daí advém”.
interferir no acervo artístico, sem os devidos conhecimentos técnicos e científicos dos materiais constituintes das obras em execução e saber quais os procedimentos, os produtos que deverão ser usados para aumentar a longevidade e não acelerar o processo de degradação do patrimônio abordado.
Quanto aos azulejos, que por razões diversas não existam mais nos revestimentos ou os que não podem ser restaurados, há instituições especializadas em conservação e restauro de patrimônio artístico. Elas orientam equipes de restauradores para o consenso técnico e histórico na manufatura de réplicas de azulejos, utilizando processos metodológicos originais e fazendo análises químicas dos azulejos para identificar os materiais constituintes do corpo cerâmico, vidrados e tintas decorativas. Os resultados permitirão a escolha dos produtos mais adequados, existentes no comércio, como os utilizados nos séculos XVIII e XIX, as pastas cerâmicas ricas em óxido de ferro, vidrados em óxido de estanho e os componentes corantes da decoração original, assim teremos um produto bastante similar aos antigos. A tecnologia de conservação e restauro dos bens culturais evoluiu, no decorrer dos séculos, com o conhecimento científico. Os países que respeitam a memória de seus antepassados, investem em estruturas básicas para a capacitação de técnicas e equipamentos de laboratórios para pesquisar as estruturas dos seus monumentos tombados, estudar os materiais e produtos para resolver os problemas de recuperação e preservação do patrimônio, resguardar as características originais e o valor histórico. Ninguém tem o direito de
Meia-morada com 50% de azulejos em serigrafia
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4.12 Acessórios Fixados
103 ferragens encravadas nos azulejos e outros objetos diferentes, danificando as peças; 60 placas de vários tamanhos e modalidades com anúncios comercias e referências profissionais. Estas são as principais causas que descaracterizam e degradam o patrimônio azulejar.
Domingos de Jesus Costa Pereira A negligência é um dos principais fatores de depredação dos revestimentos de fachada. Os pesquisadores deste inventário registraram um arsenal de acessórios fixados nas paredes azulejadas, quebrando a harmonia decorativa do conjunto; outros objetos mutilam completamente as peças que compõem o tapete. Existe uma parafernália de artefatos montados em suportes encravados em perfurações diretas nos revestimentos, além de diversos tipos de quinquilharias metálicas para sustentar placas, banners, fiações e outros objetos suspensos nas fachadas, destruindo e ocultando a estética do acervo azulejar. O vandalismo é uma epidemia preocupante que afeta intensamente o patrimônio cultural com agressões tão graves ou piores que as causas já referidas. São numerosos saques de peças decoradas antigas que integram o conjunto original pela pirataria de pessoas inescrupulosas sem princípios e nem consciência do valor cultural para especular no comércio “negro” com turistas e colecionadores. São azulejos que vão e jamais retornam aos locais de origem. O vazio ficará para sempre na fachada e na história da arte. Cartazes, panfletos, publicidades gráficas, pichações e outros meios bizarros de comunicação são colados ou grafitados no patrimônio, descaracterizando a beleza natural e prejudicando a seqüência da leitura decorativa do conjunto. As colas e produtos adesivos desses materiais são ricos em substancias orgânicas, que servem de nutrientes para microorganismos que proliferam nos craquelês, manchando as pinturas e destacando o vidrado.
Rua Grande - Fachada com placas fixadas
São Luís é uma cidade única, encantadora por sua simplicidade, diferente na tipografia, possui uma arquitetura suntuosa e bela com o brilho das fachadas azulejadas; tem folguedos alegres e contagiantes; o clima é ameno com lindas praias ensolaradas o ano inteiro; esta ilha, cheia de atributos, inspira os poetas, que cantam e cultuam sua beleza noites a fio; os visitantes ficam contagiados pela magia e romantismo, que brotam dos seus casarões, escadarias e ruas tortuosas. A população é acolhedora, mas precisa despertar para os valores históricos de sua memória artística e usufruir de suas riquezas culturais, tornar mais agradável sua cidade, preservando seu patrimônio para as pessoas que vem desfrutar de suas maravilhas e conhecer o legado de seus antepassados.
O patrimônio sofre as conseqüências levianas de vândalos e os efeitos do desenvolvimento modernista, que não têm limites com os bens culturais; prédios tradicionais são modificados com eliminação de portas, janelas ou abertura de porões para construção de garagem e salões comerciais; azulejos antigos substituídos por novos; revestimentos alterados com acessórios fixados, que perfuram as peças e interrompem abruptamente a visão do tapete. Neste desequilíbrio babilônico foram registradas sobre as fachadas azulejadas: 96 instalações elétricas; 25 instalações hidráulicas,
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Rua do Ribeirão, 68
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4.13 Azulejos Subtraídos Valflôr da Conceição Louzeiro Oliveira Foi constatado após a realização do Inventário Azulejar de São Luís, no período de janeiro a maio de 2004, por técnicos especialistas em conservação e restauro de azulejos e formandos em arquitetura e urbanismo, a existência de 452 prédios com azulejos dos séculos XVIII e XIX e início do século XX, com revestimentos azulejar na fachada, silhar, embasamento, adorno isolado, tarjas, registros e frisos.
4.13.1 Registro de Subtração
Rua do Sol, 479
Conforme pesquisas realizadas nos anos de 1959 pela historiadora Dora Alcântara, existiam na cidade de São Luís, 270 prédios com fachadas azulejadas do padrão do século XIX.
Obs: Esta contagem refere-se à perda do revestimento azulejar, total ou parcial nas fachadas, silhares, barras, adornos e outros que vai de 40 à 100%.
Nove anos depois, ou seja: em 1968, aproximadamente 20 prédios foram removidos, os azulejos e outros substituídos por padrões nacionais.
O total foi de 110 imóveis que sofreram perda azulejar, 75 perderam completamente os azulejos originais e outros 33 sofreram perda parcial.
Em 1972 a pesquisadora atualizou o cadastro e registrou a existência de 221 prédios azulejados, o que demonstra que a perda sofrida em relação ao primeiro inventário foi 49 prédios azulejados. Já o pesquisador Olavo Pereira Filho registrou em seu levantamento de 1973 a 1980, um total de 177 prédios com fachadas azulejadas que comparado com o diagnóstico de Dora Alcântara, a subtração foi de 93 fachadas.
Constatamos ainda a existência de inúmeros azulejos dispostos na fachada em forma de adornos isolados, emoldurando portas e janelas, faixas azulejadas logo abaixo das cimalhas, barras e tarjas, talvez procedentes de antigas demolições. Encontramos ainda vários azulejos na parte interna dos prédios, em forma de silhar, revestindo escadas, vestíbulos, banheiros e varandas, não sendo cadastrados como azulejos de fachadas, porém fazem parte da riqueza azulejar da cidade de São Luís contidos neste inventário.
O nosso levantamento catalogou 217 imóveis revestidos com azulejos nas fachadas e 108 imóveis com azulejos subtraídos das fachadas e dos silhares.
No decorrer do nosso trabalho “in loco” registramos a retirada de azulejos dos Séculos XVIII e XIX, de (três) prédios localizados: na Rua Rio Branco, 216, Rua Portugal nº 165, Rua da Saúde nº 94 sendo jogados em lixeira pública, para serem posteriormente comercializados, por atravessadores a turistas. Outro fato comprovado por nós foi a não localização de alguns endereços onde existiram azulejos. Supõe-se que eles hajam sido incorporados ao imóvel do lado, e outros demolidos.
Comparando o nosso trabalho com o de Dora Alcântara, estima-se que a subtração foi de 53 prédios azulejados, com concentração maior nas ruas: Grande, Paz, Santana,Giz e Sol. O quadro a seguir, identifica os prédios que perderam azulejos externos bem como os internos, comparados com os diagnósticos de Dora Alcântara, Olavo Pereira e relação fornecida pelo IPHAN-MA.
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N°
LOGRADOURO
PRÉDIOS N°
QTD.
1
Beco da Alfândega
180A
1
2
Rua 14 de Julho
182
1
3
Rua dos Afogados
187-704-712
3
4
Rua Afonso Pena
126-138- 244-378
4
5
Rua do Alecrim
133
1
6
Rua da Alegria
179
1
7
Rua Antônio Rayol
218-616
2
8
Rua da Cruz
574
1
9
Rua das Crioulas
250
1
10
Rua Direita
202
1
11
Rua da Estrela
113-350
2
12
Rua do Giz
161-167-214-444-445-461
6
13
Rua Grande
63-73-133-301-321-333-399-445-471-599-611-751-782
13
14
Rua das Hortas
120-259-267
3
15
Rua Humberto de Campos
185
1
16
Rua Isaac Martins
56-89-111
3
17
Rua Jacinto Maia
333
1
18
Rua Jansen Müller
32-141-178
3
19
Rua João Vital
141
1
20
Rua da Manga
58-184
2
21
Rua da Mangueira
166
1
22
Rua de Nazaré
58-127-284-377
4
23
Rua da Palma
66-208-323-360
4
24
Rua do Passeio
203-248-278
3
25
Rua da Paz
116-121-202-292-316-378-422-588-629
9
26
Rua do Pespontão
303
1
27
Rua Portugal
165-303
2
28
Rua Rio Branco
180-190-216-323
4
29
Rua de Santana
81-94-241-249-384-446-612-632
8
30
Rua Santo Antônio
298
1
31
Rua de São João
41-47-74-419
4
32
Rua São Pantaleão
132-274-492
3
33
Rua da Saúde
94-178-224-249
4
34
Rua do Sol
188-413-479-567-672-s/n
6
35
Largo de Santiago
Fábrica Martins
1
36
Parque XV de Novembro
314
1
37
Praça João Lisboa
78-200
2
38
Travessa do Jaú
44
1
TOTAL DE PRÉDIOS
110
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revestimento azulejar original foi retirado e uma pequena parte dos azulejos foram recolocados na fachada como barra (embasamento) no padrão PE 38. Atualmente os azulejos estão completamente cobertos de tinta plástica branca e amarelo ouro.
4.13.2 Prédios onde não existem mais Azulejos 1. Rua 14 de julho nº 182: Neste prédio existiu revestimento azulejar internamente, segundo fotos nº 3180.3 (fotos do IPHAN). O padrão não foi identificado.
11. Rua do Giz nº 214: Segundo os arquivos do IPHAN, existiram azulejos na forma de silhar no 2º pavimento, de padrão não identificado.
2. Rua dos Afogados nº 187: Não existem mais azulejos originais. As informações que tivemos, é que existiram azulejos no padrão liso amarelo claro no 1º pavimento.
12. Rua do Giz nº 445: A fachada continua com o revestimento azulejar original no Padrão PE 01 e friso FE 30. Contudo os revestimentos internos aplicados no silhar da sala e da varanda foram retirados. Portanto os padrões existentes foram: PE 31, PE 54.1.1, PE 42, PE 61.1.1 (com remendos) e frisos FE 13.1.1, FE 0, FE 11, FE 33 e FE 06. Todos foram extraviados conforme arquivos do IPHAN.
3. Rua dos Afogados nº 704: Neste prédio existiram azulejos de fachada no padrão PE 01 e friso FE 02. Atualmente a fachada encontra-se com azulejo de padrão recente. 4. Rua dos Afogados nº 712: Prédio de esquina com 2 pavimentos. A fachada perdeu cerca de 98% do revestimento azulejar de padrão PE 01 e friso FE 22. Atualmente encontra-se em ruínas.
13. Rua Grande nº 73: O prédio totalmente descaracterizado perdeu todo o revestimento azulejar de padrão marmoreado retangular. PM 01 e friso FM 01. Atualmente funciona a loja Esplanada.
5. Rua Afonso Pena nº 126: Neste imóvel existiu revestimento azulejar na fachada no padrão PE 01 e PE 03. O prédio foi semidemolido perdendo assim os azulejos originais. Atualmente a fachada está totalmente descaracterizada e revestida com azulejo industrial.
14. Rua Grande 301: O imóvel foi totalmente modificado e perdeu todo o revestimento azulejar da fachada de padrão marmoreado retangular Pm 1 e friso Fm1. Durante vários anos funcionou a Loja Mara.
6. Rua Afonso Pena nº 244: O Prédio perdeu todo o revestimento azulejar na fachada com o padrão PE 06 e FE 25, além da cercadura embaixo da cimalha com o padrão PE 43 e friso FE 20, conforme as fotos nº 2759.1 e 2759.2 (Fotos do IPHAN).
15. Rua Grande nº 321: Conforme a foto nº 361 do IPHAN. Neste prédio existiu revestimento azulejar na fachada; não foi possível identificar o padrão, mas supõe-se que tenham sido azulejos retangulares nas cores rosa e verde.
7. Rua da Alegria nº 179: Neste imóvel, não encontramos mais azulejos antigos. Anteriormente existiu o padrão PE 23 revestindo a fachada. Hoje o prédio está totalmente modificado.
16. Rua Grande nº 333: Neste, não existem mais azulejos antigos na fachada, mas anteriormente havia azulejo de padrão liso na cor branca. Atualmente a fachada não tem mais azulejos.
8. Rua Antônio Rayol nº 218: Este prédio foi ligeiramente restaurado e o revestimento azulejar da fachada foi retirado. O padrão existente e o PE 31 e FE 08. Hoje a fachada está revestida com azulejo industrial.
17. Na Rua Grande nº 445: Segundo as fotos do IPHAN nº 393.2, o prédio teve sua fachada revestida com azulejos de padrão liso.
9. Rua da Cruz nº 574: Neste prédio, segundo as informações do livro de Dora Alcântara, existiu azulejamento na fachada do padrão PE 23.1.2 e friso FE 35, porém este padrão (*PE 23.1.2) é desconhecido por nós.
18. Rua Grande nº 471: Aqui perdeu-se o revestimento azulejar da fachada, com padrão não identificado, conforme foto nº 393.3 (IPHAN). 19. Rua Grande nº 599: O prédio encontra-se
10. Rua Direita nº 202: O prédio foi demolido. O
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totalmente descaracterizado. Perdem, assim, todo o revestimento azulejar da fachada de Padrão PE 11 e friso FE 32. Atualmente funciona a loja Charmille.
substituída por azulejos industriais. Anteriormente existiu azulejo de padrão PE 14 e PE 37.1.1 e Cercadura CE 10, colocados alternadamente. 30. Rua de Nazaré nº 127: Existiu aqui revestimento azulejar interno na forma de silhar na varanda, não temos conhecimento de azulejos de padrão, todos foram retirados da parede. A foto só registrou alguns restos de cercadura do padrão antigo CA 3.1.1, conforme foto nº 1152.2 (IPHAN).
20. Rua Grande nº 611: Prédio totalmente descaracterizado, com perda total do revestimento azulejar de padrão decalcomania *PD 7.1.1 e Friso *FD 4.1.1. Atualmente funciona Loja Comercial Norte. 21. Rua Grande nº 751: Aqui todo o revestimento azulejar da fachada foi retirado. Porém nele existiu o padrão PE 64 e Friso FE 20.
31. Rua da Palma nº 66: Na fachada deste imóvel existiram azulejos na fachada na forma de adorno, azulejo de padrão PE 73. Este endereço não foi localizado por nós. Pode ter sido incorporado ao imóvel do lado.
22. Rua Isaac Martins nº 89: Neste imóvel conforme informações e foto nº 1530 do IPHAN, existiram azulejos internos em forma de silhar da escada com padrão não identificado.
32. Rua da Palma nº 323: Este imóvel não foi localizado pela nossa equipe, mas nele existiu azulejo de padrão *PE 23.1.2 e *PA 10.1.1 (código do livro de Dora Alcântara), ambos como adornos.
23. Rua Isaac Martins nº 111: Neste prédio não existem mais azulejos, porém nele existiram azulejos no padrão PE 43 e friso FE 31. Atualmente encontrase em ruínas.
33. Rua do Passeio nº 203: Neste prédio existiram azulejos sem padrão (liso) na cor branca, na fachada e friso FE 33. Atualmente a fachada encontra-se com azulejos de padrão industrial.
24. Rua Jansen Müller nº 32: Esta construção perdeu todo o revestimento da fachada, anteriormente existiu o padrão PE 04 e friso FE 15. Posteriormente foi substituído por azulejos de padrão industrial.
34. Rua do Passeio nº 248: Segundo fotos do arquivo do IPHAN, neste imóvel existiu azulejo. O padrão não foi identificado.
25. Rua Jansen Mülle nº 141: Neste prédio existiram azulejos em decalcomania PD 11 e friso PD 01, mas hoje não existem mais. Encontra-se totalmente descaracterizado e recuado do nível da rua.
35. Rua do Passeio nº 278: Aqui existiu revestimento azulejar no padrão PE 01 e friso FE 02. Não encontramos este endereço e supõe-se que tenha incorporado ao número do lado.
26. Rua Jansen Mülle nº 178: Aqui existiu revestimento azulejar na fachada de padrão PE 58 e friso FE 35. Atualmente a fachada encontra-se com o azulejo industrial.
36. Rua da Paz nº 116: Este prédio perdeu todo o revestimento da fachada no padrão PE 01 e cercadura CE 12.1.2. Atualmente a fachada não tem mais azulejo. Funciona a loja Armazém Paraíba.
27. Rua da Manga nº 184: Este endereço não foi encontrado por nós, mas, segundo as fotos do IPHAN, nele existiram azulejos como revestimento no padrão PE 03 e PE 56 usado como cercadura.
37. Rua da Paz nº 121: Este prédio perdeu todo o revestimento azulejar original padrão PE 16. A fachada foi substituída por azulejos de padrão industrial.
28. Rua das Mangueiras nº 166: Totalmente descaracterizado, não possui mais azulejos originais. Hoje a fachada está revestida de azulejo industrial.
38. Rua da Paz nº 202: Neste prédio existiu revestimento azulejar na fachada com padrão marmoreado Pm 01 e friso Fm. Atualmente a fachada está sem azulejos.
29. Rua de Nazaré nº 58: Este prédio perdeu todo o revestimento azulejar da fachada; esta foi
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retirado, tanto da fachada como do interior. Anterior a esta reforma, o padrão existente era PE 10 e friso FE 01. Além da fachada nele também existiram azulejos internos na sala, quarto, banheiro e no muro. Alguns azulejos do século XIX e outros do século XX, de procedência holandesa, de figura avulsa. Todo este revestimento azulejar interno. foi retirado durante o período de realização da nossa pesquisa.
39. Na Rua da Paz nº 292: Neste prédio, segundo a foto nº 363.2 do IPHAN, existiu azulejo colonial na fachada em forma de adorno, localizados em cima das janelas. O padrão não foi identificado. 40. Rua da Paz nº 316: Aqui existiu revestimento azulejar na fachada com padrão PE 64. O prédio foi demolido perdendo assim todo os azulejos originais – Atualmente encontra-se caracterizado como prédio moderno.
48. Rua de Santana nº 81: Aqui existiram azulejos aplicados em forma de adorno na fachada de padrão não identificado, conforme fotos nº 501.9 (fotos do IPHAN). O prédio foi demolido e atualmente topa-se um prédio novo.
41. Rua da Paz nº 422: Neste prédio a fachada teve revestimento azulejar no padrão PE 50 e cercadura CE 07. Hoje a fachada encontra-se sem azulejo. 42. Rua da Paz nº 588: Neste existiu uma morada inteira, com revestimento azulejar no padrão PE 33 e FE 01, conforme a foto nº 417.2 (IPHAN). O prédio foi demolido, portanto, todos os azulejos foram perdidos. Atualmente existe um estacionamento particular.
49. Rua de Santana nº 94: Este prédio foi demolido e descaracterizado, perdendo assim, azulejos originais de padrão PE 14. Atualmente a fachada encontra-se sem azulejos. 50. Rua de Santana nº 241: Neste prédio existiu azulejo antigo no padrão PE 01 e FE 02. Atualmente a fachada encontra-se sem vestígio de azulejos.
43. Rua da Paz nº 629: Prédio de esquina com 2 pavimentos. Perdeu ele todo o revestimento azulejar da fachada no padrão PE 56 e friso FE 02.
51. Rua de Santana nº 249: Neste imóvel existiu revestimento azulejar na fachada com padrão PE 10 e FE 04. Este endereço não foi encontrado por nós.
44. Rua Portugal nº 165: Este prédio foi recentemente reformado e dele foram retirados inúmeros azulejos e cercaduras de padrão antigo: *CA 5.1.1, *CA 1.1.1, *CA 4.1.1, *CA 3.1.1, *CA 3.1.2, *PA 12.1.1, *PA 12.2.2, PA (?) padrão desconhecido (com flor amarela e folhas verdes). Azulejos marmoreados de • nº 219 e • nº 221 é também azulejo de padrão antigo • nº 23. Todos esses azulejos encontravamse localizados na parte superior de uma parede no quintal, servindo como impermeabilização no acabamento de cima do muro. Todos foram retirados e jogados numa lixeira pública como entulho. Este fato aconteceu durante o nosso inventário.
52. Rua de Santana nº 384: Neste endereço existiram azulejos antigos na fachada em forma de adorno, com fileiras de 6 x 7 azulejos entre vãos do terraço e janela do pavimento superior, com o padrão PE 01. Conforme foto 558.2 (IPHAN). 53. Rua de Santana nº 446: Este imóvel perdeu todo o revestimento azulejar original. Atualmente a fachada deste imóvel encontra-se totalmente revestida de réplicas serigrafada do padrão PE 22 e friso FE 08. Este era o padrão original do revestimento azulejar anterior.
45. Rua Rio Branco nº 180: Este imóvel teve azulejos sem padrão (lisos) na cor amarela. Atualmente o prédio encontra-se sem revestimento original.
54. Rua de Santana nº 612: A fachada encontra-se sem qualquer vestígio de que um dia teve azulejo. Mas existiu o azulejo de Padrão PE 27 e friso FE 08.
46. Rua Rio Branco nº 190: Esta construção encontrase modificada do estilo original; anteriormente teve a fachada revestida com azulejo de padrão liso na cor azul claro.
55. Rua de Santana nº 632: Este prédio também perdeu o azulejamento externo, mas existiu azulejo de padrão PE 01 e friso FE 31.
47. Rua Rio Branco nº 216: Este imóvel foi totalmente demolido. O azulejamento original foi todo
56. Rua de Santo Antônio nº 298: Atualmente este imóvel não possui mais revestimento azulejar na
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fachada, anteriormente existiu o padrão PE 38 e friso FE 08.
não foi possível identificar o padrão por se tratar
57. Rua de São João nº 47: Neste prédio não existem mais azulejos antigos mas existiu o PE 31 e friso FE 02 (Segundo informações do livro de Dora Alcântara). A nossa pesquisa não encontrou este endereço. supomos que ele haja incorporado ao prédio do lado.
64. Rua da Saúde nº 224: Este prédio foi restaurado
das fotos em preto e branco. recentemente.
O
revestimento
azulejar
da
fachada era PE 33 e friso FE 02. Portanto, todo o revestimento foi perdido. 65. Rua da Saúde nº 249: Neste imóvel existiram azulejos antigos de Padrão PE 10 e friso FE
58. Rua de São João nº 419: O prédio perdeu todo o revestimento azulejar da fachada. Atualmente encontra-se revestido com réplicas serigrafadas no padrão original *PD 9.1.2 e Friso FD 01.
04, conforme foto do arquivo do IPHAN. Não identificamos se era silhar ou fachada. 66. Rua do Sol s/nº: Prédio com 2 pavimentos. A fachada era revestida de azulejos de padrão, não
59. Rua de São Pantaleão nº 132: Este imóvel não possui mais revestimento azulejar na fachada; os azulejos originais foram substituídos por padrão industrial. O padrão original era o PE 58 e friso FE 35. O prédio está descaracterizado e foi aberto um portão na fachada para o funcionamento de comércio.
identificado, conforme foto do arquivo do IPHAN. 67. Rua do Sol nº 188: O prédio foi demolido e todo o revestimento azulejar foi perdido. Anteriormente existiu o azulejo no padrão PE 42.1.2. Hoje o prédio encontra-se estabilizado. 68. Rua do Sol nº 413: Aqui existiram azulejos
60. Rua de São Pantaleão nº 274: Este prédio encontrase modificado do estilo original, mas anteriormente existiu azulejo na fachada com padrão PE 33, friso FE 02 e PE na barra (embasamento). Atualmente a fachada encontra-se revestida de azulejo de padrão recente.
adornando um chafariz, de acordo com foto 327 do IPHAN. Padrão não foi identificado. 69. Rua do Sol nº 567: Neste prédio existiram azulejos originais revestindo a fachada, mas todos os azulejos foram substituídos por azulejos industriais. Não temos certeza do tipo padrão que
61. Rua de São Pantaleão nº 492: Aqui existiu azulejamento na fachada, com azulejos de padrão PE 03 e friso FE 15. Atualmente a fachada encontra-se sem azulejo.
existe, mas supõe-se que seja do tipo ferradura nas cores verde, amarelo e branco. 70. Rua do Sol nº 672: Nesta construção existiu
62. Rua da Saúde nº 94: Prédio de esquina, com 2 pavimentos. Nele existiram vários tipos de azulejo internamente, com os seguintes padrões: (PA 15.1.1, PA 12.1.1, PA 12.1.2, PA 10.1.1, PA 10.1.2, PA 16.1.1, PA 5.1.1, PA 2.1.1, cercadura CA 3.1.1 e outro azulejo do padrão antigo que não se encontra catalogado em nenhum dos livros que pesquisamos (Dora Alcântara e Olavo Pereira). Todos esses exemplares encontravam-se pintados com tinta branca por cima. Faziam parte de um silhar na varanda do pavimento superior. Conforme fotos 3135.3, 3135.5 e 3135.6 do IPHAN.
revestimento azulejar na fachada de padrão PE 03 e FE 01. Todos os azulejos da fachada foram perdidos. 71. Parque 15 de novembro nº 314: Neste imóvel existiu revestimento na fachada com o padrão PE 27 e cercadura CE 05. Atualmente o prédio encontra-se totalmente descaracterizado com construção nova. 72. Travessa do Jaú nº 44: Este prédio foi demolido e nele existiu o Padrão PE 7.1.1 e Friso FE 17.1.2. O revestimento foi todo perdido. Hoje se encontra
63. Rua da Saúde nº 178: Neste endereço existiu revestimento azulejar interno segundo podemos comprovar com fotos do arquivo do IPHAN, mas
um prédio de construção nova.
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4.13.3 Fachadas com perda do revestimento azulejar de aproximadamente 40 a 98%.
azulejar está em torno de 50% do revestimento. 7. Rua da Estrela nº 350: O imóvel está com 50% da fachada restaurada com réplicas serigrafadas no padrão PE 03 e friso FE 08.
1. Beco da Alfândega nº 180A: Este imóvel está em fase de restauração. Nele ainda existem azulejos de padrão antigo na escadaria e no hall. Sendo que, anteriormente, havia azulejos na varanda e em um dos quartos, ambos no 2º pavimento, mas foram arrancados e hoje estão guardados em vários caixotes conforme fotos. Encontramos 4 tipos de azulejo de padrão antigo Pm marmoreado roxo nº 219 (Código Olavo), PA 5.1.1 (Código de Dora Alcântara). Além de mais 2 padrões antigos não catalogados pelos pesquisadores Dora e Olavo. Um com uma flor roxa de 4 pétalas no centro, o outro com uma flor de 4 pétalas no centro com folhas pequeninas em diagonal, na cor azul claro, muito parecido com PA 3.1.2 (Código de Dora) e 4 cercaduras, CA 1.1.1, CA 4.1.1, CA 5.1.1 (Código de Dora) e nº 13 (Código de Olavo). Para registramos os padrões tivemos que raspar a tinta
8. Rua do Giz nº 161: Este imóvel teve 50% de perda azulejar na fachada. O padrão existente é o marmoreado roxo. 9. Rua do Giz nº 167: Aqui perdeu-se o revestimento da fachada em torno de 50% dos azulejos originais (marmoreado). A fachada encontra-se precisando de restauração urgente. 10. Rua do Giz nº 175: Neste prédio, a fachada perdeu inúmeros azulejos originais (Padrão Marmoreado). 11. Rua do Giz nº 444: A fachada deste prédio encontra-se revestida com 50 a 55% de réplicas serigraficas do padrão PE 56 e friso FE 02. 12. Rua do Giz nº 458: Grande parte do revestimento azulejar deste prédio foi perdida. A fachada encontra-se com remendos de concreto no local dos azulejos faltantes. Nele existe o padrão PE 56 e FE 02. A fachada necessita de restauro urgente.
2. Rua Afonso Pena nº 378: Este prédio no ano 2002, encontrava-se com perda azulejar de apenas 20% do revestimento. Atualmente a fachada esta restaurada com 80% de réplicas serigrafica de padrão PE 66. Conforme foto em anexo (antes e depois).
13. Rua do Giz nº 461: O imóvel foi recentemente restaurado e sua fachada contém 75% de réplicas. Sobraram somente 25% dos azulejos originais no padrão PE 56 e friso FE 02.
3. Rua Afonso Pena nº 138: A fachada encontrase restaurada com 50% de réplicas serigraficas do padrão original PE 27 e cercadura CE 05. Atualmente esta com 2 portas grandes de rolo, descaracterizando totalmente o prédio.
14. Rua Grande nº 63: Este prédio foi restaurado com 50% de réplicas serigrafadas. A fachada encontra-se apenas com 50% de azulejos originais no padrão PE 30.
4. Rua Antônio Rayol nº 616: Este prédio encontrase com a fachada restaurada com 50% de réplicas serigrafadas do padrão original PE 27 e friso FE 08.
15. Rua Grande nº 133: Sobrado de esquina com dois pavimentos e mirante, totalmente descaracterizado. As fachadas principal e lateral perderam o azulejamento original. A fachada lateral, do 1º e 2º pavimento, está totalmente revestida com azulejo industrial. Na fachada principal existem 3 tipos diferentes de azulejo sendo: no 1º e 2º pavimentos com azulejo industrial, o 2º pavimento com 2 tipos de réplicas serigrafadas do padrão original PE 22 e cercadura CE 06, outra parte ainda do 2º pavimento com réplicas do padrão PE 27 e contornados com algumas peças de cercadura original (CE 06). O mirante está revestido com cerca de 80% de
5. Rua das Crioulas nº 250: Neste prédio a fachada está revestida com 50% de réplicas serigrafadas no padrão PE 58 e com friso FE 35 e também cercadura com o padrão PE 60. 6. Rua da Estrela nº 113: Prédio com 3 pavimentos, sendo que o revestimento azulejar do 1º e boa parte do 2º pavimento foram todos retirados, ficando os azulejos originais em todo o 3º pavimento e três fileiras de azulejos no padrão PE 65 e uma fileira de cercadura CE 10 no 2º pavimento. A perda
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
réplicas em serigrafia do padrão original já citado. Existem aproximadamente entre 12 a 13 fileiras de azulejos originais entre os vãos das janelas. A perda total do revestimento original do prédio foi em torno de 95 à 98%.
24. Rua de Nazaré nº 377: Prédio de esquina com 3 pavimentos. Atualmente a fachada este revestida com 60% de réplicas serigrafadas no padrão PE 27, cercadura CE 05 e também o friso FE 08 encontram-se contornando uma placa com pedra de lioz de número 33.
16. Rua Grande nº 399: Este prédio encontra-se com a fachada restaurada com 50% de réplicas serigraficas no padrão PE 31 e friso FE 04.
25. Rua da Palma nº 208: Aqui o revestimento original encontra-se somente no parte superior da fachada. Todo o pavimento inferior perdeu os azulejos originais, cerca de 50%. O padrão existente é PE 22 e cercadura 06.
17. Rua Grande nº 782: Prédio de esquina com 2 pavimentos e mirante. Revestido com 2 tipos de azulejos: PE 27 no mirante e o PE 10 na fachada principal e lateral. As fachadas e o mirante estão restauradas com aproximadamente 60% de réplicas serigrafadas dos referidos padrões.
26. Rua da Palma nº 360: A fachada deste imóvel perdeu cerca de 70% do revestimento original. O padrão existente é o PE 05 e friso FE 01.
18. Rua das Hortas nº 120: A fachada deste imóvel está restaurada com 40% de réplicas serigrafadas no padrão PE 43.
27. Rua da Paz nº 378: A fachada deste prédio é revestida com azulejos em decalcomania no PD 19 e cercadura CD 04, sendo que as peças originais encontravam-se somente na parte superior em torno de 40%, o restante de fachada esta restaurada com réplicas serigrafadas (60%).
19. Rua Humberto de Campos nº 185: Prédio com 2 pavimento. Sendo que o 1º pavimento e uma parte do 2 º encontram-se revestida com azulejo industrial. Somente a fachada do 2º pavimento continua com os azulejos originais de padrão PE 22 e cercadura CE 06. A perda é em torno de 70 a 75% de azulejos coloniais.
28. Rua do Pespontão nº 303: Neste endereço foram perdidos vários padrões internamente como remendos. PE 18; PE 25; PE 03. Esta fachada encontra-se com 40% de réplica serigrafadas. 29. Rua Portugal nº 303: Este imóvel está com a fachada restaurada com 40% de réplicas serigrafadas no padrão PE 25 e cercadura CE 06.
20. Rua Isaac Martins nº 56: A fachada desta construção encontra-se restaurada com 50% de réplicas serigrafadas no padrão PE 27 e friso FE 08.
30. Rua de São João nº 41: A fachada do prédio é revestida com azulejos de padrão PE 42 e friso FE 15. Porém está restaurada com 80% de réplicas serigrafadas no padrão original. Os exemplares originais encontram-se na parte superior da fachada.
21. Rua Jacinto Maia nº 333: Prédio de esquina com 2 pavimentos, com azulejamento só na fachada principal. A fachada do pavimento inferior foi restaurada com 40% réplicas serigráficas no padrão original ( PE 14 e friso FE 11). Somente o pavimento superior encontra-se com azulejos originais.
31. Rua de São João nº 74: Este prédio perdeu quase todo o revestimento azulejar da fachada, cerca de 80%. Somente na parte superior da janela e porta que se encontram os azulejos e cercaduras originais no Padrão PE 17 e CE 06. O restante da fachada está revestida com azulejo industrial.
22. Rua da Manga nº 58: Este prédio está totalmente descaracterizado. Atualmente está transformado em um ponto comercial e muito dos seus azulejos originais foram perdidos, cerca de 40%. O padrão existente é PE 38 e cercadura CE 05.
32. Rua do Sol nº 479: O imóvel tem a fachada revestida com azulejos de padrão PE 22 e Cercadura CE 06. O prédio encontra-se em ruínas a parte superior da fachada já perdeu inúmeros azulejos. Perda azulejar em torno de 40% do revestimento.
23. Rua de Nazaré nº 284: No 2º e 3º pavimentos deste prédio existem azulejos de fachada no padrão marmoreado Pm e Friso FE 30, sendo que os azulejos do trecho do pavimento térreo foram todos retirados.
33. Largo do Santiago – Fábrica Martins: Este
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
4.13.4 Casos Excepcionais:
prédio encontra-se em ruínas, todo o telhado foi retirado, deixando assim o revestimento azulejar mais exposto a infiltrações. Cerca de 35% a 40% dos azulejos já se destacaram da parede e foram extraviados. Nele existe o azulejo no padrão PE 33 e Friso 12. Este é outro exemplo de prédio que precisa de uma restauração o mais rápido possível, para que os revestimentos dos seus azulejos não sejam perdidos.
1. Rua Afonso Pena nº 310: Este prédio encontrase com os azulejos da fachada cobertos de tinta plástica na cor pink. Não podemos identificar o padrão existente. 2. Rua das Hortas nº 259: Este imóvel foi recuado do nível da rua e totalmente descaracterizado. Seus azulejos e frisos originais foram retirados e
34. Praça João Lisboa nº 78: Prédio com 2 pavimentos com perda azulejar em torno de 30 a 35%. Os azulejos originais estão no 2º pavimento e parte do 1º . Atualmente, a fachada está restaurada com 20% de réplicas serigrafadas no padrão original PE 03 e friso FE 01.
alguns dos remanescentes foram recolocados na fachada atual. Os azulejos existentes são os de padrão PD 10 e frisos FD 01 e PD 06 e FD 02. 3. Rua das Hortas nº 267: O prédio encontrase totalmente descaracterizado; foi recuado do nível da rua. O revestimento original de padrão
35. Praça João Lisboa, 200: Neste prédio, 40% dos azulejos da fachada principal (padrão PE 14 e friso FE 01) e 30% da fachada lateral (padrão PE 25 e friso 02) destacaram-se da parede e foram perdidos. Além da fachada principal e lateral, existiram azulejos internamente na circulação da sala, como silhar no padrão PE 14 e Friso 02 e no 1º pavimento existiu silhar de padrão liso com friso. Hoje o prédio encontra-se estabilizado, conforme foto nº 3242.1 do IPHAN.
PE 10 foi retirado e alguns destes originais foram posteriormente recolocados na coluna da fachada atual. 4. Rua Portugal nº 263: Segundo informação extraoficiais, no prédio nunca existiram azulejos, mas, para compor conjunto azulejar existente da rua, o prédio foi azulejado. Hoje a fachada encontra-se revestida com réplicas serigrafadas no padrão PE 10 e cercadura CE 09. 5. Rua de Santana nº 414: Prédio comercial encontra-se descaracterizado, com porta de enrolar. Boa parte dos azulejos originais foram perdidos. 6. Rua de São João nº 70: O prédio está descaracterizado. Na parte inferior foi aberta uma garagem, mas a fachada continua com azulejos no padrão PE 22 e cercadura CE 06.
Praça João Lisboa, 200
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
4.13.5 Azulejos, frisos e cercaduras que não existem mais em São Luís.
6. Rua Rio Branco nº 190: *PL – Padrão liso azul claro
1. Rua do Giz nº 445:
7. Rua de São João nº 419:
*PE 54.1.1 - *FE 13.1.1 - *PE 61.1.1
*PD 9.1.2 - *FD 1.1.1
FE 13.1.1 FD 1.1.1 PE 54.1.1 PD 9.1.2
2. Rua Grande nº 73 e 301: 8. Rua da Saúde nº 94:
Pm 1 - Padrão marmoreado retangular
* PA 16.1.1 - * CA 5.1.1 * PA 2.1.1 * CA 3.1.1 PM 1
* PA 10.1.2 * PA 10.1.1
3. Rua Grande nº 611:
* PA 12.1.1
*PD 7.1.1 - *FD 4.1.1
* PA 12.2.2
PA 10.1.1
4. Rua da Paz nº 116: * CE 12.1.2
9. Rua do Sol nº 188: * PE 42.1.2
CE 12.1.2
PE 42.1.2
5. Rua Portugal nº 165: • nº 23
-
10.Travessa do Jaú nº 44:
• nº 221
*PE 7.1.1
PE 7.1.1
Nº 221
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
Nota: Alguns destes padrões já podemos apreciar como parte do acervo azulejar do Museu de Artes Visuais.
É uma pena que grande parte desse acervo azulejar da cidade de São Luís esteja desaparecendo, por vários motivos como falta de informação do valor histórico e artístico do azulejo pelos proprietários, a
LEGENDA
falta de conhecimento técnico-científico das empresas
•
Numeração de Olavo Pereira
*
Código de Dora Alcântara
PL
Padrão Liso
Pm
Padrão Marmoreado
PD
Padrão Decalque
PA
Padrão Antigo
PE
Padrão Estampilha
CA
Cercadura Antiga
CE
Cercadura Estampilha
FE
Friso Estampilha
FD
Friso Decalque
responsáveis pela reforma dos prédios e o descaso dos órgãos competentes e outros. Alguns proprietários desses imóveis preferem arrancar todo o revestimento azulejar original das fachadas e silhares, e substituírem por réplicas serigrafadas ou azulejos industriais de padrão recente. Acham que é mais fácil e barato. Esta atitude, que nos deixa profundamente preocupados, porque, se os órgãos responsáveis pelo Patrimônio não tomarem medidas urgentes, futuramente esse acervo tenderá a desaparecer completamente. Gostaríamos que as empresas de Construção civil, responsáveis técnicos em restauro, proprietários dos prédios coloniais e órgãos competentes, passassem
Além desses endereços já citados, houve perda azulejar na rua Rio Branco nº 323, na forma de silhares, na Avenida Gomes de Castro, padrão relevo totalmente branco e na Rua João Vital nº 141, internamente na Rua Grande nº 782. Existiram painéis figurados chineses estilo D. Maria I, localizados na varanda da casa que pertenceu ao Sr. Inácio Ferreira Kesket Oliveira. Atualmente fazem parte do acervo do Museu de Artes Visuais, situado à Rua Portugal nº 273 – Praia Grande.
a valorizar mais o azulejo não só como material decorativo, mas, sim, como um registro verdadeiro de uma época que foi muito importante para a história econômica do Maranhão. Com este trabalho não pretendemos apenas inventariar os diversos padrões, mas, sobretudo, conscientizar a população da nossa cidade sobre a importância de preservar e conservar os azulejos originais. Eles fazem parte do passado, contudo, se
Também foram retirados vários silhares como os da Rua do Giz nº 214, outro na Rua da Palma nº 205, além de muitos outros que foram arrancados do seu local de origem e, posteriormente, recolocados em outros lugares. Alguns exemplares de certos padrões só existem como adornos e barras, outros revestem uma única fachada na cidade. Estes azulejos foram retirados e extraviados.
forem resguardados chegarão ao futuro. Se nenhuma atitude for tomada para protegê-los dessa destruição, brevemente serão vistos apenas como peças nos Museus.
A maioria dos imóveis que possuem azulejos antigos na fachada, está precisando urgentemente de restauração, pois os azulejos estão com perda de vidrado e alguns com fungos; a tendência normal é a perda total deste revestimento. No período das chuvas há infiltração, piorando o estado dos mesmos, ocasionando, assim, o destacamento do azulejo da parede. Como por exemplo, o caso da Fábrica Martins.
PMJ-19 - Museu de Artes Visuais
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
Inventário dos Azulejos de São Luís - 2004 -
Planilha dos azulejos inventariados
81
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PD 02
PD 03
PD 04
3
4
CÓDIGO
2
AZULEJO
PD 01
PADRÃO
1
ÍTEM
AZULEJO DECALCOMANIA
1.1 AZULEJOS
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
TÉCNICA
15 x 15
15 x 15
15 x 15
15 x 15
DIMENSÃO (cm)
FACHADA
FACHADA
NÃO IDENTIFICADO
FACHADA
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
INGLÊS
ALEMÃO
ALEMÃO
PROCEDÊNCIA
RUA DO SOL, 175
PRAÇA DEODORO, 446
RUA DE SANTANA, 318
RUA GRANDE, 1454
RUA GRANDE, 1454
ENDEREÇO
PD: PADRÃO DECALCOMANIA – PE: PADRÃO ESTAMPILHA – PL: PADRÃO LISO – PMJ: PADRÃO MAJÓLICA – PM: PADRÃO MARMOREADO – PR: PADRÃO RELEVO – CD: CERCADURA DECALCOMANIA – CE: CERCADURA ESTAMPILHA – CMJ: CERCADURA MAJÓLICA – FD: FRISO DECALCOMANIA – FE: FRISO ESTAMPILHA – FL: FRISO LISO – FM: FRISO MARMOREADO – FR: FRISO RELEVADO.
1. PLANILHAS DE AZULEJOS, CERCADURAS E FRISOS INVENTARIADOS.
82
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DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
PD 06
PD 07
PD 08
PD 09
6
7
8
9
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
PD 05
5
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ÍTEM
83
14 x 14
14,5 X 14,5
15 x 15
15 x 15
15 x 15
DIMENSÃO (cm)
HOLANDÊS
ALEMÃO
ALEMÃO
ALEMÃO
INGLÊS
PROCEDÊNCIA
FACHADA
FACHADA
AZULEJOS REMOVIDOS DE FACHADA ANTERIOR E UTILIZADOS EM NOVA FACHADA
FACHADA
RUA GRANDE, 1374
ESPELHO DA ESCADA
RUA DOS AFOGADOS, 690
RUA DO SOL, 223
RUA DAS HORTAS, 259
RUA DE SÃO JOÃO, 389
RUA GRANDE, 1044
RUA GRANDE, 1032
RUA GRANDE, 1018
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
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PD 11
PD 12
PD 13
PD 14
12
13
14
CÓDIGO
11
AZULEJO
PD 10
PADRÃO
10
ÍTEM
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
TÉCNICA
15 x 15
15 x 15
15 x 15
15 x 15
14 x 14
DIMENSÃO (cm)
84
RUA GRANDE, 1374
FACHADA
ESPELHO DA ESCADA
NÃO IDENTIFICADO
INGLÊS
FRANCÊS
INGLÊS
RUA DO PASSEIO, 250
FACHADA
RUA DO SOL, 680
RUA GRANDE, 1374
FACHADA
ESPELHO DA ESCADA
RUA DASHORTAS, 259
RUA DAS HORTAS, 277
RUA DAS HORTAS, 267
RUA DOSAFOGADOS, 985
RUA DAS HORTAS, 249 NÃO IDENTIFICADO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
PROCEDÊNCIA
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PD 16
PD 17
PD 18
PD 19
17
18
9
CÓDIGO
16
AZULEJO
PD 15
PADRÃO
15
ÍTEM
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
TÉCNICA
85
15 x 15
15 x 15
15 x 15
15 x 15
15 x 15
DIMENSÃO (cm)
RUA GRANDE, 1374
ESPELHO DA ESCADA
FACHADA
FACHADA
FACHADA
INGLÊS
NÃO IDENTIFICADO
NÃO IDENTIFICADO
NÃO IDENTIFICADO
RUA DA PAZ, 378
RUA GRANDE, 1296
RUA DOS AFOGADOS, 690
RUA GRANDE, 1374
ESPELHO DA ESCADA
INGLÊS
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
PROCEDÊNCIA
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PD 21
CÓDIGO
21
AZULEJO
PD 20
PADRÃO
20
ÍTEM
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
TÉCNICA
18 x 12
18 x 12
DIMENSÃO (cm)
86
LOCAL DE APLICAÇÃO
SILHAR
SILHAR
PROCEDÊNCIA
NÃO IDENTIFICADO
NÃO IDENTIFICADO
RUA GRANDE, 1374
RUA GRANDE, 1374
ENDEREÇO
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1
ÍTEM
PADRÃO
AZULEJO ESTAMPILHA
AZULEJO
PE 01
CÓDIGO
ESTAMPILHA
TÉCNICA
87
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
FACHADA
ADORNO
ADORNO
FACHADA
ADORNO
FACHADA
RUA DOS AFOGADOS, 434
ADORNO
RUA DO NORTE, 259
RUA DO NORTE, 146
RUA DO NORTE, 142
RUA DO NORTE, 138
RUA DO NORTE, 134
RUA DO NORTE, 128
RUA DO NORTE, 124
RUA HORTAS, 322
RUA MANGUEIRAS, 367
RUA JANSEN MILLER, 291
RUA DO GIZ, 445
RUA DAS CRIOULAS, 324
RUA DOS AFOGADOS, 712
RUA DOS AFOGADOS, 698
RUA DOS AFOGADOS, 452
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
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PE 02
CÓDIGO
2
AZULEJO
PE 01
PADRÃO
1
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
88
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
SILHAR
ADORNO
ADORNO
FACHADA
ADORNO
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA DA SAÚDE, 221
RUA DA SAÚDE, 247
RUA DA SAÚDE, 243
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 1113
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 1109
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 1105
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 1101
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 1095
RUA DE SÃO JOÃO, 43
RUA DE SANTANA, 184
RUA DO RIBEIRÃO, 176
RUA DO RIBEIRÃO, 164
RUA DO PORTUGAL, 199
RUA DO PASSEIO, 288
RUA DA PALMA, 446
RUA DE NAZARÉ, 328
ENDEREÇO
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PE 04
PE 05
PE 06
5
6
CÓDIGO
4
AZULEJO
PE 03
PADRÃO
3
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
89
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
RUA DA SAÚDE, 244
RUA DAS MANGUEIRAS, 367
ADORNO
FACHADA
RUA DA PALMA, 360
RUA JANSEN MILLER, 291
RUA DO EGITO, 221
RUA DA PAZ, 414
RUA DA MANGA, 178
RUA DE SÃO JOÃO, 106
PRAÇA JOÃO LISBOA, 78
FACHADA
ADORNO
FACHADA
FACHADA
RUA DA ESTRELA, 350
FACHADA
RUA DA MANGA, 48
RUA DO EGITO, 226
RUA DAS CRIOULAS, 118 RUA DAS CRIOULAS, 348
RUA GRANDE, 1282 RUA DE SANTA RITA, 701
RUA AFONSO PENA, 34
RUA DOS AFOGADOS, 541
ENDEREÇO
ADORNO
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
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PE 08
PE 09
PE 10
9
10
CÓDIGO
8
AZULEJO
PE 07
PADRÃO
7
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
90
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
RUA DO COQUEIRO, 15 RUA DAS CRIOULAS, 372 LICEU MARANHENSE RUA DE NAZARÉ, 328 RUA DA PALMA, 446
ADORNO FACHADA ADORNO
FACHADA
FACHADA
FACHADA
FACHADA
FACHADA
RUA DOS AFOGADOS, 538
FACHADA
PRAÇA JOÃO LISBOA, 114
RUA PORTUGAL, 251
RUA DA PALMA, 375
RUA GRANDE, 782
RUA DO GIZ, 53
RUA AFONSO PENA, 486
RUA PORTUGAL, 273
RUA RIO BRANCO, 437
RUA RIO RIO BRANCO, 459
RUA DO SOL, 524
RUA DO SOL, 156
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 303
RUA RIO BRANCO, 264
PRAÇA JOÃO LISBOA, 66
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 91
11/08/2012 14:13:41
PE 13
13
14
PE 12
12
PE 14
PE 11
CÓDIGO
11
AZULEJO
PE 10
PADRÃO
10
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
91
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
FACHADA
ADORNO
FACHADA
FACHADA
FACHADA
FACHADA
FACHADA
ÁREA DE LAZER
FACHADA
RUA DO SOL, 585
FACHADA
RUA DAS HORTAS, 207
RUA DA CRUZ, 200
BECO DOS BARQUEIROS, 74
RUA DOS AFOGADOS, 221
RUA DOS AFOGADOS, 127
RUA DA ESTRELA, 329
RUA DA ESTRELA, 327
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 519
RUA GRANDE, 1241
RUA DIREITA, 396
RUA DO SOL, 616
RUA DA SAÚDE, 221
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 441
PRAÇA JOÃO LISBOA, 37
RUA DO PASSEIO, 169
RUA DIREITA, 396
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 474
RUA PORTUGAL, 263
FACHADA ADORNO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 92
11/08/2012 14:13:43
PE 16
PE 14
CÓDIGO
15
AZULEJO
PE 15
PADRÃO
15
14
14
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
92
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
RUA JANSEN MILLER, 173 RUA DA MANGA, 333
ADORNO FACHADA
FACHADA
FACHADA
ADORNO
ADORNO
FACHADA
ADORNO
RUA DAS HORTAS, 345
FACHADA
RUA DAS CRIOULAS, 148
RUA DA SAÚDE, 251
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 356
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 350
RUA SÃO JOÃO, 92
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 340
RUA DE SANTA RITA, 700
RUA DE SANTA RITA, 496
RUA DO RIBEIRÃO, 120
RUA DO RIBEIRÃO, 86
RUA DO RIBEIRÃO, 76
PRAÇA JOÃO LISBOA, 200
RUA DO PASSEIO, 195
RUA DA PALMA, S/N
RUA DA PALMA, 659
RUA DA PALMA, 147
RUA DE NAZARÉ, 96
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 93
11/08/2012 14:13:45
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 19
PE 20
19
20
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
PE 18
CÓDIGO
18
AZULEJO
PE 17
PADRÃO
17
ÍTEM
93
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
RUA DA SAÚDE, 244
PRAÇA JOÃO LISBOA, 53
FACHADA
SILHAR
RUA DO MACHADO, 43
RUA AFONSO PENA, 213
RUA DO SOL, 168
RUA DO SOL, 33
ENDEREÇO
FACHADA
ADORNO
FACHADA
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 94
11/08/2012 14:13:47
22
21
ÍTEM
PADRÃO
AZULEJO
PE 22
PE 21
CÓDIGO
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
94
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
FACHADA
RUA DA PAZ, 436
ADORNO
RUA DO SOL, 479
RUA DE SANTANA, 446 RUA DE SANTO ANTONIO, 75 RUA SÃO JOÃO, 70 RUA SÃO JOÃO, 74 RUA DO SOL, 95 RUA DO SOL, 325
RUA RIO BRANCO, 80
RUA RIO BRANCO, 66
PRAÇA JOÃO LISBOA, 102
RUA PORTUGAL, 295
RUA PAZ, 643
RUA DA PALMA, 486 RUA DA PALMA, 549 RUA DA PAZ, 133
RUA DA PALMA, 208
RUA DA PALMA, 92
RUA DO MOCAMBO, 346
RUA HUMB. DE CAMPOS, 185
RUA GRANDE, 153
RUA GODOFREDO VIANA, 240
RUA GODOFREDO VIANA, 216
RUA DA ESTRELA, 415
RUA DA ESTRELA, 362
RUA AFONSO PENA, 28
RUA DA PAZ, 192
ENDEREÇO
FACHADA
ADORNO
FACHADA
SILHAR
FACHADA
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 95
11/08/2012 14:13:49
PE 24
PE 25
25
CÓDIGO
24
AZULEJO
PE 23
PADRÃO
23
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
95
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
FACHADA
ADORNO
OUTROS
FACHADA
ADORNO E BANCO NO JARDIM
ADORNO
FACHADA
ADORNO
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 148
PRAÇA JOÃO LISBOA, 200
RUA PORTUGAL, 303
RUA DO MOCAMBO, 133
RUA DA CRUZ, 194
RUA DO ALECRIM, 404
RUA DO ALECRIM, 400
RUA AFONSO PENA, 213
RUA DO SOL, 65
RUA PORTUGAL, 285
MEDEIROS DE ALBUQUERQUE, 1034
RUA DO EGITO, 185
RUA DA CRUZ, 200
RUA DOS CRAVEIROS, 122
RUA AFONSO PENA, 98
RUA DO ALECRIM, 249
RUA DO NORTE, 334
RUA DO NORTE, 330
RUA DO NORTE, 328
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 96
11/08/2012 14:13:51
27
27
26
ÍTEM
PADRÃO
AZULEJO
PE 27
PE 27
PE 26
CÓDIGO
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
96
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
FACHADA
FACHADA
ADORNO
FACHADA
ADORNO
FACHADA
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA DO SOL, 496
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 126
RUA DE SÃO JOÃO, 124
RUA DE SANTANA, 414
RUA DE SANTA RITA, 496
RUA DE SANTA RITA, 484
RUA DE SANTA RITA, 306
SANTA CASA
RUA RIO BRANCO, 308
RUA RIO BRANCO, 248
RUA PORTUGAL, 303
RUA DA PAZ, 151
RUA DA PALMA, 376
RUA GRANDE, 1222 RUA ISAAC MARTINS, 56 RUA DE NAZARÉ, 377
RUA GRANDE, 782
RUA DO EGITO, 185
RUA DIREITA, 397
RIA ANTONIO RAYOL, 616
RUA AFONSO PENA, 213
RUA AFONSO PENA, 195
RUA AFONSO PENA, 138
RUA DO SOL, 211
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 97
11/08/2012 14:13:53
PE 29
PE 30
PE 31
PE 32
30
31
32
CÓDIGO
29
AZULEJO
PE 28
PADRÃO
28
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
97
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
SILHAR E ADORNO
ADORNO
FACHADA
FACHADA
SILHAR
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA DA SAÚDE, S/N
RUA MONTANHA RUSSA, 66
RUA MONTANHA RUSSA, 52
RUA GRANDE, 399
RUA GRANDE, 63
AV. SILVA MAIA, 131
RUA DA SAÚDE, 221
RUA DOS AFOGADOS, 61
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 98
11/08/2012 14:13:55
PE 34
PE 35
PE 36
35
36
CÓDIGO
34
AZULEJO
PE 33
PADRÃO
33
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
98
RUA DAS HORTAS, 189
ADORNO
FACHADA
FACHADA
NÃO IDENTIFICADO
FACHADA
FACHADA
ADORNO
RUA DE NAZARÉ, 31
RUA GRANDE, 511
RUA PORTUGAL, 185
RUA DO SOL, 393
RUA DO SOL, 217
RUA DO SOL, 205
SANTA CASA
RUA DA PAZ, 251
RUA DO PASSEIO, 611
RUA DO PASSEIO, 601
RUA DE NAZARÉ, 353
FÁBRICA MARTINS
RUA AFONSO PENA, 213
QUADROS NA VARANDA
FACHADA
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
1. PLANILHAS DE AZULEJOS, CERCADURAS E FRISOS INVENTARIADOS.
TÉCNICA
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
PD 03
PD 04
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
PD 02
PD 01
AZULEJO
CÓDIGO
PADRÃO
3
4
1
2
ÍTEM
AZULEJO DECALCOMANIA
1.1 AZULEJOS
15 x 15
15 x 15
15 x 15
15 x 15
DIMENSÃO (cm)
FACHADA
FACHADA
FACHADA
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
INGLÊS
NÃO IDENTIFICADO
ALEMÃO
ALEMÃO
PROCEDÊNCIA
RUA DO SOL, 175
PRAÇA DEODORO, 446
RUA DE SANTANA, 318
RUA GRANDE, 1454
RUA GRANDE, 1454
ENDEREÇO
PD: PADRÃO DECALCOMANIA – PE: PADRÃO ESTAMPILHA – PL: PADRÃO LISO – PMJ: PADRÃO MAJÓLICA – PM: PADRÃO MARMOREADO – PR: PADRÃO RELEVO – CD: CERCADURA DECALCOMANIA – CE: CERCADURA ESTAMPILHA – CMJ: CERCADURA MAJÓLICA – FD: FRISO DECALCOMANIA – FE: FRISO ESTAMPILHA – FL: FRISO LISO – FM: FRISO MARMOREADO – FR: FRISO RELEVADO.
Inventário dos Azulejos.indd 99
11/08/2012 14:13:57
PE 38
PE 39
PE 40
39
40
CÓDIGO
38
AZULEJO
PE 37
PADRÃO
37
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
99
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
RUA GRANDE, 1374
ADORNO
FACHADA
FACHADA
ADORNO
PRAÇA GONÇALVES DIAS, 314
PRAÇA GONÇALVES DIAS, 314
RUA DO NORTE, 245
RUA DO MOCAMBO, 374
RUA DA MANGA, 58
RUA DA MANGA, 44
RUA DIREITA, 202
FACHADA
FACHADA
RUA DA CRUZ, 274
ENDEREÇO
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 100
11/08/2012 14:13:59
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 43
PE 44
PE 45
43
44
45
ESTAMPILHA
TÉCNICA
PE 42
CÓDIGO
42
AZULEJO
PE 41
PADRÃO
41
ÍTEM
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
100
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
HOLANDÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
ADORNO
FACHADA
AFONSO PENA, 213
CHAFARIZ
RUA DOMINGOS BARBOSA, 67
RUA DOMINGOS BARBOSA, 63
RUA DOMINGOS BARBOSA, 59
RUA DO SOL, 218
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 268
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 262
RUA RIO BRANCO, 404
RUA DA SAÚDE, 244
RUA DO PASSEIO, 124
RUA DAS HORTAS, 120
RUA DE SÃO JOÃO, 41
AV. SILVA MAIA, 131
RUA RIO BRANCO, 115
RUA DA PAZ, 546
RUA DO ALECRIM, 517
RUA DOS AFOGADOS, 265
RUA DOS AFOGADOS, 255
ENDEREÇO
FACHADA E SILHAR
FACHADA
FACHADA
TANQUE NA LATERAL
ADORNO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 101
11/08/2012 14:14:01
PE 47
PE 48
PE 49
PE 50
48
49
50
CÓDIGO
47
AZULEJO
PE 46
PADRÃO
46
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
101
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
FACHADA
SILHAR
ADORNO
ADORNO
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA DO SOL, 311
RUA DO SOL, 247
RUA DE NAZARÉ, 365
RUA DO SOL, 562
AV. GOMES CASTRO, 88
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 102
11/08/2012 14:14:02
PE 52
PE 53
PE 54
PE 55
53
54
55
CÓDIGO
52
AZULEJO
PE 51
PADRÃO
51
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
102
FACHADA
FACHADA
NÃO IDENTIFICADO
FACHADA
FRANCÊS
PORTUGUÊS
FACHADA
ADORNO
NÃO IDENTIFICADO
PORTUGUÊS
LOCAL DE APLICAÇÃO
PROCEDÊNCIA
RUA DE SÃO JOÃO, 500
RUA PORTUGAL, 185
RUA DO SOL, 247
RUA 14 DE JULHO, 182
RUA DO SOL, 254
RUA DO PASSEIO, 597/593
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 103
11/08/2012 14:14:04
PE 57
PE 58
PE 59
PE 60
57
58
59
60
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 56
56
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ÍTEM
103
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
CRIOULAS, 250
RUA 14 DE JULHO, 182
SILHAR E FACHADA
FACHADA
RUA DO SOL, 247
RUA DA MANGA, 162
RUA GRANDE, 1291
RUA GRANDE, 1269
RUA DAS CRIOULAS, 250
RUA 14 DE JULHO, 182
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 290
RUA DA PAZ, 472
RUA DA PAZ, 462
RUA ISAAC MARTINS, 117
RUA INVEJA, 72
RUA DO GIZ, 461
RUA DO GIZ, 458
RUA DO GIZ, 444
RUA DO GIZ, 426
RUA DOS AFOGADOS, 680
ENDEREÇO
SILHAR
FACHADA
FACHADA
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 104
11/08/2012 14:14:06
PE 62
PE 63
PE 64
PE 65
63
64
65
CÓDIGO
62
AZULEJO
PE 61
PADRÃO
61
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
104
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
MIRANTE
FACHADA
FACHADA
RUA DAS CAJAZEIRAS, 56
ADORNO
RUA DOS CRAVEIROS, 122
RUA DA ESTRELA, 113
RUA AFONSO PENA, 378
ESTRELA, 113
RUA DA SAAVEDRA, 159
RUA JANSEN MILLER, 42
RUA GRANDE, 483
RUA DO NORTE, 334
RUA DO NORTE, 330
FACHADA
FACHADA
RUA DO COQUEIRO, 127
OUTROS
RUA DO NORTE, 328
AV. PEDRO II, 102
ENDEREÇO
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 105
11/08/2012 14:14:08
PE 69
PE 70
70
PE 68
69
68
PE 67
CÓDIGO
67
AZULEJO
PE 66
PADRÃO
66
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
105
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
FRANCÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
ADORNO
RUA AFONSO PENA, 213
REVESTINDO BANHEIRO NO QUINTAL
TRAVESSA DA LAPA, 178
RUA DOS AFOGADOS, 437
AV. SILVA MAIA, 131
RUA DO PESPONTÃO, 303
RUA DA MANGA, 62
RUA DOS AFOGADOS, 393
RUA DA SAÚDE, 244
RUA AFONSO PENA, 378
ENDEREÇO
ADORNANDO JANELA DO PAVIMENTO SUPERIOR
FACHADA
SILHAR
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 106
11/08/2012 14:14:10
PE 72
PE 73
PE 74
PE 75
73
74
75
CÓDIGO
72
AZULEJO
PE 71
PADRÃO
71
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
106
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
NÃO IDENTIFICADO
NÃO IDENTIFICADO
PROCEDÊNCIA
SILHAR
ADORNO
ADORNO
ADORNO
RUA RIO BRANCO, 379
RUA MARANHÃO SOBRINHO, 13A
RUA DA PALMA, 58
RUA DO OUTEIRO, 660
AV. SILVA MAIA, 131
SILHAR
RUA DA CRUZ, 366
REVESTE FONTE EM PÁTIO INTERNO
RUA DO NORTE, 728
RUA DAS CRIOULAS, 167
ADORNO
ADORNO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 107
11/08/2012 14:14:12
PL 02
PL 03
PL 04
3
4
CÓDIGO
2
AZULEJO
PL 01
PADRÃO
1
ÍTEM
AZULEJO LISO
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
SEM DECORAÇÃO (VERDE)
SEM DECORAÇÃO (AMARELO)
SEM DECORAÇÃO (BEGE)
SEM DECORAÇÃO (ROSA)
107
DIMENSÃO
TÉCNICA
PORTUGUÊS
NÃO IDENTIFICADO
PORTUGUÊS
NÃO IDENTIFICADO
PROCEDÊNCIA
AV. SILVA MAIA, 131
OUTROS
FACHADA
FACHADA
SILHAR
FACHADA
FACHADA
RUA DA INVEJA, 66
FACHADA
RUA DO SOL, 230
RUA DO SOL, 176
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 290
RUA DA SAÚDE, 221
RUA DE SANTANA, 586
RUA DO PASSEIO, 195
RUA GRANDE, 829
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 108
11/08/2012 14:14:14
18 x 12
SEM DECORAÇÃO (BRANCO)
PL 08
8
13,5 x 13,5
SEM DECORAÇÃO (AZUL)
13,5 x 13,5
SEM DECORAÇÃO (BRANCO)
PL 07
13,5 x 13,5
SEM DECORAÇÃO (VINHO)
7
DIMENSÃO
TÉCNICA
PL 06
CÓDIGO
6
AZULEJO
PL 05
PADRÃO
5
ÍTEM
108
INGLÊS
PORTUGUÊS
NÃO IDENTIFICADO
NÃO IDENTIFICADO
PROCEDÊNCIA
SILHAR
GRANDE, 1374
AFONSO PENA, 213
RUA DOS AFOGADOS, 416
ADORNO NA FACHADA
REVESTE BANHEIRO
RUA DO PASSEIO, 195
RUA DOS AFOGADOS, 690
RUA DOS AFOGADOS, 690
ENDEREÇO
FACHADA
FACHADA
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 109
11/08/2012 14:14:16
MARMOREADO
MARMOREADO
PM 01
PM 02
1
2
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
MAJÓLICA
MAJÓLICA
TÉCNICA
CÓDIGO
ÍTEM
AZULEJO MARMOREADO
PMJ 02
CÓDIGO
2
AZULEJO
PMJ 01
PADRÃO
1
ÍTEM
AZULEJO MAJÓLICA
109
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
15 x 15
15 x 15
DIMENSÃO
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
FACHADA
FACHADA
RUA DO GIZ, 167
RUA DE NAZARÉ, 284
RUA DO GIZ, 161
RUA DO GIZ, 155
RUA DO GIZ, 149
RUA DO GIZ, 167
RUA DO GIZ, 161
RUA DO GIZ, 155
RUA DO GIZ, 149
RUA DO GIZ, 175
ENDEREÇO
RUA RIO BRANCO, 343
ADORNO NA FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA DO GIZ, 221
ENDEREÇO
SILHAR
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 110
11/08/2012 14:14:18
SEMI-RELEVADO
PR 04
4
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
RELEVO COM PINTURA MANUAL
13,5 x 13,5
RELEVO COM PINTURA MANUAL
PR 03
13,5 x 13,5
RELEVO COM PINTURA MANUAL
3
DIMENSÃO
TÉCNICA
PR 02
CÓDIGO
2
AZULEJO
PR 01
PADRÃO
1
ÍTEM
AZULEJO RELEVO
110
INGLÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
RUA AFONSO PENA, 112 RUA GRANDE, 285 PQ. 15 DE NOVEMBRO
FACHADA ADORNO ADORNO
TRAV. COUTO FERNANDES, 84
ADORNO
RUA AFONSO PENA, 213
RUA DO RIBEIRÃO, 68
FACHADA
SILHAR
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 905
RUA DE SÃO PANTALEÃO, 901
FACHADA
ADORNO
RUA GRANDE, 285
RUA GRAÇA ARANHA, 88
RUA DOS AFONSO PENA, 112
ADORNO
ADORNO
RUA DOS AFOGADOS, 985
RUA DOS AFOGADOS, 976
RUA AFOGADOS, 976
ADORNO
FACHADA
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 111
11/08/2012 14:14:20
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
SEMI-RELEVADO
RELEVO COM PINTURA MANUAL
PR 07
PR 08
PR 09
8
9
SEMI-RELEVADO
111
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
13,5 x 13,5
DIMENSÃO
7
SEMIRRELEVADO
SEMI-RELEVADO
TÉCNICA
PR 06
CÓDIGO
6
AZULEJO
PR 05
PADRÃO
5
ÍTEM
PORTUGUÊS
INGLÊS
INGLÊS
PORTUGUÊS
INGLÊS
PROCEDÊNCIA
OUTROS
OUTROS
SILHAR
RUA DA SAÚDE, 221
RUA GRANDE, 1374
AV. PEDRO II, 221
RUA GRANDE, 1374
RUA AFONSO PENA, 213
ADORNO E SILHAR
ADORNO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 112
11/08/2012 14:14:22
10
ÍTEM
PADRÃO
AZULEJO
PR 10
CÓDIGO
DIMENSÃO
13,5 x 13,5
TÉCNICA
RELEVO COM PINTURA MANUAL
112
PORTUGUÊS
PROCEDÊNCIA
OUTROS
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA DA SAÚDE, 221
ENDEREÇO
113 Inventário dos Azulejos.indd 113
11/08/2012 14:14:23
114 Inventário dos Azulejos.indd 114
11/08/2012 14:14:25
115 Inventário dos Azulejos.indd 115
11/08/2012 14:14:27
116 Inventário dos Azulejos.indd 116
11/08/2012 14:14:29
117 Inventário dos Azulejos.indd 117
11/08/2012 14:14:31
118 Inventário dos Azulejos.indd 118
11/08/2012 14:14:33
119 Inventário dos Azulejos.indd 119
11/08/2012 14:14:35
120 Inventário dos Azulejos.indd 120
11/08/2012 14:14:37
121 Inventário dos Azulejos.indd 121
11/08/2012 14:14:39
122 Inventário dos Azulejos.indd 122
11/08/2012 14:14:41
123 Inventário dos Azulejos.indd 123
11/08/2012 14:14:43
124 Inventário dos Azulejos.indd 124
11/08/2012 14:14:45
125 Inventário dos Azulejos.indd 125
11/08/2012 14:14:47
126 Inventário dos Azulejos.indd 126
11/08/2012 14:14:49
127 Inventário dos Azulejos.indd 127
11/08/2012 14:14:51
Inventário dos Azulejos.indd 128
11/08/2012 14:14:53
Santo Antônio
Santa Terezinha
2
3
ÍCONE DEVOCIONAL
São José
REGISTOS
1
Nº DE ORDEM
1.4 Registos
Majólica
Pintura de Mufla
Faianças do Outeiro, Águeda Portugal
São Luís Autor Desconhecido
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Majólica
ORIGEM
Português
128
Rua dos Afogados 931
Rua dos Afogados 565
Rua dos Afogados 331
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 129
11/08/2012 14:14:54
Sagrada Família
Sagrada Família
5
6
ÍCONE DEVOCIONAL
N. S. de Fátima
REGISTOS
4
Nº DE ORDEM
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
129
Majólica
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
Português
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
Rua do Alecrim 153
Rua dos Afogados 1123
Rua dos Afogados 1053
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 130
11/08/2012 14:14:56
Santo Antônio
9
Autor desconhecido
Águeda – Portugal.
N. S. do Perpétuo Socorro
8
ORIGEM
Águeda – Portugal.
ÍCONE DEVOCIONAL
Imaculada Conceição
REGISTOS
7
Nº DE ORDEM
130
Pintura de Mufla
Majólica
Majólica
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Rua do Alecrim 359
Rua do Alecrim 249
Rua do Alecrim 247
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 131
11/08/2012 14:14:58
Autor desconhecido
São Jorge
12
131
Autor desconhecido
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
N. S. de Fátima
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
11
ÍCONE DEVOCIONAL
São José
REGISTOS
10
Nº DE ORDEM
Rua da Alegria 209
Rua da Alegria 30
Rua do Alecrim 484
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 132
11/08/2012 14:15:00
São José de Ribamar
Sagrada Família
15
16
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTOS
14
Nº DE ORDEM
Pintura de Mufla
Majólica
“M.ARTES-Rio” Rio de Janeiro
Majólica
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
São Luís Autor Desconhecido
Fábrica Aleluia Aveiro-Portugal
ORIGEM
132
Av. Beira Mar 330
Rua Antônio Rayol 276
Rua Antônio Rayol 273
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 133
11/08/2012 14:15:02
São José
N. S. de Fátima
Sagrada Família
19
20
21
ÍCONE DEVOCIONAL
Sagrada Família
REGISTOS
18
Nº DE ORDEM
133
Autor desconhecido
Autor desconhecido
“M.ARTES-Rio” Rio de Janeiro
Autor desconhecido
ORIGEM
Majólica
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Av. Silva Maia 131
Av. Pedro II 221
Av. Pedro II 221
Av. Pedro II 221
ENDEREÇO São José
Santo Antônio
Santo Antônio
25
ÍCONE DEVOCIONAL
24
REGISTOS
23
Nº DE ORDEM
Majólica
Majólica
Majólica
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Português
Português
ORIGEM
Fábrica do Cavaco Vila Nova de Gaia Portugal
Av. Silva Maia 71
Av. Silva Maia 219
Av. Silva Maia 131
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 134
11/08/2012 14:15:04
Santo Antônio
Santo Antônio
24
25
ÍCONE DEVOCIONAL
São José
REGISTOS
23
Nº DE ORDEM
Português
Majólica
Majólica
Majólica
Fábrica do Cavaco Vila Nova de Gaia Portugal
Português
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
134
Av. Silva Maia 71
Av. Silva Maia 219
Av. Silva Maia 131
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 135
11/08/2012 14:15:05
Autor desconhecido
N. S. do Perpétuo Socorro
30
135
Autor desconhecido
Santo Antônio
Autor desconhecido
Autor desconhecido
ORIGEM
29
São José
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTOS
28
27
Nº DE ORDEM
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Cajazeiras 426
Beco dos Barqueiros 74
Basílio de Sá 147
Basílio de Sá 131
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 136
11/08/2012 14:15:07
São José
Santo Antônio
São José
33
34
35
ÍCONE DEVOCIONAL
N. S. Aparecida
REGISTOS
32
Nº DE ORDEM
Majólica
Majólica
Fábrica do Cavaco Vila Nova de Gaia Portugal
Fábrica Aleluia Aveiro – Portugal
Majólica
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
F. Corticeira – Porto Portugal
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
136
Rua do Egito 166
Rua do Egito 139
Rua da Cruz 52
Rua das Crioulas 405
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 137
11/08/2012 14:15:09
39 São José
São Domingos da Queimada
38
ÍCONE DEVOCIONAL
São Judas Tadeu
REGISTOS
37
Nº DE ORDEM
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
137
Majólica
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Português
“M. F. O – Rio”
ORIGEM
Rua Godofredo Viana, 357
Rua do Giz 305
Rua do Egito 196
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 138
11/08/2012 14:15:11
N. S. de Fátima
N. S. da Conceição
41
42
ÍCONE DEVOCIONAL
N. Senhora de Fátima
REGISTOS
40
Nº DE ORDEM
Fábrica do Cavaco Vila Nova de Gaia Portugal
Majólica
Majólica
Majólica
Fábrica do Cavaco Vila Nova de Gaia Portugal
Autor desconhecido
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
138
Rua das Hortas 256
Rua Grande 1269
Rua Grande 907
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 139
11/08/2012 14:15:13
Santo Antônio
Santo Antônio
Anjo da Guarda
45
46
47
ÍCONE DEVOCIONAL
Sagrada Família
REGISTOS
44
Nº DE ORDEM
139
Fca. de Valadares –Vila Nova de Gaia / Portugal (do Anjo ) e Lourdes Courtinhas - local (Cartela de identificação).
Autor desconhecido
Majólica
Pintura de Mufla
Majólica
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
Autor desconhecido
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
Rua Montanha Russa 52
Rua do Mocambo 342
Rua das Mangueiras 360
Rua João Henrique 617
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 140
11/08/2012 14:15:14
Santa Rita de Cássia
N. S do Perpétuo Socorro
Sagrado Coração de Jesus
49
50
51
ÍCONE DEVOCIONAL
Santa Terezinha
REGISTOS
48
Nº DE ORDEM
São Luís Autor desconhecido
São Luís Autor Desconhecido
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
São Luís Autor desconhecido
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
140
Rua do Outeiro 725
Rua do Norte 672
Rua do Norte 627
Rua de Nazaré 58
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 141
11/08/2012 14:15:16
Majólica
Fábrica Aleluia- Aveiro/ Portugal
N. S. de Fátima
56
141
Majólica
Fábrica Aleluia – Aveiro/Portugal
N. S. do Perpétuo Socorro
55
Majólica
“Belém-Pará”
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
N. S. das Graças
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
54
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTOS
53
Nº DE ORDEM
Rua do Passeio 1014
Rua do Passeio 195
Rua do Passeio 136
Rua da Palma 651
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 142
11/08/2012 14:15:18
Santo Antônio
São José
Santo Antônio
58
59
60
ÍCONE DEVOCIONAL
São José
REGISTOS
57
Nº DE ORDEM
Majólica
Majólica
Fábrica Aleluia- Aveiro/ Portugal
“M.ARTES-Rio” Rio de Janeiro
Pintura de Mufla
Majólica
Fábrica Aleluia- Aveiro/ Portugal
São Luís Autor desconhecido
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
142
Praça Antonio Lobo Seminário Santo Antônio
Rua do Pespontão 312
Rua da Paz 605
Rua da Paz 439
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 143
11/08/2012 14:15:20
Sagrada Família
65
143
Alvares – Porto Portugal
Majólica
Majólica
N. S. de Fátima
64
Estatuária Artística, Coimbra – Portugal 1949
Sagrada Família
63
Majólica
Majólica
Fábrica Aleluia- Aveiro/ Portugal
Sagrado Coração de Jesus
62
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Português
ORIGEM
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Rua de Santa Rita 410
Rua da Saavedra 137
Rua Rio Branco 420
Praça Gonçalves Dias 351
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 144
11/08/2012 14:15:22
Santa Terezinha
N. S. de Fátima
São José
67
68
69
ÍCONE DEVOCIONAL
N. S. de Fátima
REGISTOS
66
Nº DE ORDEM
São Luís Autor desconhecido
Fábrica Aleluia- Aveiro/ Portugal
Pintura de Mufla
Majólica
Pintura de Mufla
Majólica
Vila Nova de Poiares Coimbra - Portugal
São Luís Autor desconhecido
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
144
Rua de Santaninha 627
Rua de Santaninha 122
Rua de Santa Rita 713
Rua de Santa Rita 410
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 145
11/08/2012 14:15:24
São João
N. S. de Fátima
São José de Ribamar
72
73
74
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTOS
71
Nº DE ORDEM
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
145
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
Pintura de Mufla
Majólica
Autor
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
“Valentes” Fábrica das Devezas Vila Nova de Gaia Portugal
São Luis desconhecido
ORIGEM
Rua de São Pantaleão 251
Rua de São Pantaleão 245
Rua de São João 425
Rua de Santo Antônio 289
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 146
11/08/2012 14:15:26
Santo Antônio
O Papa
São José
76
77
78
ÍCONE DEVOCIONAL
N. S. da Conceição
REGISTOS
75
Nº DE ORDEM
Majólica
“M.ARTES-Rio” Rio de Janeiro
Pintura de Mufla
São Luís Autor desconhecido
Pintura de Mufla
Majólica
“Valentes” Fábrica das Devezas Vila Nova de Gaia Portugal
Autor Desconhecido
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
146
Rua da Saúde 218
Rua de São Pantaleão 1327
Rua de São Pantaleão 1141
Rua de São Pantaleão 692
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 147
11/08/2012 14:15:28
São Judas Tadeu
Santo Antônio
Santo Expedito
81
82
83
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTOS
80
Nº DE ORDEM
Majólica
“F. Soares dos Reis” Vila Nova de Gaia Portugal
147
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís Autor Desconhecido
Autor desconhecido
Majólica
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Português
ORIGEM
Rua da Viração 75
Rua do Sol 597
Rua do Sol 590
Rua do Sol 393
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 148
11/08/2012 14:15:29
84
Nº DE ORDEM
REGISTOS
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Pintura de Mufla
ORIGEM
São Luís Autor desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
148
Rua da Viração 95
ENDEREÇO
149 Inventário dos Azulejos.indd 149
11/08/2012 14:15:31
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
150
Inventário dos Azulejos.indd 150
11/08/2012 14:15:32
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
Inventário dos Azulejos de São Luís - 2004 -
Mapas do Levantamento
151
Inventário dos Azulejos.indd 151
11/08/2012 14:15:34
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
152
Inventário dos Azulejos.indd 152
11/08/2012 14:15:38
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
153
Inventário dos Azulejos.indd 153
11/08/2012 14:15:40
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
154
Inventário dos Azulejos.indd 154
11/08/2012 14:15:44
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
155
Inventário dos Azulejos.indd 155
11/08/2012 14:15:46
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
156
Inventário dos Azulejos.indd 156
11/08/2012 14:15:50
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
157
Inventário dos Azulejos.indd 157
11/08/2012 14:15:52
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
158
Inventário dos Azulejos.indd 158
11/08/2012 14:15:56
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
159
Inventário dos Azulejos.indd 159
11/08/2012 14:15:59
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
160
Inventário dos Azulejos.indd 160
11/08/2012 14:16:02
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
161
Inventário dos Azulejos.indd 161
11/08/2012 14:16:05
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
162
Inventário dos Azulejos.indd 162
11/08/2012 14:16:08
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
163
Inventário dos Azulejos.indd 163
11/08/2012 14:16:10
Inventário dos Azulejos.indd 164
11/08/2012 14:16:11
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
Inventário dos Azulejos da Ilha de São Luís - 2005 -
165
Inventário dos Azulejos.indd 165
11/08/2012 14:16:13
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
166
Inventário dos Azulejos.indd 166
11/08/2012 14:16:14
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
5
AZULEJARIA PORTUGUESA Domingos de Jesus Costa Pereira
A
história da Azulejaria Portuguesa, deno-
pictórica, com grandes produções de painéis historiados,
mina de período arcaico a produção ini-
assinados pelos próprios artistas, superando as técnicas
ciada em meados do século XV, usando as
do mestre Del Barco. Destacaram-se Antônio Pereira,
técnicas mouriscas de corda-seca, aresta e a “decoração
Manuel dos Santos, Bernardes e o filho Policarpo, que
geométrica” mulçumana, progressivamente evoluiu
revolucionou a arte decorativa azulejar, pois soube
para os figurativos com estilo renascentista. A técnica
manipular a luz e extrair da monocromia uma enorme
majólica surgiu em Portugal, na metade do século XVI,
variedade de tons. Os magníficos painéis historiados
com a “importação de azulejaria e faiança flamengas e
foram enquadrados por volumosas cercaduras com
italianas”, quando se desenvolveu o desenho clássico e
cenas barrocas dinâmicas. O artista destacou-se de
painéis figurativos de excelente qualidade, que revesti-
seus contemporâneos pela quantidade de suas obras
ram os interiores de igrejas e palácios de Lisboa, predo-
e reproduziu “gravuras francesas, com os costumes da
minando a resistência antibarroca.
nobreza de seu tempo”.
Na primeira metade do século XVII, com a
No período das obras dos grandes mestres, no
evolução da padronagem inspirada nos desenhos
segundo quartel do século XVIII, destacou-se a fase de
têxteis e o surgimento da azulejaria de tapete para
“grande produção joanina”, incentivada pela procura
decoração exterior, desenvolveu-se a policromia e
de azulejo, quando se inicia a intensa exportação para
variedade de padronagens, destacando-se os frontais
o Brasil. Salvador (Bahia) tem o segundo maior acervo
de altar, imitando os “tecidos ricos de brocados, as
de painéis do mundo, na ordem Primeira e Terceira
rendas e até tecidos de proveniência indiana”. No final
de São Francisco. O Claustro da Ordem Terceira foi
do século XVII, persistiam as padronagens de tapete
revestido de azulejos com cenas do cortejo da “Festa
“azul e branco”, uma imitação portuguesa da louçaria
Barroca Azul e Branco”, do casamento do príncipe,
oriental. É desse período a produção dos famosos
“futuro rei D. José, com a infanta espanhola D.
azulejos de figura avulsa, de influência holandesa.
Maria Ana Vitória”, em 12 de fevereiro de 1729. Estes magníficos painéis são atribuídos ao mestre do barroco
O espanhol Gabriel Del Barco, que esteve em
Valentim de Almeida, enquanto que o consistório da
Portugal (1669 – 1703), revolucionou a pintura azulejar
mesma Ordem está revestido de belos silhar historiados
portuguesa dos painéis historiados, abrindo caminho ao
da cidade de Lisboa, antes do terremoto (1755).
ilusionismo óptico tão característico do gosto barroco, mas não abandonou a azulejaria seriada, despertando
Na segunda metade do século XVIII, final do
o interesse de azulejamento de interior de Igrejas, com
reinado de D. João V, (1706-1750) e início do reinado
cenas historiadas, que iniciou em Lisboa e espalhou-se
de D. José I, refloresceu a “policromia na azulejaria
em outras cidades portuguesas.
portuguesa”; preservam-se as cenas azul e branca e as cercaduras policromadas com influência dos
No início do século XVIII, começou o “ciclo dos
motivos rococó, ostentando uma cenografia recheada
mestres”, quando se destacaram os excelentes pintores
de curvas, concheados, asas de morcegos, ornatos de
de azulejos com características específicas na arte
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palmas e flores em tons amarelos, verdes e roxo de manganês. Com o terremoto de Lisboa em 1755, surgiu a necessidade de uma produção maior de azulejos para suprir as demandas impostas pela catástrofe. A política do Marquês de Pombal levou à criação da “Real Fábrica de Faianças do Rato”, com a produção de “padronagens decorativas”, em grande escala,
PMJ-27
para composição de silhares de novas construções
característica de azulejaria holandesa, retratando uma
durante este período. Os pintores Francisco de Paula
ponte com dois pescadores sentados numa encosta
Oliveira e Francisco Jorge da Costa marcaram o final
ribeirinha, debaixo de uma árvore, no fundo uma colina
da produção setecentista com painéis do rococó
e uma casa no alto formando, painéis com cercaduras
evoluído” e a transição para o neoclássico. O
estilo
“padronagem
neoclássico utilitária”
deu
continuidade
pombalina
carteladas em amarelo e roxo, sendo estes os únicos
à
exemplares do gênero encontrados em São Luís.
(1755-1778),
A Catedral Metropolitana de São Luís mantém
ainda que modificando a policromia, e adequando-a
na sacristia silhares azulejados divididos em painéis,
decoração do “papel de parede”. Desenvolveu-se a
enquadrados por cercaduras; no centro circular,
simpatia pela pintura dos marmoreados do começo
florões formados por oito corolas tipo ramifores,
do século XVIII. A
concepção
da
azulejaria
contornados por azulejos esponjados de cor amarela,
neoclássica
embasados com duas peças de altura marmoreadas
concretizou-se nas duas últimas décadas setecentista,
roxo forte. Recentemente, foram removidos os silhares
são azulejos importantes nas composições dos silhares
das escadarias de outra dependência da Igreja, com
das igrejas de São Luís e Alcântara, que formam
padronagens idênticas às da sacristia.
“painéis decorativos do tipo almofadas marmoreados”
A Nave da Igreja de Santana resguarda o
de fabricação portuguesa, afirmando Dora Alcântara
revestimento tipo silhar, composto de azulejos de tapete,
com muita propriedade: “A importância que vimos
com padronagem antiga de fabricação portuguesa,
nestes azulejos reside no fato de que representam
com técnicas de decoração mistas, estampilha e
a transição dos painéis figurados do século XVIII,
majólica, formando flores com oito pétalas de cor roxa
para os “tapetes”, que voltariam no século XIX”.
enquadradas com padrões de motivos florais de quatro
(ALCÂNTARA, 1997, p. 34)
pontas azuis e com cercadura de ornato de cartela azul
A capela-mor da Igreja de Nossa Senhora do
e esponjado com roxo manganês.
Rosário é revestida com silhares divididos em painéis
“O azulejo conta sua própria história”, pela
do tipo “almofada marmoreada” com florões de
carência de informações bibliográficas sobre as datas
dezesseis pétalas em azul e branco, emoldurados com
de importação e revestimentos da arquitetura religiosa
cercaduras de cartela com barra e efeito de mármore,
e civil. Resta-nos pesquisar a cronologia através das
nas mesmas cores e com rodapés roxo manganês, com
características tipológicas, técnicas de decoração,
até cinco peças de altura. São azulejos de “fabricação
período de manufatura e utilização. Portanto, acredita-
lisboeta de 1790-1805”.
se que o azulejamento das naves e sacristias das igrejas
A sacristia da Igreja de Santa Teresa é revestida
de São Luís aconteceu no período de transição dos
com silhares da azulejaria típica figura avulsa, nas
magníficos painéis historiados da época setecentista
cores azul e branco, composta por duas peças com
e início do renascimento de azulejaria de tapete, do
imagem espelhada, que completa o desenho, com
século XIX.
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
6
IGREJAS
Valflôr da Conceição Louzeiro Oliveira
6.1 Capela do Recolhimento
A
Capela do Recolhimento, construída em meados do século XVIII, popularmente conhecida como Capela de Santa Teresa, está situada à rua do Egito, n° 71, pertencente à Irmandade de Santa Doroteia. Essa capela foi construída como casa de oração do Asilo de Nossa Senhora da Anunciação e Remédios. Foi fundada pelo Jesuíta Padre Gabriel Malagrida, da Companhia de Jesus, cujo nome está ligado à fundação dos Seminários de São Luís e Belém, e que instituiu o Recolhimento para a educação de meninas e convertidas. Esse Recolhimento foi autorizado a funcionar pelo Alvará Régio de 1753, sendo instalado provisoriamente na casa do Padre Teles Vidigal, no então Largo João do Vale (atual Praça Benedito Leite), onde durante muitos anos funcionou a Escola Técnica Centro Caxeiral do Maranhão. Obtida a licença da Câmara Eclesiástica para a fundação da Casa, escolheu o Padre Malagrida uma área que ficava ao lado da Igreja do Rosário, que foi inaugurada em 1753 com o nome de Recolhimento de Nossa Senhora da Anunciação e Remédios. Foi o primeiro educandário feminino da província.
Fachada
À direita da porta principal da capela encontra-se a gruta de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1858 e restaurada em 1926. Hoje em dia a Capela está em bom estado de conservação e apenas na sacristia encontramos vários azulejos de padrão antigo.
Com a expulsão dos jesuítas das terras maranhenses, as recolhidas foram obrigadas, em 1768, a mudar o regulamento e o hábito, substituídos pelo das agostinhas. Hoje a Casa está transformada no
Essa capela possui cinco silhares de azulejos com decoração do tipo “chinoiserie”, do século XVIII, muito raro na azulejaria maranhense e semelhante ao azulejo holandês encontrado na Bahia. São painéis figurativos com regular estado de preservação que tiveram suas características originais alteradas por adaptações para abertura de vãos, porém, ainda mantém intactos, a maior parte de seus azulejos.
Colégio de Santa Teresa, sob a direção das piedosas Irmãs Doroteias. O banco onde o Padre dormia e a imagem de Nossa Senhora das Missões, que ele costumava conduzir em procissão pelas ruas da cidade, ainda hoje existem.
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
6.1.1 Descrição dos Painéis
Painel N.º 01
Constituídos por azulejos figurativos de padrão
O painel n° 01 não pôde ser conferido em seu
único e espelhados, na cor azul e branco de expressão
número total de azulejos, pois ele estava interrompido
naturalista, contendo no primeiro plano uma cena com
pela abertura de uma porta para a capela, e também
figura de duas pessoas sentadas embaixo de uma árvore
porque parte destes azulejos está atrás de um “móvel”
pescando no rio; no segundo plano, uma ponte sobre
muito grande. Só foram conferidos aproximadamente
o rio e no terceiro plano mais no fundo, duas árvores
142 azulejos.
e uma casa sobre o morro. Painel contornado por cercadura de três cores com duas técnicas diferentes
Local de Aplicação:
(majólica e marmoreado). A parte superior da cercadura
Sacristia
contém linhas finas em azul e semicírculos (ou óvulos) na cor amarelo com efeito marmoreado e uma linha
Tipo de Revestimento:
fina em azul. No rodapé dos painéis, encontram-se
Parietal
azulejos no mesmo padrão do painel, além de azulejos marmoreados na cor azul, aparecendo algumas
Estilo:
unidades na cor roxo de manganês.
Neoclássico
Abaixo, os padrões de azulejos encontrados na Capela do Recolhimento.
Técnica de Decoração: Majólica Data: Século XVIII
PMJ-27
PMJ 27.jpg
Dimensões: a) Altura: 8 azulejos; b) Largura: Aproximadamente 17 azulejos; c) Total: Aproximadamente 142 azulejos. Procedência: CMJ-06 PC
Possivelmente português, muito semelhante a um azulejo holandês encontrado na Bahia.
CMJ-06
Estado de Preservação: Regular. Alguns azulejos estão com fraturas e muita sujidade. Observações: PM-03
Rodapé com azulejos do mesmo padrão do painel.
PM-05
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
Painel N.º 02
Painel N.º 03
O painel n° 2 também não pôde ser conferido no
Não foi possível conferir o total dos azulejos deste
total de seus azulejos, pelo mesmo motivo: a abertura
painel. Ele está interrompido pela abertura de uma
de uma porta para a cozinha e dois armários na parede,
porta para o pátio. Só foi possível conferir 477 azulejos.
à frente dos azulejos. O painel está dividido em 2 partes. A 1ª parte com 40 azulejos e a 2ª parte com
Abaixo da porta, existem duas fileiras de azulejos com
24 azulejos. Portanto, a parte que pôde ser conferida
linha A tem 3 azulejos trocados ou invertidos “A51”,
resultou em 64 azulejos.
“A52” e “A54”. Na linha “H” tem 3 azulejos trocados ou
14 azulejos inteiros e 2 azulejos partidos ao meio. Na
invertidos “H60”, “H61” e “H62”, também “H64” está
Local de Aplicação:
faltante.
Sacristia Tipo de Revestimento: Parietal Estilo: Neoclássico Técnica de Decoração: Majólica Data: Século XVIII
Local de Aplicação:
Técnica de Decoração:
Sacristia
Majólica
Tipo de Revestimento:
Data:
Parietal
Século XVIII
Estilo:
Procedência:
Neoclássico
Possivelmente português
Dimensões: a) Altura: 8 azulejos; b) Largura: 8 azulejos; c) Total: 64 azulejos.
Dimensões: a) Altura: 8 azulejos;
Procedência:
b) Largura: 65 azulejos;
Possivelmente português, muito semelhante a um azulejo holandês encontrado na Bahia.
c) Total: 477 azulejos. Estado de Preservação:
Estado de Preservação:
Alguns dos azulejos estão com perda de vidrado e com
Regular. Alguns azulejos estão com fraturas e muita sujidade.
lacunas na chacota. Existem bastantes fraturas e muita sujidade; alguns estão trocados de lugar e falta 1 (um) azulejo na parte superior do painel “H64”.
Observações:
Observações:
Rodapé com azulejos do padrão marmoreado azul.
Rodapé com azulejos do padrão marmoreado azul e alguns do marmoreado roxo manganês.
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Painel N.º 04
Painel N.º 05
O painel n° 4 contém 85 azulejos, sendo que
O painel de n° 5 contém 112 azulejos, sendo que
14 desses estão trocados de lugar. Sobre o painel há
13 estão trocados de lugar na última fileira de baixo.
um lavabo em pedra de lioz portuguesa, tendo como
Tem azulejos, cercaduras e rodapé iguais aos do painel
decoração dois golfinhos. O painel tem cercadura igual
de n° 4.
aos anteriores e rodapé no mesmo padrão do painel.
Local de Aplicação: Sacristia
Técnica de Decoração: Majólica
Tipo de Revestimento: Parietal
Data: Século XVIII
Estilo: Neoclássico
Procedência: Possivelmente português
Local de Aplicação:
Técnica de Decoração:
Sacristia
Majólica
Tipo de Revestimento:
Data:
Parietal
Século XVIII
Estilo:
Procedência:
Neoclássico
Possivelmente português
Dimensões: a) Altura: 8 azulejos; b) Largura: 14 azulejos;
Dimensões:
c) Total: 112 azulejos.
a)Altura: 8 azulejos; Estado de Preservação:
b)Largura: 14 azulejos;
Regular. Azulejos com perda de vidrado e chacota,
c) Total: 85 azulejos.
algumas fraturas e bastante sujidade.
Estado de Preservação:
Observações:
Regular. Azulejos com perda de vidrado e chacota, algumas fraturas e bastantes sujidades. Possui 14
O painel encontra-se com 13 azulejos da linha “A”
azulejos trocados de lugar.
trocados ou com posição invertida. (“A1” ao “A13”).
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ARMÁRIO PS 05
ARMÁRIO
PS 04
PS 01
PS 03
SACRISTIA
ARMÁRIO
PS 02
ARMÁRIO
CAPELA DE SANTA TEREZA CROQUI DE LOCALIZAÇÃO DOS PAINÉIS
LEGENDA PAINÉIS LOCALIZADOS PAINEL DA SACRISTIA
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ARMÁRIO
ARMÁRIO
PORTA
174
ARMÁRIO
PAINEL 02
PORTA
AZULEJO TROCADO OU INVERTIDO
AZULEJO NÃO PERTENCENTE AO PAINEL
AZULEJO FALTANTE
LEGENDA
PAINEL 01
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PAINEL 04
LAVABO
175
PAINEL 05
AZULEJO TROCADO OU INVERTIDO
AZULEJO NÃO PERTENCENTE AO PAINEL
AZULEJO FALTANTE
LEGENDA
PAINEL 03
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6.2 Igreja do Carmo Letícia de Maria Paixão Martins de Castro
na fachada e torres, pedras de cantaria nas escadas,
Designação: Igreja de Nossa Senhora do Carmo.
altares em mármore, gesso no forro, ladrilho hidráulico
Local/endereço: Largo do Carmo.
e granito no piso, grades de ferro nos balcões e
Proprietário: Arquidiocese de São Luís
esquadrias de madeira.
Município: São Luís. Categoria: Arquitetura Religiosa. Estilo arquitetônico: dadas as diversas modificações, não possui classificação. Época de construção: Séc. XVII. Situação e ambiência: O monumento integra a área tombada pelo IPHAN, cercado por construções do Séc. XVIII e XIX. Dados jurídicos: Arquidiocese de São Luís (Cúria dos Frades Menores Capuchinhos). Dados técnicos: Construção robusta em alvenaria de pedra e barro nas paredes internas e externas; azulejos
PE-31 - Principal azulejo da fachada
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sacrário; do outro lado (esquerdo), São José ladeado
6.2.1 Dados tipológicos
pelas imagens de São Benedito e São Geraldo; para o
a) Fachada
lado da Epístola, vemos a Capela do SS. Crucifixo.
A Igreja do Carmo é composta por uma nave
Para o lado do Evangelho, vemos a Capela do
central e uma lateral, com capelas laterais, coro alto e
Sagrado Coração, onde existem várias imagens, como,
altar-mor; a sacristia se encontra ao lado do altar-mor.
por exemplo: Santa Bárbara, Santo Expedito e São
A igreja é precedida por um adro que constitui
Caetano, além de alguns freis carmelitas já falecidos;
uma grande plataforma retangular revestida com
soubemos através do Frei Rogério Beltrami, morador
ladrilhos hidráulicos, alguns franceses e possui acessos
do convento, que a bancada deste último altar foi
laterais em forma de escadarias com pedras de cantaria
produzida no Campo D’Ourique. Toda a nave central
e peitoril de proteção, composto de membro em
possui forro quadriculado de gesso em relevo, contendo
alvenaria revestido de azulejos, intercalado por gradis
rosetas dentro de cada quadro, alternando os padrões
de ferro.
que são em número de dois, ora um,ora outro. Abaixo
A fachada principal possui duas torres sineiras
do forro, uma cercadura em gesso de mais ou menos
quadradas, que terminam cada uma por bulbo arestado
cinqüenta centímetros contorna toda a nave central; é
encimado por cruz de ferro. Entre as torres, fica um
relevada, policrômica, onde aparecem alternadamente
frontão triangular tendo ao centro um óculo fechado
o símbolo mariano e o emblema franciscano. Os arcos
por vidro azul. Abaixo do entablamento, que se
dos altares também possuem o mesmo trabalho do
resume atualmente a uma fileira de azulejos brancos,
forro da nave, só que agora menor e um só padrão de
há três janelas centralizadas no corpo da fachada
roseta.
com balcões de ferro entalados; logo abaixo da torre
As paredes da nave são divididas por cinco gregas
esquerda, uma pequena envasadura correspondente
verticais em relevo, de gesso, com cerca de vinte
ao espaço de três azulejos, é fechada por vidro azul; a
centímetros de largura, que descem da cercadura até
portada é composta de ombreiras contornando porta
o piso em estilo clássico, onde os elementos internos
em madeira maciça com almofadas grandes, recortada
são uma cruz estilizada verde e um trevo vermelho.
na parte superior e entalhes em relevo com motivos
Nos cantos internos da igreja ficam duas gregas, uma
fitomórficos centralizados; acima da porta, o símbolo
de frente para outra, exceto no canto esquerdo de
mariano em relevo, de massa.
quem entra, onde ainda se pode ver parte dos pilares
No átrio, para-vento em madeira, com três folhas,
originais. Todas as pilastras internas são brancas e
a parte de cima recortada e vazada, na folha do meio
possuem caneluras. As paredes internas da nave
em cima, a figura da custódia entalhada e pintada
possuem revestimento de placas de cimento até
em ouro, na parte inferior almofadas. Sob o adro,
uma altura de dois metros. Possui piso de granito e
um lavabo em lioz faz frente para a praça onde está
de ladrilho hidráulico sob os bancos dos fiéis, sendo
o relógio. Possui bicas que partem de entre golfinhos
todo o seu piso originalmente revestido por ladrilhos
entrelaçados; já não estão mais lá as torneiras, nota-se
hidráulicos, assim como a capela-mor.
que foram arrancadas, pois parte do lioz está quebrado.
Do lado direito, no meio da nave, há uma janela de basculantes com local adequado, na parte de baixo,
b) Nave
para que os fiéis acendam velas.
Existem vários altares na Nave sendo, a partir da
entrada, do lado direito, Santo Antônio com sacrário;
A nave lateral hoje está preenchida por dois
no altar da esquerda, São Francisco ladeado pelas
confessionários de tabica, localizados entre o altar de
imagens de São Judas Tadeu e São Luís Rei de França;
S. Francisco e o de S. José, onde ficam os acessos às
novamente à direita, altar de Santa Terezinha com
partes conventuais. Todos os altares são em mármore;
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no de São José está “a bancada de mármore que estava
o mesmo trabalho quadriculado e rosetas aplicadas no
encostada em uma casa do Campo D’Ourique”,
interior dos quadros com padrões alternados; como
segundo o cronista da ordem em 1904 (BELTRAMI,
cercadura, guirlandas
1994, p. 159). Acima do arco central, entre a cercadura
em gesso sustentadas por mísulas de anjos típicos do
e o forro, existe um pequeno afresco, onde vemos a
renascimento italiano primitivo. À direita está o único
figura de Cristo sendo apoiado por um franciscano,
vitral existente na Igreja, em forma de janela com
ao sair da cruz. No extremo da nave, em oposição à
basculante, retratando Nossa Senhora do Carmo, o
Capela-Mor, está o coro alto.
Monte Carmelo, um anjo guiando uma mulher e, na
amarelas de pequenas flores
parte de baixo, um casal chorando entre as labaredas
c) Capelas da Igreja
de fogo no inferno.
No transcepto, existiam duas capelas: uma ruiu e
A pia da Sacristia e outros objetos que faziam parte
foi refeita menor; a do Senhor dos Passos, que também
do acervo da Igreja do Carmo estão hoje no Museu de
já foi de Santa Margarida, atualmente é a Capela do
Arte Sacra.
SS. Crucifixo. De cada lado do Senhor existe uma pequena janela com balcão de madeira e vidros azuis.
“Dali (da escadaria), também, falou um dia ao
O mesmo acontece do lado do Evangelho, na Capela
povo José do Patrocínio, quando deportado com
do Sagrado Coração de Jesus.
outros companheiros para os confins da Amazônia, em protesto pelo empastelamento de um jornal político,
A antiga “Capela de Santa Teresa” era onde hoje
que se editava no Carmo.” (Astolfo Serra em “Guia
ficam as construções da “Policlínica N. Sª do Carmo”;
Histórico e Sentimental de São Luís do Maranhão”).
os objetos e atributos que existiam nela foram distribuídos entre os outros altares.
No Convento, já funcionou o Centro Social de S. Tereza, a casa Santo Antônio para estudantes, e os
Os vãos em arco das capelas laterais também
Seminários Seráfico de Barra do Corda e do Anil, com
possuem o mesmo trabalho do forro da nave, quadros
internos vocacionados.
e rosetas.
A Igreja do Carmo possui cerca de dez tipos de
d) Capela-Mor
padrão de ladrilhos hidráulicos; três deles, diferentes,
O altar-mor original era todo em madeira, branco
foram fabricados no próprio Convento. Um dos
com ouro; foi substituído por outro, de mármore que
padrões de ladrilho hidráulico encontrado no adro (azul
veio da Itália; na lateral se lê: “Eseguito dai Fratelli
e branco) é francês, de acordo com leitura em forma
Agrone-scultori Genova” (Realizado pelos Irmãos
circular no tardoz: “PARAY-LE-MONIAL. SAONE &
Agrone - escultores de Gênova); foi consagrado em 9
LOIRE”. A cercadura que reveste o piso atrás do altar-
de abril de 1910, por D. Francisco de Paula e Silva. A
mor, castanho escuro e branco com folha de parreira
imagem de N. Sra. do Carmo, que se encontra no altar-
em voluta, faz parte do catálogo da “Sociétè Anonyme
mor, é a original.
des Carrelages Céramiques” de Paray-le-Monial, página 39, fechada em 1911.
A Capela-Mor é mais estreita que a Nave e possui no coro, cadeiral de madeira confeccionado na escola
A tribuna com N. Srª da Piedade se encontra em
de carpintaria dos próprios frades, em Presidente
pátio interno, entre a policlínica e a igreja; a imagem
Dutra; possui balaustrada de separação toda em
de Santa Filomena, doada pelo Barão de Coroatá
mármore, janelas com basculantes no alto e passagens
(morador de sobrado azulejado no Largo do Carmo),
para o convento e policlínica. No forro, em cima da
além de outras raridades que fazem parte do acervo, se
tribuna de Nossa Senhora do Carmo, está em alto-
encontram no Consistório, no andar de cima.
relevo e pintada a figura do Cordeiro de Deus. A parte central do forro é lisa e nas laterais possui sancas com
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parte do Evangelho é de Santa Luzia, a da parte da Epístola é de Santo Amaro. Dentro do cruzeiro há duas capelas: a da parte do Evangelho tem a milagrosa imagem de Cristo Senhor Nosso com a cruz às costas, que está recolhido em uma perfeita tribuna; a nobreza desta terra serve a este Senhor em uma bem governada Irmandade. A parte da Epístola é do Santíssimo Sacramento. Em uma tribuna está a Senhora da Piedade, e da parte de fora dela as imagens da Senhora da Penha de França e da Guia. É a Senhora festejada nestes títulos com grande solenidade. Tem o convento sua livraria com bastante livros, assim de Padres Expositores, Concio-natórios, de uma e outra Teologia, e alguns de Filosofia. Nossa Senhora do Carmo é o título deste convento”. (Frei Manuel de Sá, da mesma Ordem da Província de Portugal – Lisboa Oriental, na Oficina Ferrerigana – 1724).
6.2.2 Estado de conservação De modo geral tanto o Convento quanto a Igreja se encontram em bom estado, a não ser a fachada que teve boa parte de seu revestimento original retirado (vandalismo), tendo sido novamente revestida essa parte com azulejos lisos, industriais. Dentro, a igreja se encontra limpa, asseada e bem conservada; no adro, os tapetes de ladrilho hidráulico estão
bastante
desgastados,
alguns
fraturados,
principalmente nos locais por onde as pessoas mais transitam.
6.2.3 Dados históricos 1624 – Foi erigido o primeiro convento, localizado no “Sítio do Monsieur Pineau”, atualmente Igreja do Rosário.
1641 – Com a invasão holandesa, o Convento
1627 – Conclusão do segundo Convento do
foi transformado em fortim pelos portugueses, que
Carmo, na colina mais alta e ensolarada da cidade,
nele instalaram suas artilharias pesadas. A frontaria e
onde já havia a Capela de Santa Bárbara, doada pelo
parte dos dormitórios foram arrasados. No Convento
primeiro Governador do Maranhão, Francisco Coelho
do Carmo, combatentes, mulheres e crianças tiveram
de Carvalho.
abrigo e sustento. Antônio Muniz Barreiros Filho, ex-capitão-mor do Maranhão, ferido em combate, aí
Descrição feita por cronista da Ordem dos
faleceu.
Capuchinhos:
Após a expulsão dos holandeses, o governador
“É o dito primeiro convento no meio da cidade de São Luis com o frontispício para o poente, tem duas torres, uma de cada banda, as janelas dos dormitórios são para a parte do mar, tem uma boa cerca povoada de muitas e várias plantas frutíferas, toda murada de pedra e cal. A igreja tem cento e sessenta palmos de comprido e cinqüenta de largo. A capela-mor é muito formosa, o seu comprimento são sessenta palmos, a largura trinta, a tribuna é de talha coberta de tintas, ouro, e é a melhor que há na cidade. Tem uma milagrosa imagem de Nossa Mãe Santíssima do Carmo, de seis palmos; da parte do Evangelho está o nosso protopatriarca Elias, e da parte da Epístola, o nosso Padre Santo Eliseu. Nesta capela-mor há coro que tem duas ordens de cadeiras de pau de cedro curiosamente lavrado. Saindo da capelamor, tem duas capelas colaterais: a da
não quis restaurar os danos causados ao edifício pelo bombardeio holandês, o que posteriormente foi feito pelos padres. 1808 – Foram feitos na Igreja e no Convento vários consertos, com a conclusão da sua fachada e das torres que receberam revestimento de azulejos. 1828 - Foi instalada no andar superior do Convento e mais tarde no inferior, a Biblioteca Pública, “na parte que dá para a Rua da Paz” (José Ribeiro do Amaral em “O Maranhão Histórico”). 1829 – Foi instalado no convento o Corpo Policial de Segurança Pública. 1831 – (3 de maio) – A Biblioteca Pública Providencial foi oficialmente aberta ao público de São Luís, com um acervo de 1448 volumes, a maioria
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
proveniente de doações. (Jomar Moraes, em “Guia
(12 de julho) - A Lei nº69, “autoriza o governo a
Histórico da Biblioteca Pública Benedito Leite”, p. 16).
mandar procedor aos consertos de que precisa o Lyceu Maranhense” (FERNANDES, 1929, p. 392).
1837 – A parte fronteiriça à praça, é adaptada e
(10 de setembro) – Frei Carlos de São Martinho
transformada em Liceu Imperial e o andar de cima,
Olearo, chefe da Missão Capuchinha, recebeu a
correspondente ao Liceu, em Biblioteca Pública.
obrigação de fazer os reparos devidos no Convento,
1838 – Instalado no pavimento térreo o Liceu
pois está em ruína. Ficou até setembro de 1895 em
Maranhense, criado pelo presidente da província,
reforma.
Vicente Tomaz Pires de Figueiredo Camargo, e que aí ficou instalado durante cinqüenta e dois anos. Existe
(10 de outubro) – O Convento do Carmo foi
na fachada do convento, à esquerda de quem entra,
vendido em hasta pública, sendo arrematado pelos
uma cartela datada em lioz, onde se lê “LYCEO 1838”.
frades capuchinhos italianos, pela quantia de Rs 16:500$000.
1839 – Inauguração do Liceu Maranhense.
1895 (01 de janeiro) – A Igreja do Carmo,
1852 a 1861 – O Convento do Carmo e outros
restaurada, foi reaberta solenemente ao público.
“estavam em deplorável decadência” (na gestão de D.
1899 (outubro) à 1900 (julho) – Consertos da
Manuel da Silveira).
Igreja do Carmo.
1863 – D. Luís da C. Saraiva autorizou a
1904 – Compra do altar em mármore de carrara,
restauração da Igreja do Carmo e outras. 1865
que custou Rs 31:240$00, cujo desenho foi do
– Passou por grandes obras, devido
engenheiro Viveiros de Castro.
estar arruinada; funcionou aí o Instituto Literário
1905 (14 de abril) – A Lei nº 372 “autoriza o
Maranhense.
governo a reformar o Lyceu Maranhense”.
1866 (outubro) – A fachada recebeu revestimento
1909 (23 de maio) – Assentamento da 1ª pedra do
de azulejos.
altar-mor.
1873 – O Convento do Carmo cedeu parte de sua
1910 – Bênção da Imagem de N. Sª do Carmo que
cerca para a construção de uma escola; mais tarde, no
veio de Portugal, em cedro.
local, passou a ser a Biblioteca Pública.
1911 – Novamente o convento é posto em hasta
1882 (março) - O presidente da província, José
pública.
Manuel de Freitas, em sua fala à Assembleia Legislativa, disse que o edifício, onde funcionava o Liceu, estava
1912 (janeiro) – Foi sede da Cúria Custodial;
bastante arruinado (no térreo); lá também funcionava
reparos no Liceu, no convento e na igreja também.
a Secretaria da Instrução Pública.
1919 (13 de fevereiro) – Inauguração da “União
1889 – Os estudantes do Liceu vaiaram de suas
Operária Maranhense”, organização cujo objetivo
janelas o Conde D’Eu, que se encontrava na escadaria,
principal era preservar a classe operária existente
em sua pregação monarquista.
à época, de “uns emissários comunistas espanhóis
1891 (9 de maio) - O Convento foi incorporado aos
que estavam se infiltrando nas classes operárias” (frei
bens da União e a igreja é requisitada, em conseqüência
Rogério Beltrami,” Acordando Palavras Dormidas”,
da morte do seu provincial, frei Caetano de Santa Rita
p.189), com sede no Convento.
Serejo, ficando em abandono, “quase completa ruína”
1930 – Substituição de teto, piso e altares (que
(José Ribeiro do Amaral in “O Maranhão Histórico”).
eram de madeira).
1894 - (12 de maio) – Instalação da Missão dos
1931 (03 dezembro) – Início dos trabalhos
Capuchinhos Lombardos.
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de demolição da parte oriental do Convento para
Convento, a Policlínica N.S. ª do Carmo (inaugurada
alargamento da Rua da Paz; retirada a parte do
em 13 de junho de 1978), o Refeitório dos Pobres (de
Convento que compreendia as três últimas janelas
2ª a 6ª feira) e a “Irmandade São Pio”. Ao fundo, o
que dão para o Largo, onde funcionava o Liceu,
Convento recebeu um anexo e do lado esquerdo da
devido à necessidade de alargamento da Rua da Paz.
Igreja, lajes e pilastras de concreto em substituição das
Essa atitude fazia parte do plano de modernização da
arcarias do claustro.
cidade, haja vista o aumento do número de carros. Por
O Centro Pio XII inicialmente foi sede do Pequeno
esse motivo também foi retirada a escadaria frontal.
Jornaleiro e depois do Movimento Familiar Cristão.
1932 (16 de junho) – Término dos trabalhos de
Na Igreja do Carmo funcionou o “Jornal A Cruzada”,
demolição e reconstrução do Convento do lado da Rua
dirigido pelo Pe. Silvino.
da Paz; iniciou-se o restauro da Capela de Santa Teresa, por conta dos Capuchinhos (Fr. Rogério Beltrami, Acordando Palavras Dormidas, p. 131) (16 de julho) – Terminou o trabalho de reconstrução da “Capela de Santa Tereza”. Aí passaram a funcionar os consultórios da Policlínica e o Refeitório dos Pobres. 1943 (março) – A Capela do Senhor dos Passos desaba; após sua reconstrução, passou a ser definitivamente Capela do SS. Crucifixo e sepulcrário dos missionários capuchinhos. 1952 (6 de janeiro) – Inauguração da Casa do Pequeno Jornaleiro.
Igreja e Convento
1959 (setembro/ novembro) – Reforma da fachada da Igreja. 1961 (9 de agosto) – Inauguração do “Centro Pio XII) 1961 / 1966 – Reestruturação radical na igreja e no convento, com nova e ampla construção que eliminou, infelizmente, o que ainda restava da primitiva arquitetura (VELAR, 1993, pág. 89); forro de gesso e revestimento de placas de cimento nas paredes. 1963 (14 de setembro) – Inauguração do Centro do Movimento Familiar Cristão. 1967/1968 – Fechamento pelos Superiores da Ordem do “Centro Pio XII”. 1992 / 1994 – Ao celebrar o centenário dos capuchinhos no Carmo, foram feitas novas reformas no convento e na igreja; colocação de piso em granito. 2005 – Atualmente funciona na Igreja do Carmo a “Cúria dos Frades Menores Capuchinhos”, o
Fachada da igreja
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6.2.5 Revestimento azulejar
6.2.4 Elementos gráficos Existe na fachada do convento, à esquerda de
O revestimento de azulejos da fachada e das torres está bastante comprometido. Na parte inferior da fachada já houve significante perda de peças, em torno de cinco por cento do padrão amarelo (PE-31). Foram assentados no local, azulejos industriais na cor castanho claro e acima desta, azulejos industriais brancos. O entablamento se resume a uma linha de azulejos brancos. O revestimento das torres está com grande perda de vidrado, causando o ataque dos fungos, deteriorando mais ainda a peça; a vegetação aflora entre as juntas em várias partes das torres.
quem entra, uma cartela datada, em lioz, onde se lê “LYCEO 1838”.
À direita da porta de entrada para a Policlínica,em um pequeno adro lateral, existe uma lápide em lioz
Ultimamente, após as chuvas e ventanias do inverno, vinte azulejos se destacaram da fachada, o padrão PE-31, tornando mais fácil ações de vandalismo, causando a satisfação de ladrões e atravessadores, que os objetos comercializam para colecionadores e
com os seguintes dizeres:
“Aqui jaz Filippe Pedro Borges Cavalleiro Professo na Ordem de Christo E Comissário Geral das 3 Ordens Millitares Nesta Província do Maranhão Falleceo a 16 de Fevereiro de 1824 Com 69 annos 1 mez e 16 dias”.
turistas. Azulejo português de pintura policromada do final do séc. XIX, padrão 2X2, estampilhado, composição de origem árabe, com base no esquema estrela e cruz, cujo principal centro de rotação é a cruz e, nos espaços entre ela, motivos fitomórfitos. Está localizado no peitoril de proteção do adro, formando quadros. Dimensões: 13,5X13,5cm.
1. No altar de São Francisco encontra-se uma lápide em comemoração ao terceiro centenário da primeira missa na ilha. 2. Na Capela do Sagrado Coração de Jesus, também uma lápide, pelo término da Primeira Guerra Mundial. PE-07
1
PE-07 - Peitoril do adro
2
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6.2.6 Perigos potenciais
Azulejos portugueses do início do séc. XIX, com desenho de influência holandesa, de estilo neoclássico; padrão 2X2, estampilhado, apresentando composição
Constatamos um desgaste muito grande nos
simples contendo apenas dois elementos: uma estrela
azulejos, principalmente nos que revestem as torres,
de oito pontas que se forma pela articulação de quatro
provocado por intempéries e salinidade. Essa grande
azulejos contíguos e que constitui o único centro de
perda de vidrados vai fazer com que cada vez mais
rotação do padrão; uma linha contendo curvas, que
fungos ataquem e assim “expulsem” a camada vítrea,
liga em diagonal dois dos cantos de cada azulejo.
que vai se destacando. A vegetação, aflorando nas
Também conhecido como “cobrinha” e “bicha da
juntas, à proporção que cresce, vai forçando os
praça”; na Holanda tinha o nome “viersterren”, que
azulejos fixados que, aos poucos se destacarão do
significa “quatro estrelas”. Dimensões: 13,5X13,5cm.
suporte.
Fabricado, possivelmente, na fábrica Viúva Lamego,
A fachada da igreja, por conta das intempéries,
Lisboa. O PE-31 (amarelo) reveste toda a fachada e
já perdeu alguns azulejos que já se achavam retidos no
grande parte das torres; o PE-33 (azul) reveste a divisão
suporte, devido a infiltrações, salinidade, etc., fazendo
entre o corpo das torres e seus bulbos.
acentuar o processo de destacamento dos outros azulejos, o que proporcionará novas ações de vandalismo, com conseqüências irreversíveis e lametáveis. O convento também está com sua fachada precisando de reparos, devido, a falhas já perceptíveis no seu reboco.
PE-31
PE-33
Na entrada para a Policlínica, do lado esquerdo, existe um painel devocional, com 49 azulejos industriais, vendo-se Nossa Senhora amparando Cristo ao pé da Cruz; autor desconhecido.
Convento do Carmo Painel devocional
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6.3 Igreja do Rosário Domingos de Jesus Costa Pereira pretendia construir uma igreja para o culto de devoção à santa. Os frades Carmelitas, vendo a necessidade e união dos pretinhos, “ofereceram e de espontânea vontade lhes faziam doação, de então para todo o sempre, pelo amor de Deus, de um terreno” para construir a igreja no sítio, chamado “Carmo Velho”. Em 17 de maio de 1717, o tabelião Antônio da Silva Duarte lavrou a escritura pública de doação, autorizada pelo superior do convento, frei Tomaz Jardão. Assinaram o documento de concessão o tabelião, os carmelitas do convento e as testemunhas: O capitão Gregório da Costa Goulart e Gabriel da Costa de Matos. A solenidade aconteceu no Convento do Carmo. A confraria tinha como representante o “Rei da Irmandade, preto Luís João da Fonseca”. As mesmas escrituras determinavam que a doação ficaria sem efeito se não fosse construído o templo e que, se por acaso ele se arruinasse ou caísse, deveria ser recuperado; caso contrário, o terreno voltaria ao poder dos padres. A irmandade ainda ficaria na obrigação de contratar os frades do Convento do Carmo para a “Celebração de todas as suas festas” e para o cargo de capelão, se fosse criado a capelaria.
N
a expedição de Jerônimo de Albuquerque, em 1614, que expulsou os franceses de Upaon-Açu, vieram os missionários carmelitas André da Natividade e São Cosme d’Assunção, que receberam do General Alexandre de Moura um sítio como doação para construir o Convento dos Frades, no mesmo terreno em que está a igreja do Rosário. Os padres construíram um novo templo, em 1627, “na antiga capela de Santa Bárbara”, no atual Largo do Carmo. O local do primeiro ficou conhecido como “Carmo Velho”.
A confraria concordou com as condições das escrituras e deu início à “construção da ermida no mesmo lugar onde esteve primeiramente o convento do Carmo”, na rua Tarquino Lopes, atual Rua do Egito. “Os pretinhos irmãos da virgem Nossa Senhora do Rosário” edificaram a Igreja sobre essas ruínas. Dedicaram-se ao trabalho árduo da construção do
“A Irmandade dos Homens Pretos devotos de Nossa Senhora do Rosário”, em São Luís do Maranhão,
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templo no período colonial, sob o rigor da escravatura, nos horários minguados que tinham para repouso, com sacrifícios e “ajuda de devotos brancos”; conseguiram assim edificar o espaço sagrado para a congregação da irmandade dos pretos celebrar o culto à santa protetora, livre das exigências senhoris.
6.3.1 Tipologia da igreja de Nossa Senhora do Rosário
Em 1772, a igreja foi restaurada; quatro anos mais tarde a ermida foi batizada pelo vigário Antônio Cordeiro Roxas e seu altar-mor recebeu a imagem de sua santa padroeira. Numa “terça-feira, 1º de novembro de 1814, saiu dessa igreja, pela primeira vez, a procissão da caridade”
no entanto, apenas um sino do lado direito; elas são
O padre português Domingos Cadavila Veloso, professor de instrução das “primeiras letras desta cidade”, ministrou aulas nas dependências da igreja, por volta de 1821, época em que o sacerdote, entusiasta da Independência, distribuiu panfletos indecorosos contra o presidente Miguel Inácio Ferreira Bruce, tornando-se famoso nos “anais provincianos” por suas ideias políticas em prol da Independência.
retas, abaixo do entablamento, em eixo de simetria
A igreja de Nossa Senhora do Rosário serviu de catedral Metropolitana na administração do 17º Bispo de São Luís do Maranhão, D. Manoel Joaquim da Silveira (1852 – 1861). A transferência da Sé ocorreu por motivo dos grandes estragos provocados por um raio, que atingiu a torre dos sinos, em abril de 1849, “até hoje nenhuma providência se tem dado...” (7 de junho de 1851).
lateral esquerda, destaca-se por apresentar duas belas
A igreja possui uma fachada retangular simples. Ostenta duas torres paralelas de base quadrangular com quatro campanários cada uma delas. Existe, entabladas por cornijas com as cúpulas em forma de bulbos e terminam com peanhas singelas encimadas por cruzes. Um pequeno frontão do tipo bulboso recortado e embasado sobre meia lua figurada. O retângulo frontal apresenta três janelas de vergas com a porta principal de arco pleno, contornado por cornijas. A nave tem piso de ladrilhos e forro de madeira em forma de berço. Possui quatro nichos de pouca profundidade revestidos com madeira talhada, cada um apresenta decorações diferentes; o último da colunas Salumônicas decoradas com ramos e frutas de parreira. Na parte superior central encontra-se o símbolo da “Sagrada Trindade”, gravado em alto relevo. O frontão compõe-se por folhas de acanto volumosas, cartelas com pontas de diamantes, contornadas por volutas e centralizadas por uma concha em estilo rococó. Nos cantos da nave com o arco cruzeiro, existem dois altares semelhantes, construídos de madeira, com colunas laterais lisas e capitéis coríntios, encimados por cornijas e frontão cartelado. A Capela-Mor contém as paredes revestidas por silhares de azulejos do tipo “almofada marmoreada”, em cor amarela, com florão azul no centro. Ladeados por belos ramiformes policromados, sobre um fundo pintado de cobalto e o rodapé esponjado de roxo manganês; os painéis são interceptados abruptamente por uma mureta, no ultimo degrau dos três, que divide a Capela-Mor em dois planos. O Altar-Mor fica centralizado, reconstruído em alvenaria e mármore.
Interior da Igreja do Rosário
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7.3.2 Descrição dos painéis a) Painéis 01 e 04
Painel nº 01 Local de Aplicação: Capela-Mor
Painéis de azulejo tipo “almofadado marmorea-
Tipo de Revestimento: Silhar
do” são do período de transição dos grandes mestres
Estilo: Transição de Rococó para o Neoclássico
do Rococó para o Neoclássico, manufaturados em
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Lisboa, com decoração simples com o fundo azul e
Procedência: Portuguesa
branco, destacando-se, no centro, uma almofada no
Período: Último quartel do século XVIII
sentido vertical de cor amarela, contornada por mol-
Dimensões:
dura com linhas fortes e nuanças de cor roxa, com
a) Altura: 11 azulejos;
duas conchas estilizadas nas laterais direita e esquer-
b) Largura: 8 azulejos;
da; os cantos côncavos com minúsculas volutas de um
c) Total: 85 azulejos.
rococó diluído. Dois ramiformes amarelo e azul ao
Estado de Preservação: o painel apresenta bom estado físico; existem poucas perdas de vidrados, fraturas e sujidades, além do processo natural de envelhecimento e marcas de manuseios inadequados de equipamentos e materiais de limpeza.
lado da almofada, revela a delicadeza do neoclássico e a leveza com motivos florais, que caracterizam o reinado de Dona Maria I. O contorno é emoldurado por cercaduras com duas partes distintas, a interior próxima da almofada, utilizou-se a técnica de pintura esponjada e a exterior forma um friso de elementos curvilíneos, numa faixa contínua, adornada por linhas retas e côncavas nos cantos. Esse tipo de guarnição utiliza-se frequentemente para contornar vários tipos de silhar. O rodapé revestido por cinco azulejos de altura, esponjados em roxo manganês, justifica-se o número exagerado de fileiras na barra, para manter o nível dos painéis e acompanhar os degraus, que dão ao altar-mor, facilitando a leitura harmoniosa do conjunto.
Observações: Nesse painel falta uma peça de canto da cercadura; existe uma invertida e outra não pertencente à moldura. O rodapé tem cinco azulejos de altura, é interrompido em duas colunas na lateral direita da parede. Possui duas peças de cantoneira e falta outra. Ao lado do painel, em ângulo de noventa graus com a boneca lateral da porta, encontra-se uma coluna com dois azulejos de largura e a mesma altura do silhar com peças de cercadura recortadas para preencher o espaço; o rodapé é igual ao do painel, com cinco azulejos de altura, marmoreados de cor roxa.
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Painel nº 04
b) Painéis 02 e 03
Local de Aplicação: Capela-Mor
Os painéis 02 e 03 estão localizados nas laterais
Tipo de Revestimento: Silhar
da capela-mor em paredes opostas, são semelhantes
Estilo: Transição de rococó para o neoclássico
em quantidade, tipologia, decoração e procedência,
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
cada um contém cinco almofadas, instaladas no
Procedência: Portuguesa
sentido horizontal com nove azulejos de comprimento
Período: Último quartel do século XVIII
e quatro de altura; contornadas com linhas roxas e
Dimensões:
sombreadas da mesma cor; possuem quatro asas de
a) Altura: 8 azulejos;
morcegos aplicadas no meio das molduras superiores,
b) Largura: 11 azulejos;
inferiores e nas verticais; os cantos concheados são
c) Total: 86 azulejos.
ornados com pequenas volutas iguais. No centro de cada almofadão existe um florão azul com 16 pétalas,
Estado de Preservação: o painel está bem conser-
com o núcleo amarelo pontilhado como semente do
vado; existem poucas fraturas, alguns destacamento
tipo “botão floral” do girassol. Os painéis possuem
de vidrado e sujidade pontuais, apresentando sinais de
os fundos marmoreados nas cores azul e branco; são
envelhecimento próprios dos seus mais de duzentos
decorados com ramicelos de folhagem esverdeada,
anos. O rodapé retém manchas de tintas velhas e sujei-
flores amarelas, pedúnculos e estiletes violáceos.
ra do uso indevido de materiais de limpeza.
Os silhares são emoldurados com as mesmas cercaduras dos painéis: 01 e 04. Os rodapés começam da mesma forma com cinco azulejos de altura e vão diminuindo com a subida dos degraus da escada que dá acesso ao Altar-Mor e termina com fiada única. Os painéis são interrompidos por uma mureta construída no último patamar da escadaria.
Observações: Esse painel é similar ao 01, apresentando as mesmas características tipológicas; ambos ficam junto ao arco cruzeiro, onde se encontra uma coluna com dois azulejos de largura, na mesma seqüência do silhar e do rodapé com cinco peças de altura; ele também é interrompido em duas colunas na lateral esquerda da parede.
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Painel nº 02 Estado de Preservação: O painel está em bom estado de conservação. Apresenta poucas perdas de vidrados, de fraturas e sujidades; percebem-se sinais de envelhecimento próprio da idade. O rodapé tem ranhuras e manchas do uso indevido de materiais e equipamentos de limpeza.
Local de Aplicação: Capela-Mor Tipo de Revestimento: Silhar Estilo: Transição de Rococó para o Neoclássico Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado Procedência: Portuguesa
Observações: o painel é interrompido por uma mureta, que dificulta a visão panorâmica do silhar, dividindo-o em duas partes. O rodapé se inicia com cinco azulejos e termina com uma peça, perdendo altura com os degraus da escada, que dá acesso ao
Período: Último quartel do século XVIII Dimensões: a) Altura: 11 azulejos; b) Largura: 48 azulejos;
altar-mor.
c) Total: 423 azulejos.
CMJ-07
CMJ-07 PC
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Painel nº 03 Estado de Preservação: este painel está em bom Local de Aplicação: Capela-Mor
estado de conservação, existem poucas fraturas e as
Tipo de Revestimento: Silhar
perdas de vidrado são marcas do tempo. O rodapé
Estilo: Transição de Rococó para o Neoclássico
apresenta manchas de tinta e de materiais de limpeza.
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Observações: o painel nº 03 é semelhante ao 02;
Procedência: Portuguesa
possui as mesmas características físicas e tipológica,
Período: Último quartel do século XVIII Dimensões:
sendo também interrompido pela tal mureta que
a) Altura: 11 azulejos ;
divide o painel e quebra alguns azulejos. O rodapé,
b) Largura: 18 azulejos;
com cinco peças, é interditado pelos degraus da escada
c) Total: 423 azulejos.
e termina com apenas um azulejo.
PM-05
PM-04
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PC 03
PC 02
CAPELA-MOR
GUARDA-CORPO
GUARDA-CORPO
PC 01
DEGRAUS DA ESCADA
NAVE
IGREJA DO ROSÁRIO CROQUI DE LOCALIZAÇÃO DOS PAINÉIS
LEGENDA PAINÉIS LOCALIZADOS PAINEL DA CAPELA-MOR
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5 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL N° 02
AZULEJO TROCADO OU INVERTIDO
AZULEJO NÃO PERTENCENTE AO PAINEL
AZULEJO FALTANTE
LEGENDA
191
PAREDE ESCADA
PAINEL 01
PISO DO ALTAR
5 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
COLUNAS NA PAREDE LATERAL
COLUNA COM CANTONEIRAS
MURETA
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1/2 AZULEJO DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL INTERROMPIDO POR PORTA
1 AZULEJO DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL INTERROMPIDO POR PORTA
PAINEL N° 03
MURETA ESCADA
192
5 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
CANTONEIRA - 2 PEÇAS
COLUNA NA PAREDE LATERAL
PAINEL 04
PISO DO ALTAR
PAREDE
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AZULEJO TROCADO OU INVERTIDO
AZULEJO NÃO PERTENCENTE AO PAINEL
AZULEJO FALTANTE
LEGENDA
5 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
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6.4 Igreja de Santana
o escritor Jomar Moraes, retrata a ambiguidade com exatidão: “incide em erro, confundindo-a com a hoje demolida a Capela de Santana da Sagrada Família popularmente conhecida como Igreja Santaninha”, que ficava na Rua dos Afogabuzios, atual Afogados.
Domingos de Jesus Costa Pereira
Referindo-se às igrejas de São Luís, Raimundo José de Sousa Gaioso afirma: “a de Santa Anna, edificada no ano de 1790 pelo falecido cônego João Maria da Leu Costa”. Apesar da escassez de fontes, que tratam da construção, reformas antigas, revestimento azulejar, etc, foram coletados alguns fragmentos históricos como a substituição do piso de soalho e lajota de cerâmica vermelha por ladrilhos hidráulicos; as paredes grossas foram utilizadas como sepulturas para pessoas importantes falecidas no século XIX, entre elas o português Luís Paulino Homem Loureiro Sequeira, que pode ser um dos importadores dos azulejos lisboetas, pois, antigamente, os fiéis que prestavam serviços de relevância às igrejas e irmandades, recebiam como “prêmio” a morada eterna nas igrejas. “A 27 de Janeiro de 1867 foi benzido o sino maior, doado pelo maranhense Villaça, residente em Pernambuco”. Os documentos recentes registram o painel figurativo retratando a cena de Jesus crucificado, descido da cruz nos braços de Nossa Senhora. O magnífico painel pertencia à Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Mulatos, localizada na Rua Grande (Oswaldo Cruz), demolida, em 1939, para alargamento da artéria. Outro, semelhante a este, estaria na Igreja de Nossa Senhora das Flores, em Florença, Itália. Segundo a crença popular, eles fazem parte de uma série única da Via Sacra pintada em azulejos e espalhada pelo mundo.
O templo está localizado na Rua José Augusto Corrêa, consagrada pela população como Rua de Santana, em homenagem à Igreja da Santa, situada entre a São João (Antonio Rayol) e a da Cruz (7 de Setembro).
O difícil acesso aos documentos bibliográficos, ou mesmo a carência destes, deixou a Igreja de Santana numa espécie de latência, entre os monumentos antigos mais importantes de São Luís.
A pesquisa para o inventário da azulejaria portuguesa, que compõe os silhares da Nave, em busca de fontes históricas para comprovar o período de revestimento azulejar, detectou que os cronistas, que escreveram sobre os monumentos arquitetônicos de São Luís, omitiram informações da história da igreja. Os poucos que o fizeram, resumidamente, equivocaram-se. Referindo-se ao livro MONUMENTOS HISTÓRICOS DO MARANHÃO,
Em agosto de 1984, durante um inventário do Departamento do Patrimônio Histórico Artístico e Paisagístico do Estado do Maranhão, para efeito de tombamento, os técnicos ficaram estarrecidos diante do “belo exemplar da arquitetura religiosa primitiva, em estilo neoclássico com características do barroco.”
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
6.4.1 Tipologia da igreja
7.4.2 Descrição dos painéis
A fachada apresenta frontão semicircular central com cartela em alto relevo, contornada com volumosas cornijas e no topo um pedestal, que sustenta uma cruz de ferro. Duas torres laterais com bases quadrangulares e os cantos boleados com suavidade, acompanhados por pequenas colunas e intensamente entablados por molduras; as torres sineiras possuem quatro vãos cada uma, a do lado direito com dois sinos e a esquerda com apenas um; as cúpulas em forma de bulbos, terminam com peanhas, exibindo galos de metal, uma espécie de simbologia lusitana. A fachada de estilo neoclássico, com três janelas com vergas retas para iluminar e ventilar o coro alto, encimadas por cornijas e frisos. E a porta de entrada, em arco abatido, possui dois degraus de pedra de cantaria bastante desgastados.
a) Painéis: 01 e 10 A classificação numeral dos painéis da nave da Igreja de Santana segue as normas de identificação do patrimônio azulejar de revestimento parietal de interior. Os painéis de 01 a 10 apresentam composições semelhantes a formadas por duas padronagens diferentes com motivos fitomórfitos do tipo pombalino. Na realidade, trata-se de dois arranjos em forma de silhares, que ficam escondidos por trás das folhas da porta de entrada do templo. Há duas hipóteses prováveis para a formação desses pseudopainéis: primeira, são constituídos das sobras de padrão, cercadura, rodapé dos silhares da nave e vindos de outros locais; segunda, os azulejos desses silhares serviriam para completar as padronagens dos outros seriados mais evidentes do conjunto da igreja.
A igreja possui apenas uma nave com forro em abóbada de berço, piso de ladrilhos e paredes revestidas com belos silhares de azulejos fabricados em Lisboa. Nichos profundos ladeados por duas colunas encimadas por arco pleno e cornijas. O arco cruzeiro constituído por duas pilastras, que sustentam o frontão rebuscado com linhas retas e curvas, decorado com volutas, cartelas e pintura em afresco com “cena celeste com anjos e querubins”, os adornos são inteirados por cornijas, frisos e denticulas.
As cercaduras dos dois silhares são iguais e complementados com padrões não pertencentes ao conjunto da guarnição da igreja. O rodapé possui três peças de altura, marmoreadas e roxas. Em uma das laterais, de cada painel, duas fileiras destes azulejos acompanham a moldura até o final superior. Os dois painéis possuem seis padronagens diferentes e dois tipos de cercaduras distintas da original.
A Capela-mor possui forro igual à nave, janelas nas laterais com aberturas para Sacristia e para o lado aposto; o altar-mor localiza-se na parte central, edificado sobre seis colunas caneluradas, espiraladas lisas, contornadas com flor-de-lis, na parte superior sobre os capitéis coríntios, o frontão retangular, entablado por friso, cornijas, decorado com cartelas e volutas; por trás uma janela em arco pleno com vitral ornado em amarelo com cruz central de cor azul. Um conjunto de estilo neoclássico com evidências barrocas. Ao lado esquerdo do Altar-mor, onde funcionava o camarim, encontrase a Capela da Mãe Rainha, instalada recentemente após uma reforma com revestimento das paredes com lajotas 20 x 20cm de cor cinza, o piso de cerâmica vermelha, forro de PVC e um oratório moderno. A sacristia com sala sóbria, piso de ladrilho, forro inclinado e o painel figurado com cena de arte sacra da azulejaria portuguesa, famoso por ser único no Maranhão e talvez o segundo do gênero no mundo.
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
Painel nº 10
Painel nº 01 Local de Aplicação: Nave – lateral da porta de
Local de Aplicação: Nave – lateral da porta de
entrada
entrada
Tipo de Revestimento: Silhar
Tipo de Revestimento: Silhar
Estilo: Pombalino
Estilo: Pombalino
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Procedência: Portuguesa
Procedência: Portuguesa
Período: Último quartel do século XVIII
Período: Último quartel do século XVIII
Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 9 azulejos;
a) Altura: 9 azulejos;
b) Largura: 5 azulejos;
b) Largura: 5 azulejos;
c) Total: 45 azulejos.
c) Total: 45 azulejos.
Estado de Preservação: o painel apresenta bom
Estado de Preservação: o painel apresenta bom
estado
físico,
possui
algumas
estado de conservação, existem pequenas perdas de
vidrado,
perdas de vidrado,
fraturas
chacota, há poucas
pontuais. Os azulejos
fraturas e sujidades.
do rodapé apresentam
Nota-se
tonalidades
sinais
de
e
poucas sujeiras
diversas,
envelhecimento
envelhecimento
e
manchas causadas por
manchas
de
matérias de limpeza,
materiais
principalmente
da Nave. As cercaduras
no
rodapé.
é
direita
painel;
desse
de
azulejos
pertencentes
ao
contorno.
cercaduras no canto à
toda
não
falta uma peça de
do
limpeza
à esquerda do painel
Observações:
superior
de
e
Observações: painel
é
esse
semelhante
mesmo lado todas as
ao seu oposto do outro
peças de contorno
lado da porta, possui
não
cinco colunas, sendo a
pertencem
a
cercadura, incluindo as do rodapé, que possui três
primeira e segunda compostas por um e meio azulejos
azulejos e meio de altura marmoreados de cor roxa.
de largura, marmoreados de cor roxa; a terceira e a
À esquerda do painel existe uma barra vertical com
quarta coluna compõem a cercadura e a quarta forma
apenas um azulejo e meio de largura semelhante ao
o centro do painel com quatro azulejos pombalinos,
do rodapé. Completando o silhar, uma cantoneira na
pintados na técnica majólica com motivo florais. O
vértice da parede, faceando com o painel número dois,
rodapé é formado por três peças e meia marmoreadas
também marmoreada de cor um pouco mais clara do
em roxo, na quarta coluna existe uma peça diferentes
que as outras peças.
na base e cinco não pertencente a cercadura.
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b) Painéis 02 a 09
Painel nº 02 Local de Aplicação: Nave
A nave da Igreja de Santana está revestida com belos silhares da azulejaria portuguesa do estilo
Tipo de Revestimento: Silhar
pombalino policromado, provavelmente do último
Estilo: Pombalino
quartel do século XVIII ao início do XIX. O conjunto
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
é constituído de uma combinação formada por seis
Procedência: Portuguesa
padrões diferentes e uma cercadura comum.
Período: Último quartel do século XVIII
Os painéis apresentam as mesmas composições
Dimensões:
com dois padrões com motivos fitomórfitos, um florão
a) Altura: 9 azulejos;
vinho de oito pétalas e outro decorado com uma pequena flor central de quatro corolas em azuis e
b) Largura: 19 azulejos;
iguais números de folhas, que se prolongam ao ângulo
c) Total: 171 azulejos.
do quadrado, unido-se umas as outras, com a repetição
Estado de Preservação: o silhar perdeu 6 peças
de vários azulejos, formam diagonais, que se cruzam,
da cercadura; toda a 19ª coluna de meio azulejo
constituindo formas tipo losangos, que emolduram as
amarelo e mais três peças da 3ª coluna da mesma cor.
flores roxas de motivo avulso. A disposição seqüenciada
As lacunas foram preenchidas com massas e feita uma pintura grosseira, imitando os originais. Existem
das peças permite a constituição de pequenos e
perdas de vidrado, fraturas e muita sujidade e sinais de
grandes painéis das mesmas padronagens.
deterioração do tempo e manutenção inadequada.
As molduras são iguais para todos os painéis
Observações: o silhar é interrompido por uma
da nave, contornados com cercaduras próprias com
mureta que incide no terceiro azulejo de cima para
motivos simples, decoradas com duas técnicas de
baixo, cobrindo uma fileira e meia até o piso, divide o
pintura: a parte interior esponjada de cor manganês
painel em duas partes. O rodapé tem três azulejos de
e a exterior majólica em azul e branco do tipo
altura, marmoreados de cor manganês, separando da
disco, separadas por linhas, como se fossem dois
cercadura por um friso bege de 3 centímetros e meio de largura. O vértice da parede é revestido por cantoneiras,
frisos utilizados com freqüência nas guarnições das
que separam os painéis 01 e 02, sendo seguidas por duas
padronagens pombalinas.
fileiras verticais, ambas com azulejos marmoreados, uma de cor roxa e outra amarela, esta última fica sobre uma base de duas peças a primeira de baixo, um florão e a segunda com figura geométrica.
No
outro lado do painel, onde
existia
uma
fileira de azulejos amarelos,
resta
apenas uma faixa de cimento pintada da mesma cor.
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Painel nº 03
Observações: a mureta que interrompe o painel dois, também corta o painel três na 19ª coluna,
Local de Aplicação: Nave
atingindo até a 6ª fileira. Em frente ao silhar foi
Tipo de Revestimento: Silhar
colocada a imagem de “Nossa Senhora do Sagrado
Estilo: Pombalino
Coração de Maria”, sobre o globo terrestre, tendo como
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
evidência o mapa do Brasil, apoiado num pedestal
Procedência: Portuguesa
retangular ladeado por dois candelabros. Todos esses arranjos e ornamentos dificultam a visão completa
Período: Último quartel do século XVIII
do painel. O rodapé possui 3 azulejos de altura,
Dimensões:
marmoreados de cor roxa, a última fileira é completada com 6 ladrilhos hidráulicos. No final do painel existe
a) Altura: 9 azulejos;
uma coluna com uma única peça de largura, de cor
b) Largura: 29 azulejos;
amarela separando o painel três do quatro, sobre uma
c) Total: 261 azulejos.
base de dois azulejos, sendo um florão de cor azul e
Estado de Preservação: o painel está bastante
outro com figura geométrica. Na primeira coluna desse
danificado, perdeu 21 azulejos originais nas lacunas
painel, localizada no ângulo da parede, não foi possível
foram que preenchidas com massa, havendo uma
constatar a existência da algum azulejo, puseram uma
tentativa de reintegração pictórica, que não deu certo.
camada de massa pintada de amarelo.
Possui perdas de vidrado, fraturas e sujeiras.
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Painel nº 04
Painel nº 05 Local de Aplicação: Nave
Local de Aplicação: Nave
Tipo de Revestimento: Silhar
Tipo de Revestimento: Silhar
Estilo: Pombalino
Estilo: Pombalino
Técnica de Decoração:
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Majólica e marmoreado
Procedência: Portuguesa
Procedência: Portuguesa
Período: Último quartel do século XVIII
Período: Ultimo quartel
Dimensões:
do século XVIII
a) Altura: 8 azulejos;
Dimensões:
b) Largura: 27 azulejos;
a) Altura: 8 azulejos;
c) Total: 216 azulejos.
b) Largura: 7 azulejos;
Estado de Preservação: apresenta bom estado
c) Total: 56 azulejos.
de conservação, existem poucas perdas de vidrado e
Estado
de
fraturas mas possui muita sujidade, a fileira superior
Preservação: esse é um
tem uma espessa camada de massa de cimento. A
painel pequeno e bem
cercadura possui dois azulejos que não pertencem ao
conservado,
contorno e a peça de canto foi deslocada para a 24ª
azulejo na parte superior junto à cercadura; a lacuna
coluna.
está preenchida com massa. Quase não se notam
falta
um
perdas de vidrado e fraturas, existem respingos de tinta
Observações: esse painel tem uma boa visibilidade,
e outras sujeiras principalmente no rodapé e percebe-
a leitura é interrompida no canto esquerdo por cinco
se o envelhecimento natural do conjunto azulejar.
azulejos não pertencentes ao conjunto e outro que está fora do local. O rodapé possui dois azulejos de
Observações: o painel contém apenas três colunas,
altura, marmoreados de cor roxa com três diferentes
sendo duas de meio azulejo, a cercadura está perfeita,
destes, de cor amarela e uma faixa de 3 centímetros
forma um retângulo vertical, ladeado por duas colunas
acompanhando o piso. Existe um friso de 3 centímetros,
de uma única peça de largura, a da lateral direita, fica
separando o rodapé da cercadura, como em todos os
apoiada sobre meio azulejo de florão azul, sob outra
silhares desta nave. O painel termina com uma coluna
metade de motivo fitomórfito em amarelo. O rodapé possui duas peças de altura, e um friso que o separa
de azulejos amarelos, junto a porta que dá acesso a
do painel.
Sacristia.
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Painel nº 06
Painel nº 07
Local de Aplicação: Nave
Local de Aplicação: Nave
Tipo de Revestimento: Silhar
Tipo de Revestimento: Silhar
Estilo: Pombalino
Estilo: Pombalino
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Procedência: Portuguesa
Procedência: Portuguesa
Período:Último quartel do século XVIII
Período: Último quartel do século XVIII
Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 9 azulejos;
a) Altura: 9 azulejos;
b) Largura: 7 azulejos;
b) Largura: 29 azulejos;
c) Total: 63 azulejos.
c) Total: 261 azulejos.
Estado de Preservação: está em bom estado de
Estado de Preservação: o painel está em bom
conservação; existem poucas
estado de conservação; apresenta poucas perdas de
perdas de vidrado, fraturas
vidrado, fraturas e sujidades, existem alguns respingos
e
notam-se
de tinta. Está entre os melhores do acervo e com boa
as marcas do tempo e de
visibilidade, sem ornamentos e nem imagens na frente.
sujidades
e
manuseios inadequados de
Observações: o painel se inicia com a fileira de
materiais de limpeza. O painel apresenta um bonito
azulejos amarelos de uma única peça e termina com
aspecto.
outra igual, separando o sétimo painel do oitavo, tendo
Observações: é característica dos painéis dessa
como base o florão azul, contornado por fragmentos
nave serem separados ou ladeados, quando são isolados por colunas de um único azulejo de largura de cor
decorados com motivos geométricos. Forma uma
amarela e um friso bege de 3 cm, isolando o rodapé da
circunferência com a flor no centro, sob outro azulejo
cercadura. Esse painel também apresenta essas duas
de figura também geométrica. O rodapé tem três peças
propriedades marcante do conjunto.
de altura em cor roxa manganês.
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Estado de Preservação: apresenta bom estado de con-
Painel nº 08
servação, contudo, na nona coluna, existe uma rachadura,
Local de Aplicação: Nave
provavelmente parietal, que coincide com a junção dos az-
Tipo de Revestimento: Silhar
ulejos sem danos até a quarta fileira, quando quebra uma
Estilo: Pombalino
peça da cercadura e outra do rodapé, existe poucas perdas
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
de vidrado, fraturas e sujidades.
Procedência: Portuguesa
Observações: o rodapé possui três azulejos de altura e uma
Período: Último quartel do século XVIII
barra de reboco de 5 cm de largura, acompanhando o piso.
Dimensões:
No ângulo da parede, encontra-se uma fiada de meio az-
a) Altura: 9 azulejos;
ulejo amarelo, que faz junção com o painel nove. Na parte superior dos dois silhares sobre a última fileira das cerca-
b) Largura: 28 azulejos;
duras, no canto da parede, foi construída uma gruta, onde
c) Total: 252 azulejos.
se encontra a imagem de Nossa Senhora de Lourdes.
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Estado de Preservação: o painel aparente bom estado físi-
Painel nº 09
co, entretanto possui algumas falhas de vidrados, pequenas fraturas e sujidade pontuais, percebe-se o envelhecimento natural dos séculos que tem. O rodapé apresenta um cor
Local de Aplicação: Nave
cinza e manchas de uso inadequado de equipamentos e ma-
Tipo de Revestimento: Silhar
teriais de limpeza.
Estilo: Pombalino
Observações: o Silhar se inicia com uma coluna de meio azulejo amarelo e termina com outra igual, seguida por
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
uma fiada vertical de peças marmoreadas de cor roxa, que
Procedência: Portuguesa
também é ladeada no vértice da parede por cantoneiras,
Período: Ultimo quartel do século XVIII
que separam o painel nono do décimo. Na parte superior
Dimensões:
da cercadura, nas colunas de 13 a 17, existe uma pia de água benta, adaptada, provavelmente, quando colocaram o
Altura: 9 azulejos
painel, fizeram um arranjo com fragmentos de cercadura, ficou bem original o rodapé; possui três azulejos de altura,
Largura: 80 azulejos
marmoreados de cor roxa e o friso de 3 cm, acompanhando
Total: 180 azulejos
a cercadura.
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c) Painel Hagiográfico da Sacristia O painel de motivo hagiográfico aplicado na sacristia da Igreja de Nossa Senhora de Santana tem caráter devocional, representando cena do calvário com Cristo morto, amparado pela Virgem Maria. As imagens são pintadas em azul e branco contornadas por molduras de forma ovalada e coroada por uma espécie de dossel colorido, como suporte de uma majestosa cortina que abre o cenário. É uma obra clássica da azulejaria lusitana, no estilo medalhão, com 17 peças de altura e 11 de largura, recortado com enquadramento policromado de molduras mistilíneas, decoradas com ramicelos de vários tipos, festões, jarros de flores e volutas. Produzido no final do último quartel setecentista nas oficinas portuguesas, por pintor desconhecido e sem data definida. Sua importância e valor artístico foram exaltados pelo “papa” da azulejaria mundial, o português João Miguel dos Santos Simões: “É, no gênero, dos mais belos exemplares que se conhecem... Corresponde ao que de melhor se fabricava no Reino...”. Esse painel hagiográfico encerra em primeiro
sustentação a sanefa, que apresenta o cortinado
plano, um episódio sacro da paixão de Cristo, na cena
suntuoso, decorado com arranjos florais e contornados
principal, a imagem de Nossa Senhora da Piedade
com linhas curvas terminando em forma de gregas
com Jesus descido da cruz, com a mão direita segura
com dois pássaros de lados opostos em posição de vôo,
um braço, e a esquerda protege a cabeça, o corpo
segurando nos bicos ramiformes.
recostado sobre as pernas, o olhar fixo no rosto propaga
No plano inferior do medalhão, no centro de uma
a mensagem de sentimento, carinho e dor pelo filho
cartela, a imagem de São Marçal, “o santo advogado
crucificado; por detrás, um tronco sugerindo o símbolo
contra os incêndios...”, sereno conduz seu cajado, ao
do sacrifício, com os restos da túnica pendurada;
fundo cena de uma cidade em chamas, num pequeno
no fundo, o céu com espessas nuvens e os anjinhos
cenário em azul e branco, contornando por belas
solidários ao momento de tristeza.
volutas e ramalhetes delicados.
No plano inferior a Jesus e Maria os objetos de
A igrejinha é guardiã de um painel de azulejos com
torturas e crucificação: cravos, martelo, alicate e coroa
composição magnífica, pintura com traços delicados
de espinho. O conjunto cenográfico mais importante
em policromia de períodos diferentes, com harmoniosa
está inserido no medalhão central, em azul e branco
tonalidade dos grandes pintores, um conjunto de
emoldurado por majestosa guirlanda inspirada em
formas, traços e cores, digno de um momento de
composições de rica expressão pictórica policromada,
transição do estilo rococó, com a profusão da elegância
ostentando os requintes da arte decorativa azulejar,
requintada dos elementos decorativos e com expressão
com motivos fitomórfitos, com pequenas albarradas
dos motivos neoclássicos em busca do retorno dos
no centro e nas laterais, como suporte das grinaldas
padrões e suavidade dos insuperáveis mestres das artes
hasteadas na parte superior, tendo como base de
antigas.
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PS 01 PAINEL HAGIOGRÁFICO
CAPELA CAPELA-MOR
SACRISTIA
PN 02
PN 08
PN 03
PN 04
PN 07
PN 06
PN 05
NAVE
PN 01
PN 10
PN 09
IGREJA DE SANTANA CROQUI DE LOCALIZAÇÃO DOS PAINÉIS LEGENDA PAINÉIS LOCALIZADOS PAINEL DA NAVE PAINEL DA SACRISTIA
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COLUNA COM CANTONEIRAS (26,5 X 7 cm)
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 3 cm) 3 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL 01
COLUNA COM CANTONEIRAS (26,5 X 7 cm)
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 3 cm) 3 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
LADRILHOS
PAINEL 02
MURETA FIXADA
COLUNA COM AZULEJOS PM 03
COLUNA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 7 cm)
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 3 cm)
LADRILHO HIDRÁULICO
3 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
2 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
MURETA FIXADA
PAINEL 03
LEGENDA AZULEJO FALTANTE AZULEJO NÃO PERTENCENTE AO PAINEL AZULEJO TROCADO OU INVERTIDO
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
COLUNA COM AZULEJOS SERRADOS - PM 03
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 3 cm) 2 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL 04
COLUNA COM AZULEJOS SERRADOS - PM 03
COLUNA COM AZULEJOS - PM 03
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 3 cm) 2 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL 05
COLUNA COM AZULEJOS - PM 03
COLUNA COM AZULEJOS SERRADOS - PM 03
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 3 cm) 2 AZULEJOS E MEIO DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL 06
LEGENDA AZULEJO FALTANTE AZULEJO NÃO PERTENCENTE AO PAINEL AZULEJO TROCADO OU INVERTIDO
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
COLUNA COM AZULEJOS SERRADOS - PM 03
COLUNA COM AZULEJOS - PM 03
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 3 cm) 3 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL 07
COLUNA COM AZULEJOS - PM 03
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 3 cm) 3 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL 08
PIA DE ÁGUA BENTA CERCADURAS SERRADAS CONTORNAM A PIA
COLUNA COM AZULEJOS SERRADOS - PM 03 COLUNA COM CANTONEIRAS (26,5 X 7 cm)
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS (14 X 3 cm) 3 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL 09 LEGENDA AZULEJO FALTANTE AZULEJO NÃO PERTENCENTE AO PAINEL AZULEJO TROCADO OU INVERTIDO
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
COLUNA COM CANTONEIRAS (26,5 X 7 cm)
LINHA COM AZULEJOS SERRADOS(14 X 3 cm) 3 AZULEJOS DE ALTURA NO RODAPÉ
PAINEL 10
CONTORNO DO PAINEL
PS 01 PAINEL HAGIOGRÁFICO DA SACRISTIA
LEGENDA AZULEJO FALTANTE AZULEJO NÃO PERTENCENTE AO PAINEL AZULEJO TROCADO OU INVERTIDO
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6.5 Igreja da Sé Valflôr da Conceição Louzeiro Oliveira
A
Catedral da Sé está localizada na Avenida D.
Diogo Machado da Costa, mandou construir com
Pedro II, esquina com a Praça Benedito Leite.
seus próprios recursos a Igreja de Nossa Senhora da
Primeiramente denominada a Nossa Senhora
Vitória, sendo concluída em 1622, marcando assim o
da Vitória, em homenagem a aparição da Santa, na
final de seu mandato e dando origem à atual Catedral
Batalha de Guaxenduba. Edificada no século XVII, é
Metropolitana (Monumentos Históricos do Maranhão
uma das igrejas mais antigas de São Luís. Segundo o
p114).
historiador César Marques, não se sabe, com precisão,
Em 1626, o padre Luís Figueira construiu um
a data da sua construção. “Não precisamos com certeza
colégio e uma capela na ala norte do colégio dos
a época em que foi edificada, porém sabemos que é o
jesuítas, construção de pedra e cal a 60 passos da
segundo templo construído nesse mesmo lugar pelos
antiga igreja construída por Diogo, a qual foi chamada
jesuítas, podendo, contudo dizer-se, sem engano que
de Igreja Nossa Senhora da Luz.
a primeira não passou de uma simples capelinha feita
No ano de 1679, a capela foi demolida para dar
às carreiras para celebração dos ofícios divinos quando
lugar à ala nascente do colégio.
aqui chegaram os primeiros jesuítas como vamos provar” – (MARQUES, 1970, p. 588).
Com autorização da Câmara dada ao padre João Felipe Bettendorf, iniciou-se no ano de 1680 a
Em 1619 houve um surto de varíola que assolava
construção de um novo templo (atual Igreja da Sé),
a população da época e com intuito de reforçar a fé
com trabalhos dirigidos pelo mestre pedreiro Francisco
dos atingidos pela peste, o Terceiro Capitão-Mor
Pereira e pelo entalhador português Manoel Mansos,
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
6.5.1 Descrição dos painéis
que executou o retábulo barroco, em estilo nacional português, ornado por oito colunas pseudo-salomônicas
Após
e elementos fitomórficos, anjos e cariátides. No ano de
minucioso
levantamento,
localizamos
azulejos apenas na sacristia, cujo ano de sua colocação
1681, devido o grande número de pessoas interessadas
não temos informações precisas, supomos serem do
em estudar nesse colégio, a capela foi transformada em
final do século XVIII e início do século XIX.
ala funcional do colégio.
Na sacristia da Sé encontramos 22 silhares de
Ao longo dos séculos XVIII e XIX, passou por
variados tamanhos. Sendo 9 painéis de azulejos
várias intervenções. Em 1701, o governador Cristóvão
do tipo almofada marmoreada, contendo florão ao
da Costa Freire restaurou com seus próprios recursos
centro, sob fundo marmoreado amarelo, emoldurado
o frontispício da Igreja de Nossa Senhora da Vitória.
com cercadura bastante simples de cor azul, composto
Nessa época a igreja tinha apenas um campanário. Em
com rodapé de efeito marmoreado, na cor roxo de
1737, a Casa da Câmara doou o relógio que foi afixado
manganês; 6 painéis menores com formas geométricas
na torre sineira do lado esquerdo da igreja. No dia 07 de
no centro de azulejos marmoreados na cor amarela,
janeiro de 1762, passou a ser Catedral da Sé Bispado.
com desenho contornado por uma linha azul com
Em 1768 a capela-mor foi ampliada pelo Cabido.
cercadura e rodapé igual aos anteriores; 4 painéis
Em 1851 a 1854, a igreja encontrava-se em estado
aproximadamente no mesmo tamanho dos anteriores,
de ruína e foi restaurada por D. Joaquim da Silveira.
sem nenhum desenho no centro, somente com
Em 1869 foi feito um assoalho em todo o piso da igreja
azulejos marmoreados em amarelo, com cercadura e
a qual recebeu encanamento para luz de gás hidrogênio
rodapé iguais aos anteriores; 1 painel relativamente
e colocados bonitos candeeiros, na administração do
grande, composto por 3 figuras geométricas no centro,
Exmo. Sr. Luís da Conceição Saraiva.
com azulejos marmoreados em amarelo, contornados
Em 1922, a fachada foi totalmente reformada por ordem de D. Helvécio Gomes Oliveira, tendo sido eliminado o frontão curvo, de característica barroca, e
por uma linha azul, com cercadura e rodapés iguais aos
adicionados novos elementos de feições neoclássicas,
no centro um lavabo de pedra de lioz portuguesa do
como pilastras, uma segunda torre e frontão triangular,
século XVIII, sob rodapé com duas fileiras de azulejos
encimado por uma imagem de Nossa Senhora da
marmoreados na cor roxo de manganês; 1 painel de
Luz. Logo abaixo do frontão encontra-se a seguinte
azulejo de padrão antigo, com uma flor amarelo ocre
inscrição: 1620... MARIE DE VICTORIA DICATUM
no centro, com pequenos galhos verde azeitona nas
– 1922.
diagonais e duas pétalas avinhadas nas extremidades.
demais; 1 silhar de azulejo do início do século XIX, de padrão 2X2, nas cores amarelo, azul e verde, tendo
Esse painel está localizado atrás do móvel onde se
Houve, ainda, no século XX, várias intervenções
encontra a imagem do “Senhor Morto”.
significativas, tais como em 1927, substituição do piso de assoalho por ladrilho hidráulico e nova pintura. Em 1959 foi feito um trabalho de restauração do dourado dos altares e das janelas, pelo mons. Frederico Pires Chaves, trabalho este anteriormente iniciado pelo Padre Pucínio Costa, sob orientação do IPHAN. Em 1993 a 1996, o retábulo da capela-mor foi restaurado pelo Governo Federal, sob supervisão da 3ª Coordenação Regional do IPHAN. Em 1997 a 1998 a igreja passou por uma ampla restauração, cuja obra foi financiada pelo o Governo do Estado e pela TELEBRÁS, através Programa de Mecenato do Ministério da Cultura.
Detalhe de florão
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
Entre os painéis aparece como novidade uma coluna
de
ramicelos
policrômicos,
a) Painel nº PS 01
separando
verticalmente os painéis PS 01 – PS 02 e PS 13 - PS
Local de Aplicação: Sacristia
14, contendo uma cercadura simples na cor azul, sob o rodapé com dois azulejos marmoreados na cor roxo
Tipo de Revestimento: Parietal
de manganês. Todos estes azulejos são de procedência
Estilo: Neoclássico
portuguesa, do final do século XVIII e início do século
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
XIX, possivelmente de fabricação da “Real Fábrica do
Procedência: Portugal
Rato”, que funcionou até 1834. Além
dos
azulejos
da
sacristia
Data: Final do século XVIII
também
encontramos, em uma das dependências da Igreja,
Dimensões:
caixotes com azulejos antigos, todos do mesmo padrão
a) Altura: 8 azulejos;
da sacristia. A informação que nos foi dada é de que esses azulejos foram retirados da escadaria lateral de
b) Largura: 11 azulejos;
acesso ao Salão Paroquial da Igreja. Esperamos que
c) Total: 88 azulejos.
sejam restaurados e recolocados no silhar da referida
Estado de Preservação: Bom, com pouquíssima
escada, como medida de salvaguarda do patrimônio
perda de vidrado e chacota.
azulejar maranhense.
Observações: Entre os painéis PS 01 e PS 02 existe uma coluna de ramicelos, contendo 5 azulejos policrômicos, 1 azulejo de cercadura relativamente simples, sob rodapé com 2 azulejos marmoreados. Nesse painel existe 8 azulejos cortados ao meio (D4, D9, E4, E9, F4, F9, G4 e G9) Descrição: Painel de azulejo decorativo do tipo almofada marmoreada com florão no centro na cor amarelo com cercadura relativamente simples na cor azul sob rodapé de azulejos marmoreado na cor roxo de manganês.
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
c) Painel nº PS 03
b) Painel nº PS 02
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Neoclássico
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado Procedência: Portugal
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Data: Final do século XVIII
Procedência: Portugal
Dimensões:
Data: Final do século XVIII
a) Altura: 8 azulejos;
Dimensões:
b) Largura: 8 azulejos;
a) Altura: 8 azulejos;
c) Total: 64 azulejos;
b) Largura: 11 azulejos;
Estado de Preservação: bom, com pouquíssima perda de vidrado. Observações: no painel existe 01
c) Total: 88 azulejos.
(um) azulejo de cercadura trocado de lugar, ou seja; falta
Estado de Preservação: bom, pouquíssima perda
o canto da cercadura (H8) Descrição: painel de azulejo decorativo do tipo
de vidrado.
almofada marmoreado com florão no centro na cor
Observações: nesse painel existem 8 azulejos
amarelo, com cercadura relativamente simples na cor
cortados ao meio (D4, D9, E4, E9, F4, F9, G4 e G9).
azul sob rodapé de azulejos marmoreado na cor roxo de manganês.
Descrição: painel de azulejos decorativo do tipo almofada marmoreado com florão no centro na cor amarelo com cercadura bastante simples de cor azul sob rodapé de azulejos marmoreado na cor roxo de manganês.
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d) Painel nº PS 04
e) Painel nº PS 05
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento:
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Neoclássico
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração: majólica e marmoreado
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado Procedência: Portugal
Procedência: Possivelmente português
Data: final do século XVIII
Data: século XVIII
Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 8 azulejos;
a) Altura: 8 azulejos;
b) Largura: 5 azulejos;
b) Largura: 5 azulejos;
c) Total: 40 azulejos.
c) Total: 40 azulejos;
Estado de Preservação: bom, pouquíssima perda
Estado de Preservação: bom, pouquíssima
de vidrado.
perda de vidrado.
Observações: o painel PS 05 encontra-se com 3
Descrição: painel de azulejos marmoreados na
azulejos não pertencentes ao painel. (D2, D3 e D4)
cor amarelo, com cercadura bastantes simples na
Descrição: Painéis de azulejos marmoreados
cor azul, sob barra de azulejos marmoreados roxo de
na cor amarelo, com cercadura bastante simples na
manganês.
cor azul, sob rodapé de azulejo marmoreado roxo de manganês.
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
f) Painel nº PS 06
g) Painel nº PS 07 Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Neoclássico
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Técnica de Decoração:
Procedência: Portugal
Majólica e marmoreado
Data: Final do século XVIII
Procedência: Portugal
Dimensões: a) Altura: 8 azulejos;
Data: final do século XVIII
b) Largura: 5 azulejos;
Dimensões:
c) Total: 40 azulejos.
a) Altura: 8 azulejos;
Estado de Preservação: Bom
b) Largura: 9 azulejos;
Observações: o painel PS 07 encontra-se com 02 azulejos da cercadura não pertencentes ao painel. (F1 e G1).
c) Total: 72 azulejos.
Descrição: painéis de azulejos marmoreado na cor amarelo contendo contorno com forma geométrico de cor azul, no centro do mesmo, cercadura simples na cor azul sob rodapé de azulejo marmoreado roxo de manganês.
Estado de Preservação: Bom, com ouquíssima perda de vidrado. Descrição: Painel de azulejos decorativos do tipo almofada marmoreado com florão no centro na cor amarelo, com cercadura relativamente simples na cor azul, sob rodapé de azulejos marmoreado na cor roxo de manganês.
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h) Painel nº PS 08
i) Painel nº PS 09
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Neoclássico
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Técnica de Decoração: Majólica e Marmoreado
Procedência: Portugal
Procedência: Portugal
Data: final do século XVIII
Data: final do século XVIII
Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 8 azulejos;
a) Altura: 8 azulejos;
b) Largura: 5 azulejos;
b) Largura: 5 azulejos;
c) Total: 40 azulejos.
c) Total: 40 azulejos.
Estado de Preservação: regular, apresenta perda de vidrado, chacota, fratura e sujidades.
Estado de Preservação: regular. Apresenta perda de
Descrição: painel com azulejo marmoreado na cor amarelo contendo contorno com forma geométrica na cor azul no centro do mesmo, com cercadura bastante simples na cor azul, sob rodapé de azulejo marmoreado roxo de manganês.
Observações: o painel encontra-se com alguns azulejos trocados de lugar D2, D4, G2 e G4.
vidrado, chacota, fratura e sujidades
Descrição: painel de azulejo marmoreado na cor amarelo com cercadura bastante simples na cor azul sob rodapé de azulejo marmoreado roxo de manganês.
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j) Painel nº PS 10
l) Painel nº PS 11
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Neoclássico
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Procedência: Portuguesa
Procedência: Portugal
Data: final do século XVIII
Data: final do século XVIII
Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 8 azulejos;
a) Altura: 8 azulejos;
b) Largura: 5 azulejos;
b) Largura: 10 azulejos;
c) Total: 40 azulejos. Estado de Preservação: Bom
c) Total: 80 azulejos.
Observações: este painel encontra-se com 5 peças de
Estado de Preservação: regular. Apresenta perda de
cercadura trocadas ou invertidas. (E1, F1, G1, H1 e H2)
vidrado, chacota, fraturas e sujidades.
Descrição: painel com azulejos marmoreados em amarelo
Observações: este painel contém 8 fileiras de azulejos
com contorno da figura geométrica na cor azul, cercadura
inteiros e 2 fileiras de azulejos na metade.
simples na cor azul, sob rodapé de azulejos marmoreados roxo de manganês.
Descrição: painel de azulejos decorativos do tipo almofada marmoreada com florão no centro na cor amarelo com cercadura bastante simples na cor azul, sob rodapé de azulejos marmoreado roxo de manganês.
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m) Painel nº PS 12
n) Painel nº PS 13
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Neoclássico
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração:
Técnica de Decoração:
Majólica e marmoreado
Majólica e marmoreado
Procedência: Portugal Data: final do século XVIII
Procedência: Portugal
Dimensões:
Data: final do século XVIII Dimensões:
a) Altura: 8 azulejos; b) Largura: 14 azulejos;
a) Altura: 8 azulejos;
c) Total: 112 azulejos.
b) Largura: 10 azulejos;
Estado de Preservação: regular. Apresenta perda de vidrado, chacota, fraturas e sujidades.
c) Total: 80 azulejos. Estado de Preservação: regular. Apresenta perda de vidrado,
Observações: o painel está com os azulejos de cercadura da fileira “C” na posição invertida C2, C9, C10, C11, C12 e C13. As cercaduras D2, D3, D4 D5, D6, D7, D8, D10, D12 e D13 estão repetidas, a peça D9 não pertence ao painel. A parte superior do painel, ou seja, a fileira “H” está com H1, H2, H3 e H4 não pertencentes ao painel, faltando também a peça de canto da cercadura H14.
chacota, fraturas e sujidades. Observações: entre os painéis PS 13 e PS 14 existe uma coluna de ramicelos contendo 5 azulejos policromicos, 1 azulejo de cercadura relativamente simples e rodapé com 2 azulejos marmoreado. Descrição: painel de azulejo decorativo do tipo almofada
Descrição: painel com azulejos marmoreados em amarelo contendo três figuras geométricas no centro, cercadura bastante simples de cor azul, sob rodapé de azulejos marmoreado roxo de manganês.
marmoreado com florão no centro na cor amarelo com cercadura relativamente simples na cor azul sob rodapé de azulejo marmoreado na cor roxo de manganês.
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o) Painel nº PS 14
p) Painel nº PS 15
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Pombalino
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração:
Técnica de Decoração:
Majólica e marmoreado
Majólica e marmoreado
Procedência: Portuguesa
Procedência: Portugal
Data: final do século XVIII
Data: final do século XVIII
Dimensões: a) Altura: 7 azulejos;
Dimensões:
b) Largura: 17 azulejos;
a) Altura: 8 azulejos;
c) Total: 135 azulejos aproximadamente.
b) Largura: 10 azulejos;
Estado de Preservação: bom, com pouquíssima perda de
c) Total: 80 azulejos.
vidrado.
Estado de Preservação: regular. Apresenta perda de vidrado,
Observações: este painel fica atrás do móvel onde fica o
chacota, fraturas e sujidades.
“Senhor Morto. Painel localizado entre o PS 14 e PS 16.
Descrição: painel de azulejo decorativo do tipo almofada
Descrição: painel com azulejos de padrão antigo 2X2, contendo uma flor de 6 pétalas amarelo ocre no centro e
marmoreada com florão no centro na cor amarelo com
galhos de folhas verde azeitona em diagonal e 2 pétalas
cercadura relativamente simples na cor azul, sob rodapé de
avinhadas nas extremidades, contornado por cercadura na
azulejos marmoreado na cor roxo de manganês.
cor azul com 1 fileira de rodapé marmoreado na cor roxo de manganês.
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q) Painel nº PS 16
r) Painel nº PS 17
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo:
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Procedência: Portugal
Procedência: Portugal
Data: final do século XVIII
Data: final do século XVIII
Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 8 azulejos
a) Altura: 8 azulejos;
b) Largura: 4 azulejos
b) Largura: 6 azulejos;
c) Total: 32 azulejos
c) Total: 48 azulejos.
Estado de Preservação: bom, compouquíssima perda de vidrado
Estado de Preservação: regular. Apresenta perda de vidrado, chacota, fratura e sujidades.
Descrição: painel de azulejo marmoreado na cor amarelo contendo um contorno com forma geométrica de cor azul, no centro do mesmo, cercadura simples na cor azul, sob rodapé de azulejos marmoreado roxo manganês.
Observações: neste painel, não existe definição de figura geométrica e nem contorno, somente azulejo marmoreado. Descrição: painel de azulejo marmoreado na cor amarelo com alguns na cor azul, cercadura simples na cor azul, sob rodapé de azulejo marmoreado roxo de manganês.
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s) Painel nº PS 18
t) Painel nº PS 19
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Neoclássico
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Procedência: Portugal
Procedência: Português
Data: final do século XVIII
Data: final do século XVIII
Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 8 azulejos;
a) Altura: 8 azulejos;
b) Largura: 3 azulejos;
b) Largura: 4 azulejos;
c) Total: 24 azulejos.
c) Total: 29 azulejos.
Estado de Preservação: péssimo. Apresenta perda parcial da chacota, perda de vidrado, fraturas e bastante sujidades.
Estado de Preservação: Regular. Apresenta perda de chacota, fraturas e sujidades.
Observações: painel com uma única fileira de azulejos
Observações: O painel não tem a rodapé, existe apenas um azulejo de cercadura na fileira A4. Estão faltantes os azulejos A1, A2 e A3. O azulejo C2 não pertence ao painel. O lado esquerdo do painel está sem os azulejos de cercadura. A impressão que temos é que o painel foi cortado.
marmoreado amarelo no centro, com contorno azul formando uma figura geométrica. Descrição: painel de azulejos marmoreado de cor amarelo, cercadura bastante simples na cor azul, sob rodapé de azulejos marmoreado de cor roxo de manganês.
Descrição: Painel de azulejo marmoreado de cor amarelo contendo um contorno de forma geométrica de cor azul no centro com cercadura bastante simples de cor azul, ausência de rodapé.
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u) Painel nº PS 20
v) Painel nº PS 21
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Neoclássico
Estilo:
Técnica de Decoração:
Técnica de Decoração:
Majólica e marmoreado
Majólica e marmoreado
Procedência: Portugal
Procedência: Portugal
Data: final do século XVIII
Data: final do século XVIII
Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 8 azulejos
a) Altura: 8 azulejos
b) Largura: 12 azulejos
b) Largura: 11 azulejos
c) Total: 96 azulejos
c) Total: 88 azulejos
Estado de Preservação: Regular. Apresenta perda de
Estado de Preservação: regular. Apresenta perda de
vidrado, chacota, fraturas e sujidades.
vidrado, chacota, fraturas e sujidades.
Observações: Existe uma coluna 5 com azulejos
Observações: entre os painéis PS 20 e PS 21 existe
de ramicelos, 1 azulejo de cercadura, 2 azulejos de
uma coluna de ramicelos contendo 5 azulejos
rodapé separando os painéis PS 20 e PS 21. Ao lado
policromos e 1 azulejo de cercadura relativamente
esquerdo deste painel existe uma coluna com 6
simples sob rodapé com 2 azulejos marmoreados.
azulejos de cercadura e 2 azulejos marmoreado em
Este painel tem 10 azulejos cortados em tamanhos
roxo de manganês.
diferentes.
Descrição: Painel de azulejo decorativo do tipo
Descrição: painel de azulejo decorativo do tipo
almofada marmoreada com florão no centro na car
almofada marmoreada com florão no centro na
amarelo, com cercadura bastante simples na cor azul,
cor amarelo, com cercadura simples na cor azul,
sob rodapé de azulejos marmoreados na cor roxo de
sob rodapé de azulejo marmoreado na cor roxo de
manganês.
manganês.
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6.2 Descrição do silhar
6.3 Descrição de rodapés
Silhar com Lavabo
Revestimento de rodapé da janela nº 1
Local de Aplicação: Sacristia
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo:
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração: Estampilha e marmoreado
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Procedência: Portugal
Procedência: Portugal
Data: Século XIX ou XVIII
Data: final do século XVIII
Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 14 azulejos b) Largura: 11 azulejos
a) Altura: 4 azulejos;
c) Total: 104 azulejos
b) Largura: 11 azulejos;
Estado de Preservação: bom
c) Total: 44 azulejos (40 azulejos inteiros e 4
Observações: no centro do silhar existe um lavado de pedra
azulejos cortados ao meio).
de lioz portuguesa.
Estado de Preservação: regular.
Descrição: silhar com azulejos de padrão 2 x 2 nas cores azul, amarelo e verde com desenhos fitomórficos de
Observações: a janela nº 1 está entre o PS 4 e PS 5
contorno bem definido, muito conhecido pelo apelido de
da Sacristia. Alguns azulejos estão trocados de lugar ou
padrão “ferradura”, sobe rodapé de azulejo marmoreado na
invertidos. Os azulejos A6, B6, C6. D6 E D11 estão cortados
cor roxo de manganês.
ao meio. Descrição: duas fileiras de azulejos marmoreados como rodapé na cor roxo de manganês e uma fileira de azulejos de cercadura na cor azul e alguns azulejos marmoreados em amarelo misturado com outras peças de cercadura.
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Revestimento de rodapé da janela nº 3
Revestimento de rodapé da janela nº 2 Local de Aplicação: Sacristia da Igreja da Sé
Local de Aplicação: Sacristia
Tipo de Revestimento: Parietal
Tipo de Revestimento: Parietal
Estilo: Neoclássico
Estilo: Neoclássico
Técnica de Decoração:
Técnica de Decoração: Majólica e marmoreado
Majólica e marmoreado
Procedência: Portugal
Procedência: Portugal
Data: final do século XVIII
Data: final do século XVIII Dimensões:
Dimensões:
a) Altura: 4 azulejos b) Largura: 11 azulejos
a) Altura: 4 azulejos;
c) Total: 44 azulejos
b) Largura: 11 azulejos;
Estado de Preservação: Regular
c) Total: 44 azulejos.
Observações:
Estado de Preservação: Regular
Descrição: Duas fileiras de azulejos marmoreados
Observações: algumas peças de cercadura não pertencentes
como rodapé na cor roxo de manganês e uma fileira de azulejos de cercadura na cor azul e uma fileira de azulejos marmoreado nas cores amarelo e azul contornado por uma linha azul.
ao painel C1, C2, C3, C4 e C6, outras peças com posição invertida (D2, D3 e D4). Descrição: duas fileiras de azulejos marmoreados como rodapé na cor roxo de manganês, uma fileira de azulejo de cercadura na cor azul, contendo na parte superior do rodapé de azulejos marmoreado nas cores amarelo e azul formando uma figura geométrica contornada com uma linha azul.
Rodapé 2
Rodapé 3
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7
7.1 Sítio do Físico
SÍTIOS
Valflor da Conceição Louzeiro Oliveira
O
sítio Santo Antônio da Alegria, popularmente conhecido como Sítio do Físico, está situado no município de São Luís, à margem direita do rio Bacanga, a 10km do Centro Histórico de São Luís, ocupando uma área de 100 hectares. Antes da barragem seu acesso fazia-se através de barco no rio ou pelo igarapé do Coelho.
Como características ainda: 3 poços empedrados; 4 rampas de acesso a setores das fábricas, escadaria de acesso ao porto de embarque e desembarque de mercadorias para a Europa, 72 tanques para curtimento de couro, sistema de drenagem, canalização de água e rede de esgoto. Os registros provam que o fundador do Sítio do Físico foi Antônio José da Silva Pereira, médico português formado pela Universidade de Coimbra no periodo de 1787 – 1796.
O sítio foi uma potência industrial para a época, constituído por um conjunto de edificações. Compunha-se de casa grande, senzala, igreja, praça e estrebaria. Ali funcionou curtume de couros, caeira para fabricação de cal, fábrica de beneficiamento de arroz, fábrica de cera e posteriormente, fábrica de fogos de artificio.
Foi nomeado pelo Decreto Real no dia 5 de dezembro de 1798, para exercer o cargo de físico-mor na capitania do Maranhão no período de 1798 a 1817,
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chegando a São Luís em junho de 1799, como se pode conferir pelo ofício do Governador do Maranhão, Dom Diogo de Souza ao escrivão da Fazenda.
De acordo com o parecer dado pelo professor Mario Barata e a colaboração da pesquisadora Dora Alcântara, consta no relatório de Pesquisa de Arqueologia Histórica e História sobre o Sítio Santo Antônio da Alegria (Sítio do Físico) o “Parecer sobre fotos de azulejos encontrados pelo Dr. Ulysses Pernambuco de Melo Neto, no Sítio do Físico”.
“Ao que se sabia, não existe, até hoje, um corpus de dados informativo que permita, por via direta e/ ou indireta, levantar o completo perfil biográfico de Antônio José da Silva Pereira. E pelo tempo decorrido desde sua morte, a 15 de novembro de 1817, nada leva a crer que seja possível avançar muito além do que já se tenha revelado”, diz Jomar Moraes em seu Livro: O Físico e o Sítio.
A arquiteta e pesquisadora concluiu, sobre os azulejos das fotografias, que são portugueses e situam-se na fase de importação de azulejos de 1800 a 1820, são de padrões estampilha com retoques à mão, de estilo pombalino, sendo:
O Sítio e principalmente o físico passaram e marcaram a história do Maranhão, tratando-se de um pólo industrial e tendo todo esse complexo sido implementado pelo físico, gerando curiosidades pela quantidade de histórias duvidosas a respeito do médico.
a) 03 fragmentos – padrão n°09; b) 14 fragmentos – padrão n°08. c)
Ambos
bastante
parecidos,
variando
as
Ótimo ou péssimo aluno? Servidor exemplar da Coroa ou mais um individuo indesejado por Portugal? Tendo como castigo vir para a terra das pragas e dos índios? Bonapartista, espião infiltrado na colônia? Suicida ou morto? Não se sabe e talvez nunca se saberá. Do físico restam essas dúvidas.
disposições dos arremates interflorais, desigualdades
Quando o médico português chegou a São Luís, em junho de 1799, encontrou uma cidade de beleza arquitetônica marcante, já com os primeiros sobrados revestidos de azulejos.
g) 01 fragmento de cercadura – padrão n°358;
nas extremidades, raramente usado. d) 537 fragmentos do tipo esponjado – muito comum em nossa azulejaria; f) 09 fragmentos de cercadura – padrão n°18;
05 fragmentos de cercadura – padrão desconhecido; h) 51 fragmentos – padrão n°01;
O azulejo foi introduzido em São Luís desde o século XVIII, como componente decorativo da nossa arquitetura, primeiramente no interior das igrejas e residências; logo no século seguinte os azulejos passaram a revestir as fachadas dos sobrados, conforme se deduz pela Balança Geral do Comércio de Portugal, nos anos de 1776 a 1800.
i) 08 fragmentos – padrão n°147 – uma variante do tipo conhecido como estrela-e-bicha; Resta-nos apenas estes fragmentos como fonte de informação da existência dos azulejos no Sítio do Físico. Após as escavações realizadas por Joaquim C. da Silva, último proprietário do Sítio, numa escavação com a esperança de achar um tesouro enterrado, onde se localizava a casa grande foi encontrada a maior quantidade de azulejos até hoje nesse imóvel.
O levantamento publicado no Jornal do Brasil, edição do dia 15/12/1957, indica que somente no ano de 1778 desembarcaram no Porto de São Luís aproximadamente 107.402 peças de azulejos vindas da Europa, principalmente de Portugal.
Esses fragmentos catalogados pelos pesquisadores Ulysses e Virgínia Pernambuco de Melo foram perdidos. Não há registros em São Luís do paradeiro dessas peças. Somente uma pesquisa arqueológica terá condições de relacionar estes azulejos aos encontrados no Sítio do Físico. OBS: todos estes códigos são do livro de Olavo Pereira, Arquitetura Luso Brasileira no Maranhão.
Segundo o Relatório de Pesquisa de Arqueologia Histórica e História sobre o Sítio Santo Antônio da Alegria (Sítio do Físico), feito pelos pesquisadores Ulysses Pernambuco de Melo Neto e Virgínia Pernambuco de Melo, foram recolhidos 657 fragmentos de azulejos de variados padrões. Supõe-se que esses azulejos teriam sido usados no sítio como revestimento parietal, estando alguns deles ainda com massa de assentamento.
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7.2 Sítio Piranhenga Domingos de Jesus Costa Pereira
Escadaria com 96 degraus
Às margens direitas do Rio Bacanga, uma pequena colina avança para seu curso, contornado de manguezais, coberta de vegetações de terra firme e uma pequena clareira no altiplano de onde se avistam as águas tranqüilas que vêm das bandas do Sítio do Físico; banham o Campus Universitário da UFMA, chocam-se com a barragem do Bacanga e correm em direção ao Tamancão para a baía de São Marcos. Esse paraíso é chamado Sítio Piranhenga, que mantém em silêncio os fragmentos de etnias, índia, negra e branca, que fizeram a história de São Luís e constituem sua população.
de conchas de crustáceos e um depósito entre as fornalhas para armazenar a produção e a matéria prima. O terminal do velho porto dá continuidade a uma escadaria com noventa e seis degraus, quatro lances, três patamares, com bancos azulejados nas muretas de proteção para descanso dos transeuntes, ligando o cais ao jardim da Casa Grande e a Capela. Não foi encontrada informação sobre a data de edificação desse conjunto “semirrural”; pelos resquícios históricos, conclui-se que é uma construção da primeira metade do século XIX, constando em uma lápide que se encontra na Igrejinha, a inscrição: “Aqui jaz o tente José Clarindo de Souza, desvelado fundador desta Capella, nascido em 6 de setembro de 1789 e faleceu em 2 de junho de 1863. Sua inconsolável viúva d. Pulcheria Eduarda Freire de Souza, em testemunha da sua viva dor e pungente [sic] saudade, mandou erigir-lhe esta lapide”
Resta da cultura indígena apenas o nome “Piranhenga” (pira – peixe, nhenga – palavra), “peixe que fala”, enquanto a memória do trabalho pesado dos escravos permanece bem conservada nas antigas construções de pedras. No plano baixo do terreno encontram-se duas caieiras para fabricação de cal, por calcinação
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Junto à mensagem póstuma, está escrito em latim na pedra: “Fundite Lágrimas in sepulchro Ejus – Parcite sepulte et eum com men data Deo” – Derramai lágrimas no sepulcro dele – Participai da sepultura e recomendai-lhe a Deus.
rio de Imóveis da primeira zona de São Luís; “a outra metade, por compra feita a Nila Muniz Pires, conforme escritura de 13 de setembro de 1947” e registrado em cartório. Na relação de inventário do patrimônio está mencionado: “uma casa de moradia, construída de pedra, cal e madeira”, com descrição dos compartimentos e terreno; “Uma capela revestida de azulejos, com imagens, 03 sinos”, faz referência à “dependência”, que está ao lado da Igrejinha; dois fornos para o fabrico de cal; um depósito para estocagem e uma casa coberta de palha.
Da primeira documentação das terras a que tivemos acesso, consta: “o abaixo assinado dá o registro das terras de sua propriedade, em dois exemplares iguais: setenta e cinco braças de frente, com oitenta e cinco de fundo, no seu Sítio Piranhenga, no Rio Bacanga, nesta freguesia de Nossa Senhora da Conceição, da Capital do Maranhão...As quais se acham completamente demarcadas, e confinam, do nascente, com as terras de d. Gertrudes Lima, e do poente, com o rio “Piranhenga: São Luís, vinte e dois de maio de mil oitocentos e cinqüenta e seis. José Clarindo de Souza... E eu Vigário Pedro Nicolau Pereira, que a escrevi e assino”.
Em 28 de novembro de 1978, o tabelião Tito Antônio de Souza Soares lavrou escritura pública de compra e venda do Sítio Piranhenga, tendo como outorgante Lucy Pires Gomes e outorgado Jean Eftimié, brasileiro naturalizado (engenheiro químico) e a esposa Virgínia Eftimié (artista plástica), que compraram e preservaram o patrimônio. Ornamentaram a escadaria, jardim, casa, igreja e conservaram a vegetação rica em variedades nativas, que embelezam a área florestal, e proporcionam clima ameno e tranqüilo.
A última herdeira descendente dos proprietários do Sítio Piranhenga, a senhora Lucy Pires Gomes, recebeu “metade de herança”, segundo consta na certidão de 25 de novembro de 1941, registrada no Cartó-
O Sítio Piranhenga atualmente abriga o CEPROMAR – Centro de Educação Profissionalizante do Maranhão, sob a coordenação do padre João de Fátima.
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7.2.1 Azulejos
No jardim, em frente da casa grande, encontrase uma belíssima pinha de porcelana estilizada, com moldura em alto relevo e adornada por gregas no bojo, na base principal e a do pináculo; decorada nas técnicas de estampilha e majólica, com as cores azul, branca e amarela, as estrelinhas de cinco pontas, espalhadas na peça com tonalidade azulada, completam a suntuosidade da obra de arte, que foi utilizada, como pistilo de uma flor modificada com estilo e criatividade composta com sete pétalas de concreto amareladas e vermelha, sobre a coluna revestida de azulejos portugueses, nas cores da peça; um pedestal com cerâmica nova e volutas de cimento decoram a base de sustentação.
O azulejo é o principal elemento decorativo do Sítio e está presente em todos os espaços parietais, como peças isoladas na escadaria, muretas de arrimo, adornos compondo padronagens, revestindo bancos, encostos e peitoris, colunas de suporte de objetos ornamentais; fachada total da capela e dependência anexa; a nave da Igreja é contornada por silhares azulejados.
Esse monumento como que simbolicamente guardasse uma mensagem genética para preservação da biodiversidade, ainda em estado natural a perder de vista. Existe outra pinha em azul e branca, diante da Igreja, dentro de um jarro em forma de bacia com plantas ornamentais em cima de uma coluna octogonal com faces azulejadas com dois padrões diferentes, alternados com motivos florais de massa em relevo.
Azulejos no banco da escada
Diz-se que a artista plástica Virgínia Eftimié, exproprietária do Piranhenga, em suas excursões pela Europa e África, inspirou-se em materiais cerâmicos e cores vivas para decorar o Sítio. Subindo as escadarias o visitante encontra globos e pinhas revestidas de fragmentos de azulejos, louçaria e vidro. No primeiro e segundo patamar, existem duas bancadas embutidas no muro de proteção, adornos com três padronagens da azulejaria portuguesa, com decoração em estampilha; o primeiro banco tem o encosto azulejado com dois padrões azul e branco e contornado por friso em alto relevo, enquanto o outro, bem maior, recebe no assento e encontro, fileiras de azulejos de cor verde. A mureta de contorno do jardim é ornamentada com peças unitárias de vários padrões e cercaduras antigas, uma parte do muro sobreposto por volutas e concheados, preenchidos com azulejos industrializados nas cores azul, branco e amarela; ornado por colunas com base vermelha e termina circulado por flores relevadas coloridas e pinha no ápice.
Azulejos da mureta do jardim
Pinha em porcelana
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O casarão é circulado por varandas com colunas adornadas com azulejos isolados na base e com peitoris cobertos com padrões, cercaduras e pedaços de azulejos portugueses; as paredes contornadas pelo avarandado recebe silhar de azulejos industrializados; no alto encontram-se 5 adornos com 04 peças de padronagens diferentes. No oitão, que dá acesso à área de recreação, as peças de friso foram colocadas isoladas acima de portas e janelas. A parede abaixo do beiral do casarão sobre o telhado da varanda, contém duas fileiras horizontais de azulejos novos, intercalados por balaústres.
dificultam a leitura panorâmica do conjunto artístico. O revestimento está enquadrado com frisos em relevos próprios para esse tipo de padrão. A “dependência” em anexo à capela tem a parede lateral conjugada e a frente recuada alguns centímetros, a porta principal fica junto ao corpo da Igreja, formando uma fachada em “L” invertido, revestida com azulejos azul e branco com dois padrões de azulejaria portuguesa e um francês. Organizaram uma composição bonita, intercalando padronagens diferentes, oferecendo uma leitura agradável, destacando dois módulos de padrões (2X2), tipo pombalino, enquadrados por azulejos franceses, que são emoldurados por unidades de composições lusitanas e contornados por cercaduras com motivos florais. Abaixo da cimalha, há uma fiada das mesmas peças da fachada, separada por friso de alto relevo, que também encaixilha a coluna de separação da capela e sua cornija.
Varanda do casarão
Na lápide do túmulo de José Clarindo de Souza, que viveu de 1789 a 1863, está gravado na pedra “o fundador desta Capella”. Conclui-se que a ermida foi construída provavelmente na primeira metade do século XIX. Outros fatores relevantes na análise cronológica da edificação da Igreja: um pequeno frontão cartelado central com óculo, terminando com uma cruz de ferro; uma cimalha frontal com beiral e uma fileira de telhas; a porta de entrada com arco pleno; azulejos de relevo que revestem a fachada, produzidos na segunda metade do século XIX, na Fábrica Devezas na região do Porto, Portugal. Alguns destes elementos integram a arquitetura neoclássica do final do século XIX e início do século XX, o que leva a crer ter passado a capela de estilo popular por reformas e mudanças neste período, quando recebeu o revestimento das mais belas padronagens relevadas de tapetes em azul, branco e amarelo da azulejaria portuguesa. Estão bem conservadas, não apresentam causas de deterioração comuns na azulejaria de exterior, nem existem objetos fixados, que danificam as peças e
Fachada lateral da capela
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7.2.2 Silhar da capela Na relação dos imóveis do Sítio, registrada em cartório no dia 25 de novembro de 1941, está citada “uma capela revestida de azulejos”, esta foi a única indicação azulejar encontrada na história do Piranhenga, e não faz referência de revestimento exterior ou interior; portanto, não se pode afirmar que o azulejamento da fachada ocorresse no mesmo período dos silhares da “Nave”, embora sejam padronagens do mesmo período, meados do século XIX, exceto os adornos pontuais. Os relevados, que revestem a frente, vieram provavelmente da “Fábrica de Louça de Massarelos” e os padrões estampilhados do silhar da “Fábrica Miragaia”, todos do Norte de Portugal da região do Porto. O silhar da capela é bastante simples, constituído em cinco peças de altura, enquadrado por uma cercadura tosca de lajotão de cimento em alto relevo com motivos florais de cor marrom, o rodapé de uma espécie de ladrilho ou pedra com 20 centímetros, coberta por espessa camada de tinta. As paredes são revestidas
Fachada da capela
por réplicas de azulejos, confeccionados de cimento em alto relevo, imitando os da fachada, pintados de cinza. Estes materiais caracterizam reforma recente no interior da Igrejinha. Os silhares revestem as laterais da capela e ladeiam o altar sendo interrompidos várias vezes por faixas de reboco ressaltado formando três faces cilíndricas, ladeadas por fileiras verticais com apenas um azulejo de largura e cinco de altura, totalizando quinze pseudo-colunas, decoradas com nove padrões de estilo pombalino com florões; quatro com peças de
Silhar da capela
cercadura ornadas com ramicelos e linhas curvas, que se prolongam formando figuras ovaladas e losangos; finalmente duas padronagens de tapete igual aos silhares. Os azulejos que compõem os painéis da capela apresentam motivos fitomórfitos decorados com ramicelos em diagonal de padronagens estampilhadas com retoques manuais, em duas tonalidades azul com fundo branco; fazem parte das grandes produções portuguesas de azulejaria de tapete do século XIX, para revestimento parietal.
Coluna da capela
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7.3 Sítio Tamancão Letícia de Maria Paixão Martins de Castro
7.3.1 Localização
7.3.2 Histórico
O Sítio Tamancão localiza-se à margem esquerda
A partir da segunda metade do século XVIII, com
do Rio Bacanga, na área denominada “Itaqui –
a criação da Companhia de Comércio do Grão-Pará e
Bacanga”, a 620 metros do Aterro do Bacanga, em
Maranhão (1756), o Estado passou por transformações
frente ao bairro do Desterro, na foz do rio do mesmo
econômico-sociais, e foi justamente nesse momento
nome (área de ria), em confluência com a Baía de São
que ocorreram as construções dos primeiros engenhos, voltados para beneficiamento e transformação da
Marcos, área pertencente à “Freguesia de São Joaquim
matéria prima (o arroz). À época, a produção agrícola
do Bacanga”.
maranhense era exclusivamente voltada para o
O Tamancão é também chamado de “Ilha
auto-sustento mas, a partir daí, direcionou-se para o
do Tamancão”, por ser cercado de manguezais,
mercado externo.
provavelmente tratava-se de igarapés que foram
Segundo Ananias Martins, em São Luís –
assoreados, o que o isolou, durante um certo tempo,
Fundamentos
das regiões vizinhas.
do
Patrimônio
Cultural, “grandes
plantações de algodão, de arroz e de cana foram
É formado por uma série de antigos armazéns, casa
desenvolvidas na segunda metade do século XVIII
grande e um complexo sistema de canais e comportas
e início do século XIX, necessitando de enormes
destinados ao aproveitamento do potencial hidráulico
propriedades de terras, algumas maiores que a Illha
das marés.
de São Luís. Nelas, os trabalhadores eram escravos trazidos em navios da África”. (P. 64). Na Freguesia de
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região, o Sítio Tamancão foi tombado pelo Governo do Estado, por intermédio do DPHAM - Departamento do Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão, através do decreto 11.592 de 12 de outubro de 1990, com número de inscrição 051, no livro de Tombo folha 11, em 29 de novembro de 1990, com nº de inscrição 051, no livro de tombo folha11, em 29 de novembro de 1990.
São Joaquim do Bacanga foram implantadas várias fazendas que produziam alimentos para o comércio local e, após a alforria de 1888, ficou sensivelmente despovoada. De acordo com César Marques, em Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão, entre o final do século XVIII e o início do XIX (1780-1819), existiam na capital quatro fábricas de descascar arroz,
Atualmente, no Sítio Tamancão, funciona o
sendo três movidas a vapor e uma a água.
“Estaleiro Escola de São Luís” ocupando as áreas dos
As instalações do Sítio Tamancão, antiga indústria
antigos galpões e outras construções ligadas às atividades
de beneficiamento de arroz e depois também do
de armazenamento e processamento de arroz.
fabrico de sabão, foram construídas no início do século XIX, pelo engenheiro prático português naturalizado brasileiro Joaquim Luís Simões Lírio. Seus proprietários se utilizaram da energia das marés para movimentar suas máquinas através de um mecanismo denominado “moinho de maré”: um complexo sistema hidráulico acionado por força motriz, produzida através do escoamento da àgua represada durante a maré cheia. Em 1842, o Sítio Tamancão beneficiou a maior safra de arroz do Estado. Sua proprietária então era a viúva Brito e Castro; consta que o maquinário de sua fábrica possuía “força hidráulica de 15 HP, produzia 60 a 70 sacas por dia e ocupava 25 escravos” (Jerônimo Viveiros, em História do Comércio do Maranhão).
Área externa do Estaleiro-escola, antigo trapiche
Em 1895, o Sítio Tamancão era propriedade da firma “Henrique Gaspar & Cia”, que possuía um capital de 40 contos e consta que ocupava uma área de 1.440m². Nessa época era utilizado no processamento de arroz em casca e no fabrico de sabão. Possuía um motor hidráulico de 30 HP e demais aparelhos. Tinha capacidade para pilar 30.000 sacas de arroz e fabricar 120.000 quilos de sabão por ano. O quilo do arroz era vendido a 300 réis e o do sabão 500 réis. Trabalhava com 12 pessoas e pagava de 1$000 a 4$000 (Jerônimo Viveiros, vol. II p. 564). Durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizado como depósito de combustível, cujo dono seria o senhor Nilo Jansen. Por seu valor histórico, como referência das primeiras etapas do processo de industrialização da
Área interna do Estaleiro-escola
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7.3.3 Casa grande A casa do Sítio Tamancão é uma edificação “semirrural contemporânea da formação urbana do século XIX”, segundo Olavo Pereira da Silva (Arquitetura Luso-Brasileira no Maranhão, 1997, p. 27).
Fonte: SILVA, 1997
Possui arquitetura de estilo tradicional português, em alvenaria de pedra e cal, com área aproximada de 790 m². Sua planta é em forma de “O”, com pequeno pátio interno descoberto, correspondendo ao vão da escada que dá acesso às dependências de serviço. Aproveitando o desnivelamento do terreno possui porão com piso de terra socada e arcos plenos.
A comunicação dos ambientes térreos era feita através de grandes arcos em tijoleira, técnica construtiva adotada na época, estruturando as alvenarias para receber o pavimento superior. De acordo com a produção, cada atividade possuía dependência própria e desligada do corpo da casa. As paredes internas do pátio e os espelhos dos de-
A fachada principal possui uma rampa com acessos simétricos (calçadão disposto em forma de leque, convergindo raios formados em pedra de cantaria, para o eixo da grande escada de acesso), que ocupa toda sua extensão e conduz ao nível superior, à porta, valorizando-o como pavimento principal. Apresenta uma porta central e três janelas de cada lado, todas com moldura em massa de reboco e arco pleno. Na parte frontal da rampa e na fachada principal (barra), vê-se
graus da escada aí existente eram revestidos em azulejos portugueses, de cima a baixo. O piso da escada era em lioz, ainda se encontram no local alguns afixados, com bastantes sujidades, microorganismos, fraturados ou com a camada de vidrado em destacamento; outros no chão, caídos, fragmentados, misturados aos escombros no chão. Todos os ambientes se desenvolvem em torno da circulação que ladeia o pátio interno.
nitidamente restos da argamassa de assentamento dos azulejos, já todos retirados; nota-se que na barra da casa eram quatro linhas em horizontal e na rampa nove linhas; não conseguimos descobrir quais seriam esses padrões da fachada.
Ruínas da Casa Grande Fonte: SILVA, 1997
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Elevação. Fonte: SILVA, 1997
Atualmente o imóvel encontra-se em estado bastante precário, em ruínas, sem cobertura e esquadrias, com alvenarias e rebocos totalmente desprotegidos, inúmeras rachaduras que comprometem a estabilidade
geral da edificação. A vegetação invadiu a casa, tornando bastante difícil o acesso ao que restou dela. Além de tudo isso, “visitantes” esporádicos deixam seus lixos e dejetos quando por lá estão.
Pátio interno - 1973. Fonte: SILVA, 1997
Pátio interno - 2005
8.3.4 Armazém Construção em pedra e cal, formada por quatro galpões que se comunicam entre si por portas centralizadas no meio do vão. Em frente da janela principal encontra-se um antigo atracadouro que adentra o Rio Bacanga, com dimensão de 16.00m por 5.00m de largura.
Atracadouro
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7.3.5 Revestimento azulejar
PMJ-13: padrão tipicamente português de tapete, possivelmente da Real Fábrica do Rato ou
No século XIX, “após a revolução liberal, a
da Fábrica Viúva Lamego, do século XVIII, período
nova classe burguesa emergente, teve nos azulejos
pombalino (1755-1780), contendo desenho hachurado
fabricados neste período, suas exigências atendidas
em diagonal e nas extremidades, ¼ de flores que ao
e satisfeitas. Essa burguesia enriquecida logo inseriu
unirem-se as quatro peças, formam centros de rotação;
o azulejo à arquitetura do estilo neoclássico. Com
encontra-se como um pequeno silhar. Esse padrão
a corte aqui instalada, este modismo neoclássico
(2X2/1) existe também em outra versão onde as flores
rapidamente se manifestou e as novas construções
são azuis. Possui dimensões de 14 x 14 cm e suas cores
brasileiras, particularmente as edificações urbanas e
são amarelo ocre, avinhado, verde azeitona e azul
as casas grandes dos engenhos, passaram a seguir os
acinzentado. Sua técnica de decoração é a majólica.
parâmetros neoclássicos, ostentando, assim, a riqueza
CMJ-17: de origem holandesa, azul em fundo
dessa nova elite brasileira. Conforme Santos Simões,
branco apresentando desenhos com grinalda de flores,
entre 1815 e 1850, ‘a importação de materiais nobres
delimitada por barras a azul, com apontamentos
e de acessórios decorativos’ tiveram papel importante
manuais; nas paredes do pátio encontra-se entre o
no país” (Estudos de Azulejaria. Coleção Presenças
PE-34 e o PMJ-12, uma só linha, da mesma forma na
da Imagem. Imprensa Nacional – Casa da Moeda,
parte de cima entre o PE-34 e onde deveria ser o forro;
Lisboa, 2001, p.26) - Retirado de www.fec.unicamp.br
é possivelmente do século XIX. Possui dimensões
Foram encontrados dois padrões de azulejos e
13,2X13,2 cm (Udo Knoff, in “Azulejos da Bahia”,
um de cercadura localizados nas paredes do pátio
1986, prancha LII).
interno, onde existe uma escada que também possuía
PE-34
azulejos nos espelhos, segundo histórico do dossiê
:
padrão
de
origem
portuguesa,
estampilhado, com retoques à mão; vemos o
existente no DPHAM (Departamento de Patrimônio
mesmo motivo (fitomórfico) repetido quatro vezes;
Histórico e Artístico do Maranhão) utilizado para seu
provavelmente das fábricas do Porto/Vila Nova
tombamento. São os seguintes padrões:
de Gaia, século XIX, possui decoração diagonal, formando a figura do “X” quando se
completa a
composição; reveste grande parte das paredes do pátio; suas dimensões são 13,5X13,5 cm.
PMJ 13.jpg
Detalhe do revestimento azulejar
CMJ-17
PE 34.jpg
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8
MUSEUS
S
Letícia de Maria Paixão Martins de Castro
ão Luís possui dois museus com coleções de azulejos, o Museu Histórico e Artístico do Maranhão e o Museu de Artes Visuais. No primeiro a coleção se restringe ao pouco que está exposto, já no segundo a coleção é bem maior.
Pretende-se mostrar a evolução desta arte decorativa, exemplificando-a com os “nossos” azulejos, apresentados com um certo critério didático e na medida do possível, cronológico. A exposição deverá fazer com que o visitante parta à descoberta, ele próprio, de um patrimônio único e original como o que temos aqui em São Luis. Padronagem de tapete português, estampilhado,
O Museu de Artes Visuais expõe uma das coleções mais ricas de azulejos do Estado. A história do acervo está ligada ao gosto pessoal dos proprietários dos sobrados e casarões de São Luis dos séculos XVIII, XIX e do início do século XX, por causa da privilegiada situação política, econômica e social à época. Foi inicialmente constituída, sobretudo, de objetos vindos de prédios arruinados, de importantes legados com doações e aquisições originadas de quando ainda era Departamento de Cultura do Estado. Possui o museu uma vasta coleção de azulejos muito variada, formada por cerca de 799 azulejos na Reserva Técnica, incluindo exemplares portugueses, franceses, holandeses e alemães de excelente qualidade, alguns raros.
2X2/1, motivo “estrela e bicha”, desenho de influência holandesa, início do século XIX, estilo neoclássico, Fábrica Viúva Lamego (Lisboa-PT), com dimensões 13,5X13,5 cm. Registro: 2668
A produção portuguesa desse período encontra-se bem representada nas várias técnicas de decoração, dos mais variados estilos, com exemplares de fábricas como a Real Fábrica do Rato, a Fábrica Viúva Lamego ou a Fábrica das Devezas. Esse acervo deixa em evidência não só a forma das relações que, ao longo dos tempos, o Maranhão foi estabelecendo com Portugal e outros países após a Abertura dos Portos e a Independência do Brasil, como também deixa transparecer o evoluir das produções portuguesas. A exposição se restringe ao piso térreo e sua montagem está organizada segundo uma ordem cronológica de maneira a dar ao espectador uma noção do desenvolvimento das técnicas de manufatura, de decoração, enfim, do fabrico do azulejo. No lado direito após a entrada, estão os azulejos do século XVIII, e do lado esquerdo, os dos séculos XIX e XX. Esta coleção inclui preciosidades como o painel com chineserias em estilo D. Maria I do séc.XVIII e Figuras de Convite do início do século XIX.
PE-33
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
PE-58 (Registro: 2670) Padronagem de tapete português, estampilhado, 2x2/1, motivo “luz e sombra”, do tipo enxaquetado, da segunda metade do séc. XIX, possivelmente da Fábrica Viúva Lamego (Lisboa-Portugal), dimensões 13,5 x 13,5cm.
PE-76, PE-77, PE-78, PE-79. Registro: 4278) Azulejos franceses, estampilhados, padrão único, segunda metade do séc. XIX, produção de Fourmaintraux – Pas de Calais, dimensões 11,0X11,0 cm. PE-22 (Registro: 2671) Painel de azulejos portugueses estampilhados, padrão de tapete, 2X2/1, motivo “pintura em negativo”, séc. XIX, dimensões 13,5X13,5cm.
CE-06 (Registro: 2672) Guarnição para tapete, cercadura portuguesa, estampilhada, final do séc. XIX, motivo “pintura em negativo” de folhas em cadeia, dimensões 13,5X13,5cm.
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PE-81 (Registro: 2681)
PE-03 (Registro: 1361)
Azulejo português estampilhado, pintura semi-
Padronagem de tapete com azulejos portugueses,
mecanizada, desenho de influência francesa, do séc
estampilhados, 2 x 2/1, motivo “ferradura” séc. XIX,
XIX, padrão único, dimensões: 13,6 x 13,6 cm.
possivelmente Fábrica Viúva Lamego (Lisboa-Portu-
FE-38 (Registro: 2682)
gal), dimensões 13,5 x 13,5 cm.
Friso português estampilhado, dimensões 13,5 x 6,5 cm.
PE-64 Painel de azulejos portugueses com desenho de influência holandesa, estampilhado com retoque manual, séc. XIX, padrão 2x 2/1, dimensões 13,0 x 13,0 cm. Registro: 1367 e 2787
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PE-27
PE-07
Azulejos portugueses, estampilhados, padrão de
Padrão de azulejos de tapete “estrela e cruz” portugueses, estampilhados, possivelmente da Fábrica
tapete 2x2/1, da 2ª metade do séc. XIX, dimensões
Viúva Lamego, padrão 2x2/1, 2ª metade do séc. XIX,
13,5 x 13,5 cm.
dimensões 13,2 x 13,2 cm.
Registro: s/nº, 4294 e 2998
Registro: 2669 e 4293
CE-16 PE-12
Guarnição para tapete, cercadura estampilhada
Padronagem de azulejos portugueses estampilha-
portuguesa, com apontamentos manuais e no tardoz:
dos, padrão 2x2/1, dimensões 13,2 x13, 2 cm; séc. XIX.
“A. A. Costa & C.F. das Devezas” (Fábrica das Devesas), dimensões: 14,2 x14, 2; final do séc. XIX.
Registro: s/n
Registro: 4287 e 2992
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PE-52
PRD-01
Painel de azulejos portugueses com padrão de
Azulejo de origem alemã com dupla técnica de
tapete estampilhado e desenho de influência holan-
decoração, relevo e decalcomania, do séc. XX, padrão
desa, 2x2/1, dimensões: 13,2 x 13,1.
2x2/1, dimensões 14,6 x14, 6 cm.
Registro: 4286 e 4296.
Registro: 4277
PE-62
Painel de azulejos
Azulejos portugueses estampilhados, possivel-
do tipo Figura de Con-
mente da Fábrica Viúva-Lamego, desenho inspirado
vite (figura de respeito),
no esquema “estrela e cruz” séc.XIX padrão 2x2/1 com
português, de estilo ne-
dimensões 13x13cm.
oclássico, da primeira metade do séc. XIX,
Registro: 2693/2786
representando figura de “Granadeiro”, com traje de soldado da 5ª Companhia do 1º Batalhão de Fuzileiros da Guarnição da Corte: Infantaria pesada (1845), procedente de casa a Rua dos Afogados, esquina com na Rua das Flores; técnica de decoração: majólica,
dimensões:
1,75m x 54 cm (13 x 4 azulejos = 52 azulejos). Registro: s/n
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PD-08 (Registro: 2696)
PE-19 (Registro: 4300/2996)
Padrão de Azulejo alemão em decalcomania, fabri-
Painel com azulejos portugueses estampilhados
cação de “Villeroy Boch VBD-DRESDEM”, do final
com retoques manuais do séc. XIX, padrão 2x2/1.
do século XIX, padrão único com dimensões 14,5 x
Dimensões 13,5 x13, 5.
14, 5.
PE-84 (Registro: 2694) Azulejo português estampilhado, da Fábrica das Devezas, final do séc. XIX, padrão 2x2, com inscrição no tardoz “J.P. V F°”, com dimensões 14x14 cm. CE-17 (Registro: 2695) Cercadura portuguesa estampilhada, do séc. XIX, Fábrica das Devezas (Porto), dimensões 14x14 cm.
PE-01 (Registro: 4267) Azulejo português padrão de tapete estampilhado do início do séc. XIX, motivo “ferradura”, padrão 2x 2/1, com centro de rotação principal em motivo fitomórfico, Fábrica Viúva Lamego. Dimensões 13,5x13, 5.
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PE-92 (Registro: 2679)
Painel português do tipo Figura de Convite, com figura de respeito de estilo neoclássico, da primeira
Painel com azulejos portugueses estampilhados,
metade do séc. XIX, representando figura de “Porta-
final do séc. XIX, padrão 2x2, com dimensões 13,5 x
-Machado”, soldado da 5ª Companhia de Granadeiros
13, 5 cm.
do 1º Batalhão de Fuzileiros da Guarnição da Corte (1845), procedente de casa na Rua dos Afogados, esquina com Rua das Flores, técnica de decoração: majólica, dimensões: 1,75m x 40 cm, quantidade: dois. Registro: 2662
CE-18 (Registro: 2685) Cercadura portuguesa estampilhada, do séc. XVIII, dimensões 13,5 x 13, 5 cm.
CMJ-07 (Registro: 4281) Cercadura portuguesa em majólica, com motivo “renda portuguesa”, do séc. XVIII, dimensões 13,5 x 13, 5 cm.
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PMJ-06 (Registro: 4291)
PM-03 (Registro: 2678)
Azulejo português em majólica, padrão único de
Azulejo português marmoreado, segunda metade
tapete, início do séc. XVIII, período pombalino, pos-
do séc. XVIII, estilo pombalino, Fábrica Viúva Lame-
sivelmente Real Fábrica do Rato, chacota manual, di-
go, chacota manual, dimensões 13,5 x 13,5 cm.
mensões 14x14 cm.
CMJ-03 (Registro: 2677)
CMJ-10 (Registro: 4290)
Cercadura portuguesa em majólica, com ornato
Cercadura portuguesa em majólica, do séc. XVIII,
de óvalos e marmoreado, do séc. XVIII, estilo pombali-
período pombalino, normalmente usada em painéis
no, chacota manual, dimensões 13,5 x 13,5 cm.
almofadados, chacota manual, dimensões 14 x14 cm.
PMJ-21 (Registro: 2666) Azulejo português em majólica,padrão único, início do séc. XVIII, período pombalino, releitura do motivo “ponta de diamante”, chacota manual, dimensões 13,5 x 13,5 cm. CMJ-19 (Registro: 2667) Cercadura portuguesa em majólica, do séc. XVIII, período pombalino, chacota manual, dimensões 13,5 x 13,5 cm.
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CMJ-11 (Registro: 4273)
Azulejos portugueses, de painel figurativo, com decoração em majólica e esponjado, com duas peças
Cercadura portuguesa esponjada, segunda meta-
de canto da almofada, possivelmente da segunda me-
de do séc. XVIII, período pombalino, possivelmente
tade do séc. XVIII, transição do período pombalino
Fábrica Viúva Lamego, chacota manual, dimensões
para rococó, da Real Fábrica do Rato, chacota manual,
14x14 cm.
dimensões 14x14 cm.
PM-04 (Registro: 4274)
Registro: 4274
Azulejo português esponjado, talvez de painel figurativo almofadado, séc. XVIII, período pombalino, chacota manual, dimensões 14x14 cm. CMJ-24 (Registro: 4272) Cercadura portuguesa em majólica, do séc. XVIII-XIX, estilo rococó, possivelmente Fábrica Viúva Lamego, chacota manual, dimensões 14x14 cm.
Barra em forma de minissilhar, português, de almofadas marmoreadas e cercaduras em pintura manual, segunda metade do séc. XVIII, chacota manual, dimensões 14 x 14 cm. Registro: 4289 (almofada); 4290 (cercadura).
PM-01 Azulejo português marmoreado, pintura manual, possivelmente da fábrica Viúva Lamego, séc. XVIII, padrão único, dimensões 13,5 x 13,5 cm. Registro: s/n
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PMJ-18 (Registro: 2688) Azulejos portugueses em majólica, padrão único com motivo fitomórfico central, de chacota manual, do período pombalino, séc. XVIII, dimensões 13,5 x13, 5 cm.
PMJ-01 Azulejos portugueses em majólica, padrão de tapete 2 x 2/1 do período pombalino, esquema da diagonal cruzada, da segunda metade do séc. XVIII, policromo, chacota manual, possivelmente da Real Fábrica do Rato, dimensões 14 x 14 cm. Registro: 1377
PMJ-11 Padronagem de tapete pombalina, português em majólica, padrão 2 x 2/1, da segunda metade do séc. XVIII, policromo, chacota manual, possivelmente da Real Fábrica do Rato, dimensões 14x14 cm. Registro: 4291; 2664
PMJ-08 Azulejos portugueses em majólica, padrão de tapete 2 x 2/1 do período pombalino, estilo D. Maria I, segunda metade do séc. XVIII, chacota manual, possivelmente da Real Fábrica do Rato, dimensões 14 x 14 cm. Registro: 4295
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PMJ-10 Azulejos portugueses em majólica, padrão de tapete 2 x 2/1 do período pombalino, da segunda metade do séc. XVIII, policromo, com ramicelos em diagonal, chacota manual, possivelmente da Real Fábrica do Rato, dimensões 14x14 cm. Registro: 2680
PMJ-12 Azulejo português seguindo esquema da diagonal com estrela, em majólica, padrão de tapete 2 x 2/1 do período pombalino, da segunda metade do séc. XVIII, policromo, chacota manual, dimensões 13,5 x 13,5 cm. Registro: 2665
CMJ-04 (Registro: 2675; s/n°) Cercadura portuguesa esponjada com ornato de óvalos, finais do séc. XVIII, estilo pombalino, chacota manual, dimensões 14x14 cm. PMJ-23 / PMJ-24 Azulejos portugueses em majólica, padrão 2 x 2/2, do séc. XVIII, estilo D. Maria I, Fábrica Viúva Lamego, chacota manual, dimensões 14 x14 cm. Registro: 2676
Pormenor de moldura de painel português almofadado com florão central, esponjado com pintura manual; estas cinco peças correspondem ao “arremate” lateral da almofada. Século XVIII chacota manual, dimensões 14x14 cm. Registro: 4283
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Painel de azulejos do tipo Silhar, português, fabrico de Lisboa, entre 1790 – 1800, policromo, neoclássico, estilo “D. Maria I”, evocativo do gosto pela “chinoiserie”, de biscoito manual, com 4.86 m de largura por 0.81 m de altura, 216 peças em exposição, decoração em majólica. Primeiramente localizado em prédio comercial na Rua do Trapiche, na Praia Grande, posteriormente transferido para a Rua Osvaldo Cruz nº 782, sendo lá localizado na sala de refeições. As imagens sobrepõem-se ao fundo branco emoldurado por cercaduras de azulejos azuis composta por grinaldas e linhas geométricas; possui medalhões centralizados com figuras chinesas e pássaros em azul e branco circundadas por molduras finas. Registro: 4304
Painel do tipo Registo Devocional, retratando os “Sagrados Corações de Jesus e Maria”, em azul e branco, emoldurados por cercadura com concheados e motivos fitomórficos policromos em cartela, produzido na Fábrica Aleluia em Aveiro – Portugal, séc. XX, com 0,60m x 0,75m, com 4 azulejos de altura por 5 de largura, totalizando 20 peças. Registro: s/n
Azulejo francês vendo-se no tardoz “Maison FOURMAINTRAUX – HORNOY, DESVRES, Pas de Calais”, 2ª metade do século XIX, estampilhado por pistola em duas cores com formas geométricas e motivos fitomórficos; padrão único, dimensões 10,5 x 10,5 cm. Registro s/nº
Azulejo espanhol do tipo figura avulsa, de Sevilha, com retrato de “Luís de Camões” e dimensões 13,5 x 13,5 cm/ 1,5 cm de altura. Registro s/nº
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Telha com decoração vegetalista estampilhada
Pinha portuguesa da Fábrica de Santo Antônio
em dois tons de azul sobre fundo branco esmaltado,
de Vale da Piedade (Porto), decorada nas cores azul,
cantos ornados com estrelas, portuguesa de fabrica-
castanho, verde e vermelho em estampilha e pintu-
ção do Porto, sem decoração ou qualquer outra marca
ra a mão sobre relevos na base e na grega que a cir-
no anverso; procedente do Edifício São Luís (Rua de
cunda; do século XIX e dimensões 40 cm x 22 cm.
Nazaré e Odylo nº 377), do 3º quartel do século XIX.
Registro s/nº
Dimensões: 6,5 cm de altura x 19 cm de largura x 53 cm de comprimento.
Pinhas portuguesas da Fábrica Santo Antonio de Vale da Piedade (Porto), com decoração em azul sobre branco, do século XIX, apresentando como decoração circular grega em relevo de motivos vegetalistas; possui dimensões 40 x 22 cm.
Pinha portuguesa da Fábrica Santo Antônio de Vale da Piedade, Porto, do século XIX, com decoração relevada e marmoreada (castanho) sobre fundo branco, apresentando-se circundada por grega, com folhas acima do pescoço; dimensões 45 cm x 28 cm, procedente do jardim de casa na Praça Deodoro nº 12.
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9
AZULEJOS DA ILHA
O
9.1 Bairros de São Luís
s azulejos antigos, do século XIX, que revestem um número considerável dos imóveis componentes do acervo azulejar
Os azulejos antigos, aplicados em forma de silhar,
do Centro Histórico de São Luís, podem ser encontra-
adorno isolado, registros devocionais e peças orna-
dos em outras localidades da cidade, como também em
mentais, foram encontrados nos bairros às margens da
São José de Ribamar, município que forma com Paço
Avenida Getúlio Vargas, via de continuidade ao antigo
do Lumiar e Raposa a grande ilha de São Luís.
Caminho Grande (atual rua Grande), estrada de pene-
Na pesquisa procurou-se identificar esses azulejos
tração ao interior da Ilha de São Luís. Encontramos
fora da área protegida pelo Instituto do Tombamento,
também adornos e registros devocionais nos bairros da
considerando-se a sua importância para a salvaguarda
Madre de Deus Lira, Belira, Codozinho e imediações.
do acervo azulejar maranhense, por se tratar de exem-
A equipe identificou e documentou, nos bair-
plares remanescentes do século XIX. Por motivos di-
ros, os seguintes exemplares: 01 registro devocional e
versos, foram removidos de prédios do Centro Históri-
02 pinhas no Anil; 05 registros devocionais no Apea-
co para outras localidades da Ilha.
douro; 02 pinhas no Apicum;
03
regis-
tros devocionais na Camboa; 01 adorno isolado e 04 registros devocionais no Caminho da Boiada; 02 registros devocionais no Canto da Fabril; 05 adornos isolados e 02 registros devocionais no Codozinho; 02 registros devocionais no Diamante; 01 adorno isolado, 03 registros devocionais no Filipinho; 01 adorno isolado e 07 registros devocionais no João Paulo; 03 registros devocionais e 01 silhar na Jordoa; 01 adorno isolado e 03 registros devocionais na Madre de Deus; 07 adornos isolados, 15 registros devocionais e 03 pinhas no Monte Castelo; 01 registro devocional na Belira; 12 registros devocionais na Vila Bessa e 03 registros devocionais na Vila Passos.
Av. João Pessoa, 240
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9.2 Paço do Lumiar
9.4 São José de Ribamar Letícia de Maria Paixão Martins de Castro
Esperava-se encontrar azulejos antigos em Paço do Lumiar, que fica a 37 km de São Luís, consideran-
São José de Ribamar está localizada na extremi-
do-se a historiografia do município. A sede do municí-
dade leste, a trinta quilômetros da ilha de São Luis,
pio encontra-se no local do antigo Sítio do Anindiba,
com área de 436 km² e população de 18.350 habitan-
que, no século XVII, tinha como proprietário o jesuíta
tes. Limita-se ao Norte com o Oceano Atlântico e Paço
Luís Figueira. Os padres da Companhia de Jesus cons-
do Lumiar; ao Sul com Rosário e Axixá, ao Leste com
truíram a Igreja de Nossa Senhora da Luz, importante
a Baía de São José e a Oeste com São Luis, capital do
exemplar de arquitetura religiosa jesuítica, tombada
Estado.
como monumento estadual, através do Decreto n° 9.659, em 10/08/1980. Não se tem notícias de azulejos antigos em Paço do Lumiar, cadastrou-se um único registro devocional.
Fundada no século XVII, em 1627, passou a existir
9.3 Raposa
politicamente em 1757, quando o Governador da Província do Maranhão, Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, declarou diante do Padre jesuíta José Vellez Vidigal
O município de Raposa, anteriormente subordi-
que ali residia, de acordo com o alvará com força de lei
nado à Comarca de Paço do Lumiar, foi criado pela
datado de 07 de junho de l755, que removia os padres jesuítas do local e restituía aos índios Gamelas a posse
Lei n° 6.132, em 10 de dezembro de 1994. Tem como
das terras, já que estes não possuíam terras para cultura, a liberdade às suas pessoas, dando o direito de ir e
atividades principais a pesca e a confecção de rendas
vir com quem lhes merecesse. Essas terras foram con-
de bilros. Nenhum tipo de azulejo foi encontrado no
cedidas à Companhia de Jesus por datas e sesmarias
município da Raposa.
pelo Governador Francisco Coelho de Carvalho, em 16 de dezembro de 1627.
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Foram também doados terrenos pelo Governador
289, o município teve sua autonomia restaurada e re-
Gonçalo Pereira Lobato e Sousa para 100 casais, sendo
cebeu o topônimo simplificado de “Ribamar”. A Lei
para isso encarregados os senhores João Ferreira An-
Estadual nº 758 de 24 de setembro de 1952 restituiu
diroba, Theodoro Amado Anes, Theodósio da Silva e
definitivamente a categoria de Município e a 16 de
Francisco Xavier Correia, os quais foram mais além e
setembro de 1969 teve seu nome retificado para “São
marcaram terras para 200 casais, durante um século.
José de Ribamar” em homenagem ao santo milagroso.
Esses casais teriam por função dar início à população
Conta a lenda que um navio português, procuran-
da cidade e, possivelmente, seriam açorianos. Foi ele-
do nosso porto, desviou-se na barra chegando à Baía de
vada à categoria de “Lugar” em 1757, com a mesma
São José e, quando a tripulação ficou assustada ante o
denominação.
perigo, seu capitão invocou a proteção de São José e
No início era habitada pelos índios Gamelas, que
imediatamente uma onda livrou o navio dos terríveis
se distribuíam entre o Caúra, onde havia um grande
baixios que lá se encontram. Muitos anos depois, an-
espaço arredondado no qual realizavam suas festas
tes de 1624, quando o capitão desse navio regressou
(onde nunca mais nasceu mato algum a não ser ca-
de Portugal, trouxe a imagem do Santo e a colocou
pim), e Itapary do Mar, Itapary de Janoca, Mirititiúa,
numa “modesta ermida” em frente à baía, na parte ex-
Sítio do Apicum, fazendo de São José dos Índios o lu-
trema do promontório, onde se deu o milagre. O local
gar de realizar grandes comemorações.
recebeu o nome de “Riba-mar”. Os habitantes a removeram para a matriz, em São José dos Índios, à noite e
São atribuídas aos índios as “Camboas”, curral
às ocultas. No dia seguinte, o santo não se encontrava
feito de pedras com mais ou menos 2 metros e meio
lá, havia voltado para “sua” ermida. Novamente os mo-
de altura em semicírculo com abertura para a praia,
radores levaram a imagem do santo e deu-se da parte
nas quais os peixes ficavam presos e eram despescados
dele o mesmo procedimento. Então aí a deixaram, por-
quando a maré secava. Havia Camboas desde a Praia
que era o seu desejo.
de Panaquatira até em frente ao antigo “Bosque”, em frente à Igreja; numa delas, no promontório, foi colo-
O santo usa botas como os navegadores portugue-
cada a imagem de São José.
ses, possui formas rústicas e desproporcionais entre as partes do corpo, suas vestes são pintadas em dourado
Em 11 de março de 1913 o Lugar São José foi ele-
atualmente, mas no original não era assim. As imagens
vado à categoria de Vila e Município ao mesmo tempo,
de Nossa Senhora e do Menino Jesus, que está junto
porém o Decreto Lei nº 47 de 27 de fevereiro de 1931,
com ele sobre uma mesma peça de madeira, têm esti-
extinguiu o município conservando a categoria de
los diferentes, o que demonstra parecer esculpidas por
“Vila de São José”. Em 06 de dezembro de 1938 pelo
diferentes artistas. A do Menino Jesus se assemelha à
Decreto Lei Estadual nº 159, a Vila São José passou
de N. Senhora, com as partes do corpo proporcionais e
para o distrito de São Luís.
acabamento mais cuidadoso; presença de brincos nas
Em 30 de dezembro de 1943, o Decreto Lei Esta-
orelhas, faces coloridas, diadema na cabeça e terço nas
dual criou o Município de Ribamar.
mãos. Não é conhecida a época em que a imagem teria
Na interventoria do Dr. Paulo Ramos foi restituída
chegado, bem como as imagens de Nossa Senhora e do
à categoria de “Município” a São José, sendo novamen-
Menino Jesus ter-se-iam se juntado à de São José; exis-
te anexado a São Luís por força da Constituição de
te uma lenda em que ambas teriam chegado juntas.
1946. Com a Lei nº 269 de 31 de dezembro de 1948,
A Festa a São José de Ribamar acontece todos os
que estabeleceu a divisão administrativa do Estado, vi-
anos no mês de setembro e reúne milhares de fiéis du-
gorando de 1949 a 1953, Ribamar voltou a integrar a
rante a lua cheia. Dura cerca de 10 dias.
municipalidade de São Luís. Em 26 de janeiro de 1949, pela Lei Estadual nº
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em 1965, tendo suas peças e imagens ficadas sob a
9.4.1 Igreja
guarda de algumas famílias da cidade. Do original restou apenas a tampa do oratório; a imagem de São José foi então colocada em um nicho na parede. Em 1994, os padres, atendendo a pedidos da população, resolveram reconstruir o altar e pediram às famílias a devolução das peças que estivessem em seu poder. Só apareceram duas colunas e o “Olho da Trindade”. Então, a partir de uma antiga fotografia do altar original, Antônio Miranda fez uma maquete que serviu como orientação para construir o outro altar. O santuário teve sua reforma finalizada em 2001. Foi incluída na reforma a colocação de vitrais na Basílica , construídos pela GEUKA, empresa dos herdeiros e
Em 1870 a capela de São José era Capela da Igreja
descendentes dos artistas que fizeram os vitrais da Ca-
de São José do Lugar dos Índios, que ficava localizada
tedral de Colônia na Alemanha, que trabalham com
“na parte oriental da dita freguesia”, segundo César
vitrais há quatro gerações.
Marques (Dicionário Histórico e Geográfico do Mara-
A cidade possui belas praias. São elas: Panaquati-
nhão).
ra, Caúra, Ponta-Verde, Boa Viagem, Vieira, Praia de
A primeira capela era de palha e o navegador por-
Banho e do Barbosa. Possui ainda “o bosque”, locali-
tuguês construiu outra melhor. As duas primeiras igre-
zada de frente para a Praia de Banho, que é a mais
jas foram construídas com a frente para a entrada da
freqüentada, onde fica a Gruta de Nossa Senhora de
cidade e os fundos para o mar, ambas desabaram; a
Lourdes, com sua descida de água considerada ben-
atual igreja é a terceira edificada no mesmo lugar.
ta, que os frequentadores levam para casa; lá também existe o “Calvário”, no qual está exposto o corpo do
Em 1900 o arraial possuía 29 casas de telhas e
Senhor Morto.
muitas de palha; a igreja já tinha um bom material em adornos de ouro e prata, ricas alfaias, móveis e vasos,
A Gruta de Lourdes foi construída e inaugurada
oferecidos pelos fiéis que vinham em devota romaria,
pela paróquia em fins de 1957, na praça São José, onde
porém, quando o Vigário Geral José Constantino Go-
foi antigamente o lugar chamado “Bosque”. É uma
mes de Castro determinou o inventário dos objetos de
imitação da gruta existente na França. Na gruta de
uso da Igreja, foi constatado pelo Rev. Pe. José João
Lourdes de Ribamar também jorrava água, mediante
Beckman e Caldas que tudo havia desaparecido por
dispositivo de construção; possuía altar onde o pároco
ocasião da Revolta da Balaiada em 1839. O Vigário-
de vez em quando celebrava Missa. A Gruta também
-Capitular João Tolentino Guedelha Mourão designou
serve de altar de fé, onde as pessoas rezam e acendem
uma comissão para dirigir os bens da Igreja, composta
velas em busca de dias melhores.
pelos senhores Pe. Gervásio Antônio Nogueira, o Ar-
Na Praia de Banho, são famosos o “Poço da Saú-
cediago Manoel Tavares da Silva e o Capitão Antônio
de” e as “Poçinhas”, cujas águas, segundo os moradores
Joaquim Lima Júnior.
da cidade, possuem qualidades curativas.
Em 18 de março de 1900, chegaram à cidade duas
A Avenida Gonçalves Dias é a via principal e a
carroças puxadas a bois trazendo mercadorias e junto
mais conhecida, chamada também de “Rua Grande”.
com elas um grande sino.
Começa na Praça Capitão João Pedro, mais conhecida
O altar-mor foi construído em 1921 e destruído
como “Cruzeiro” (pela existência de uma grande cruz
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
lá) e termina na Praça São José, em frente à Igreja. Na esplanada em frente da Igreja, estão 8 conjuntos de estátuas esculpidas pelo artista goiano Sinval Floriano Veloso, baseados em passagens bíblicas que dão destaque para a trajetória de São José na terra: a) Um anjo apareceu a São José em sonho e lhe disse que aceitasse Maria como esposa (Mateus 1, 2123); b) O noivado de José e Maria (Lucas 1, 21-27); c) Os Reis Magos entregam presentes a Jesus (Mateus 2, 1-12); d) José e Maria levam Jesus para ser apresentado no templo. José leva em suas mãos dois pombos para serem sacrificados conforme costume (Lucas 2, 21-35); e) José, o Menino Jesus e Maria fogem para o Egito (Mateus 2, 13-23);
Azevedo, o qual escreveu “Os Milagres de São José de Ribamar”. Faleceu no dia 24 de Maio de 1900, sendo
f) A morte de José nos braços de Jesus e Maria;
sepultado no dia seguinte.
g) Perda e reencontro de Jesus entre os doutores
Algumas sepulturas possuem painéis devocionais,
(Lucas 2, 41-52). José e Maria retornam a Jerusalém e
tipo Registo, feitos em azulejos industriais na técnica
levam o menino Jesus de volta;
da pintura de mufla, que ornam lápides. Como as se-
h) São José assiste o nascimento de Jesus (Lucas
pulturas são muito próximas umas das outras, alguns
2, 1-20);
deles foram até prejudicados por isso, deixando que outra sepultura se encostasse ao painel, o que lhe tornou impossível a visão total; foi o caso de um painel
9.4.2 Cemitério
onde só se consegue ver a parte superior do corpo de Cristo com braços abertos para o alto.
Em 15 de Maio de 1997, durante escavações para canalização de rede de esgoto, foram descobertas ossa-
Foi encontrado lá um total de seis painéis: um po-
das humanas, remanescentes de antigo cemitério exis-
licromico onde vemos um anjo com vestes azul claro
tente ali entre 1854 / 1889.
sobre fundo amarelo emoldurado por cercadura serigrafada em azul, carregando uma faixa com frases sem
O Cemitério atual, localizado na Av. Gonçalves
identificação do autor; no segundo vemos o Sagrado
Dias, esquina com a Rua Antenor Melo, foi fundado
Coração de Jesus em pintura policroma, também um
no início de 1900, todo na grama, não havendo edifi-
trabalho em pintura de mufla; o terceiro, muito pare-
cações do tipo gaveta. Foi dividido em duas seções: a
cido com o primeiro (o Anjo), tem a figura de São José
primeira vai da Capela, que fica no meio do terreno,
com o Menino Jesus no braço. No quarto painel vemos
até o fundo; a segunda seção faz o caminho inverso,
a Sagrada Família, em pintura de mufla, policroma,
indo da Capela ao portão de entrada.
também sem identificação do autor; o quinto painel
A primeira pessoa a ser sepultada foi Américo
mostra Nossa Senhora com o Menino Jesus alimen-
Garibaldi de Azevedo, na 1ª seção; era poeta, jorna-
tando pombos novamente pintura em porcelana e sem
lista e teatrólogo, irmão dos escritores Artur e Aluízio
qualquer identificação do autor.
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
9.4.3 Revestimento Não foram encontradas casas com revestimentos de azulejos antigos na fachada (Séc. XIX ou do início do Séc. XX). Os únicos azulejos de fachada encontrados estavam como Adornos Isolados somente em duas casas. Foram encontrados ao todo 21 Registos Devocionais, entre os do Cemitério e os espalhados pela cidade: (Av. Gonçalves Dias, Praça São José, Rua Amadeu Freitas, Rua de Santana, Rua Menino Deus, Rua Modesto de Sousa e Rua Zeca Lima. A Av. Gonçalves Dias e a Rua Menino Deus são as que têm mais). PE.01 – Azulejo português da segunda metade do século XIX, possivelmente da Fábrica Viúva Lamego
PE-86
em Lisboa, Portugal, é conhecido como padrão “ferradura”, possui decoração estampilhada e padrão 2 x 2, medindo 13,5 x 13,5 cm; está localizado em residência à Rua Avenida nº 770.
Rua Avenida, 748
PE.86 – Azulejo português do século XIX, padrão 2 x 2, decoração monocrômica estampilhada, possui dimensões iguais a 13,5 x 13,5 cm. Localiza-se na Rua Avenida nº 748.
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
10
PEÇAS ORNAMENTAIS
Margareth Gomes de Figueiredo Valflor da Conceição Louzeiro Oliveira
A
Arquitetura tradicional portuguesa construída em São Luís entre meados do século XVIII e XIX, apresenta técnica cons-
trutiva e característica arquitetônica semelhante àquelas edificadas no litoral brasileiro no período colonial. São construções sólidas de pedra e cal, alinhadas nos limites frontais e laterais do lote urbano, de feições singelas, desprovidas de elementos arquitetônicos decorativos. São sobrados, solares e moradas térreas, cuja beleza e harmonia das fachadas são conseguidas pelo equilíbrio dos cheios e envasaduras, ombreiras com molduras em argamassa ou em pedra de lioz, esquadrias em madeira e vidro e largos beirais arrematados por cimalhas. Um grande número de edificações apresenta fachada revestida em azulejo do século XIX.
Rua do Sol, 33
No século XIX, por influência da Missão France-
No sentido de promover o aformoseamento e re-
sa, trazida ao Brasil por D. João VI, o estilo Neoclássico
gularidade das fachadas, os administradores munici-
passou a dominar as formas arquitetônicas, em substi-
pais do século XIX, através dos Códigos de Posturas
tuição aos elementos do barroco. Em São Luís poucos
de 1866 e 1893, determinaram o uso de platibanda nas
são os exemplares desse estilo.
fachadas frontais das edificações de São Luís, quando
No final do século XIX e inícios do XX a arqui-
proibiram o lançamento de águas pluviais sobre as cal-
tetura brasileira passa por novas influências de estilo;
çadas. O Código de 1893, no seu Art. 215 determinava:
dessa vez o ecletismo, em voga na Europa, dominou
“São prohibidas as calhas ou goteiras para o despejo
as novas construções. Algumas edificações do centro
das águas pluviaes dos telhados, que devera ser feito
antigo sofrem transformações na implantação no lote
pelo interior das paredes por meio de canos de louça
urbano apresentando recuos frontais e/ou laterais,
ou metal”.
platibandas e adornos. Em São Luís algumas dessas
Assim, a feição das construções em novas áreas
edificações são consideradas ecléticas apenas pela or-
da cidade já não apresentava o arremate do telhado
namentação de sua fachada, pois apresentam simetria
em beira e bica e beira-seveira, tão tradicional da ar-
na distribuição dos vãos de portas e janelas e o mesmo
quitetura colonial, surgindo em seu lugar platibandas
partido em planta da arquitetura do período colonial.
ornamentadas com balaustres, florões, esculturas, pi-
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nhas e pináculos. Parte desses ornamentos eram peças de faiança, confeccionadas com acabamento em vidrado branco e decorado. Além das platibandas as edificações do período eclético apresentavam recuos frontais e/ou laterais formando aéreas ajardinadas que geralmente eram ornamentadas com esculturas, que representavam as quatro estações do ano, além de figuras femininas simbolizando deusas e virtudes como a paz e a amizade. Registra-se também, em São Luís, na Rua de Nazaré n°. 377, esquina com a Rua do Egito, uma edificação com beiral em telha cerâmica, com acabamento em faiança decorada em azul e branco.
-se em péssimo estado de conservação, quebrados os membros, a cabeça, além de outras partes. As pinhas são peças ornamentais, imitando o fruto do pinheiro. Em São Luís as pinhas são encontradas na ornamentação exterior de residências do final do século XIX e início do século XX, em varandas, jardins, muros, platibandas e portões. Também encontramos estas peças expostas no Museu de Artes Visuais, Museu Histórico e Artístico do Maranhão e Sítio Piranhenga.
Peça ornamental - Hospital Português
Apresentam ligeiramente o mesmo formato, variando o tamanho e a técnica de decoração. Encontra-
As estátuas são elementos ornamentais de enor-
mos diferentes tipos de pinha, todas tendo como fun-
me beleza, a grande maioria encontrada pela nossa
do o esmalte branco e com técnicas variadas, como:
equipe foi de figuras do sexo feminino. De modelação
branco com relevo em folhas e flores formando guir-
delicada, vidrada a branco monocrômico, sem nenhu-
landas e com efeito marmoreado; branca com dese-
ma decoração, geralmente de origem portuguesa, da
nhos estampilhados no seu bojo e com relevo na parte
cidade do Porto, como as da Fábrica Santo Antônio e
inferior da base; branca com desenhos fitomórficos no
algumas possivelmente da Fábrica Miragaia (Fundada
meio do bojo, pintados na trincha na técnica majólica
em 1775).
e com relevos e incisões na base; branca com peque-
Nessa fábrica, durante o século XIX, foram produ-
nos gomos como se fosse a própria fruta com folhas na
zidos bustos de figuras alegóricas e estátuas represen-
parte inferior da peça; branca com um cone na parte
tando os continentes e as estações do ano. Dos exem-
superior, decorada na técnica da estampilha e majó-
plares mais significativos de estátuas encontradas, des-
lica com relevos em grega no bojo da peça. Podemos
tacam-se: “Amizade”, Diana – Deusa da Caça”, “A Paz”,
afirmar que a grande maioria destas peças é de origem
“Verão” e “Primavera”. As estátuas estão localizadas nas
portuguesa, pois habitualmente encontramos na base
platibandas, em cima dos muros, em nichos, terraços
delas a inscrição: “Fábrica de Santo Antônio-Porto”.
e jardins internos das residências.Algumas encontram-
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
11
CEMITÉRIO DO GAVIÃO Valflor da Conceição Louzeiro Oliveira
O
primeiro cemitério da cidade de São Luís ficava situado atrás da Igreja da Misericórdia, no antigo Terreiro do Paço, atual
Praça Pedro II, localizado no trecho hoje ocupado por uma agência bancária, em frente ao Palácio dos Leões. O cemitério foi construído nos moldes europeus de sepultamento, fundado pela Irmandade da Misericórdia, atual Santa Casa de Misericórdia, em 1623. Era responsável pelo sepultamento dos negros escravos, miseráveis e condenados à morte. Já os sepultamentos dos comerciantes e de pessoas ligadas ao poder administrativo ocorriam dentro das igrejas ou, no máximo,
prio, financiado pela Coroa Britânica, para abrigar os
nas suas proximidades.
ingleses não-católicos, que cada vez mais participavam
Em 1801, por determinação da Câmara Municipal
da vida comercial da cidade. Esse cemitério funcionou
de São Luís, foi aberto o segundo cemitério no Can-
até o inicio do séc. XX na Rua de São Pantaleão.
to da Viração, que foi repassado pela Câmara para a
No ano de 1841, foi iniciada a construção de mais
administração da Irmandade, devendo nele ser enter-
um cemitério da Irmandade do Senhor do Bom Jesus
rados os escravos, pobres ou falecidos no Hospital da
dos Passos, recebendo sepultamento somente no ano
Misericórdia.
de 1849. Esse foi denominado de Cemitério da Santa
Com o esgotamento dos Cemitérios Municipal
Cruz dos Passos de Nosso Senhor Jesus Cristo, locali-
e Cemitério Velho da Misericórdia, a Câmara de São
zado na Quinta do Machadinho, ao pé do Alto da Car-
Luís doou um terreno e autorizou a instalação de um
neira (hoje Praça Catulo da Paixão Cearense, na Vila
novo Cemitério da Misericórdia, atrás da Igreja de São
Passos).
Pantaleão, benzido em 1805. Em 1815 o terreno do
No ano de 1855, o Cemitério de São Pantaleão
Cemitério Velho da Misericórdia foi vendido a particu-
foi desativado por estar sobrecarregado, não podendo
lares, a fim de serem obtidos recursos para o término
suportar a epidemia de varíola que assolava a popula-
da construção da Igreja do Novo Cemitério. O Cemité-
ção à época. Nesse mesmo ano um novo cemitério foi
rio de São Pantaleão ficou conhecido como Cemitério
aberto para abrigar esses mortos, pela mesma Irman-
Novo da Misericórdia, ocupando o terreno onde hoje
dade da Misericórdia.
está instalado o Hospital Djalma Marques (Socorrão).
O Cemitério do Gavião foi fundado na segunda
Em agosto de 1817, foi instalado um cemitério pró-
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
metade do século XIX, e está situado no final da Rua
01 Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, todos em bom
do Passeio, em frente à Praça da Saudade. Comple-
estado de preservação, sendo confeccionados na téc-
tamente fechado por muros, com portão de ferro na
nica de pintura em porcelana e alguns com cercadura
entrada principal, com capela para velar os corpos e
em serigrafia. Esses registros devocionais estão loca-
ossuário lateral.
lizados nas sepulturas da parte antiga do cemitério, onde existem túmulos suntuosos com esculturas de
Antes de ser vendido, o terreno era uma bonita
imagens religiosas e adereços funerários.
chácara com casa de vivenda, a qual foi vendida por 6:400 $ réis, para a Irmandade da Misericórdia, por Ja-
Por estar sobrecarregado esse campo santo foi
nuário Martins Pereira, no ano de 1855. O cemitério
ampliado, ficando o muro dividindo a parte antiga da
começou a funcionar em 6 de dezembro do mesmo
nova. Na parte nova do cemitério não existem regis-
ano. “A estatística demonstra que entre 6 de dezembro
tros devocionais. Nessa parte, as sepulturas são simples
de 1855 a 31 de dezembro de 1859, foram enterrados
e sem ornamentos, algumas revestidas de azulejos de
16.358 mortos entre homens e mulheres, livres e es-
padrão recente outras simplesmente rebocadas e pin-
cravos”, segundo César Marques em seu Dicionário
tadas, algumas somente com a cruz colocada no chão.
Histórico-Geográfico da Província do Maranhão. O novo Cemitério de São José da Misericórdia, localizado no final da Rua do Passeio, na Quinta do Gavião, ganhou uma pequena Capela na Gestão do Procurador Geral da Irmandade, João Joaquim Lopes de Sousa. A capela, sob a proteção de São José, foi reedificada nos anos de 1869 a 1873 pelo mordomo da Irmandade da Misericórdia, Adriano Duarte Godinho. O Cemitério do Gavião, inicialmente sob responsabilidade da Misericórdia, depois passou obrigatoriamente para a administração municipal Na pesquisa efetuada no Cemitério do Gavião, encontramos apenas 1 túmulo com azulejos antigos, logo na entrada, na rua principal. Túmulo com 45 azulejos de padrão PE 13, sendo 2 painéis de azulejos: um painel com 25 azulejos e outro com 20, contornado por cercadura CE 06. Os azulejos encontrados são portugueses de padrão 2 x 2, nas cores azul e branco, com 02 centros de rotação com desenhos de motivos fitomórficos nas extremidades e cercadura em negativo.O túmulo está em péssimo estado de conservação, com vegetação entre as juntas dos azulejos, com perda de
São José
vidrado, muitas fraturas, perda parcial de chacota e bastante sujidade. Encontramos em túmulos diversos 9 registros devocionais dos seguintes santos: 01 São Benedito, 01 Nossa Senhora de Nazaré, 02 de São José, 02 Nossa Senhora da Conceição, 01 Nossa Senhora das Graças,
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
Inventário dos Azulejos da Ilha de São Luís - 2005 -
Planilha dos azulejos inventariados
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PADRÃO
DECALCOMANIA
PD 23
TÉCNICA
2
CÓDIGO
CORDA SECA
PCS 01
DECALCOMANIA
AZULEJO
TÉCNICA
CÓDIGO
PD 22
PADRÃO
AZULEJO
1
ITEM
AZULEJO DECALCOMANIA
1
ITEM
AZULEJO CORDA SECA
15 X 15
14,5 X 14,5
DIMENSÃO (CM)
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
ALEMANHA
PROCEDÊNCIA
ESPANHA
PROCEDÊNCIA
MUSEU HISTÓRICO E ARTISTICO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
EM EXPOSIÇÃO
ENDEREÇO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
MONTRA
LOCAL DE APLICAÇÃO
PCS: PADRÃO CORDA SECA • PD: PADRÃO DECALCOMANIA • PDR: PADRÃO DECALCOMANIA E RELEVO • PE: PADRÃO ESTAMPILHA • PL: PADRÃO LISO • PMJ: PADRÃO MAJÓLICA • PM: PADRÃO MARMOREADO • PR: PADRÃO RELEVO • CE: CERCADURA ESTAMPILHA • CE-PC: CERCADURA ESTAMPILHA PEÇA DE CANTO • CMJ: CERCADURA MAJÓLICA • CMJ-PC: CERCADURA MAJÓLICA PEÇA DE CANTO • CR: CERCADURA RELEVO • FD: FRISO DECALCOMANIA • FR: FRISO RELEVO
1.1 Unidades de Padrões Identificados no Inventário dos Azulejos da Ilha de São Luís
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PADRÃO
PE 77
PE 78
3
CÓDIGO
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
271
10,7 X 10,7
10,7 X 10,7
10,7 X 10,7
DIMENSÃO (CM)
14,6 X 14,6
DECALCOMANIA E RELEVO
PDR 01
2
AZULEJO
DIMENSÃO (CM)
TÉCNICA
CÓDIGO
PE 76
PADRÃO
AZULEJO
1
ITEM
AZULEJO ESTAMPILHA
1
ITEM
AZULEJO DECALCOMANIA E RELEVO
FRANÇA
FRANÇA
FRANÇA
PROCEDÊNCIA
ALEMANHA
PROCEDÊNCIA
RUA DO SOL, 218, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO E RESERVA TÉCNICA FACHADA (3 UNIDADES NA FACHADA)
MUSEU DE ARTES VISUAIS
MUSEU DE ARTES VISUAIS
ENDEREÇO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
ENDEREÇO
EXPOSIÇÃO
EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
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ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 80
PE 81
PE 82
PE 83
6
7
8
TÉCNICA
5
CÓDIGO
ESTAMPILHA
AZULEJO
PE 79
PADRÃO
4
ITEM
14 X 14
10,5 X 10,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
10,7 X 10,7
DIMENSÃO (CM)
272
PORTUGAL
FRANÇA
PORTUGAL
FRANÇA
FRANÇA
PROCEDÊNCIA
SILHAR
EXPOSIÇÃO
EXPOSIÇÃO
PEITORIL DA VARANDA
FACHADA RECUADA DA CAPELA
MURETA DO JARDIM
EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
PRAÇA DEODORO, 42, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
MUSEU DE ARTES VISUAIS
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
ENDEREÇO
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PE 85
PE 86
PE 87
PE 88
11
12
13
CÓDIGO
10
AZULEJO
PE 84
PADRÃO
9
ITEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
273
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
14 X 14
13,5 X 13,5
14 X 14
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
RUA DA PAZ, 436, CENTRO RUA GRANDE, 732, CENTRO
ADORNO BANCO NO INTERIOR DO PRÉDIO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RUA CONDE D'EU
RESERVA TÉCNICA
MESA DE CENTRO
SÍTIO PIRANHENGA
RUA RIO BRANCO, 66, CENTRO
FACHADA LATERAL
FACHADA LATERAL DO ANEXO DA CAPELA BANCO DA ESCADA PEITORIL DA VARANDA COLUNA EM FRENTE À CAPELA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
SÃO JOSÉ DE RIBAMAR
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA E EXPOSIÇÃO
ADORNO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
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ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 91
PE 92
PE 93
PE 94
16
17
18
19
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
PE 90
CÓDIGO
15
AZULEJO
PE 89
PADRÃO
14
ITEM
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
15 X 15
15,2 X 15,2
DIMENSÃO (CM)
274
-
-
PORTUGAL
PORTUGAL
-
-
PROCEDÊNCIA
RUA STO ANTÔNIO, 289, CENTRO
CAMINHO DA BOIADA, 260, CENTRO
RUA RIO BRANCO, 248, CENTRO
ADORNO NA FACHADA
UNIDADES NA FACHADA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO ADORNOS NA FACHADA
RUA DO SOL, N° 230, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
SILHAR
RUA AFONSO PENA, N° 213, CENTRO
ENDEREÇO
INTERIOR
LOCAL DE APLICAÇÃO
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PL 10
PL 11
3
CÓDIGO
2
AZULEJO
PL 09
PADRÃO
1
ITEM
AZULEJO LISO
275
23 X 23
LISO SEM DECORAÇÃO (VERMELHO)
15,3 X 10
23 X 23
LISO SEM DECORAÇÃO (AMARELO)
SEM DECORAÇÃO
DIMENSÃO (CM)
TÉCNICA
-
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
BARRA
SILHAR DA ESCADA
SILHAR DO HALL
SILHAR DA ESCADA
SILHAR DO HALL
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA DO SOL, 660, CENTRO
RUA DE SANTANA, 184, CENTRO
RUA DE SANTANA, 184, CENTRO
ENDEREÇO
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PMJ 04
PMJ 05
PMJ 06
PMJ 07
3
4
5
CÓDIGO
2
AZULEJO
PMJ 03
PADRÃO
1
ITEM
AZULEJO MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
TÉCNICA
14 X 14
14 X 14
14 X 14
14 X 14
14 X 14
DIMENSÃO (CM)
276
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
ENCONTRADA NO CAIXOTE E NO HALL
SILHAR DA VARANDA
BECO DA ALFÂNDEGA, 180A, CENTRO
RUA DA SAÚDE, 94, CENTRO
RUA DA SAÚDE, 94, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO E RESERVA
SILHAR
RUA CONDE D'EU
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
REVESTIMENTO DE CIMA DO MURO
SILHAR
BECO DA ALFANDEGA, 180 A, CENTRO
RUA DA SAÚDE, 94, CENTRO
SILHAR
BARRA DA ESCADA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RUA DA SAÚDE, 94, CENTRO
SILHAR
RESERVA TÉCNICA
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
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PMJ 10
PMJ 11
PMJ 12
8
9
10
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
PMJ 09
TÉCNICA
7
CÓDIGO
MAJÓLICA
AZULEJO
PMJ 08
PADRÃO
6
ITEM
277
14 X 14
13,5 X 13,5
14 X 13,8
14 X 13,8
14,2 X 14,2
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
IGREJA DA SÉ
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA E EXPOSIÇÃO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO
SILHAR
RUA DO SOL, N° 175, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
ADORNO
RUA DO SOL, N° 175, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EM EXPOSIÇÃO
ADORNO
RUA DA SAÚDE, 94, CENTRO
ENDEREÇO
SILHAR
LOCAL DE APLICAÇÃO
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PMJ 15
PMJ 16
PMJ 17
13
14
15
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
PMJ 14
TÉCNICA
12
CÓDIGO
MAJÓLICA
AZULEJO
PMJ 13
PADRÃO
11
ITEM
13 X 13
14 X 14
14 X 14
14 X 14
14 X 14
DIMENSÃO (CM)
278
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
REVESTIMENTO DE CIMA DO MURO
IGREJA DE SANTANA
SÍTIO PIRANHENGA
SILHAR FACHADA LATERAL DO ANEXO DA CAPELA SILHAR DE DENTRO DA CAPELA COLUNA EM FRENTE À CAPELA PEITORIL DA VARANDA
BECO DA ALFANDEGA, 180A, CENTRO
SÍTIO TAMANCÃO
PAREDE INTEIRA
SILHAR DA VARANDA
RUA CONDE D'EU
SILHAR
IGREJA DE SANTANA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO
SILHAR
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 279
11/08/2012 14:18:10
PMJ 19
PMJ 20
PMJ 21
PMJ 22
PMJ 23
18
19
20
21
CÓDIGO
17
AZULEJO
PMJ 18
PADRÃO
16
ITEM
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
TÉCNICA
279
14 X 14
13,8 X 14
13,8 X 14
14 X 14
14 X 14
14 X 14
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
SILHAR
SILHAR
EXPOSIÇÃO
RUA CONDE D'EU
IGREJA DE SANTANA.
MUSEU DE ARTES VISUAIS
IGREJA DE SANTANA
RUA DA PALMA, 323, CENTRO
ADORNO
SILHAR
RUA DA SAÚDE, 94, CENTRO
SILHAR
MUSEU DE ARTES VISUAIS
BECO DA ALFÂNDEGA, 180A, CENTRO
BARRA DA ESCADARIA
EXPOSIÇÃO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 280
11/08/2012 14:18:12
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
PMJ 25
PMJ 26
PMJ 27
24
25
TÉCNICA
23
CÓDIGO
MAJÓLICA
AZULEJO
PMJ 24
PADRÃO
22
ITEM
14 X 14
13,2X 13,2
13 X 14
13,7 X 14
DIMENSÃO (CM)
280
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
IGREJA DE SANTA TEREZA
SILHAR DA CAPELA
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
REVESTIMENTO DE CIMA DO MURO
RUA DA PALMA, 360, CENTRO
RUA DA SAÚDE, 94, CENTRO
SILHAR
SILHAR DA SALA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO
REVESTIMENTO DE CIMA DO RUA PORTUGAL, 165, CENTRO MURO
RUA DA SAÚDE, 94, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO SILHAR
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 281
11/08/2012 14:18:14
PM 04
PM 05
3
CÓDIGO
2
AZULEJO
PM 03
PADRÃO
1
ITEM
AZULEJO MARMOREADO
MARMOREADO
MARMOREADO
MARMOREADO
TÉCNICA
281
14 X 14
14 X 14
13,3 X 13,3
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
RESERVA TÉCNICA
RODAPÉ DO SILHAR
MUSEU DE ARTES VISUAIS
BECO DA ALFÂNDEGA, 180A, CENTRO
IGREJA DO ROSÁRIO
IGREJA DE SANTANA
IGREJA DA SÉ
CONDE D'EU
SILHAR
IGREJA DE SANTANA
SILHAR
MUSEU DE ARTES VISUAIS
IGREJA DE SANTA TEREZA
RODAPÉ
EXPOSIÇÃO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
ENDEREÇO
EM EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO REVESTIMENTO DE CIMA DO MURO
Inventário dos Azulejos.indd 282
11/08/2012 14:18:16
PR 12
PR 13
2
3 RELEVO
RELEVO
RELEVO
PR 11
1
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
AZULEJO RELEVO
14,5 X 14,5
14,5 X 14,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
282
PORTUGAL
-
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
FACHADA
FACHADA
RESERVA TÉCNICA E EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA DOS AFONSO PENA, 28, CENTRO
RUA DOS AFOGADOS, 732, CENTRO
RUA DA PAZ, 133, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 283
11/08/2012 14:18:18
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
CE 15
CE 16
CE 17
CE 17 PC
2
3
4
5
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
CE 14
1
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
CERCADURA ESTAMPILHA
283
14 X 14
14 X 14
14,2 X 14,2
14 X 14
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA E EXPOSIÇÃO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA E EXPOSIÇÃO
EXPOSIÇÃO
MUSEU HISTÓRICO E ARTISTICO
PRAÇA DEODORO, 42, CENTRO
ENDEREÇO
EXPOSIÇÃO
SILHAR
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 284
11/08/2012 14:18:20
CE 18 PC
CE 19
7
8 ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
CE 18
6
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
284
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
PEITORIL DA VARANDA MURETA DO JARDIM BANCO DA ESCADA COLUNA EM FRENTE À CAPELA PEITORIL DA VARANDA
MURETA BANCO DA ESCADA FACHADA DO ANEXO DA CAPELA PEITORIL DA VARANDA COLUNA EM FRENTE À CAPELA EXPOSIÇÃO FACHADA DO ANEXO DA CAPELA MURETA DO JARDIM
LOCAL DE APLICAÇÃO
SÍTIO PIRANHENGA
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
SÍTIO PIRANHENGA
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 285
11/08/2012 14:18:21
14 X 14
14 X 14
14 X 14
MAJÓLICA E MARMOREADO
MAJÓLICA E MARMOREADO
MAJÓLICA E MARMOREADO
CMJ 04
CMJ 04 PC
CMJ 05
3
4
5
285
14 X 14
MAJÓLICA E MARMOREADO
14 X 14
CMJ 03 PC
DIMENSÃO (CM)
TÉCNICA
2
CÓDIGO
MAJÓLICA E MARMOREADO
AZULEJO
CMJ 03
PADRÃO
1
ITEM
CERCADURA MAJÓLICA
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
BECO DA ALFÂNDEGA, 180A, CENTRO CAIXOTE
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
REVESTIMENTO DE CIMA DO MURO EXPOSIÇÃO
BECO DA ALFÂNDEGA, 180A, CENTRO
RUA CONDE D'EU
CAIXOTE
SILHAR E JARDINEIRA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
RUA CONDE D'EU
JARDINEIRA E PAINEIS
REVESTIMENTO EM CIMA DO MURO RESERVA TÉCNICA
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA E EXPOSIÇÃO
INTERIOR
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
RUA DE NAZARÉ, 127, CENTRO
RUA DA SAÚDE, 94, CENTRO
ENDEREÇO
EM CIMA DO MURO
SILHAR
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 286
11/08/2012 14:18:23
14 X 14
14 X 14
14 X 14
MARMOREADO E MAJÓLICA
MARMOREADO E MAJÓLICA
MAJÓLICA E MARMOREADO
MAJÓLICA E MARMOREADO
MAJÓLICA
CMJ 06
CMJ 06 PC
CMJ 07
CMJ 07 PC
CMJ 08
7
8
9
10
11
13,5 X 13,5
14 X 14
14 X 14
MAJÓLICA E MARMOREADO
CMJ 05 PC
DIMENSÃO (CM)
6
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
286
PORTUGUAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
EM CIMA DO MURO
IGREJA DA SÉ
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO
SILHAR
IGREJA DE SANTANA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
IGREJA DO ROSÁRIO
RUA DE NAZARÉ, 127, CENTRO
SILHAR
EXPOSIÇÃO
SILHAR
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA
RUA DE SAÚDE, 94, CENTRO
IGREJA DE SANTA TEREZA
IGREJA DE SANTA TEREZA
SILHAR
SILHAR
IGREJA DE SANTANA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO
SILHAR
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 287
11/08/2012 14:18:25
14 X 14
14 X 14
MAJÓLICA E MARMOREADO
MAJÓLICA
ESTAMPILHA
MAJÓLICA E MARMOREADO
CMJ 09
CMJ 09 PC
CMJ 10
CMJ 10 PC
CMJ 11
13
14
15
16
17
287
14 X 14
MAJÓLICA E MARMOREADO
14 X 14
14 X 14
13,5 X 13,5
MAJÓLICA
CMJ 08 PC
DIMENSÃO (CM)
12
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
MURETA DO JARDIM
ADORNO NA VARANDA DA CASA PRINCIPAL
COLUNAS DA CAPELA
PEITORIL DA VARANDA
RESERVA TÉCINCA
EXPOSIÇÃO
SÍTIO PIRANHENGA
SÍTIO PIRANHENGA
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU HISTÓRICO E ARTISTICO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
MUSEU HISTÓRICO E ARTISTICO
EXPOSIÇÃO
RESERVA TÉCNICA
IGREJA DA SÉ
ENDEREÇO
SILHAR
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 288
11/08/2012 14:18:27
CMJ 13
CMJ 14
CMJ 15
CMJ 16
19
20
21
22
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
14 X 14
14 X 14
14 X 13,8
14 X 14
14 X 14
MARMOREADO E MAJÓLICA
CMJ 12
18
MAJÓLICA
DIMENSÃO (CM)
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
288
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
BECO DA ALFÂNDEGA, 180A, CENTRO
BARRA DA ESCADARIA
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
REVESTIMENTO EM CIMA DO MURO
REVESTIMENTO EM CIMA DO MURO
BECO DA ALFÂNDEGA, 180A, CENTRO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EXPOSIÇÃO
CAIXOTE
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
RUA PORTUGAL, 165, CENTRO
RUA SÃO PANTALEÃO, 340, CENTRO
RUA DE SAÚDE, 94, CENTRO
SILHAR DO HALL ADORNO ABAIXO DO BEIRAL REVESTIMENTO DE CIMA DO MURO
MUSEU HISTÓRICO E ARTISTICO
ENDEREÇO
EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 289
11/08/2012 14:18:29
CMJ 18
CMJ 19
25
CÓDIGO
24
AZULEJO
CMJ 17
PADRÃO
23
ITEM
MAJÓLICA
MAJÓLICA
MAJÓLICA
TÉCNICA
289
14 X 14
14 X 14
14 X 14
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
HOLANDA
PROCEDÊNCIA
MURETA DO JARDIM
RESERVA TÉCNICA
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
SÍTIO TAMANCÃO
PAREDE INTEIRA
EXPOSIÇÃO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 290
11/08/2012 14:18:31
PORTUGAL
15,8 X 17
VIDRADO SEM DECORAÇÃO
VIDRADO SEM DECORAÇÃO
RELEVO COM PINTURA MANUAL
CR 03
CR 04
CR 05
3
4
5
14 x 14
-
15 X 15
VIDRADO SEM DECORAÇÃO
CR 02
2
-
-
-
15,8 X 17
VIDRADO SEM DECORAÇÃO
CR 01
PROCEDÊNCIA
1
AZULEJO
DIMENSÃO (CM)
PADRÃO
TÉCNICA
ITEM
CÓDIGO
CERCADURA RELEVO
290
FACHADA
BARRA
BARRA
BARRA
BARRA
LOCAL DE APLICAÇÃO
PRAÇA GONÇALVES DIAS, Nº 314, CENTRO
RUA DO SOL, 660, CENTRO
RUA DO SOL, 660, CENTRO
RUA DO SOL, 660, CENTRO
RUA DO SOL, 660, CENTRO
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 291
11/08/2012 14:18:32
PADRÃO
FR 09
2 RELEVO
RELEVO
FR 08
DECALCOMANIA
TÉCNICA
1
AZULEJO
FD 10
CÓDIGO
TÉCNICA
PADRÃO
AZULEJO
CÓDIGO
ITEM
FRISO RELEVO
1
ITEM
FRISO DECALCOMANIA
291
2,5 X 10,6
DIMENSÃO (CM)
15,1 X 7,6
DIMENSÃO (CM)
INGLATERRA
-
PROCEDÊNCIA
-
PROCEDÊNCIA
ENDEREÇO
SÍTIO PIRANHENGA
AV. PEDRO II, 221, CENTRO
PEDESTAL DE IMAGEM NO ALTAR DA CAPELA
SILHAR (BANHEIRO)
MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 292
11/08/2012 14:18:34
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
PD 09
PD 11
PD 18
2
3
4
DECALCOMANIA
DECALCOMANIA
PD 08
1
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
AZULEJO DECALCOMANIA
15 X 15
15 X 15
15 X 15
14,5 X 14,5
DIMENSÃO (CM)
-
-
-
ALEMANHA
PROCEDÊNCIA
RUA SÃO PANTALEÃO, 303 (CENTRO)
RUA DO COQUEIRO, 53 (CENTRO)
BATENTES DAS JANELAS
PISO
PRAÇA DEODORO, 106 (CENTRO)
MUSEU DE ARTES VISUAIS
ENDEREÇO
PLATIBANDA
EM EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
PD: PADRÃO DECALCOMANIA • PE: PADRÃO ESTAMPILHA • PL: PADRÃO LISO • PMJ: PADRÃO MAJÓLICA • PM: PADRÃO MARMOREADO • PR: PADRÃO RELEVO • CE: CERCADURA ESTAMPILHA • CMJ: CERCADURA MAJÓLICA • FD: FRISO DECALCOMANIA • FR: FRISO RELEVO
1.2 Unidades de padrões já identificados no Inventário dos Azulejos de São Luís, localizados em novos endereços.
292
Inventário dos Azulejos.indd 293
11/08/2012 14:18:36
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 01
PE 03
PE 05
PE 07
PE 11
1
2
3
4
5
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
AZULEJO ESTAMPILHA
293
13,5 X 13,5
13,2 X 13,2
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
SÍTIO PIRANHENGA
ADORNO
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO
SÍTIO PIRANHENGA
ADORNO
EM EXPOSIÇÃO
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
AV. JOÃO PESSOA, 419 (CUTIM)
RUA AVENIDA, 770 (SÃO JOSÉ DE RIBAMAR)
ADORNO
EM EXPOSIÇÃO
TARJAS
ADORNO
RUA TIRADENTES, S/N (CODOZINHO)
AV. GETÚLIO VARGAS, S/Nº
MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RUA DO SOL, 567 (CENTRO)
PAINEL (JARDIM) EM EXPOSIÇÃO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 294
11/08/2012 14:18:38
ESTAMPILHA
PE 14
PE 16
PE 19
8
9
10
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
PE 13
CÓDIGO
7
AZULEJO
PE 12
PADRÃO
6
ITEM
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
294
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO
EM EXPOSIÇÃO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
AV. GETÚLIO VARGAS, 2640 (MONTE CASTELO) ADORNO
EM EXPOSIÇÃO
SÍTIO PIRANHENGA
ADORNO
ADORNO
SILHAR EM EXPOSIÇÃO
CEMITÉRIO DO GAVIÃO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
ENDEREÇO
RUA LUZIA BRUCE, 74 (FILIPINHO) RUA CATULO DA PAIXÃO CEARENSE, ENTRE 137 E 149 (MONTE CASTELO) RUA VENEZA, 67 (MONTE CASTELO RUA TEÓFILO DIAS, 134 (MONTE CASTELO) RUA RIACHUELO, 300 (JOÃO PAULO) IGREJA DA SÉ MUSEU DE ARTES VISUAIS
SEPULTURA
EM EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 295
11/08/2012 14:18:40
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 27
PE 32
PE 33
13
14
15
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 24
TÉCNICA
12
CÓDIGO
ESTAMPILHA
AZULEJO
PE 22
PADRÃO
11
ITEM
295
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
AV. JOÃO PESSOA, 351 (JORDOA) MUSEU DE ARTES VISUAIS
EM EXPOSIÇÃO
AV. JOÃO PESSOA, 240 (JOÃO PAULO) RUA ADELSON FERRO, 94/95 (MONTE CASTELO)
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RUA DO SOL, 567 (CENTRO). RUA TEÓFILO DIAS, 212 (MONTE CASTELO) RUA ADELSON FERRO, 94/95 (MONTE CASTELO) SÍTIO PIRANHENGA
LARGO DO CAROÇUDO, 136 (MADRE DEUS)
MESA
ADORNO
SILHAR
ADORNO
EM EXPOSIÇÃO
EM EXPOSIÇÃO
ADORNO
ADORNO
IGREJA DE SANTANA
SILHAR (PEÇA TROCADA)
RUA DO SOL, 567 (CENTRO)
MUSEU DE ARTES VISUAIS
SÍTIO PIRANHENGA
RUA DO SOL, 567 (CENTRO)
ENDEREÇO
EM EXPOSIÇÃO
ADORNO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 296
11/08/2012 14:18:42
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 41
PE 45
PE 46
PE 47
17
18
19
20
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 34
16
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
296
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
ADORNO
EM EXPOSIÇÃO
ADORNO
EM EXPOSIÇÃO
SÍTIO PIRANHENGA
AV. GETÚLIO VARGAS, 35 (MONTE CASTELO)
MUSEU DE ARTES VISUAIS
AV. GETÚLIO VARGAS, 179 (MONTE CASTELO)
MUSEU DE ARTES VISUAIS
SÍTIO TAMANCÃO
SÍTIO PIRANHENGA
PAINEIS (CAPELA)
PÁTIO INTERNO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 297
11/08/2012 14:18:44
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 56
PE 58
PE 60
PE 62
23
24
25
26
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
PE 52
CÓDIGO
22
AZULEJO
PE 48
PADRÃO
21
ITEM
297
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,3 X 13,3
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
EM EXPOSIÇÃO
ADORNO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
SÍTIO PIRANHENGA
ADORNO
EM EXPOSIÇÃO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
SÍTIO PIRANHENGA
ADORNO
EM EXPOSIÇÃO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
TRAVESSA DO PASSEIO, S/N (CODOZINHO)
ENDEREÇO
EM EXPOSIÇÃO
ADORNO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 298
11/08/2012 14:18:46
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 69
PE 71
PE 72
PE 74
29
30
31
32
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 65
TÉCNICA
28
CÓDIGO
ESTAMPILHA
AZULEJO
PE 64
PADRÃO
27
ITEM
13 X 13
15 X 15
15 X 15
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13 X 13
DIMENSÃO (CM)
298
PORTUGAL
-
-
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
RESERVA TÉCNICA
ADORNO
ADORNO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RUA MOURÃO RANGEL, 237 (MONTE CASTELO)
RUA CATULO DA PAIXÃO CEARENSE, 348 (MONTE CASTELO)
RUA DOS CRAVEIROS, 183 (CENTRO)
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
ADORNO
SÍTIO PIRANHENGA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EM EXPOSIÇÃO
ADORNO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 299
11/08/2012 14:18:48
MAJÓLICA
MAJÓLICA
PMJ 01
PMJ 02
2
299
14 X 14
14 X 14
DIMENSÃO (CM)
18 X 11,7
SEM DECORAÇÃO (BRANCO)
1
AZULEJO
15 X 15
SEM DECORAÇÃO (BRANCO)
TÉCNICA
PADRÃO
DIMENSÃO (CM)
TÉCNICA
CÓDIGO
ITEM
AZULEJO MAJÓLICA
PL 08
CÓDIGO
2
AZULEJO
PL 06
PADRÃO
1
ITEM
AZULEJO LISO
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
INGLATERRA
-
PROCEDÊNCIA
SILHAR
EM EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA CONDE D’EU
MUSEU DE ARTES VISUAIS
ENDEREÇO
RUA PAULINO SOUZA, 274 (MONTE CASTELO)
IGREJA DE SÃO JOÃO
SILHAR
FACHADA
RUA PAULINO SOUZA, 274 (MONTE CASTELO)
ENDEREÇO
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 300
11/08/2012 14:18:50
PR 02
2
CÓDIGO
PR 01
PADRÃO
1
ITEM
AZULEJO
DIMENSÃO (CM)
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
RELEVO COM PINTURA MANUAL
RELEVO COM PINTURA MANUAL
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
TÉCNICA
MARMOREADO
PM 02
2
AZULEJO RELEVO
MARMOREADO
PM 01
1
AZULEJO
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
AZULEJO MARMOREADO
300
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
ADORNO
RUA AFONSO PENA, 28 (CENTRO)
FACHADA
SITIO PIRANHEGA
RUA GRAÇA ARANHA, 88 (CENTRO)
SITIO PIRANHENGA
ADORNO
ENDEREÇO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
LOCAL DE APLICAÇÃO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
ENDEREÇO
EM EXPOSIÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 301
11/08/2012 14:18:52
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
CE 02
CE 03
CE 05
CE 06
2
3
4
5
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
CE 01
1
CERCADURA
TÉCNICA
PADRÃO
CÓDIGO
ITEM
CERCADURA ESTAMPILHA
301
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
SÍTIO PIRANHENGA
ADORNO EM EXPOSIÇÃO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
CEMITÉRIO DO GAVIÃO
SEPULTURA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TÉCNICA
EM EXPOSIÇÃO
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 302
11/08/2012 14:18:54
PADRÃO
PADRÃO
ESTAMPILHA
FE 02
TÉCNICA
2
CÓDIGO
DECALCOMANIA
FD 07
ESTAMPILHA
FRISO
TÉCNICA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
CÓDIGO
CE 13
CÓDIGO
FE 01
PADRÃO
FRISO
AZULEJO
1
ITEM
FRISO ESTAMPILHA
1
ITEM
FRISO DECALCOMANIA
6
ITEM
302
13,5 X 6,5
13,5 X 6,5
DIMENSÃO (CM)
15 X 7,5
DIMENSÃO (CM)
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
-
PROCEDÊNCIA
-
PROCEDÊNCIA
RUA DE SANTANA, 184 (CENTRO). SITIO PIRANHENGA MUSEU DE ARTES VISUAIS RUA CONDE D’EU
SILHAR
ADORNO RESERVA TÉCNICA MESA
ENDEREÇO
RUA SÃO PANTALEÃO, 303 (CENTRO)
PISO DE ENTRADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
ENDEREÇO
RUA CONDE D’EU
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
MESA
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 303
11/08/2012 14:18:56
1
ITEM
PADRÃO
FR 03
CÓDIGO
FE 38
7
FRISO
ESTAMPILHA
FE 30
6
FRISO RELEVO
ESTAMPILHA
FE 12
5
14 X 7,5
RELEVO COM PINTURA MANUAL
303
DIMENSÃO (CM)
13,5 X 6,5
13,5 X 6,5
13,5 X 6,5
13,5 X 6,5
13,5 X 6,5
DIMENSÃO (CM)
TÉCNICA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
FE 08
CÓDIGO
4
AZULEJO
FE 05
PADRÃO
3
ITEM
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
MUSEU DE ARTES VISUAIS
EM EXPOSIÇÃO
FACHADA (ANEXO)
LOCAL DE APLICAÇÃO
EM EXPOSIÇÃO
SILHAR
SILHAR
SÍTIO PIRANHENGA
ENDEREÇO
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RUA DO SOL, 230 (CENTRO)
AV. JOÃO PESSOA, 240 (JOÃO PAULO)
RUA ADELSON FERRO, 94 / 95 (MONTE CASTELO)
MUSEU DE ARTES VISUAIS
RESERVA TECNICA
FACHADA
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inventário dos Azulejos.indd 304
11/08/2012 14:18:57
40 x 22 cm
Cerca de 35 cm x 20 cm
Pinha (04 peças)
Pinha (02 peças)
02
03
Dimensão
Local não acessível
Tipo de Peça
Pinha
Foto
01
Nº ORD
1.3 Peças Ornamentais de Cerâmica
Majólica
Majólica
Majólica
Técnica de Decoração
Brasil
Procedência
Portugal
Fortaleza (CE)Brasil
304
Bom
Bom
Bom
Estado Físico
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Muro
Muro
Telhado
Av. Casemiro Júnior, s/nAnil
Av. Gomes de Sousa, 480 Beira Mar
Local de Aplicação
Endereço
Inventário dos Azulejos.indd 305
11/08/2012 14:18:59
Dimensão
Cerca de 32 cm x 20 cm
38 cm x 26 cm
Aproximadam. 44 x 89 cm
Aproximadam. 45 x 22 cm
Pinha (02 peças)
Pinha (02 peças)
Pinha
Pinha
04
05
06
07
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
Majólica
305
Marmoreado
Majólica
Majólica
Técnica de Decoração
Brasil
Portugal
Portugal
Brasil
Procedência
Bom
Regular
Péssimo
Bom
Estado Físico
Rua Barão de Bajé, s/n Apicum
Rua Afonso Pena, 213 Centro
Rua Afonso Pena, 213 Centro
Av. Brito Passos, 119 Olho D’Água
Endereço
Muro
Muro (quintal)
Varanda
Muro
Local de Aplicação
Inventário dos Azulejos.indd 306
11/08/2012 14:19:01
Local não acessível
Local não acessível
Pinha (02 peças)
Pinha (02 peças)
Pinha
Pinha
08
09
10
11 37,5 x 18 cm
50 x 32 cm
Dimensão
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
Majólica
Majólica
Majólica
Majólica e Estampilha
Técnica de Decoração
306
Portugal
Portugal
-
Portugal
Procedência
Bom
Bom
Bom
Regular
Estado Físico
Muro
Jardim
Muro
Rua Domingos Perdigão, 125 - Apicum
Rua Genésio Rego, 185 Monte Castelo
Muro
Local de Aplicação
Rua Celso Magalhães, 23 Sítio Leal
Rua Cond’Eu, 68 Monte Castelo
Endereço
Inventário dos Azulejos.indd 307
11/08/2012 14:19:03
Dimensão
Possivelmente 45 x 26 cm
44 x 26 cm
44 x 26 cm
37 x 18 cm
Pinha (02 peças)
Pinha
Pinha (02 peças)
Pinha (02 peças)
12
13
14
15
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
Majólica
Majólica
Majólica
Marmoreado
Técnica de Decoração
307
Portugal
Brasil
Bom
Bom
Bom
Regular
Fábrica Stº Antônio (Porto) Portugal
Brasil
Estado Físico
Procedência
Rua do Sol, 33 Centro
Na extremidade da Platibanda
Muro
Muro
Rua de São Pantaleão, 31 Centro
Rua de São Pantaleão, 31 Centro
Platibanda
Local de Aplicação
Rua do Passeio, 249 Centro
Endereço
Inventário dos Azulejos.indd 308
11/08/2012 14:19:05
Dimensão
Local não acessível
Cerca de 45 cm de altura
35 cm x 25 cm
Pinha
Pinha (02 peças)
Pinha (02 peças)
Pinha
16
17
18
19
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
Majólica
Portugal
Portugal
Portugal
Vidrada sem decoração
Majólica
Procedência
Técnica de Decoração
308
Regular
Bom
Bom
Regular
Estado Físico
Jardim
Jardim
Sítio Piranhënga Bacanga
Platibanda
Telhado
Local de Aplicação
Praça Gonçalves Dias,351 Centro
Rua do Norte, 94 Centro
Rua do Sol, 413 Centro
Endereço
Inventário dos Azulejos.indd 309
11/08/2012 14:19:07
Pinha
Pinha
21
22
Tipo de Peça
Pinha
Foto
20
Nº ORD
Bom
Bom
Portugal “Fábrica Santo Antônio” (Porto)
Portugal “Fábrica Santo Antônio” (Porto)
Majólica
Majólica
Aroximadam. 40 cm x 22 cm
Aproximadam. 40 cm x 22 cm
309
Regular
Portugal
Majólica e Estampilha
74 cm x 108 cm
Estado Físico
Procedência
Técnica de Decoração
Dimensão
Museu de Artes VisuaisCentro
Museu de Artes Visuais Centro
Sítio Piranhënga Bacanga
Endereço
Montra
Montra
Jardim
Local de Aplicação
Inventário dos Azulejos.indd 310
11/08/2012 14:19:09
Marmoreado
Regular
72 cm x 40 cm
25
Portugal “Fábrica Santo Antônio” (Porto)
Pinha (02 peças)
Bom
40 cm x 22 cm
Pinha
Portugal “Fábrica Santo Antônio” (Porto)
Estampilha Majólica
24
Bom
Marmoreado
Pinha
23
Portugal “Fábrica Santo Antônio” (Porto)
Aproximadam. 45 cm x 28 cm
Estado Físico
Procedência
Técnica de Decoração
Dimensão
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
310
Museu Histórico Centro
Museu de Artes Visuais Centro
Museu de Artes VisuaisCentro
Endereço
Montra
Montra
Montra
Local de Aplicação
Inventário dos Azulejos.indd 311
11/08/2012 14:19:10
Dimensão
Local não acessível
Cerca de 80 cm x 25 cm
Cerca de 80 cm x 25 cm
Estátua femenina
Estátua “Inverno”
Estátua “Primavera”
26
27
28
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
Vidrado sem decoração
Vidrado sem decoração
Vidrado sem decoração
Técnica de Decoração
311
Portugal
Péssimo
Péssimo
Péssimo
Fábrica Santo Antônio (Porto) Portugal
Portugal
Estado Físico
Procedência
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Av. Beira Mar, s/n Centro
Endereço
Jardim
Jardim
Em cima da Platibanda
Local de Aplicação
Inventário dos Azulejos.indd 312
11/08/2012 14:19:12
Dimensão
Cerca de 80 cm x 25 cm
Cerca de 90 cm x 30 cm
Cerca de 80 cm x 25 cm
Estátua “Verão”
Estátua Menino
Estátua “Inverno”
29
30
31
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
Vidrado sem decoração
Vidrado sem decoração
Vidrado sem decoração
Técnica de Decoração
312
Portugal
Portugal
Portugal
Procedência
Regular
Péssimo
Péssimo
Estado Físico
Rua Afonso Pena, 213 Centro
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Endereço
Nicho em cima da janela
Jardim
Jardim
Local de Aplicação
Inventário dos Azulejos.indd 313
11/08/2012 14:19:14
Dimensão
Cerca de 80 cm x 25 cm
Local não acessível
Local não acessível
Estátua Feminina “Primavera”
“Diana deusa da guerra”
Estátua Feminina “Primavera”
32
33
34
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
Vidrada sem decoração
Vidrada sem decoração
Vidrado sem decoração
Técnica de Decoração
313
Bom
Bom
Fábrica Santo Antônio (Porto) Portugal
Bom
Estado Físico
Portugal
Portugal
Procedência
Rua do Passeio Hospital Português
Rua do Passeio Hospital Português
Rua Afonso Pena, 213 Centro
Endereço
Muro
Muro
Nicho em cima da janela
Local de Aplicação
Inventário dos Azulejos.indd 314
11/08/2012 14:19:16
Dimensão
80 cm x 30 cm
+- 70 cm de altura
-
Estátua “Inverno”
Estátua “Diana”
Estátua “Verão”
35
36
37
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
Bom
Portugal “Fábrica Santo Antônio” (Porto)
Portugal
Vidrada sem decoração
Vidrada sem decoração
Regular
Bom
Portugal Fábrica Santo Antônio (Porto)
Vidrada sem decoração
Estado Físico
Procedência
Técnica de Decoração
314
Rua do Sol, 570 Centro
Praça Gonçalves Dias,351 Centro
Rua do Passeio Hospital Português
Endereço
Jardim Interno
Muro
Em cima da Platibanda
Local de Aplicação
Inventário dos Azulejos.indd 315
11/08/2012 14:19:18
Decalque
Majólica
44 cm x 27 cm
Cerca de 50 cm x 25 cm
Bengaleiro
40
315
Portugal
-
-
Vidrada sem decoração
Jarro Invertido
Procedência
Técnica de Decoração
39
Dimensão
-
Tipo de Peça
Estátua
Foto
38
Nº ORD
Regular
Regular
Péssimo
Estado Físico
Jardim
Muro
Rua de São Pantaleão, 31 Centro
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Jardim Interno
Local de Aplicação
Rua do Sol, 570 Centro
Endereço
Inventário dos Azulejos.indd 316
11/08/2012 14:19:19
Bengaleiro
Jarro
Leão
42
43
44
Tipo de Peça
Bengaleiro
Foto
41
Nº ORD
Técnica de Decoração
Majólica
Majólica
Majólica
Vidrada sem decoração
Dimensão
Cerca de 50 cm x 25 cm
Cerca de 50 cm x 25 cm
Cerca de 40 cm x 25 cm
Cerca de 55 x 40 x 30 cm
316
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Procedência
Regular
Péssimo
Regular
Regular
Estado Físico
Jardim
Jardim
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Jardim
Jardim
Local de Aplicação
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Endereço
Inventário dos Azulejos.indd 317
11/08/2012 14:19:21
53 cm x 19 cm
53 cm x 19 cm
Golfinho
Telha
Telha
46
47
48
Majólica
Majólica
Majólica
Vidrada sem decoração
Cachorro:40 x 30 x 25 cm, Pombo: 25 x 15 x 15 cm
Pombo e Cachorro
45
50 cm x 27 cm
Técnica de Decoração
Dimensão
Foto
Tipo de Peça
Nº ORD
317
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Procedência
Regular
Bom
Bom
Regular
Estado Físico
Jardim
Chafariz do Jardim
Montra
Telhado
Rua Domingos Perdigão, 125 - Apicum
Museu de Artes Visuais Centro
Rua de Nazaré, 377 Centro
Local de Aplicação
Av. S. Rei de França, 164 Olho D’Água
Endereço
Inventário dos Azulejos.indd 318
11/08/2012 14:19:23
São Luís-MA Autor Desconhecido
Sagrado Coração de Jesus
03
Pintura de Mufla
Majólica
Fábrica “Aleluia/Aveiro” Portugal
Pintura de Mufla
São Luís-MA Paulo César
Santo Antônio
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
02
ÍCONE DEVOCIONAL
São José das Laranjeiras
REGISTROS
01
Nº DE ORDEM
1.4 Registros localizados na área tombada
318
Rua Antônio Rayol 604
Rua da Alegria 323
Casa das Tulhas, Mercado da Praia Grande
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 319
11/08/2012 14:19:25
Autor Desconhecido Portugal
Origem Desconhecida
Sagrado Coração de Jesus e Maria
Sagrado Coração de Jesus
06
07
319
Autor Desconhecido Portugal
Sagrado Coração de Maria
Majólica
Majólica
Majólica
Pintura de Mufla
05
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
São João Batista
REGISTROS
04
Nº DE ORDEM
Rua da Cruz 231
Rua da Cruz 160
Rua da Cruz 156
Rua do Coqueiro 279
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 320
11/08/2012 14:19:27
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Santo Antônio
Santo Antônio
09
10
11
ÍCONE DEVOCIONAL
Sagrado Coração de Jesus
REGISTOS
08
Nº DE ORDEM
Majólica
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
Majólica
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Origem Desconhecida
Portugal - Autor Desconhecido
ORIGEM
320
Rua Jansen Muller 89
Rua da Inveja 180
Rua da Inveja 170
Rua da Cruz 186
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 321
11/08/2012 14:19:29
Portugal – Autor Desconhecido
Nossa Senhora de Fátima
15
321
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São José
14
Majólica
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Majólica
13
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
Portugal – Autor Desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTOS
12
Nº DE ORDEM
Rua Rio Branco 407
Rua do Ribeirão 226
Rua do Norte 111
Rua de Santana 492
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 322
11/08/2012 14:19:30
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor não identificado
São Luís-MA Autor não identificado
Pe. Antônio Vieira
Santo Antônio
17
18
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
São José
REGISTROS
16
Nº DE ORDEM
322
Rua do Rancho, 168 Centro
Rua do Rancho, 110 Centro
Travessa Couto Fernandes, 83
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 323
11/08/2012 14:19:32
Majólica
Majólica
Pintura de Mufla
Portugal – Autor Não Identificado
Fábrica “Aleluia/Aveiro” Portugal
São Luis – MA Autor Desconhecido
Cartela Informativa
Santo Antônio
Santa Rita de Cássia
01
02
03
323
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
1.5 Registros localizados na área não tombada
Av. João Pessoa, 369 Jordoa
Av. João Pessoa, 351A Jordoa
Av. João Pessoa,419
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 324
11/08/2012 14:19:34
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Cosme e Damião
São José
Nossa. Senhora de Fátima
São Benedito
04
05
06
07
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
324
Av. Newton Belo, 557 Monte Castelo
Av. Newton Belo, 517 Monte Castelo
Av. Newton Belo, 471 Monte Castelo
Av. João Pessoa, 351 Jordoa
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 325
11/08/2012 14:19:36
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Santa Luzia
11
325
Pintura de Mufla
Autor não Identificado
Nossa Senhora das Graças
10
Pintura de Mufla
Autor não Identificado
Nossa Senhora da Conceição
Pintura de Mufla
09
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTROS
08
Nº DE ORDEM
Av. Venceslau Brás, 106 Camboa
Av. Venceslau Brás, 15 Camboa
Av. Santos Dumon, 39 Anil
Av. Newton Belo, 557 Monte Castelo
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 326
11/08/2012 14:19:37
São Jorge
São Francisco de Assis
Santo Antônio
13
14
15
ÍCONE DEVOCIONAL
São Cosme e Damião
REGISTROS
12
Nº DE ORDEM
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Majólica
Majólica
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
Portugal – Autor Desconhecido
Fábrica “Aleluia/Aveiro” Portugal
326
Av. Getúlio Vargas, 1710
Av. Getúlio Vargas, 1839
Av. Venceslau Brás, 106 Camboa
Av. Venceslau Brás, 106 Camboa
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 327
11/08/2012 14:19:39
“M. Artes” Rio de Janeiro
Nossa Senhora da Conceição
Nossa Senhora de Fátima
Sagrada Família
São José
16
17
18
19
Majólica
“M. Artes” Rio de Janeiro
327
Pintura de Mufla
Majólica
Majólica
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
São Luís-MA Autor Desconhecido
Portugal – Autor Desconhecido
ORIGEM
REGISTROS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Caminho da Boiada, 285
Av. Senador João Pedro, 51 Canto da Fabril
Av. Getúlio Vargas, 2357
Av. Getúlio Vargas, 223
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 328
11/08/2012 14:19:41
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
Nossa Senhora de Fátima
Sagrada Família
22
23
Majólica
Possivelmente Português
Nossa Senhora de Fátima
Majólica
21
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
“M. Artes” Rio de Janeiro
ÍCONE DEVOCIONAL
São José
REGISTOS
20
Nº DE ORDEM
328
Rua 1º de Maio, 210 Monte Castelo
Rua 1º de Janeiro, 191 Monte Castelo
Caminho da Boiada, 391
Caminho da Boiada, 296
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 329
11/08/2012 14:19:43
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Benedito
Nossa Senhora da Conceição
26
27
329
Majólica
Porto - Portugal
Nossa Senhora das Graças
25
Pintura de Mufla
Majólica
Portugal - Fábrica “Cavaco/Gaia”
Nossa Senhora de Fátima
24
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Rua Afonso Celso, 70
Rua Afonso Celso, 44
Rua Adelson Ferra 61 ou 38 Monte Castelo
Rua 18 de Novembro, 51 Sítio do Meio
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 330
11/08/2012 14:19:44
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luis – MA “Sandro”
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
Sagrado Coração de Jesus
São Cosme e Damião
Nossa Senhora do Carmo
São José de Ribamar
28
29
30
31
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
330
Rua Alípio Durans, 128 João Paulo
Rua Alípio Durans, 128 João Paulo
Rua Alencar Campos, 37 Vila Bessa
Rua Alencar Campos, 27 Vila Bessa
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 331
11/08/2012 14:19:46
São Luís-MA Autor Desconhecido
Nossa Senhora de Lourdes
34
331
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor: “Elyan”
São Judas Tadeu
33
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Nossa Senhora de Fátima
32
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Rua Armando Vieira, 47 Apeadouro
Rua Antônio Bayma, 410 João Paulo
Rua Alípio Durans, 128 João Paulo
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 332
11/08/2012 14:19:48
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
Santo Antônio
Santo José
Nossa Senhora das Graças
36
37
38
Pintura de Mufla
Majólica
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
Fábrica “Aleluia/Aveiro” Portugal
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTROS
35
Nº DE ORDEM
332
Rua Belo Horizonte, 24 Vila Bessa
Rua Astolfo Marques, 232 Apeadouro
Rua Astolfo Marques, 232 Apeadouro
Rua Astolfo Marques, 160 Apeadouro
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 333
11/08/2012 14:19:50
Pintura de Mufla
Majólica
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Origem e Autor Desconhecidos
Portugal - Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Jorge
São José
Sagrado Coração de Jesus
São José
39
40
41
42
333
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTROS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Rua Conde D’eu, 64 Monte Castelo
Rua Catulo da Paixão Cearense, 349
Rua Catulo da Paixão Cearense, 73 ou 13
Rua Carlos Gomes, 129 Vila Passos
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 334
11/08/2012 14:19:51
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
Portugal Autor Desconhecido
Nossa Senhora da Conceição
Sagrado Coração de Jesus
Nossa Senhora de Fátima
Nossa Senhora das Graças
43
44
45
46
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
334
Majólica
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Rua Euclides da Cunha, 81 Codozinho
Rua Cristóvão Colombo, 107 Diamante
Rua Creme, 56 Monte Castelo
Rua Creme, 48 Monte Castelo
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 335
11/08/2012 14:19:53
Majólica
Fábrica “Aleluia/Aveiro” Portugal
São Joaquim
50
335
Majólica
Portugal – Autor Desconhecido
Nossa Senhora do Carmo
49
Majólica
Autor: “Frazão”
Nossa Senhora de Fátima
Pintura de Mufla
48
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
São José
REGISTOS
47
Nº DE ORDEM
Rua Genésio Rêgo, 201 Monte Castelo
Rua Genésio Rêgo, 173 Monte Castelo
Rua Euclides da Cunha, 224 Codozinho
Rua Euclides da Cunha, 131 Codozinho
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 336
11/08/2012 14:19:55
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São José de Ribamar
São Jorge
Nossa Senhora da Conceição
52
53
54
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
São José
REGISTOS
51
Nº DE ORDEM
336
Rua Itabira, 48 Vila Bessa
Rua da Glória, 186 Monte Castelo
Rua Getúlio Vargas, 409 João Paulo
Rua Getúlio Vargas, 09 João Paulo
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 337
11/08/2012 14:19:57
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São José
São Francisco das Chagas
57
58
337
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Santa Teresinha
56
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Nossa Senhora de Fátima
55
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Rua Paulo Frontim, 268 Monte Castelo
Rua Luzia Bruce, 74 Filipinho
Rua Luzia Bruce, QD 15, C20 Filipinho
Rua Luzia Bruce, QD 15, C15 Filipinho
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 338
11/08/2012 14:19:59
Majólica
Majólica
“M. Artes” Rio de Janeiro
Fábrica “Aleluia/Aveiro” Portugal
Nossa Senhora da Conceição
São José
Nossa Senhora (?)
60
61
62
Majólica
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Jorge
59
Não Identificada
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
338
Rua Mourão Rangel, 237 Monte Castelo
Rua Martim Afonso, 92 Monte Castelo
Rua Martim Afonso, 85 Monte Castelo
Rua Martim Afonso, 45 Monte Castelo
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 339
11/08/2012 14:20:00
Pintura de Mufla
“M. ARTES” - Rio
São Luís-MA Autor Desconhecido
Nossa Senhora da Conceição
Santo Antônio
65
66
339
Majólica
São Luís-MA Autor Desconhecido
Imagem do santo depredada
64 Pintura de Mufla
Majólica
Português Autor não identificado
Nossa Senhora das Graças
63
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTROS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Rua Oswaldo Cruz 1611
Rua Oliveira Lima, 91 Lira
Rua Oliveira Lima, 83 Lira
Rua Odilon Soares, 110 Monte Castelo
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 340
11/08/2012 14:20:02
Não Identificado
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
Nossa Senhora da Conceição
Nossa Senhora de Fátima
Nossa Senhora da Conceição
69
70
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Não identificado
Majólica
68
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
Português Autor não identificado
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antîonio
REGISTOS
67
Nº DE ORDEM
340
Travessa Iracema, 270 Monte Castelo
Rua Silvio Romero, 168 Monte Castelo
Rua Raimundo Correia, 116 Monte Castelo
Rua Riachuelo, 300 João Paulo
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 341
11/08/2012 14:20:04
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor: “Elyan”
São Luís-MA Autor Desconhecido
Santo Antônio
São Pedro
São Jorge
72
73
74
341
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTOS
71
Nº DE ORDEM
Rua Primavera, 58 Monte Castelo
Rua Primavera, 51 Monte Castelo
Rua Paulo Krugger de Oliveira, 03 – Vila Bessa
Rua Padre Manoel da Nóbrega, 149 - Apeadouro
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 342
11/08/2012 14:20:06
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor: “Paulo César”
São Luís-MA Autor Desconhecido
Sagrada Família
Nossa Senhora da Conceição
77
78
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Nossa Senhora da Conceição
Pintura de Mufla
76
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
Santo Antônio
REGISTOS
75
Nº DE ORDEM
342
Rua Sotero dos Reis, 124 João Paulo
Rua Sotero dos Reis, 106 Vila Bessa
Rua Santa Helena, 134 João Paulo
Rua Rubem Goulat, 137 Monte Castelo
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 343
11/08/2012 14:20:07
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São José
82
343
Decalcomania E Serigrafia
Origem Desconhecida
Sagrado Coração de Maria
81
Majólica
Portugal – Autor Desconhecido
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Sagrada Família
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
80
ÍCONE DEVOCIONAL
São José
REGISTOS
79
Nº DE ORDEM
Av. Gonçalves Dias, 362 São José de Ribamar
Av. Gonçalves Dias, 351 São José de Ribamar
Av. Gonçalves Dias, 351 São José de Ribamar
Av. Gonçalves Dias São José de Ribamar
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 344
11/08/2012 14:20:09
Jesus Cristo
São José de Ribamar
São José
84
85
86
ÍCONE DEVOCIONAL
São José de Ribamar
REGISTOS
83
Nº DE ORDEM
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA “Da Vince”
São Luís-MA Autor Desconhecido
344
Rua de Santana, 95 São José de Ribamar
Rua Amadeu Freitas, 23 São José de Ribamar
Rua Amadeu Freitas, 28 São José de Ribamar
Praça São José, 135 São José de Ribamar
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 345
11/08/2012 14:20:11
São José de Ribamar
São José de Ribamar
São José de Ribamar
88
89
90
ÍCONE DEVOCIONAL
São José de Ribamar
REGISTOS
87
Nº DE ORDEM
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA “Da Vince”
São Luís-MA Autor Desconhecido
345
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
Rua Menino Deus, s/n São José de Ribamar
Rua Menino Deus, 67 São José de Ribamar
Rua Menino Deus, 187 São José de Ribamar
Rua Menino Deus, 177 São José de Ribamar
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 346
11/08/2012 14:20:13
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA “Paulo César”
São José de Ribamar
Nossa Senhora do Carmo
Nossa Senhora da Conceição
92
93
94
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
ÍCONE DEVOCIONAL
Sagrada Família
REGISTROS
91
Nº DE ORDEM
346
Praia de Panaquatira
Rua Vicente Maia, 13 Paço do Lumiar
Rua Zeca Lima, 23 São José de Ribamar
Rua Modesto de Sousa, 397 São José de Ribamar
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 347
11/08/2012 14:20:15
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Não Identificado
São José
97
347
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Santo Antônio
96
Santa Rita de Cássia
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
São José
95
98
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTOS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Rua Mourão Rangel, entre 105 e 115 – Monte Castelo
Travessa Belira, 06
Praça da República, 158 Diamante
Largo do Caroçudo, 40
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 348
11/08/2012 14:20:16
ORIGEM
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
São Luís-MA Autor Desconhecido
Recife-PE DECORART
Nossa Senhora da Conceição
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora da Conceição
Nossa Senhora da Medalha Milagrosa
01
02
03
04
REGISTROS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
1.6 Registros localizados nos cemitérios
348
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Cemitério do Gavião
Cemitério do Gavião
Cemitério do Gavião
Cemitério do Gavião
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 349
11/08/2012 14:20:18
São Luís-MA Autor Desconhecido
Nossa Senhora de Nazaré
São Benedito
São José
São José
05
06
07
08
349
Origem Desconhecida
Origem Desconhecida
Origem Desconhecida
ORIGEM
REGISTROS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Cemitério do Gavião
Cemitério do Gavião
Cemitério do Gavião
Cemitério do Gavião
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 350
11/08/2012 14:20:20
Origem Desconhecida
Origem Desconhecida
Anjo
Sagrado Coração de Jesus
São José
09
10
11
Origem Desconhecida
ORIGEM
REGISTROS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
350
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
Pintura de Mufla
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
Cemitério Municipal de São José de Ribamar
Cemitério Municipal de São José de Ribamar
Cemitério Municipal de São José de Ribamar
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 351
11/08/2012 14:20:22
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Jesus Cristo
14
351
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Painel com Nossa Senhora e Menino Jesus
13
Pintura de Mufla
São Luís-MA Autor Desconhecido
Painel da Sagrada Família
12
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTROS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
Cemitério Municipal de São José de Ribamar
Cemitério Municipal de São José de Ribamar
Cemitério Municipal de São José de Ribamar
ENDEREÇO
Inventário dos Azulejos.indd 352
11/08/2012 14:20:24
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
Inventário dos Azulejos da Ilha de São Luís - 2005 -
Mapas do Levantamento
353
Inventário dos Azulejos.indd 353
11/08/2012 14:20:27
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
354
Inventário dos Azulejos.indd 354
11/08/2012 14:20:29
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
TRECHO 1
TRECHO 2
TRECHO 3
RUAS PERCORRIDAS NA PESQUISA DE CAMPO NO 1º TRECHO CENTRO ATÉ MONTE CASTELO
LEGENDA RUAS PERCORRIDAS LIMITE DOS BAIRROS
355
Inventário dos Azulejos.indd 355
11/08/2012 14:20:31
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
356
Inventário dos Azulejos.indd 356
11/08/2012 14:20:33
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
TRECHO 1
TRECHO 2
TRECHO 3
RUAS PERCORRIDAS NA PESQUISA DE CAMPO NO 2º TRECHO APEADOURO ATÉ OUTEIRO DA CRUZ
LEGENDA RUAS PERCORRIDAS LIMITE DOS BAIRROS
357
Inventário dos Azulejos.indd 357
11/08/2012 14:20:33
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
358
Inventário dos Azulejos.indd 358
11/08/2012 14:20:34
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
TRECHO 1
TRECHO 2
TRECHO 3
RUAS PERCORRIDAS NA PESQUISA DE CAMPO NO 3º TRECHO SANTO ANTÔNIO ATÉ CRUZEIRO DO ANIL
LEGENDA RUAS PERCORRIDAS LIMITE DOS BAIRROS
359
Inventário dos Azulejos.indd 359
11/08/2012 14:20:35
A-16
A-17
A-18
A-19
A-20
A-21
Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
O-05
O-04
O-03
O-02
A-14
A-13
A-12
A-10
A-15
O-06
A-22
A-23
VARANDA
PIA BATISMAL
O-31 O-32
A-11
RESIDÊNCIA
O-30
O-01
A-24
A-25
ESPAÇO CULTURAL (COBERTURA DE PALHA)
A-09
VARANDA
A-01
A-02
A-03
A-04
A-05
A-06
A-07
A-08
PIN PINHA 02 Azulejo
JARDIM + 35cm do chão
+ 15cm do chão
MURETA DO JARDIM
A-44
A-45
A-43
A-42
+ 35cm do chão
A-41 + 15cm do chão
O-29
A-39
A-40
A-38
A-37
+ 35cm do chão
A-36 + 15cm do chão
A-34
A-35
A-33
A-32
A-31
+ 35cm do chão
+ 15cm do chão
A-29
A-30
A-28
A-27
A-26
A-47 A-49
A-46
O-33
A-48
A-50 A-51
PATAMAR DA ESCADA 2
A-52 A-53
PATAMAR DA ESCADA 1
O-34
A-54 A-55 A-56
A-57 A-58
A-59
A-60
A-61
A-63 A-62
360
Inventário dos Azulejos.indd 360
11/08/2012 14:20:36
C
9
Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
O-07
O-08 P-05
O-11
P-06 P-07
O-21 O-24
ADORNO
P
PAINEL
O
ORNATO
ADORNO COM 4 AZULEJOS ADORNO COM 1 AZULEJO
P-08
O-10
A
LEGENDA 2
PAINEL/ORNATO/FACHADA ORNATO (PEITORIL DA VARANDA)
A-10
O-28
O-25
O-27
O-26
A-09 A-07
LEGENDA 1
ADORNO DE FRISO (LOSANGOS)
O-09
O-04 O-05
O-20 O-18
CAPELA
PLANTA BAIXA ESQUEMÁTICA DE LOCALIZAÇÃO DOS AZULEJOS INVENTARIADOS NO SÍTIO PIRANHENGA
O-23
O-19 O-22
O-13
O-16
O-15 O-17
ALTAR
P-01
O-03
O-02
O-06
VARANDA
A-11
O-01
O-12
P-02
O-14
P-03
P-04
A-08
ORNATO (BASE DA PIA DA CAPELA)
FACHADA
ORNATO (COLUNAS DA PIA BATISMAL) ORNATO (BORDA DA PIA BATISMAL)
PINHA 01
ORNATO (BASE DA PINHA DO JARDIM)
PADRÕES ENCONTRADOS NO SÍTIO PIRANHËNGA Azulejo
Código
Técnica
Dimensão
Procedência
Local de Aplicação
Azulejo
Código
Técnica
Dimensão
Procedência
Local de Aplicação O-06 Peitoril da varanda
PE 01
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
A-15 Interior da varanda
PE 87
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
O-27 Base da pinha em frente à Capela Fachada recuada da Capela O-34 Patamar da escada 01
A-12 até A-14 Interior da varanda PE 05
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
A-06 Base da coluna da varanda
PMJ 17
Majólica
13,5 X 13,5
Portugal
Fachada recuada da Capela O-25 - Base da pinha em frente à Capela O-10, 11, 12, 15, 16, 19, 20, 23 e 24 Interior da Capela O-04 Peitoril da varanda
PR 01
Relevo
13,5 X 13,5
Portugal
Fachada da Capela
PR 02
Relevo
13,5 X 13,5
Portugal
Fachada da Capela
CE 06
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
A-08 Base da coluna da varanda
CE 18
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
O-26 - Base da pinha em frente à Capela A-29 e A-38 Mureta do jardim
CE 18 PC
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
O-03 e O-05 Peitoril da varanda
CE 19
Estampilha
O-29 Base da pinha do jardim
PE 07
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
PE 11
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
A-07 Base da coluna da varanda
O-30 Borda da pia batismal O-33 Patamar da escada 02 A-46 até A-63 - Patamar da escada 02
PE 16
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
PE 22
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
A-05 Base da coluna da varanda
A-28 - Mureta do jardim A-04 Base da coluna da varanda
Fachada recuada da Capela O-03 e O-05 Peitoril da varanda
A-26 e A-41 Mureta do jardim PE 27
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
A-34 - Mureta do jardim
Fachada recuada da Capela A-45 Mureta do jardim O-34 Patamar da escada 01
PE 32
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
A-43 - Mureta do jardim
O-09 Base da pia da Capela O-31 e O-32 Colunas da pia batismal P-01 até P-08 Interior da Capela O-17 e O-18 - Interior da Capela A-02 Base da coluna da varanda A-27 Mureta do jardim O-34 Patamar da escada 01
PE 34
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
PE 47
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
A-03 Base da coluna da varanda
13,5 X 13,5
Portugal
O-28 - Base da pinha em frente à Capela O-03 e O-05 Peitoril da varanda O-01 Peitoril da varanda
CMJ 10
Majólica
14 X 14
Portugal
CMJ 10 CP
Majólica
14 X 14
Portugal
A-11 Interior da varanda
CMJ 11
Majólica
14 X 14
Portugal
A-31, A-36, A-40 e A-44 Mureta do jardim
CMJ 19
Majólica
14 X 14
FE 01
Estampilha
13,5 X 6,5
Portugal
FR 03
Relevo
13,5 X 6,5
Portugal
FR 08
Relevo
14 X 6,8
O-13, O-14, O-21 e O-22 Interior da Capela
A-35 Mureta do jardim A-10 Base da coluna da varanda PE 58
Estampilha
13,5 X 13,5
Portugal
A-37 Mureta do jardim A-39 Mureta do jardim A-33 Mureta do jardim
A-01 Base da coluna da varanda PE 69
Estampilha
13,5 X 13,5 A-30 Mureta do jardim O-02 Peitoril da varanda
PE 80
Estampilha
13,5 X 13,5
França
Fachada recuada da Capela A-32 Mureta do jardim
A-16 até A-21 Parte posterior da casa Fachada da Capela Fachada recuada da Capela O-07 e O-08 Interior da Capela
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Inventário dos Azulejos das Cidades Históricas do Maranhão - 2006 -
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
12
AZULEJOS NO BRASIL
Valflôr da Conceição Louzeiro Oliveira
O
azulejo tem uma origem longínqua e um extenso trajeto, tanto histórico como geográfico, chegou até nós através da Pe-
nínsula Ibérica, especialmente Portugal. Sua produção se iniciou nos países da Europa como Espanha, Holanda e Itália, mas foi em Portugal que o azulejo começou a ser fabricado com características próprias, a partir do século XV. “Desde o século XV, que o azulejo está intimamente ligado a história do povo português”. (Azulejo de Fachada em Lisboa. (VELOSO E ALMASQUÉ, 1979, p. 13). Lisboa foi o principal produtor de azulejos e a
Beco do Largo do Carmo, 98, Alcântara
que mais contribuiu para a divulgação deste material
Nessa época o azulejo se destinava a revestir as
decorativo em escala continental, insular e colonial.
superfícies interiores, raras vezes eram colocados para
Desempenhou papel primordial desde os meados do
decorar varandas, escadarias e exteriores de jardins.
século XVI até início do século XIX.
Tradição que se mateve ao longo dos séculos XVII e
Durante os séculos XVII e XVIII, Portugal
XVIII.
produziu em suas olarias inúmeros painéis destinados
Há uma grande polêmica sobre onde primeiro se
a revestir igrejas e palácios das ilhas Atlânticas dos
utilizou o azulejo para revestimento de fachadas: se foi
Açores e Madeiras e também do Brasil. Nesse período
no Brasil ou em Portugal. Embora não haja consenso
foram produzidos os dois maiores conjuntos azulejares
sobre esse fato, parece ter sido aqui, em nosso país,
jamais feitos em Portugal, um para o Mosteiro de São
segundo alguns autores, que pela primeira vez foram
Vicente de Fora em Lisboa (Portugal) e outro para o
aplicados azulejos na fachada.
Convento de São Francisco em Salvador (Bahia).
“É porém no Brasil, e ainda nos meados do séc.
“No Brasil são inúmeros os exemplares, como no
XVIII, que o azulejo sai dos interiores e vai também
Convento de Santo Antônio (Recife), no Convento de
vestir as fachadas”. (KNOFF, 1986, p. 11).
Ipojuca (Pernambuco), na Igreja Matriz de Cachoeira e no Convento de Santo Antônio, em São Francisco
Portugal atravessava um dos períodos mais críticos
do Conde (Bahia)” OCEANOS – Azulejos Portugal e
de sua história, por consequência três fatos marcaram
Brasil, número 36/37, Outubro de 1998 / Março 1999,
a evolução das olarias portuguesas: A Invasão Francesa,
p. 10.
a Independência no Brasil e a abertura de Portos
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Brasileiros ao comércio livre com outros países, fato
abastecerem todo o território continental e também o
este que deixava o Brasil livre para importar azulejos de
Brasil, no nosso país o azulejo estendeu-se ao longo do
países como Holanda, Inglaterra, França, Alemanha,
litoral brasileiro, que abrange desde Belém do Pará até
Bélgica e Espanha.
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul passando por São Luís e Alcântara (Maranhão), João Pessoa (Paraíba),
Foi o século XVIII que marcou o fim da
Olinda (Recife), Goiânia, Igarassú (Pernambuco),
utilização suntuosa do azulejo. A industrialização, o
Maruim, Laranjeiras e Estância (Sergipe), Maceió
desenvolvimento dos produtos seriados, através das
(Alagoas), Salvador, Santo Amaro e Cachoeira (Bahia),
estampilhas e o surgimento de novas fábricas, tanto em
Rio de Janeiro e Santos (São Paulo).
Lisboa como no Porto. Em Lisboa surgiram as fábricas Constância, Sacavém, Desterro, Roseira e Viúva
A azulejaria portuguesa teve seu apogeu no século
Lamego. Na região do Porto as Fábricas Massarelos,
XVIII e seu declínio no século XIX. Um dos fatores
Carvalhinho, Santo Antônio, Vale da Piedade e
que contribuiram para o declínio do azulejo foi o
Devesas.
aparecimento do papel de parede, inventado pelos franceses.
Esses dois centros produtores de azulejos,
Rua da Manga, 162
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São Luís e na Igreja de Nossa Senhora do Carmo em
12.1 Azulejos no Maranhão
Alcântara. O pesquisador diz também que a primeira edificação civil que recebeu azulejos em São Luís
Em 1755 foi fundada a Companhia do Comércio
foi um sobrado na Rua Oswaldo Cruz, em 1800. Os
do Grão Pará e Maranhão, pelo Marques de Pombal,
primeiros registros de importação de azulejos para o
que criou leis que desfavoreciam os Jesuítas. Em 1760,
Maranhão são do ano de 1778, vindos de Lisboa no
Pombal autorizou que fossem confiscados todos os
valor total de 4.296$080.
bens dos Jesuítas, alegando que estes se tornaram ricos, escravizando os índios e exportando cacau e cravo,
“Conforme dados da “Balança Geral do Comércio
produtos estes que só poderiam ser comercializados
de Portugal, nos anos 1776 à 1800”, no ano de 1778,
pela Metrópole, mas sem nenhum lucro para o Estado.
chegaram a São Luís, cerca de 107.402 peças”. (Azulejaria no Maranhão – Domingos Vieira Filho,
Antes da criação da Companhia do Grão Pará e
1978, p. 1). Assim sendo, de acordo com este registro,
Maranhão, o Estado do Maranhão viveu um período
conclui-se que foi no século XVIII que se iniciou a
prolongado de economia de subsistência e abandono.
utilização do azulejamento interno em São Luís; isto
Em virtude dessa situação econômica por que
se refere aos azulejos de padrão antigo, muito utilizado
atravessava o Estado, este não havia condições
em silhares nas igrejas. Por sua vez, o azulejamento
financeiras para importar azulejos de Portugal, a não
de fachadas chegou ao Maranhão a partir do século
ser que fossem encomendas feitas pelos Jesuítas para
XIX, por volta do ano de 1840, surgindo, assim, uma
as suas edificações, pois eram eles que controlavam a
nova utilização do azulejo, que passou a revestir
economia da região na época.
vastas superfícies exteriores de edifícios religiosos
Segundo os historiadores e pesquisadores da Arte
e civis. No entanto, é sobretudo a integração do
Azulejar, o Maranhão só recebeu azulejos a partir
azulejo na Arquitetura urbana, que exerce um papel
da segunda metade do século XVIII, isto é, para
simultaneamente funcional e decorativo constituindo-
resvestimento interno. Quanto ao revestimento de
se parte importante do nosso patrimônio histórico e
fachada só começou no século XIX. Época aproximada
cultural.
da utilização do azulejo na Brasil, período em que foram estabelecidos os laços comerciais entre Brasil e Portugal, após a independência do Brasil. Com a separação das Companhias do Grão Pará e Maranhão em 1772, os Estados se tornaram economicamente desenvolvidos colocando Belém (Pará) na frente de São Luís. No ano de 1776, o Convento de Santo Antônio em Belém recebeu azulejos de Portugal para o revestimento interno. Quatro anos depois (1780), chegou também de Portugal uma nova remessa de azulejos para o revestimento interno das capelas. Segundo
o
pesquisador
Santos
Simões,
o
Maranhão recebeu azulejos portugueses em 1790, para o revestimento interno do antigo convento franciscano da Igreja de Santana e da Igreja do Rosário, ambas em
Rua do Sol, 211
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AZULEJOS DE ALCÂNTARA Margareth Gomes de Figueiredo Domingos de Jesus Costa Pereira
A
lcântara, antiga aldeia Tapuitapera dos índios tupinambás, Capitania de Cumã, elevada à categoria de vila em 1648, com o
nome “Santo Antônio de Alcântara”, em homenagem a uma das aldeias portuguesas. É uma das poucas cidades históricas brasileiras que conserva o seu valioso acervo arquitetônico, remanescente dos séculos XVIII e XIX, praticamente inalterado. A cidade de Alcântara, assim como São Luís, teve seu apogeu em meados do século XIX, período de florescimento econômico do Maranhão, através da agro-exportação do algodão, arroz e açúcar. O empreendimento que enriqueceria o Maranhão nos séculos XVIII e XIX se iniciou em 1755, com a criação, pelo Marquês de Pombal, da Companhia do Grão-Pará e Maranhão.
2_1.jpg
Principal sede da aristocracia rural maranhense, ainda guarda até os dias atuais, a malha urbana do seu traçado inicial, sólidas construções de pedra e cal, que registram a memória do que foi um dia esse passado glorioso. São sobrados e moradas com mirantes, sacadas guarnecidas por gradis de ferro forjado com belos desenhos, ombreiras e portadas em lioz procedentes de Portugal. Alguns desses imóveis localizados no Largo da Matriz de São Matias, Rua de Baixo, Rua Grande, Rua Direita e Igreja do Carmo, apresentam azulejos antigos no seu interior e fachada. O tempo também deixou sua marca nas ruínas da Rua da Amargura, nos Palácios da Rua Grande, Matriz de São Matias e igreja de São Francisco de Assis.
Santo, que acontece todo ano no mês de maio, é uma mistura de devoção ao Divino com homenagem ao Império e sua corte, lembrando o tempo em que era uma rica cidade do imperial.
A cidade histórica de Alcântara, tombada como monumento nacional em 1948, possui como um dos seus mais valiosos bens culturais, os alcantarenses, suas devoções, festas e culinária. A festa Divino Espírito
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13.1 Igreja de Nossa Senhora do Carmo de Alcântara Painéis da Nave e da Capela Nosso Senhor dos Passos
Painel da nave - Azulejos de tapete
A igreja de Nossa Senhora do Carmo de Alcântara possui o maior acervo azulejar de procedência portuguesa das igrejas do Maranhão, que caracteriza a importância sócioeconômica e cultural da cidade no período colonial. O azulejo despertou a sensibilidade dos artistas para a arte pictórica de grandes painéis, que tiveram funções importantíssimas nos revestimentos arquitetônicos para decorar palácios e igrejas. Tornouse símbolo de nobreza e acompanhou os colonizadores a bordo dos navios para embelezar outras cidades além-mar.
monocromia, com os magníficos painéis historiados, obras dos grandes pintores. A arte azulejar refloresceu com a policromia no Rococó, ostentando concheados, curvas, motivos florais, etc. No período de mudança para o neoclássico, surgiram os painéis do tipo almofadados marmoreados e logo deram continuidade a padronagens de tapete. São essas espécies de azulejos que compõem o belíssimo silhar da Igreja do Carmo de Alcântara, que está dividido em vinte e cinco painéis: dezoito na Nave, catorze destes são do tipo almofadado, quatro de padrão e outros sete revestem a capela lateral, todos de padronagem de estilo pombalino do final dos século XVIII, de “fabricação corrente das oficinas de Lisboa” (Santos Simões).
Durante séculos, ele incorporou os movimentos culturais da época, aderiu ao gosto barroco, com expressão máxima de ilusionismo óptico da
Painel da nave - Almofadado
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Painel da capela – azulejos de tapete
Painel Almofadado Marmoreado O
silhar
da
Nave
forma
catorze
painéis
girassol. As laterais dos almofadões são decoradas com
almofadados que apresentam composições azulejares
ramicelos de folhas verdes, flores amarelas, haste violeta
diferentes das padronagens, são separados por uma
e um laço azul na parte superior, os ramos originais
barra vertical, com uma única peça de largura na cor
foram divididos ao meio, certamente por restauradores
roxa. Este tipo de alizar tem decoração simples em
e decoram treze dos catorze painéis, apenas dois
azul e branco, sobrepondo almofadas amarelas com
possuem o arranjo completo, demonstrando a
manchões azulados, no sentindo horizontal, com
harmonia das cores na arte neoclássica.
tamanhos variados, entre quatro e nove azulejos de
Os painéis são emoldurados com cercaduras, que
comprimento, por quatro de largura. Contornadas
apresentam decorações diferentes, a parte interior
por linhas grossas e finas em perspectivas de cor azul
esponjada e exterior em majólica com frisos ovalados,
e branco, ornadas por pequenas conchas, aplicadas
nuanças azuladas, contornados por linhas retas azuis
no meio das molduras superiores, inferiores e nas
e brancas. Esta guarnição é registrada com bastante
verticais, com volutas amarelas e azuladas de onde
frequência no contorno de vários tipos de silhares deste
sobem e descem folhas verdes de acanto.
período, nos revestimentos do Maranhão. O rodapé é
No centro das almofadas existem florões com 32
formado por três azulejos de altura, marmoreado de
pétalas em azul e branco e o núcleo pontilhado em
cor manganês.
amarelo, imitando as sementes do vertículo floral do
Detalhe do florão Painel almofadado marmoreado
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Painéis de Padronagem de Tapete
Painel de padronagem de tapete
Os painéis de padronagem de tapete são do estilo pombalino, policromado com motivos fitomórfitos do último quartel do século XVIII. Os azulejos são decorados na técnica estampilha com retoque manual; apresentam segmentos de retas amarelos e roxos, que têm origem no centro da peça e prolongam-se ao ângulo do quadrado, entrelaçado por ramicelos de trepadeira; a composição das unidades de padrão formam linhas transversais, que se unem constituindo losangos e servem de suportes para os ramos de folhas pequenas e verdes. No interior de cada painel existe uma flor estilizada ou uma estrela com doze pontas agudas, também amarela e roxa, em alternância e bem contornadas; no núcleo azul pontilhado, destaca-se uma circunferência branca; a figura floral está envolvida por uma espécie de corrente, com os elos pintados com a mesma tonalidade das pétalas, o
Detalhe da flor estilizada ou estrela
círculo fecha com um laço verde. O conjunto preconiza a arte neoclássica. O silhar da Nave contém o mesmo tipo de cercadura em todos os painéis de padronagem e almofadados, enquanto o rodapé varia entre duas e três peças de altura, todas marmoreadas de cor manganês.
Painéis da Capela Lateral A capela lateral da nave é revestida com silhares,
dos anteriores, contudo, a arte decorativa é diferente,
constituídos por sete painéis da azulejaria portuguesa,
dos ângulos da peça brotam ramiscelos verdes que
também do estilo pombalino, policromado, com
convergem no centro, compondo uma flor roxa
motivos fitomórfitos. O conjunto é composto apenas
de quatro pétalas. A composição das unidades do
por azulejos de padronagem 2X2, do mesmo período
padrão forma linhas transversais e transforma-se em
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belo tapete com ramalhetes coloridos em formas
curvilíneo, contornado por linhas retas. O rodapé com
quadriculadas. Os painéis são emoldurados com
dois azulejos de altura, esponjado de cor azul. Este
cercaduras decoradas em duas técnicas: marmoreada
acervo tornou-se raridade por integrar o patrimônio
de cor manganês e majólica com friso azul e branco,
azulejar mais antigo do Maranhão, confeccionado nas oficinas portuguesas.
Painel de padronagem de tapete
Igreja do Carmo de Alcantara
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Painéis da Igreja do Carmo
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AZULEJOS DE CAXIAS
Valflor da Conceição Louzeiro Oliveira
14.1 História A história de Caxias começou em 1612 com a chegada dos franceses à margem do rio Itapecuru, os quais, reconhecendo que as terras eram férteis, ocuparam-nas.
São Benedito, conforme a Lei Provincial do dia 8 de Maio de 1835. A prosperidade econômica e o crescimento urbano contribuíram para que Caxias fosse elevada à categoria de “cidade” no dia 5 de julho de 1836, pela Lei nº 24 da Assembleia Legislativa Provincial do Maranhão, cuja Lei foi sancionada pelo Presidente da Província Senador Antônio Pedro da Costa.
O local onde hoje está situada a cidade de Caxias foi primitivamente um agregado de aldeias dos índios Timbiras e Gamelas. A princípio batizada com o nome indígena de Guanaré, mais tarde Aldeias Altas, posteriormente Caxias das Aldeias Altas e atualmente Caxias.
Há diferentes denominações para justificar o nome Caxias a saber: “foi em homenagem a uma flor existente no Palácio Imperial da época, mas logo se tornou ‘Caxias’, devido a influência portuguesas na língua na qual significa ‘cidade’.” (Jornal Cazumbá – Portal Turístico e Cultural do Maranhão ano IV, nº 15, março/abril 2005, p. 03.)
Os índios temerosos da escravidão portuguesa abandonavam suas habitações fugindo para as florestas e montanhas. Os portuguesas ocuparam as aldeias desativadas, fixando-se nelas e assim fundando uma igreja em homenagem a N.S da Conceição (Seminário – Colégio) servindo de educação aos filhos dos fazendeiros do Maranhão e Piauí.
Caxias seria “nome este de uma freguesia do Conselho de Oeiras, onde está o forte de D. Luis I do campo entrincheirado de Lisboa” (Perfil do Maranhão, 79 – Cordeiro Filho – p. 138).
Nessa época (séc XVIII), com a chegada dos jesuítas as antigas aldeias eram administradas pelos padres, que aos poucos conseguiram que as tribos se integrassem no convívio dos civilizados. Posteriormente estas foram substituídas por um pequeno arraial, sob invocação de N. S. de Nazaré e que mais tarde passou a chamar-se Arraial das Aldeias Altas.
“A denominação do nome da Cidade de Caxias foi uma homenagem à linda Quinta Real do Marques de Pombal, antiga residência dos reis de Portugal”. Esta palavra tem origem do nome “cachias”, flor do arbusto chamado Corona Christ. O vocábulo deriva do cacho, antigamente escrito “cachias”. (Perfil do Maranhão , 1990 - Cordeiro Filho, pág 102).
O antigo arraial foi elevado à “vila” no dia 31 de
Muito antes de Caxias ser elevada a vila, em 1796, já se registrava sua importância histórica, pois era ponto central de comunicação entre as capitanias da Bahia, Pernambuco e Ceará. Caxias teve posição de destaque na luta pela Adesão do Maranhão a Independência do Brasil, sendo o morro das Tabocas (atual morro do Alecrim), cenário de luta entre o grupo resistente a adesão comandada pelo português João
outubro de 1811, com o nome de Caxias das Aldeias Altas, pelo Alvará do Príncipe Regente D. João V. Na época a capitania do Maranhão era governada pelo General Silveira, último governador nomeado pelo Governo Português e solenemente instalada pelo Ouvidor Desembargador José Mota Azevedo. A Vila foi dividida em duas freguesias: Nossa Senhora da Conceição e
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José de Cuba Fidié, o qual foi vencido pelas tropas rebeldes comandadas pelo major Salvador Cardoso de Oliveira e pelo civil João Costa Alecrim. O outro juramento à Independência foi assinado no dia 1º de agosto de 1823, na igreja da matriz N. S. da Conceição e São José.
para participarem da luta que ele chamava de Guerra da Lei da Liberdade Republicana” (texto do Memorial da Balaiada). O movimento teve origem numa escaramuça de tropeiros e soldados de polícia na longínqua Vila da Manga do Iguará, próximo a cidade de Vargem Grande, estendendo-se por todo o território maranhense, envolveram-se nesta luta quase dez mil homens.
Durante o século XVIII, Caxias das Aldeias Altas começou a prosperar com a chegada dos comerciantes portugueses, lavradores açorianos e criadores de gado vindo da Bahia. (História do Maranhão, Carlos Lima, 1981).
Os balaios ocuparam as cidades mais importantes inclusive Caxias, que era rica, grande empório comercial e com boa localização estratégica. Esses revoltosos dominaram a cidade, invadiram a Câmara, igrejas e cartórios, colocando fogo em todos os documentos. Esta revolução durou por mais ou menos um ano e meio, no entanto a população caxiense resistiu bravamente, entrincheirada no Morro do Alecrim. Apenas com a intervenção das tropas chefiadas pelo oficial do Exército brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva, sendo este enviado pelo Imperador, o movimento chegou ao fim. A pacificação da província só foi reconhecida oficialmente no dia 19 de Janeiro de 1841, dando ao coronel Luis Alves de Lima e Silva os títulos honoríficos de Barão, Marquês e finalmente de Duque de Caxias. Foi também presidente da Província e comandante das Armas do Maranhão.
Na primeira metade do século XIX, o Maranhão vivenciou uma profunda crise sócioeconômica e política, resultante das desigualdades sociais pelas quais passavam a sociedade na época. Três anos depois da luta à Adesão à Independência do Brasil em 1838, a cidade de Caxias foi o foco mais importante da batalha entre a tropas do Norte, fato este que marcou a história do Maranhão: “A Guerra da Balaiada”, movimento que surgiu da insatisfação do povo em geral contra a política aristocrática e oligarquias das classes mais ricas de latifundiários, senhores de engenhos e fazendeiros que dominavam a região. No dia 1º de Julho de 1839 a cidade foi invadida e ocupada pelos rebeldes que instalaram a Junta Governativa. Esta passou a negociar a legitimidade do movimento com a Presidência da Província.
No Morro do Alecrim, está localizado o Memorial da Balaida e ainda hoje existem ruínas e os canhões do antigo quartel general como fragmentos das batalhas ali realizadas.
A Balaiada ou Revolta dos Balaios teve vários membros importantes como chefe Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, conhecido pelo apelido de “Balaio”, por ser fabricante de balaios. “Branco alto e filho de pobres agricultores, participou do exército de independentes, depois que foi dissolvido, voltou a vida de roceiro e fabricante de balaios. Vivia com a família à margem do Rio Mearim por onde passava a estrada que ligava a Vila de Itapecuru Mirim à Chapadinha” (texto do Memorial da Balaiada).
Caxias, cidade de grande poetas como Gonçalves Dias, o mais famoso deles; Coelho Neto, conhecido como príncipe dos prosadores do Brasil; Vespaziano Ramos, chamado o poeta da embriaguez, pela sua fama de seresteiro. Além de outros literatos famosos, a exemplo de Afonso Cunha, Teixeira Mendes, Teófilo Dias e César Marques. Pela sua importância histórica foi tombada pelo Governo do Estado, por meio do Decreto nº 11.681 do dia 29/11/1990, no livro Tombo nº 059, folha 13 em 04/12/1990, conforme Diário Oficial do dia 30/11/1990.
“Raimundo Gomes Vieira (o Cara Preta), chefe do grupo de vaqueiros que a 13 de dezembro de 1838, tomou de assalto a cadeia de Vila da Manga, era capataz do fazendeiro Inácio Mendes de Moraes e Silva, vigário da Freguesia do Arari no Baixo Mearim”. (texto do Memorial da Balaiada).
Caxias, cidade possuidora de um conjunto urbanístico e arquitetônico de valioso acervo cultural, formado por casarões coloniais revestidos de azulejos portugueses. Esse acervo cultural merece ser preservado e conservado para que futuras gerações possam também conhecer a cultura e arte azulejar como uma das prin-
“Cosme Bento das Chagas (O líder Negro), natural da Vila de Sobral, província do Ceará, morador do Olho D’Água, termo da Vila do Rosário, intitulava-se ‘Defensor da Liberdade’, reuniu mais de 3000 escravos
cipais riquezas do Patrimônio Artístico do Maranhão.
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14.2 Imóveis azulejados atualmente existentes na cidade de Caxias Rua 1º de Agosto nº 754 – Caxias-MA – imóvel residencial de propriedade da Sra. Conceição Medeiros. A fachada contém 3 adornos, sendo um com 2 azulejos, outro com 4 azulejos e outro de canto, contendo 25 azulejos. A fachada encontrase totalmente pintada de tinta branca, inclusive os azulejos.
Azulejos de Padrão PE 01 e friso FE 02
Praça Rui Barbosa nº 839 – Centro – Caxias-MA – morada inteira, imóvel onde funciona um Hotel Pousada Casarão e também onde reside a família da Sra. Míriam Menezes Graça. O revestimento azulejar deste imóvel encontra-se na fachada contornada com friso FE 02 e está em bom estado de conservação.
Descrição Azulejo português produzido na Fábrica Viúva Lamego (Portugal), do século XIX, conhecido como “ferradura”, padrão 2 x 2, na técnica estampilha, policromo nas cores verde, amarelo, azul e branco, com motivos fitomórficos e movimentos lineares, contendo dois centros de rotação, um formado por uma cruz mourisca e outro composto de ramos fitomórficos. Possui dimensão 13,5 x 13,5 cm. Azulejo muito comum em várias cidades brasileiras como Olinda, Alcântara, São Luís, Caxias e Rio de Janeiro.
Rua Benedito Leite nº 716 – Centro – CaxiasMA – morada inteira de propriedade do Sr. José Miguel Simão (falecido), onde funcionam as lojas Caxias Toldos e Tapeçaria. O revestimento azulejar desse imóvel encontra-se na fachada, contornado com friso FE 02, em bom estado de conservação, mas com 2 placas de publicidade presas em cima dos azulejos.
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Este imóvel pertenceu ao português Francisco Rodrigues Lopes que o deixou como herança, depois de sua morte, ao Sr. Manoel de Pinho e Castro por volta de 1873, ano em que possivelmente ocorreu seu revestimento azulejar, segundo informações da sua bisneta D. Ivelta Silveira. (MOURA, 1998) Atualmente é da propriedade da Sra Dominique Cantanhede Gomes, e está alugado a três locatários diferentes, sendo as salas da frente para comércio e a parte interna para residência.
Azulejo de Padrão PE 27 e friso FE 01 Rua Parnásio S/N, Bairro Ponte, na chacará “Xangri-lá”, de propriedade do Dr. Artur Almada Lima. Os azulejos estão distribuídos na fachada na forma de adorno isolado e barra contornada por friso FE 01. Esses azulejos são remanescentes de sua antiga construção e estão em bom estado de conservação.
Esse imóvel anteriormente era uma morada-inteira; hoje encontra-se descaracterizado, pois a fachada original foi modificada com a abertura de 4 portas para funcionamento de lojas comerciais (Farmácia Droga MIX e Silvia Art Baby), na parte interna é de uso residencial e alugado à Patrícia Lobão Vanucy. A fachada deste imóvel é totalmente revestida de azulejos policromos, sendo que a parte inferior contém uma carreira de friso FE 39 no sentindo horizontal e 7 fileiras no sentindo vertical, dando um efeito de embasamento na fachada. A parte interna também é revestida com azulejos do mesmo padrão da fachada, na forma de pequenos silhares e painéis nos 2 corredores e na ampla varanda.
Descrição
Corredor 01 – existem 06 painéis com altura de 4 azulejos, todos contornados por duas fileiras de frisos, sendo uma fileira em cima e outra em baixo. Os painéis P 02, P 03, P 04 e P 05 têm rodapé de cimento pintado de verde. Os painéis P 01 e P 06 têm rodapé com azulejo do mesmo padrão. Todos os painéis do corredor 01 tem como acabamento uma barra de madeira (10 cm de altura) pintada de verde logo acima dos azulejos. O corredor tem um total de 242 azulejos, 150 frisos e 2 frisos faltantes.
Azulejo português, produzido na Fábrica Vila Nova de Gaia, do século XIX, padrão 2x2, com dimensão 13,5 x 13,5 cm, decorado na técnica da estampilha nas cores azul e branco, contém uma linha em diagonal com pequenos pontos e motivos fitomórficos nas duas extremidades, formando o 2º centro de rotação.
Azulejo de Padrão PE 95 e Friso FE 39
Corredor 02 – existem 4 silhares e 2 fileiras atrás das portas, com altura de 5 azulejos, todos sem frisos, com rodapé de cimento pintado de verde e acabamento em madeira também pintado de verde na mesma largura do rodapé. O corredor tem 310 azulejos inteiros e 6 pedaços. Varanda em forma de “U”, com paredes revestidas em azulejos policromos, no mesmo padrão da fachada e dos corredores. Contendo 10 silhares com 05 azulejos de altura, contornados por uma barra de madeira (10 cm), pintada de verde e rodapé de cimento pintado de
Praça Cândido Mendes nº 423A/423B – Largo da Matriz – Centro de Caxias-MA.
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verde com 14 cm de altura.
Friso FE 39 é uma variação do FE 37, em verdade da falta de registro em São Luís e Portugal, não podese afirmar que é de fabricação portuguesa, porém pode ter sido fabricado sobre encomenda, segundo a pesquisadora Dora Alcântara. (MOURA, 1998).
Conjunto: S 01 – com 145 azulejos S 02 – com 45 azulejos S 03 – com aproximadamente 285 azulejos S 04 – com 190 azulejos S 05 – com 90 azulejos, 14 frisos inteiros e 8 pedaços S 06 – com 90 azulejos, 18 frisos inteiros e 5 pedaços S 07 – com 195 azulejos S 08 – com 340 azulejos
Azulejo de Padrão PE 96 e friso FE 18
S 09 – com 40 azulejos S 10 – com 135 azulejos
TOTAL 1.895 azulejos. Os silhares S 01 e S 10 têm como detalhe uma pequena elevação na alisar da janela, contendo 6 azulejos cortados ao meio. Somente os silhares S 05 e S 06 são contornados com frisos iguais ao da fachada e corredor 01, porém no S 05 existem 14 frisos inteiros e 5 quebrados. Ambos são contornados por uma barra de tinta acrílica verde.
Rua Benedito Leite nº 848 – Centro de Caxias-MA – Imóvel residencial de propriedade da Sra. Lilá Maria Machado Costa. O revestimento azulejar encontrado nesse imóvel está disposto na fachada na forma de barra ou embasamento, contendo 208 azulejos e 40 frisos e estão em bom estado de conservação.
O silhar 07 encontra-se com bastantes azulejos quebrados ao meio e muita sujidade. Parte interna do imóvel tem o total de 2.107 azulejos e 182 frisos inteiros e 13 frisos quebrados. Segundo a pesquisadora Dora Alcântara (1980) esse padrão é único no Brasil. Foi encontrado nas cidades do Porto (Portugal) e nas cidade brasileiras de Belém (PA) e Salvador (BA), porém em cores diferentes. Assim afirma a pesquisadora Dora Alcântara. (MOURA, 1988)
Sobre esses azulejos e frisos a pesquisadora Dora Alcântara diz que, em Lisboa e Belém, existem semelhantes, porém na cor azul. Segundo informações, esses azulejos não perteciam anteriormente ao imóvel (MOURA, 1998).
Descrição Azulejo do século XIX, estampilhado, de origem portuguesa, produzido na fábrica Viúva Lamego, com nítida influência dos antigos azulejos de “caixilhos” do século XVII. Esta denominação caracteriza motivos entrelaçados num esquema de cruzadas contendo 2 linhas retas e largas nas 4 diagonais e um pequeno quadrado nas extremidades, criando o 2º centro de rotação no centro 4 pequenos quadrados em forma de xadrez. Azulejo policromo nas cores amarelo, verde e branco.
Descrição Azulejo português, produzido pela Fábrica Viúva Lamego, da segunda metade do século XIX, padrão 2 x 2, decorado na técnica da estampilha, em dois tons verde, com dimensão 13,5 x 13,5 cm, contendo dois outros centros de rotação, o principal em formato de cruz em negativo no centro e o outro em ramos fitomórficos nas extremidades.
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Azulejo de Padrão PR 14 e friso FR 10
Rua São Benedito, nº 725 (Praça Vespaziano Ramos) – Largo de São Benedito – Caxias-MA: Anteriormente esse imóvel era uma morada inteira, foi descaracterizada com a transformação de dois vãos de janelas em uma grande porta de garagem. Antigamente era de propriedade da Sra. Graça Torres. Possui tombamento isolado pelo Patrimônio Histórico Artístico e Paisagístico do Maranhão. Casa onde nasceu e morou o poeta Vespaziano Ramos; está em bom estado de conservação e atualmente é residência. A fachada contém 05 adornos isolados, cada adorno contém 5 azulejos em relevo branco com o fundo verde, distribuídos ao longo da fachada.
Praça Gonçalves Dias 197/243, (esquina com a Av. Otávio Passos), centro de Caxias-MA. Este imóvel pertenceu anteriormente ao Sr. José Delfino, depois ao Sr. João Lobo (MOURA, 1998); a atual proprietária é a Sra Francisca dos Santos Lima (segundo informações). Atualmente funcionam o laboratório São João, Lino Cabeleireiro e RC Modas. Sobrado com dois pavimentos, conhecido como “Edifício Duque de Caxias”, construção do século XIX, possui todos os elementos arquitetônicos da época, com sacada guarnecida por grades de ferro, apresentando faixa superior e barra em azulejos em relevo branco com fundo verde contornada com frisos das mesmas cores. Os azulejos da faixa superior estão colocados na fachada, logo abaixo da cimalha, a faixa de azulejos contorna todo o prédio. Na parte inferior da fachada é decorada na forma de barra, contendo 5 carreiras de azulejos de altura e uma carreira de friso (FR 10). Segundo informações, esses azulejos pertenciam à residência da Praça Vespaziano Ramos nº 725 de propriedade da Sra Graça Torres, os quais foram retirados e vendidos ao Sr. José Delfino que os colocou na fachada desse imóvel.
Segundo informações, esses azulejos pertenciam ao imóvel, mas foram retirados e alguns vendidos ao Sr. José Delfino (já relatado) sendo alguns recolocados na fachada como adornos isolados. Rua Afonso Cunha, nº 362 (Caxias-MA) –
Os azulejos estão em péssimo estado de conservação, com bastante perda de vidrado; alguns quebrados, outros faltantes, e muitos deles estão pintados com tinta por cima na cores amarela, cinza e vermelho, sendo: a) 110 azulejos pintados na cor amarela; b) 60 azulejos inteiros e 4 pedaços pintados na cor cinza;
Imóvel residencial e comercial; a fachada encontra-se descaracterizada, contendo 4 adornos com o total de 14 azulejos de relevo com fundo verde.
c) 50 azulejos pintados na cor vermelha.
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Descrição Azulejo português, provavelmente produzido pela Fábrica Massarelos, região do Porto (Portugal) no século XIX, em relevo branco e fundo verde. Este mesmo padrão foi encontrado na cidade do Porto (Portugal) e nas cidades brasileiras do Rio de Janeiro, Fortaleza e São Luís porém com pequenas diferenças: fundo azul com relevo branco; fundo branco com relevo azul e ainda fundo amarelo com relevo branco.
Na fachada estão localizados 5 adornos em diferentes formas, contendo 34 cercaduras em decalque, distribuidos na parte superior da fachada.
Cercadura de Padrão CD 05
Cercadura possivelmente alemã (MOURA, 1998), século XIX, em decalcomania, nas cores branco e azul.
14.3 Cemitério dos Remédios Cemitério fundado no século XIX. Localiza-se entre as ruas Princesa Isabel e Santa Luzia na cidade de Caxias-MA, apresenta muro de alvenaria, pintado de branco com 12 colunas de alvenaria, com portão central, dividindo 6 colunas para cada lado. Tem portão de ferro no centro, com bandeiras e inscrição do ano da fundação 1862; em cima do portão há uma cruz de ferro. Dentro do cemitério encontra-se uma capela pintada de branco. Com inúmeros túmulos tendo como decoração 8 colunas em alvenaria, onde anteriomente existiram estátuas e vasos de faianças marmoreados nas cores azul, roxo e vinho, produzidos na Fábrica das Devezas no Porto – Portugal. Atualmente um dos vasos encontra-se exposto no Memorial da Balaiada. Ainda hoje podemos ver fragmentos de duas estátuas situadas na base das colunas, uma delas com inscrição “CARIDADE”.
Rua Arão Reis nº 612, esquina com Riachuelo – Caxias-MA – Imóvel comercial de propriedade da Sra. Terezinha Ferro. Nele funcionam as lojas C&A Comércio, R&N Variedades, Concita Modas e Elisa Confecções.
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O cemitério ainda hoje ostenta bastante riqueza, com inúmeros túmulos revestidos em azulejos portugueses, esculturas em faianças e mármore, além de outros adornos decorativos. Tudo isso nos leva a crer que este cemitério foi um dos mais ricos do Maranhão no século XIX. Ainda hoje está ativado, porém ao longo de tempo sofreu várias ampliações, contudo ainda existe o muro original que demarcava o limite antigo do cemitério.
Padrões encontrados no Cemitério dos Remédios: Azulejo de Padrão PE 03 e friso FE 12
Azulejo de Padrão PE 01
Padrão encontrado no Cemitério dos Remédios em um Padrão encontrado no Cemitério dos Remédios. Túmulo sem identificação de proprietário.
Padrão encontrado no Cemitério dos Remédios em um túmulo sem identificação. Pelas dimensões, acredita-se que seja de uma criança. Encontra-se em
O Túmulo com lápide e base da coluna revestida
bom estado de conservação.
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em azulejos desse padrão. Com 60 peças, 9 pedaços e
“Este azulejo é encontrado praticamente em todos
20 azulejos faltantes, tanto na lápide como na base da
os cantos do Brasil, de Norte a Sul. Há registro de que,
coluna, tornando-o em péssimo estado de conservação.
após a abertura dos portos, entraram no país mais de 5.000 peças num único dia.” (Azulejo da Bahia – Udo
Este padrão é uma variação de PE 01 porém na
Knoff, 1986)
cor azul com o fundo branco; é raro no Brasil.
Túmulo simples, totalmente revestido com azule-
Sepultura sem identificação. Pelas dimensões,
jos de três padrões (FE 30 – 40 peças; PE 27 – 11 peças;
acredita-se que seja de uma criança. Encontra-se em
PE 33 – 111 peças; PE 03 – 2 peças), contornado por
bom estado de conservação.
friso FE 01, em péssimo estado de conservação.
Azulejo de padrão PE 33 e friso FE 08 Padrão encontrado revestindo cinco túmulos diferentes, sendo que três deles túmulos são contornados com o friso FE 08: um decorado com
Descrição
uma cruz no centro do friso FE 30 e outro com
Azulejo português, provavelmente da Fábrica
azulejos de diferentes padrões. Anteriormente citado,
Viúva Lamego (Portugal) do século XIX, monocrômico
também contornado com o friso FE 30.
(azul), conhecido como “ferradura”, padrão 2x2, decorado na técnica da estampilha, com dimensão de 13,5 x 13,5 cm.
Azulejo de padrão PE 27 e friso FE 30
Encontrado em túmulo no Cemitério dos Remédios e também na Rua do Parnásio S/N no Bairro da Ponte.
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São difíceis de classificar segundo o país de origem e sua época, já que este desenho foi usado simultaneamente na Holanda e Portugal”. Azulejos da Bahia – Udo Snoff – 1986.
apenas alguns, na base. Azulejo português, produzido na Fábrica Portugal, do século XIX, de padrão único, decorado na técnica da estampilha nas cores azul escuro, azul claro e branco, com dimensão 13,5 x 13,5 cm.
“Foi ainda Dora Alcântara que, na consulta que fez aos catálogos das fábricas holandesas, encontrou alguns padrões idênticos aos portugueses pertencentes à Kenin Klijk e Fabrik Van Murretegels de Harlingen e à Gebr Revesteyn de Utrebcht”. Azulejos de Fachada de Lisboa – A. J. Barroso Veloso, Isabel Almasqué – 1989 – p. 60.
Azulejo de influência árabe, desenho semelhante aos azulejos enxaquetados, com composição decorativa diagonalmente das linhas horizontais e verticais, obtendo um vigoroso efeito decorativo.
Há divergência quanto à origem desse padrão e não sabemos com precisão se é holandês ou português, pois ele foi fabricado pelos dois países (Holanda e Portugal), sendo que o desenho é de origem holandesa, bastante copiado pelos portugueses. Padrão de provável influência holandesa, apelidados carinhosamente de “bicha da praça” ou “cobrinha”. Dora Alcântara o chama de “estrela e bicha” e refere que na Holanda tinha o nome de “Viersterren” (quatro estrelas). Azulejo provavelmente português, possivelmente produzido na Fábrica Viúva Lamego, do século XIX, padrão 2x2/1, decorada na técnica da estampilha nas cores azul e branco, com dimensão 13,5 x 13,5 cm, contém uma linha ondulada em diagonal ligando duas extremidades uma parte da estrela nos 4 cantos.
Azulejo de padrão PE 58 e friso FE 35
Descrição do Vaso Época provável: século XIX – (1862) Vaso branco, composto por base octogonal, abrigando a inscrição à frente, parte superior em formato campanular, rematada por anel, contonado por friso em óvulo. Bojo campanular com parte inferior contornada por bastonetes, ladeada por pares de cabeça masculina na parte superior, duas esfinges antropomorfas, voltada para baixo, contornada por friso em óvalo e perolado. (Descrição do Vaso exposto no Memorial da Balaiada).
Proprietário: João Antônio de Melo Bastos, falecido em 8 de setembro de 1884. Esse padrão encontra-se revestindo a base de uma coluna de um túmulo (nº4); supõe-se que ele tenha perdido os azulejos com o passar do tempo, restando
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AZULEJOS DE GUIMARÃES Domingos de Jesus Costa Pereira
15.1 Aspecto Físico
A topografia é plana com pequenas elevações; quanto à vegetação, ainda resiste aos desmatamentos seculares, pouquíssimas reservadas de florestas virgens primitivas; predominam as matas de capoeiras, baixas e cerradas, palmeiras babaçu, buriti, juçara, tucum e outras espécies de palmáceas, com menos intensidade. Nos sítios, preservam-se antigas árvores frutíferas: mangueiras, jaqueiras, cajueiros, abacateiros, coqueiros e outras plantas típicas da região como o murici, com frutos apreciados pela população, além das ervas medicinais.
O
Município de Guimarães fica localizado na Zona do Litoral Norte, pertence a microrregião da Baixada Ocidental do Estado do Maranhão; possui uma área de 940 km²; a sede do município está a 5M de altitude. Distante 72 Km em linha reta da capital São Luís. Limita-se com os municípios: Cedral, ao norte; Bequimão, ao sul, Mirinzal, a oeste e Baía de Cumã, ao leste. Meios de transporte: Táxi aéreo, 20 minutos de São
O clima é tropical. Apenas duas estações são evidentes e bem definidas; chama-se verão o período de estiagem de julho a dezembro com temperaturas amenas, principalmente à noite; os ventos sopram do leste em direções constantes. O inverno é uma estação chuvosa, quente e úmida de janeiro a junho, com poucos ventos em direções variadas.
Luís à sede municipal; via marítima, barco motorizado de 6 a 8 horas de viagem; “ferry-boat” – rodoviário, 3:30 horas, apenas rodoviário, cerca de 440 km. No período chuvoso o percurso pode durar até 12 horas, devido às péssimas condições das estradas neste ano de 2006.
A agricultura é de subsistência, exercida por pequenos lavradores, que cultivam milho, arroz, feijão, batata, cana-de-açúcar, etc. A criação é feita de maneira extensiva com poucos e pequenos rebanhos de gado bovino, suíno, ovino, caprino, aves e outros animais para trabalhos domésticos. A pesca é uma atividade bastante rendosa, nos portos o movimento permanente de pescadores, chegando e saindo para o mar em canoas, igarités e barcos com suas tarrafas, puçás, espinhéis, redes e outros atavios de pescaria. Com maré baixa, avistam-se ao longe os currais, armadilhas de varas para pegar peixes.
15.2 Aspecto Geográfico O litoral é pouco recortado, apresenta algumas pontas e ilhas; não existem muitas praias de areia, predominam os manguezais, vegetação de áreas costeiras que sofrem alagamentos com as marés. Encontram-se vários rios e igarapés de grande importância para as comunidades, que vivem em suas margens. A Baía de Cumã é uma dádiva para Guimarães. Além de sua beleza e navegabilidade, é um viveiro abundante de onde são pescadas as melhores espécies de peixe, camarão e crustáceo, que abastecem o município e são exportados para outras cidades.
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15.3 Histórico
amigo dos franceses, partiu para o Rio Cumã, que fica depois de Tapuitapera, com margens bonitas e terras férteis, onde existiam cerca de 20 aldeias dos índios Tupinambá, a principal delas chamada Cumã (“Rio para pescar peixes”) e o cacique Itaoc-Miri (“casinha de pedra”).
O Norte do Brasil despertou a cobiça dos europeus, que imaginavam ser fácil chegar ao Peru, viajando pelos grandes rios. Acreditavam em fábulas, que diziam possuírem as cidades indígenas, tesouros inesgotáveis, até as ruas tinham o calçamento de outro e prata. Enquanto umas expedições com os navios avariados se perdiam nas águas dos mares maranhenses, buscando em vão a via de acesso aos Andes, outros exploraram as riquezas da Amazonas.
Existem mais habitantes nessas aldeias de que na Ilha Grande; são todas confederadas e aliadas “como se fosse uma só nação” pronta para guerra contra os inimigos. As “Embaixadas de Tapuitapera e Cumã” segundo d’Abbeville, fizeram alianças com os Tupinambá, garantindo mais apoio e segurança para a Colônia, unindo forças contra as ofensivas, tanto europeia, quanto indígenas de outras tribos e lograram êxito na exploração mercantil.
Os franceses foram pioneiros na região. Mantinham estreitos relacionamentos com os povos indígenas do litoral. Conseguiram madeira, especiarias, tintas vegetais e sonhavam com minas abundantes de ouro, prata e pedras preciosas; contavam com apoio dos nativos para conseguir esses minerais preciosos, que só eles sabiam das jazidas. A França tinha grande interesse pelo Norte brasileiro.
A França Equinocial na Ilha do Maranhão durou pouco. Uma expedição portuguesa comandada por Jerônimo de Albuquerque, expulsou os franceses em 1614 e deixou La Ravardière refém no Forte de São Luís até dezembro de 1615. Foi também uma grande derrota para seus aliados indígenas, que ficaram ao dispor dos novos exploradores e o rumo da história mudou. Os nativos foram perseguidos, mortos ou escravizados.
Uma expedição francesa, comandada pelo Sr. De La Ravardiere, desconsiderou o tratado que existia entre as coroas de Portugal e Espanha, dividindo as terras das Américas com os dois reinados, e estabeleceu uma Colônia, que chamou “França Equinocial”, em Upaon-Açu, a Ilha Grande dos Índios Tupinambá do Maranhão. Construiu o “Forte de São Luís, em memória eterna de Luís XIII, Rei de França e Navarra”, (Pe. Cláudio d’Abbeville – p. 104).
Os portugueses dominaram os índios rebeldes e dividiram a região. Cumã foi elevada à capitania em 1633, tendo como donatário Antônio Albuquerque de Carvalho. Seu território foi povoado por famílias católicas, vindas das Ilhas dos Açores. Os padres missionários tinham dificuldades de visitar as povoações e aldeias das margens do “Rio Cumã” e da Baixada Maranhense. O pároco Roberto Martins solicitou ao Imperador de Portugal a criação de duas paróquias, uma em Viana e outra na Fazenda Guarapiranga (Guimarães), do outro lado da Baía de Cumã, de propriedade de João Teófilo de Barros.
Os franceses conheciam muito bem o Golfão Maranhense, os obstáculos e perigos da entrada da barra, onde as naus portuguesas iam a pique. A Ilha Grande do Maranhão foi escolhida por ser um lugar seguro, ficavam protegidos da pirataria que atacava a costa brasileira, além de ser um ponto estratégico para se defenderem de possíveis investidas portuguesas e os exploradores do Maranhão e da região Amazônica.
A Coroa, que havia doado as terras aos colonos, tempos depois fez reverter ao Governo as terras doadas em sesmarias. Assim, a Fazenda Guarapiranga, legada a José Bruno de Barros, voltou a pertencer à Coroa em 12 de janeiro de 1758, Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, governador tomou posse da propriedade em nome do rei a 19 do mesmo mês e ano com a criação da Vila de Guimarães de Cumã. Foi erguido o pelourinho, símbolo do poder imperial. Posteriormente, foi chamada Vila
Após a submissão dos Índios Tupinambá de Upaon-Açu “ao domínio e governo dos franceses” (Cláudio d’Abbeville), iniciaram as conquistas dos habitantes indígenas do continente. Uma expedição foi enviada para Tapuitapera (Alcântara), sob o comando de David Migan, acompanhado por alguns caciques da Ilha Grande e outra, dirigida pelo Sr. Des Vaux em companhia do Cacique Januariauaeté,
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Detalhe da varanda com o porão
Casarão Antigo, Rua Sotero dos Reis, 787
Joaquim de Melo Povoas, em ofício de 1766, a “Sua Majestade”.
de São José de Guimarães. Três razões provavelmente influenciaram para acrescentar o nome de São José: primeiro era o padroeiro da Vila; outra, José Bruno de Barros, era proprietário da fazenda e devoto do Santo, finalmente, o imperador de Portugal, chamavase D. José I. Depois, ficou apenas Guimarães, uma homenagem a cidade portuguesa do mesmo nome.
O rápido crescimento econômico da Vila de São José de Guimarães, se deveu graças à fertilidade do solo, às condições climáticas e ambientais da região. Encontrava-se abundância de peixes nos rios e mares, para o consumo e exportação; muitas caças nas matas e ovos de pássaros nas areias do litoral, que serviam para alimentação e venda. Toda geração de riquezas ocorreu pelo trabalho escravo nos engenhos de açúcar, agricultura, fazenda de gado, fabricação de cal, pescaria, etc. Quando o município chegou a 14.500 habitantes, possuía “9.400 livres e 5.100 escravos”. Isto representa 35,17% da população em cativeiro.
No Registro de doação da Fazenda Guarapiranga, consta a relação dos bens do proprietário: 360 índios (“com justos títulos de cativeiro”), casas residenciais, ranchos, uma capela, fábrica (olaria para fabricação de telhas e tijolos). Além de outras posses: o terreno da fazenda, lavouras, casas de forno para fazer farinha de mandioca e salinas, “na paragem chamada Guarapiranga, nas partes de Cumã”. As escrituras foram lavradas na Vila de Santo Antônio de Alcântara.
“Huma produção de riquezas tão brilhantes, huma exportação avultada... Huma capitania que se fez opulenta com a producto de dous gêneros somente”. Algodão e arroz, exalta Raimundo José de
As margens de “um rio chamado Cumã” de terras “boas e bonitas, férteis e abundantes...”. Desta maneira peculiar, Cláudio d’Abbeville trata a região, que prometia prosperidade e atraiu os imigrantes portugueses para o plantio de mandioca, canade-açúcar, algodão, arroz, criação de gado, ainda encontraram fartura de peixes e abundância de crustáceos, que serviam de alimentação e matéria prima para fabricação de cal. A primeira mão-de-obra utilizada pelos colonos foi de escravos indígenas; logo chegaram os africanos para reforçar os trabalhos e aumentar e produção. Em poucos anos a Vila de São José de Guimarães tornou-se uma das maiores do Maranhão, “com tantos moradores brancos, que forma uma companhia de 80 praças”, dizia o governador,
Centro Cultural Gastão Vieira (C.C.G.V) Rua Dr. Urbano Santos, S/N
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Sousa Gaioso, para então lamentar a decadência da produção maranhense. “Mil entraves que todos os dias vão empobrecer os lavradores...”, e menciona os principais problemas: a falta de matas virgens nas margens dos rios, que foram “reduzidas a arbustos”, o preço alto dos escravos, o mais caro das Américas, “diminuindo a riqueza dos lavradores”; a redução do preço do algodão com os empecilhos da exportação e a concorrência americana; o arbítrio da cobrança do dízimo pela “Fazenda Real”. Posteriormente, a Abolição da Escravatura, no final do século XIX, obrigou os lavradores a vender suas propriedades produtivas ou as abandonar à própria sorte, empobrecendo as cidades do interior e o Estado.
Assimilou da colonização a religiosidade, a prática agropecuária, a vocação mercantilista, todavia não resistiu a decadência econômica do Estado do Maranhão. A colonização portuguesa deixou raízes profundas no município, os imigrantes se estabeleceram nas terras, produziram riquezas e bens culturais. Transmitiram aos seus descendentes como herança patrimonial: crenças, costumes, folguedos e um acervo arquitetônico no centro urbano de Guimarães, que remonta o apogeu econômico das elites. São construções antigas em pedra e cal do período da colônia e do império, que resistem aos tempos modernos com dificuldades de manter o estilo original. Encontram-se casarões semelhantes aos de São Luis, caracterizados como morada inteira, morada e meia e um magnífico sobradão.
A primeira escola oficial foi “criada pela Lei provincial nº3 de 30 de março de 1835”. Consta ter sido administrada pela professora régia, Maria Firmina dos Reis, considerada “a pioneira romancista e poetisa brasileira”, ludovicense. Ela escolheu a Vila de São José de Guimarães para viver e trabalhar na educação de sua gente, que tem orgulho e respeito pela poetisa educadora.
Neste legado está inserida a história de um povo corajoso e trabalhador. Resta aos vimarenses preservar seu patrimônio histórico e zelar por sua integridade
Os vimarenses também são responsáveis pelas riquezas culturais deste país, berço de pessoas ilustres, políticos e intelectuais, como Joaquim de Souza Andrade, SOUZÂNDRADE, precursor do Modernismo literário brasileiro e Dr. Urbano Santos da Costa Araújo, filho de família vimaranse, juiz de direito. Fez carreira política sendo eleito deputado federal, senador, governador do Maranhão; ministro da viação, vice-presidente da República por duas ve-
Estilo Tradicional Português, morada inteira Praça Luís Domingues
zes e presidente interino por um mês. Além das três pessoas ilustres supracitadas, muitos outros educadores, poetas e políticos tem brilhado na cultura nacional, ainda hoje, homens notáveis compõem os cenários judiciário, legislativo, administrativo e da intelectualidade brasileira. A Vila de São José de Guimarães recebeu o título de Cidade, em 26 de janeiro de 1920, através da Lei 885, sancionada pelo então Governador do Maranhão, Dr. Urbano Santos da Costa Araújo. 162 anos transcorreram entre a criação da Vila e elevação à categoria de cidade de Guimarães, que nasceu mais lusitana de que qualquer outra no Brasil.
Ruínas do antigo Correio Rua Dias Vieira, S/N
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Morada e meia estilo tradicional português
física, artística e cultural, para que as futuras gerações possam usufruir destes bens coletivos.
genealógico de suas famílias ilustres. No entanto, existe
A equipe de pesquisadores de “Azulejos nas Cidades Históricas do Maranhão” constatou uma coincidência de fatos relevantes para região: a fundação da Vila de Guimarães e a criação da “Companhia Geral do Comércio do Maranhão e Grão-Pará”, criada por Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, ministro do Rei de Portugal, D. José I. A medida tomada pela Coroa, acelerava a exportação para Lisboa, que estava arrasada com o terremoto de 1755. Aumentou a produção agrícola, exportação e incentivou a emigração portuguesa para o Norte brasileiro, ocupando áreas remotas desse território, habitadas por índios conhecedores das matas e suas riquezas, que se tornaram escravos dos colonos, hábeis coletores dos produtos do sertão, caçadores, pescadores e trabalhadores na agricultura.
que caracteriza a riqueza produzida nas fazendas e
Decorreram quatro séculos do início da colonização portuguesa na região. Várias gerações passaram durante essa escalada cronológica, mas as influências históricas e o comportamento cultural permanecem e continuarão como “padrões” sociais de seus descendentes. São reflexos dos costumes e acontecimentos da metrópole, que repercutiam na Colônia, daí provem a herança arquitetônica com o estilo lusitano.
e mandioca; construiu caieira para fabricação da cal
carência na historiografia de sua arquitetura antiga, engenhos de açúcar e água-ardente, que fomentaram sua produção e contribuíram com a economia do Estado do Maranhão. A cidade possui um casarão com fachada azulejada, que, segundo contam os professores e habitantes antigos, teria sido uma das residências construída pela família do açoriano Manoel Coelho de Sousa, que chegou ao Maranhão no final do último quartel do século XVIII. Recebeu uma gleba em Pindobal (Mirinzal), onde se estabeleceu com sua esposa, a maranhense D. Maria Francisca da Pureza Gomes. Tiveram 18 filhos. A família Coelho de Sousa prosperou trabalhando na agricultura, com plantio de cana-de-açúcar, algodão e explorou o comércio. Desenvolveu as fazendas: Pindobal, Frechal, Haiti, Mondego e o engenho São Simão (Cururupu), onde trabalhavam muitos escravos nas lavouras. A produtividade rural animou a prole Coelho de Sousa, que requisitou emigrantes portugueses para a “Colônia Santa Isabel” (Mirinzal), que cresceu e progrediu às margens férteis do Rio Uru, o mais importante da região.
A história de Guimarães possui rico acervo bibliográfico, uma contribuição do seu passado vitorioso na produção de riquezas e um vasto conteúdo
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15.4 Azulejaria
Fachada azulejada, Casa Paroquial Rua Dr. Urbanos Santos, 75
amarelo, verde e contornos bem definidos. O fundo branco com tonalidade azulada realça a policromia.
Guimarães é guardiã de azulejos portugueses do século XIX, que revestem a fachada da Casa Paroquial, situada na Rua Dr. Urbano Santos, número 75. São relíquias históricas, artísticas e culturais, que só as cidades antigas dos litorais e das margens de alguns rios importantes têm o privilégio de possuir. O acervo azulejar tem como suporte arquitetônico uma construção de pedra e cal, remanescente do período de prosperidade econômica; conserva o estilo peculiar e tradicional português e a tipologia caracterizada como morada-inteira. Possui cimalha com cornijas volumosas e profundas, um beiral tipo bica simples, semelhante a outros casarões desta cidade, que remontam um período de riqueza e crescimento econômico da sociedade vimarense.
As unidades da padronagem possuem dimensões 13,5 x 13,5 cm. Procedentes da “Fábrica Viúva Lamego”, de Lisboa, Portugal, produzidos no início do primeiro quartel do século XIX. Foram bastante solicitados para revestir solares, sobrados e casarões em Lisboa, São Luis, Alcântara, Olinda, Rio de Janeiro e esta morada em Guimarães. A beleza dos azulejos dessa fachada pode ser contemplada pela população amante da Arte e Cultura. Ficam em exposição permanente no exterior do prédio, acessíveis a todas as camadas sociais. Aí está a importância do tombamento como um bem coletivo legalizado, sob a responsabilidade das instituições públicas e da sociedade que zela pela preservação do acervo, para que as futuras gerações possam usufruir dos bens artísticos, expostos nas páginas culturais da história dos nossos antepassados.
A fachada é revestida de azulejos com padrão 2 x 2, constituído por quatro peças iguais, aplicados em seqüências, formando uma bela decoração parietal, transformando a superfície em tapete policromado. Uma composição bem articulada com os azulejos vizinhos, destacando-se três eixos de rotação, que se repetem sucessivamente, numa dinâmica visual agradável. Os azulejos são decorados na técnica de estampilha, apresentam desenhos diferentes e variados com motivos fitomórficos, em cores vivas, azul forte,
Padrão 2X2, quatro azulejos Unidade de padrão: 13,5 x 13,5
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AZULEJOS DE ROSÁRIO Domingos de Jesus Costa Pereira
A
Ruinas do Forte do Calvário
Ruinas do Forte do Calvário
cidade de Rosário nasceu à margem es-
A terceira cidade mais velha é Alcântara. “A partir de 02 de janeiro de 1616, data em que Alexandre de Moura expediu em São Luís, do Forte de São Felipe, o regimento a Martim Soares, ficou praticamente e historicamente esboçada a Capitania em Tapuitapera e Cumã...” (LOPES, 2003, p.53). “Tapuitapera foi arraial onde se instituiu presídio militar em 1617 e, então ou mais, a paróquia a freguesia” (Idem p. 69).
querda da foz do Rio Itapecuru, na região pertencente à Zona da Baixada, distante,
em linha reta, 42 quilômetros da Capital do Estado. A sede municipal fica a uma altitude de 14 metros do nível do mar. É a quarta cidade mais antiga do Maranhão. Teve sua origem em 1620, na Povoação de Nossa Senhora do Rosário, com a construção da Fortaleza do
O crescimento demográfico de uma região brasileira segue uma estrutura hierárquica e admistrativa, que teve início na Colônia, conforme o processo de desenvolvimento. Classificam-se: Povoação ou Arraial; Freguesia, sob o ponto de vista eclesiástico; Vila, categoria superior a povoado; Cidade com complexo administrativo, social e econômico.
Calvário, por Bento Maciel Parente, “para conter os índios hostis destas paragens” (Spix Martius, Viagem pelo Brasil). A primeira cidade do Maranhão foi São Luís, que surgiu em 1612, com a fundação do Forte, em homenagem a Luís XIII, monarca francês. A segunda, Icatu, teve origem na Vila Velha do Icatu; nasceu no Arraial de Águas Boas, numa remanescência nos arredores do antigo Forte de Santa Maria de Guaxenduba, erguido às pressas pelo comandante das tropas portuguesas Jerônimo de Albuquerque.
Esta evolução territorial e orgânica crescia em cima dos restos das nações indígenas; lugares com terras férteis, abundantes em caças, peixes e frutos típicos das regiões. Os colonizadores não respeitavam as propriedades dos nativos. Chegavam desencadeavam massacres e
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terrores, os índios sobreviventes partiam em fuga para as matas e contavam as barbaridades dos homens brancos. Isto criava aversão aos colonos, que invadiam suas terras e impunham as normas de uma nova cultura.
Os holandeses foram surpreendidos com os ataques furiosos e cruéis dos senhores de engenhos das margens do Itapecuru. Lançaram fogo, tiroteio e golpes de espada; dominando, assim, os invasores. Apenas 40 homens sobreviveram, feridos e prisioneiros, inclusive o Capitão Maximiliano Schade.
A colonização europeia do litoral maranhense continuou pelos rios acima, com relações não amistosas entre colonizadores e os habitantes nativos. A ocupação das margens férteis e abundantes do Rio Itapecuru começou em 1615, com as chamadas “missões volantes”, sendo precursores os missionários jesuítas Manuel Gomes e Diogo Nunes. A ocupação das margens do Rio Itapecuru não foi pacífica, houve confrontos e massacres entre colonizadores, nativos e invasores. A orla ribeirinha guardava uma região promissora de terras férteis. Teve início uma grande produção de riquezas: açúcar, algodão, arroz, gado, pescado, frutas, etc. “As margens deste rio poderiam fornecer algodão para as necessidades de toda a Europa. Essa grandiosa pujança de solo” ( Spix e Martius. Op. Cit)
Os missionários jesuítas das “Missões Volantes” que primeiro aportaram nas ribeiras do Itapecuru, empenharam-se no combate aos holandeses. “Antônio Teixeira de Melo atesta que o Padre Lopo do Couto, que deu princípio e foi o primeiro motor desta guerra, com as orações e merecimentos do Padre Benedito Amodei, se atribuiu a vitória e restauração deste Estado”. (Mário Meireles) – Rosário do Itapecuru Grande, p. 41. A Vitória do Itapecuru incentivou os maranhenses a expulsar os invasores de São Luís. A tropa seguiu para a Ilha Grande. Lá travou-se uma guerra, que se arrastou por 17 meses. Antônio Muniz Barreiros morreu na luta, Antônio Teixeira de Melo continuou no comando. Finalmente, os holandeses derrotados arribaram do Maranhão em 28 de fevereiro de 1644. O êxito dos maranhenses na guerra repercutiu no Brasil. Pernambuco encorajou-se e fez o mesmo, em 1654.
Enquanto os lavradores implementavam a produção nas fazendas, sofreram um assalto impetuoso com a invasão dos holandeses. Em 25 de novembro de 1641, sob o comando do Almirante João Corneles, primeiro saquearam São Luís, aprisionaram o governador Bento Maciel Parente. Dominada a Capital, partiram para o interior da Capitania. Subiram o Rio Itapecuru, 300 homens renderam as povoações ribeirinhas, apropriaram-se dos engenhos e exigiram a produção de “cinco mil arrobas de açúcar”. – (MARQUES, 1970) Dicionário Histórico e Geográfico do Maranhão - Cerca de 75 toneladas, na época uma fortuna.
Poucos anos após a dissipação holandesa, outro episódio triste e cruel marcou a história das margens do Itapecuru: o massacre dos padres Francisco Pires, Manuel Muniz e Gregório Fernandes, em 28 de agosto de 1649, pelos índios tapuyos-uruatis. A atrocidade ocorreu no “Engenho do Itapecuru”, propriedade que Antônio Muniz Barreiros deixou como legado à Companhia de Jesus, que assumiu a educação do seu filho, Ambrósio Muniz Barreiros. Os tapuios cercaram a casa de palha, um tiro para “afugenta-los” disparado do interior incendiou a palhoça. Os portugueses fugiram. Os padres, confiantes nos nativos, permaneceram no local, agredidos, pediram clemência, mas foram executados a golpe de borduna. No Engenho, “estavam quatorze homens, brancos e alguns indígenas mofilos” (batizado) – Raimundo Medeiros Rio Itapecurú.
Os holandeses reconstruíram o Forte de Vera Cruz, que estava arruinado e lhe deram o nome de Monte Calvário. Guarneceram-no com uma tropa de 70 homens e 8 peças de artilharia sob as ordens do Capitão Maximiliano Schade. Com essas ações esperavam explorar as riquezas da região. Os proprietários dos engenhos saqueados das ribeiras do Itapecuru, constrangidos com a situação devastadora, prepararam um levante comandado por Antônio Muniz Barreiros, auxiliado por Antônio Teixeira de Melo. As tropas dos lavradores marcharam contra os holandeses. Na noite de 30 de setembro de 1642, emboscaram cinco engenhos, incendiando as casas onde os invasores estavam hospedados. Ao amanhecer do dia 1º de outubro tomaram o Forte de Vera Cruz, localizado abaixo da Vila de Nossa Senhora do Rosário.
A barbaridade dos tapuios contra os padres fez os missionários recuarem das margens do Itapecurú, sendo restabelecidas suas presenças com a chegada do Padre Antônio Vieira ao Maranhão, em 16 de janeiro de 1653. Ele preparou uma missão e mandou reatar as relações com os índios e catequizar outras aldeias. Logo, a Companhia de Jesus teve problemas políticos com o governo do Maranhão, que defendia o interesse dos
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colonos na captura dos índios para trabalharem como escravos nas produções, enquanto os padres pregavam a criação das “aldeias de paz”. Os jesuítas se dedicaram aos ideais da Missão. O Padre Pedrosa insistia na pacificação indígena; conseguiu organizar as aldeias. O Padre João Avelar implementou o Aldeamento de São Miguel, construiu, no centro do povoamento, uma Capela a Nossa Senhora de Lapas e Pias, erguida com taipa de pilão, à margem direita do Itapecuru, quase em frente à Povoação de Rosário. A ribeira do Itapecuru ficou devastada com a invasão holandesa e os ataques indígenas, mas os jesuítas não se intimidaram. Com ações corajosas e munidos de confiança nos nativos, restabeleceram a paz na região. O governo do Maranhão, para consolidar o trabalho missionário, muitas vezes prejudicado pela política provincial, recuperou o Forte Vera Cruz da boca do rio e construiu o fortim Santo Cristo na “Serra Semide”. Os lavradores restabeleceram a pro-
Fachada atual da Igreja de São Miguel
Antiga fachada da Igreja de São Miguel
quanto os missionários descansavam, foram despertados por gritos de guerra. O Pe. Avelar foi o primeiro a tombar, em seguida vários da comitiva religiosa sucumbiram. Alguns escaparam em estado deplorável por flechadas e bordunadas dos guanarés. Depois da barbárie, fugiram levando como prisioneiros vários índios cristãos da “Aldeia de Paz” São Miguel.
dução, e a povoação de Nossa Senhora do Rosário voltou a crescer, em paz. O Pe. João Avelar conseguiu a proeza de colocar os índios guanarés no Aldeamento de São Miguel. O missionário estava em São Luís quando recebeu uma comissão com oito índios, enviada pelo cacique, convidando o Pe. Avelar para uma jornada catequética, que se estendia às aldeias dos Ubirajas “Barbudos”. A missão teve uma recepção jubilosa. Todos se demonstravam felizes. Após a festividade, os índios retornaram à floresta. À noite, en-
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Os padres não desistiram da catequese e fizeram os guanarés voltar ao aldeamento de São Miguel em 1726 e, quatro anos mais tarde, conquistaram os ubirajaras “barbudos”. Outras nações indígenas foram catequizadas, as chamadas Aldeias Altas, onde o Pe. Antônio Dias fundou um povoado, atual cidade de Caxias. Seguiram rio acima, no Alto Itapecuru, chegaram em Pastos Bons. Os trabalhos missionários sofreram interrupção em 1760, quando o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Estado do Maranhão e Grão-Pará.
Quanto à criação da Freguesia de Rosário, na antiga Aldeia dos Índios Barbudos, o governador da Província do Maranhão, Cristóvão da Costa Freire, em Carta Régia de 24 de dezembro de 1716, dizia “estar no Rio Itapecuru a Igreja de Nossa Senhora do Rosário que servia de freguesia aos moradores do dito rio e soldados da fortaleza dele...” (C. Marques). Nossa Senhora do Rosário, venerada padroeira do Rio Itapecurú, tinha grande prestígio entre os portugueses. A igreja possuía vigário, antes mesmo de ser elevada a Freguesia, nomeado pelo governo para atender a toda população ribeirinha. “Foi pela segunda vez criada a freguesia pela provisão régia de 25 de setembro de 1801”. (C. Marques, p. 559, op.cit.).
A beleza e as riquezas naturais: abundância em caça, peixes e frutos das margens do Rio Itapecurú renderam-lhe, com muita peculiaridade, o título de “Jardim do Maranhão”. Em seguida vieram engenhos de açúcar, criadores de gado, plantadores de algodão e uma variedade de produtos agrícolas.
Continuando com as informações de César Marques, em 1802, tem-se que “a freguesia de Rosário compreendia 196 fazendas, 226 sítios, 333 agricultores, 27 negociantes, 52 artistas, além dos mais indivíduos brancos e forros de um e outro sexo, tem mais de 10.179 escravos, enfim ao todo 12.174 almas”. por esses dados estatísticos, conclui-se que a população escrava representava 83,61 % dos seus habitantes. “São Miguel era povoação de índio com seu privativo Vigário, cujos indivíduos não eram compreendidos no mapa geral da população”.
Os nativos, verdadeiros proprietários, tiveram suas terras invadidas e tornaram-se incômodos para os colonizadores, que não tinham lugar para eles na nova sociedade que se estabelecia. Quando os índios tentavam recuperar seus territórios, classificavam-nos de baderneiros ou “gente inferior”. Os governantes autorizavam a escravidão dos nativos em “guerra justa”. Os padres jesuítas tinham a missão evangelizadora, não concordavam com a política de colonização repressiva, mas os povos indígenas, assustados, não faziam diferença, a princípio, entre um missionário e um colono.
Mário Meireles, na história de “Rosário do Itapecuru Grande”, à página 63, apresenta outro levantamento demográfico de 1805, que chega a conclusões semelhantes sobre a escravatura na região. Registra 13.672 habitantes, sendo 2.497 pessoas livres e 11.175 escravos; isto equivale a 81,74 % da população em cativeiro. No período da Abolição da Escravatura, em 13 de maio de 1888, o município ainda possuía 22% da população escrava.
As margens do Itapecuru serviam de combate às lutas constantes entre colonizadores e povos nativos. Os colonos recebiam as terras, instalavam suas fazendas e engenhos nas áreas indígenas e partiam para “guerra justa”, a fim de escravizar os nativos. Essas incursões lamentáveis nas aldeias terminavam em conflitos com os índios que povoavam a região. O governador do Maranhão, João da Maia Gama, em portaria de 22 de agosto de 1722, autorizou o capitão-mor Francisco Xavier de Aragão a incitar a guerra aos índios barbudos, aldeados na Aldeia Pequena, em torno da Igreja de Nossa Senhora do Rosário do Itapecuru. Mandou, ainda, aprisionar a todos e matar no furor da guerra os que resistissem, perseguir os que escapassem até se renderem, para que a ação servisse de exemplo e terror às outras nações (M. Meireles / C..Marques).
Os cientistas bávaros – Spix e Martius, Viagem pelo Brasil, vol. 2, pg.264 - no percurso da viagem entre Caxias – São Luís, via Rio Itapecuru, em 11 de junho de 1819, chegaram a “São Miguel, extensa freguesia, cujos moradores, na maioria eram gente de cor e entre eles, cerca de 300 índios”. Um aldeamento dos padres jesuítas. Prosseguindo a descida do rio, em pouco tempo aportaram ao povoado de Pai Simão, formado ao redor da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída pelo negro Simão da Boa Vida, que conseguiu alforria, incentivava os escravos a apoiar
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os companheiros. Convidava os amigos do cativeiro para desfrutar a liberdade no espaço sagrado, fora das gargalheiras.
na Bahia e Maranhão apresentaram resistência. As Juntas provisórias, que governavam estas províncias, permaneceram ligadas às ordens do Rei de Portugal, D. João VI. D. Pedro I mandou uma força do exército, saindo do Ceará para invadir o Piauí e o Maranhão. Reprimidos os rebelados piauienses, uma tropa atravessou o Rio Parnaíba e ocupou a Vila de Caxias e outra cercou a Vila de Itapecuru Mirim e proclamou a adesão do Maranhão; criou Independência uma junta de governo. O Capitão Salvador de Oliveira, comandante da tropa da independência, desceu o Rio Itapecuru e alojou seu exército em Rosário, enquanto esperava o comando resolver as escaramuças de Caxias, para juntar as tropas e dominar os rebelados da capital. Nesse ínterim, o Almirante Cocharne surpreendeu com sua chegada a São Luís, fechou o porto e rendeu a Junta Provisória, fiel à Coroa lusitana, que governava a Província. Às 11:00 horas da manhã do dia 28 de julho de 1823, desceu a bandeira portuguesa, hasteouse a brasileira e a Câmara proclamou a adesão do Maranhão á Independência do Brasil, apenas 8 dias após a Proclamação em Itapecuru- Mirim.
Igreja de São Simão
Nos arredores dos armazéns do lugarejo Pai Simão, os dois cientistas maravilharam-se com a produção cerâmica na olaria do Convento dos Carmelitas Calçados, que possuíam uma grande propriedade com 90 escravos trabalhando na manufatura de louça de barro, principalmente “grandes panelas e pratos redondos”, tijolos, telhas, queimavam em três fornos, as peças apresentavam coloração vermelha da mistura de argila com óxidos. Além da lucrativa produção de louça, a Fazenda do Carmo cultivava algodão, arroz e criava gado para consumo da casa.
Destituída a Junta Governativa, ligada à Corte portuguesa, D. Pedro I nomeou presidente da Província o advogado Miguel Inácio dos Santos Freire e Bruce e comandante das armas José Félix Pereira de Burgos. Instalou-se no Maranhão um período de “Violência e Arbitrariedade”, provocando a revolta na “Vanguarda dos Independentes”.
Com a invasão francesa a Portugal, o Príncipe Regente D.João VI deixou Lisboa, em 1808 e veio com a família real morar no Rio de Janeiro, então capital do Vice-Reinado do Brasil. Em sua reforma administrativa com a determinação Régia de 13 de agosto de 1811, criou em São Luís um Tribunal de Relação, cuja jurisdição integrava o território do Ceará a São José do Rio Negro, no Amazonas. A Resolução do príncipe deu prestígio político à capital Maranhense.
O Capitão Salvador de Oliveira reintegrou a corporação e instituiu a “Força Armada contra o Despotismo”. O comandante da Guarnição de Rosário, Alferes Félix Gualberto Castelo Branco, autorizou o ajudante de ordem Manuel Pinheiro a ocupar o Forte Vera Cruz na boca do Rio Itapecuru e apoderar-se do povoado de Estiva na ilha de São Luís, utilizando o destacamento de Perizes.
O movimento revolucionário de Portugal, em 1820, exigia a aprovação de uma constituição. Outro grande problema: o ressentimento dos portugueses por seu rei morar na Colônia. Tudo isso forçou D. João VI a voltar para Lisboa, em 26 de abril de 1820, abdicando da coroa ao Príncipe Regente D. Pedro. Aqui cresce a pressão pela Independência do Brasil, que aconteceu no dia 7 de setembro de 1822. Os portugueses residentes
Os comandantes de Caxias e Pastos Bons uniram a “Frente Revolucionária de Rosário” e criaram a “Comissão Expedicionária do Itapecuru Mirim”, com base militar na freguesia rosarense, para destituir o Presidente Bruce. Cercaram São Luís, em 30 de julho de 1824.
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O exército da capital estava preparado para defender o presidente da Província e rompeu fogo contra as tropas da “Comissão Revolucionária”, que não resistiu ao cerco e arribou para Rosário, três dias depois, sem realizar o plano de depor Bruce.
Em maio de 1849, a população de Rosário comemorou a chegada ao Porto da Vila, do primeiro navio a vapor do Maranhão, que iniciava a mudança do transporte nos povoados do Vale do Itapecuru, ligando São Luís a Caxias.
A revolução estendia-se por 90 dias, quando retornou ao Maranhão o Almirante Cocharne. O Presidente Bruce partiu, então, para o Rio de Janeiro; os revoltados acalmaram-se e o movimento enfraqueceu. “A Câmara da Capital, por edital de 25 de maio de 1832, fez saber seus munícipes que se achava restabelecida a tranqüilidade nesta freguesia” (César Marques).
Pela Lei provincial nº 488 de 18 de julho de 1858, foi criada a comarca de Rosário, desligando-se de Itapecuru-Mirim, com abrangência de Icatu e Miritiba (Humberto de Campos). Ainda faziam parte dessa circunscrição judiciária os principais povoados de Peris de Cima, Peris de Baixo, Cachoeira, Itamerim, Mucambo e Pai Simão 24 anos depois instalou-se a comarca de Icatu.
A provisão régia de 19 de abril de 1833, elevou a freguesia de Rosário à categoria de Vila. Isto se fez cumprir pela promulgação da Lei provincial nº 3, de 30 de março de 1835. A Vila ficaria composta pelas freguesias de Nossa Senhora de Rosário, onde se instalou a sede e Nossa Senhora de Lapa e Pias de São Miguel Arcaujo.
Depois da Proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil, em 15 de novembro de 1889, o país teve de sufocar algumas rebeliões e romper as relações com Portugal para estabelecer o regime republicano e a unidade nacional. O Maranhão,apesar da grande influência lusitana, não fez oposição ao movimento e aderiu a República em três dias.
A mesma Lei Provincial nº 3, de 30 de março de 1835, consagrou Rosário a Vila e criou a primeira cadeira de latim para meninos. Dois anos depois, outra Lei, de 26 de Julho de 1837, fundou a escola de primeiras letras para meninas. Provavelmente o ensino teve início com os professores Manuel de Jesus Lima, com a classe masculina; e Joana Raimunda de Melo, com as meninas. O mestre escola de maior destaque da Vila de Rosário, Adrião Gonçalves Lima, foi o primeiro professor de Benedito Pereira Leite, rosarense ilustre de reputação nacional.
A economia maranhense dependia da produção rural, sustentada pelo trabalho escravo. Com a Lei Áurea, a Província sofreu um grande impacto econômico. Rosário e demais municípios dependiam da produtividade agrícola. A estimativa demográfica de 1896, registrava que apenas 20% dos habitantes moravam na Vila. Na época existia na sede municipal: 436 casas, 35 quitandas, 3 padarias, 2 açougues, uma farmácia e 28 artífices (alfaiate, sapateiros, ferreiros, marceneiros e outros). Enquanto na zona rural viviam 80% da população distribuídas nas habitações dos velhos aldeamentos criados pelos missionários jesuítas e outros povoados espalhados pelas margens do rio Itapecuru e campos da região. Eram 40 fazendas, 13 engenhos de açúcar, seis olarias e duas fábricas de beneficiamento de algodão.
Com a criação da Guarda Nacional em 18 de Agosto de 1831, Rosário sediou o 17º Batalhão de Caçadores da Corporação. A Posição geográfica da Vila, próxima da foz do Rio Itapecuru, naturalmente um ponto estratégico no continente para defesa da capital da Província do Maranhão, tendo como base de proteção o Forte de Vera Cruz, que passou por uma restruturação em 1840. Nesse período, a Balaiada, revolução popular, havia arrasado a Vila de Itapecuru e os sertões maranhenses. Rosário não sofreu tantas conseqüências com a revolta, e ainda teve o privilégio de prender um dos líderes, o vaqueiro Raimundo Gomes (O Cara Preta) que perdeu 500 homens de sua coluna em confronto com as tropas imperiais nas matas de Cemimata.
A estrutura política de Rosário e dos outros municípios ficou estabelecida pela Constituição Estadual, na Lei nº 2 de 14 de setembro de 1892, que regimentava a administração municipal. O poder Executivo era exercido por um intendente, chefe do município; e o Legislativo por uma câmara municipal com cinco vereadores.
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Casarões antigos
com destino a Aldeias Altas, determinou por decreto Lei nº 1.329 de 3 de janeiro de 1905, a construção da segunda etapa da ferrovia São Luís –Caxias, conectando com os trilhos que ligavam esta cidade a Timon, em frente a capital do Piauí.
A Vila de Rosário sediava uma Coletoria Federal, que cuidava das tributações da União; outra estadual, que cobrava os impostos de sua alçada; uma agência dos correios com malas postais quinzenais. A comarca estava sobre a jurisdição de um juiz de Direito e um promotor Público. Aí funcionava um tribunal de Júri, que julgava os cidadãos. Ainda existia uma delegacia de polícia civil e três subdelegacias nos distritos policiais dos povoados.
Os trabalhos reiniciaram-se em 1907, contudo, o governador do Maranhão, Benedito Leite, rosarense, embargou a ferrovia. O primeiro traçado da Estrada de Ferro não passava em Rosário e em outras cidades do vale do Rio Itapecuru. Fez-se novo projeto, que conserva o traçado atual.
Com o título de cidade, a Câmara Municipal de Rosário ganhou mais dois vereadores, elevando de cinco para sete o número de representante da população no poder legislativo. O recenseamento de 1920 registrou 17.153 habitantes no município, 2.847 pessoas a menos que o levantamento de 24 anos atrás. Essas estatísticas demonstraram que a população rosarense diminuiu no primeiro quartel do século XX.
A linha férrea que liga Rosário a Catanhede foi inaugurada em 1º de julho de 1919, emquanto os trabalhos da ferrovia continuavam por Pirapema, Itapecuru-Mirim, Coroatá, Codó até Caxias. O Trecho que liga Rosário-São Luís teve sua inauguração em 14 de março de 1921, mas até então interrompido no Estreito dos Mosquitos. Finalmente ficou autorizada a interligação da Ferrovia São Luís- Teresina, através do decreto nº 14.823, do governador Epitácio Pessoa, de 24 de maio de 1921. O projeto Ferroviário, ligando as duas capitais do Maranhão e do Piauí. Concretizou-se com a construção das pontes: Benedito Leite, sobre o estreito dos Mosquitos, e a do rio Parnaíba. A ferrovia foi inaugurada em 31 de dezembro de 1938, 43 anos depois do primeiro trecho, Caxias-Timon.
A Estrada de Ferro São Luìs-Teresina corta 65 km do município de Rosário, passa por dentro da cidade onde existe uma Estação de Trem. A construção desta ferrovia realizou-se em duas etapas. A primeira de Caxias a São José das Cajazeiras ou Flores (Timon), autorizada por D. Pedro II, com o decreto imperial nº 10.250 de dezembro de 1888. A inauguração dos 78 km ocorreu em 9 de junho de 1895. O Presidente da República, Afonso Pena, depois de fazer uma viagem difícil, subindo o rio Itapecuru em uma gaiola a vapor, partindo da capital maranhense
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Os historiadores dizem que Bento Maciel Parente
em Rosário. As celebrações religiosas realizavam-se no
construiu o Forte de Vera Cruz em 1620. “A margem
corredor esquerdo do templo em ruínas.
esquerda do rio Itapecuru na lat. Merid. De 2º48` e na
As autoridades civis, religiosas e militares se
long. Oc. De 45º45` foi assentada a povoação outrora
mobilizaram para arrecadar fundos. O tesouro
do Itapecuru Grande, onde havia uma igreja dedicada
provincial também contribuiu para a construção do
a Nossa Senhora do Rosário” (Cesar Marques, p. 559).
novo templo. “As 5 horas da tarde de 25 de julho de
O governador do Maranhão, Cristóvão da Costa
1868 foi assentada a 1º pedra para a edificação da igreja
Freire (1707-1718), em carta régia, afirma que a
matriz pelo Exmo. Sr Bispo D. Luís da Conceição
igreja “Servia de freguesia aos moradores do dito rio
Saraiva” (Enciclopédia dos Municípios brasileiros, p.
e aos soldados da fortaleza dele, a qual era a mais
303). Estava presente na solenidade o presidente da
antiga deste Estado por ter no mesmo rio, princípio
Província do Maranhão, Dr Manuel Jansen Ferreira,
a cidade”. A Matriz voltou a ser notícia oficial devido
o juiz de direito de Rosário, Dr. Mathias Antônio da
a seu desmoramento, às 2 horas da madrugada de 26
Fonseca Morato, uma multidão de fiéis da capital e
de março de 1866, com as fortes chuvas que caíram
rosarense.
Igreja Nossa Senhora do Rosário
A igreja foi projetada pelo capitão engenheiro
a sacristia e o Consistório. As obras continuaram
Dr.Francisco Gomes de Souza, tendo 16.72m de
em pleno desenvolvimento, graças aos esforços da
frente e 33m de fundo, compondo a estrutura: a Nave,
comissão de construção do templo, destacando-se o
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por outra, no final do século XX, com azulejos novos
Dr. Morato e o coronel Rocha. O juiz promovia leilões
da mesma cor branca, após tentativa de limpeza sem
beneficentes e dirigia pessoalmente os trabalhos.
sucesso, “Os antigos estavam bastante encardidos”,
Em fevereiro de 1871, a comissão comunicou
afirma o professor Crispim Rogrigues da Silva.
oficialmente ao presidente da província, Dr. Augusto
Os azulejos da fachada da Matriz de Rosário
Gomes de Castro, o término da igreja. A pedido do
tiveram o mesmo destino de revestimento azulejares
grupo de trabalho, o benzimento aconteceu no dia 28
de dezenas de casas e sobrados de São Luís e cidades
de maio do mesmo ano.
históricas do Maranhão, que desapareceram do
A população rosarense tem orgulho de sua igreja.
patrimônio arquitetônico sem deixarem registros na
Conta ser a única do Brasil a possuir a torre sineira
história cultural e artística dos arquivos e bibliotecas do
na parte de trás, só existindo outra igual na Itália. Sua
Estado, para a população carente de conhecimentos
construção de pedra e cal durou apenas três anos,
do passado próximo e marcante. O descaso do Poder
um esforço conjunto do povo, autoridades locais e do
público e a falta de conscientização das comunidades
presidente da província do Maranhão.
urbanas são catastróficas para qualquer acervo ou bem patrimonial.
É notório que a igreja da Nossa Senhora do Rosário possuía uma fachada azulejada, que foi substituída
Torre Sineira
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AZULEJOS DE VIANA
V
Letícia de Maria Paixão Martins de Castro
iana, outrora a 3ª cidade mais importan-
A Fazenda de São Bonifácio, segundo Jerônimo Viveiros em “História do Comércio do Maranhão-1612+1895” (1º volume, pgs. 44/45), possuía quatro engenhos de cana, oito alambiques, casa de fazer farinha com duas rodas de ralar mandioca, oficinas de tecelão, carpintaria, serraria, ferraria e casa de canoas. Chegaram a construir um bergantim de 44 palmos; era a principal fazenda dos jesuítas. Lá, cultivavam cana, café, cacau, laranja, mandioca e pacova.
te da Baixada maranhense, é conhecida como Cidade dos Lagos. Península rica
em beleza, história e tradição, teve sua origem em 1709 (alguns pesquisadores falam 1702, como no Jornal “O Popular”, ANO I, nº.2, pg. 3, “As controvérsias sobre nomes e datas de Viana”, Viana- julho/2003.), na aldeia guajajara de Maracu. Foi povoada pelos missionários da Companhia de Jesus, que construíram a Fazenda São Bonifácio, nome dado em homenagem
Viana limita-se ao Norte com o lago de Aquiri, ao Sul com o de Viana, a Leste o de Itãns e a Oeste os de Maracaçumé e Cajari. Está distante da capital 210 km, possui uma população de 46.050 habitantes. A cidade fica 25 metros acima do nível do mar, sendo quase toda cercada por um imenso oceano de água doce, principalmente no inverno, quando todos eles se comunicam com o Lago de Viana por meio dos campos que se inundam, formando outros lagos, estes temporários. É a principal cidade do Vale do Pindaré, e situa-se em terreno baixo e úmido, de solo argiloso e topografia irregular ponto de convergência da vasta região campesina e lacustre.
ao mártir São Bonifácio, na localidade conhecida por Igarapé do Engenho. Depois, construíram uma igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição, passando a partir daí, a ser chamada “Missão da Aldeia de Nossa Senhora da Conceição Imaculada do Maracu”. Da Missão de Maracu faziam parte, além do Engenho de São Bonifácio, as roças de Tremaúba e a fazenda de gado de Araçatuba, hoje é o bairro São Brás. A Aldeia de Maracu, localizava-se onde hoje é a Praça da Matriz e, no início, se resumia à criação de gado, com seis currais, sendo cinco de gado vacum e um de gado cavalar – “todos com as casas adequadas ao fim de cada qual: curral de Ibacá, curral de São José, curral de Baixo, curral do Meio, curral de Cima e curral das Éguas.” Nesses currais estavam cerca de 15.600 cabeças de gado vacum e 500 de gado cavalar, segundo Jerônimo Viveiros em História do Comércio, vol. I pgs. 44/45.
Outrora vivenciou períodos de glória e opulência por ser um dos principais pontos do comércio marítimo fluvial, fazendo da cidade-porto um local estratégico para escoamento de toda a produção agro-pastoril da região para a capital. Com a chegada do transporte rodoviário à cidade, iniciou-se o seu declínio comercial; Deve seu nome aos colonizadores portugueses que queriam homenagear a cidade portuguesa Viana do Castelo.
A partir da fundação da fazenda agrícola São Bonifácio, começaram as correntes migratórias de portugueses acompanhados de muitos escravos, juntando-se aos nativos locais. Dedicaram-se ao comércio, à agricultura e assim foi-se formando a estrutura sócioeconômica da futura vila de Viana, acontecimento a meados do século XVII.
O escritor Raimundo Travassos Furtado, em seu livro “Minha Vida, Minha Luta”, p. 236, diz que “Muito antes da chegada ao Maranhão dos missionários da Companhia de Jesus,as terras,onde se acha situada
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hoje a cidade de Viana, eram de uma grande nação de índios tupis”, e que, segundo a carta do padre Manuel das Neves, administrador da Aldeia de Maracu (em março de 1756, ao padre José Coimbra do Nascimento), a nação era constituída de seis tribos que há mais de três anos localizavam-se naquela região, ocupando a maior parte delas, o atual Largo da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, que era onde residia o chefe geral de nome Timbaú.
do Padre Eider – Viana-MA), a força ali se compunha de 04 soldados de linha e 02 capitães do mato, cada um com 06 índios. A Comarca de Viana foi criada em 29 de abril de 1835, ficando constituída de dois termos: o da sede, constando de três distritos de paz e o de Vitória do Mearim. E em 30 de junho do mesmo ano, pela Lei Provincial nº. 377 Viana foi elevada à categoria de “cidade”.
Viana foi elevada à categoria de “vila” pelo Governador Gonçalo Pereira Lobato e Sousa e outras autoridades, no dia 8 de julho de 1757; no dia seguinte, na Fazenda Araçatuba, o ouvidor-geral deu posse de todo o gado vacum e cavalar aí existente que, segundo o jesuíta Joaquim da Cunha, fora adquirido com as esmolas para manutenção dos padres.
Em 1858, a cidade recebeu sua 1ª iluminação pública à base de querosene; houve comemoração e muita festividade. Mais tarde essa iluminação foi substituída pela luz de carbureto (1911), posteriormente, em 1931, pela luz elétrica, cujo motor teve sua compra financiada pelo ilustre vianense Raimundo Castro Maya. O fato foi comemorado com Missa Campal assistida por enorme multidão. Contudo a cidade teve o seu sistema de iluminação extinto, ficando às escuras por mais de 10 anos.
A escritora e pesquisadora Dinacy Correa (“VIANA – Inventário histórico/D.P.H.” fl.7) refere que “a 30 de outubro de 1759, foi concedida ao senado da localidade, uma légua de terra para formação do seu patrimônio territorial”.
Em 1860 “ a Princesa dos Lagos” possuía uma população de 8.397 habitantes, sendo 6.506 livres e 1891 escravos.
O governador Joaquim de Melo e Póvoas em comunicação feita à Coroa portuguesa em 1º de março de 1768, disse que passou por Viana, visitou todas as fazendas que foram dos jesuítas, ficando mais tempo na de Maracu, e que a vila tinha “excelente situação, boa igreja, suficiente casa de câmara e uma forte cadeia; a escola tem muitos rapazes, alguns escrevendo bem e os índios são civilizados”.
Viana foi tema na crônica de Machado de Assis “11 de setembro de 1864”, que é ao mesmo tempo nome e data em que foi escrito, nela se fala das lágrimas que surgiram em retrato de Santa Tereza num quadro durante três horas; uma comissão de eclesiásticos foi formada, examinou o quadro e não achou nada. Em 1866 a cidade era a “cabeça” da comarca do mesmo nome com dois municípios, o de Viana e o de Mearim. O de Viana possuía três freguesias: Nossa Senhora da Conceição da cidade de Viana, São Francisco de Monção e São José de Penalva; O município de Mearim possuía as freguesias de Nossa Senhora de Nazaré do Mearim e Nossa Senhora da Graça do Arari. Na época existiam em Viana 07 senhores de engenho de açúcar, 43 fazendeiros de arroz, mandioca e outros gêneros e 39 criadores. Em julho de 1868, um grupo maior de 20 escravos capitaneados por outros foragidos do Quilombo São Benedito do Céu, localizado nas cabeceiras do Bonito (braço do rio Turi que fica há três dias e meio a pés de Viana), acometera diversos lugares da comarca, soltando gritos de liberdade, a fim de incitar os escravos das fazendas por onde fossem passando,
A cidade era tão importante para a Província do Maranhão que foi escolhida para ponto de parada obrigatória do 14º Batalhão de Infantaria e de uma Companhia da Guarda Nacional. Participou do surto progressista do Maranhão no século XIX e em decorrência disso, surgiram no local sobrados e casarões construídos em pedra e cal, com ou sem azulejos na fachada. Em 1820, ela possuía uma praça regular de 60 por 30 braças onde é a matriz, cinco ruas principais, algumas travessas e 400 índios domesticados; cultivavam arroz, algodão, cana-de-açúcar e tinha algumas fazendas de gado vacum. Segundo retrato feito pelo coronel Antônio Bernardino Pereira do Lago, do Real Corpo de Engenheiros, em “Itinerário da Província do Maranhão-1820” (foto-copiado da biblioteca particular
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foi a mesma.
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A 1ª eleição municipal da cidade realizou-se em 1892, cujo intendente foi o Sr. Antônio Serafim da Costa.
a acompanhá-los e também a roubar e assassinar; ocuparam simultaneamente diversas fazendas no centro da comarca. O movimento tomou proporções aterradoras com a prática de atentados às pessoas e à propriedade individual. Os quilombolas de Viana permaneceram lutando até a Abolição, alimentados pelo sentimento de liberdade, desestruturando o sistema escravagista da região. Mesmo depois de três anos do movimento insurrecional, os quilombolas continuavam agindo, mantendo os fazendeiros em permanente estado de insegurança e terror. Depois
O 1º jornal de Viana surgiu em 1912, “A Imprensa”, circulando aos sábados; nesta mesma década outros foram impressos: A Ordem, A Reforma, Atualidade, O Vianense e A Centelha. Em 1950 a cidade já contava com 822 habitantes numa área terrestre de 818 Km², um dos menores municípios da Maranhão em tamanho, mas um dos mais povoados. A diocese de Viana foi criada no governo de D. Delgado em 15/12/1962, pelo Papa João XXIII; o Bispado de Viana abrange 12 municípios da Baixada maranhense.
disso, a situação sócioeconômica de Viana nunca mais
Igreja Matriz
Cruz de ferro - Praça da Matriz
Parte da fachada da 1ª Igreja Matriz de Viana
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Igreja e Praça da Matriz de Nossa Senhora da
Silva, Ozimo de Carvalho e Estevão Rafael de Carvalho,
Conceição – A primeira foi construída na segunda
este um dos autores intelectuais da “Balaiada”.
metade do século XVII, quando da fundação da
A equipe do “Inventário de Azulejos das Cidades
missão pelos jesuítas, passou por várias reformas que
Históricas do Maranhão” percorreu toda a área tombada
comprometeram as suas características originais; Possui
de Viana, onde encontrou os seguintes imóveis com
fachada revestida com azulejos industriais verdes lisos.
azulejos, aqui distribuídos de acordo com a rua:
Segundo entrevista com o Pe. Eider Silva, na praça, em frente da matriz, existe um cruzeiro que foi mandado
Rua Cônego Hemetério:
construir pelo escritor e historiador Antonio Lopes; a cruz de ferro está sobre um bloco de granito com o monograma “JHS”, dentro de um círculo dentado; este bloco de granito fazia parte da fachada da primeira Igreja Matriz. Atrás havia um farol a querosene, em mirante de madeira que servia de ponto de referência aos viajantes. No início do século XX, no 1º decênio, foi construída uma grande torre na frente da igreja com outro farol, este maior que o outro. Em 1981, a matriz de Viana teve seus sinos vendidos ao Governo do Estado, o que provocou tamanha revolta na cidade que alcançou repercussão na imprensa nacional e, depois de seis anos de luta, com a pressão dos vianenses, os sinos voltaram ao seu lugar. Durante o tempo em
S/N, Sobrado pertencente à Família Gaspar,
que ficaram fora, estavam em São Luís, na Igreja do
de estilo tradicional português, construído em 1843,
Desterro. Possuem a seguinte inscrição: “ANO 1848
foi armazém, fábrica de beneficiamento de arroz,
– MANOEL ANTONIO MARTINS – O. F. E. S –
algodão e café, a famosa Fábrica de Viana. Seu
FÁBRICA: Rua Augusta, Lisboa – Pertence à Matriz
primeiro proprietário foi Edgar Carvalho, neto de
de Nossa Senhora da Conceição de Viana do Maracu
Estevão Rafael de Carvalho (jornalista, fundador do
na Província do Maranhão – Mandado fundir pelo
jornal “O bem-te-vi”, idealizador da “A Balaiada”),
Capitão João Raimundo Pereira da Silva, fabriqueiro
depois o comerciante José Pinheiro e, a seguir, o Sr.
da mesma Matriz.” A chegada dos sinos à cidade foi
Armando Gaspar. Possui fachada revestida de azulejos
apoteótica com a população presente, em festa.
portugueses lisos amarelos - PL 02, do século XIX;
Viana foi tombada pelo Governo do Estado através
friso também português com decoração estampilhada
do decreto nº. 10.899, de 17 de outubro de 1988, nº.
em verde e amarelo, de folhas em cadeia – FE 40, da
de inscrição 040, no livro de tombo fl. 09, de 20 de
metade do século XIX. Está abandonado, em ruínas,
novembro de 1988. Foi publicado no Diário Oficial em
prestes a cair.
27 de outubro de 1988. A cidade deu ao Maranhão ilustres personagens de sua Cultura e História como Antônio Rayol, Celso Magalhães, Dilú Melo, Raimundo de Castro Maya, os irmãos Raimundo e Antônio Lopes, Astolfo Serra, Rogério do Maranhão; Raimundo Nonato Travassos Furtado, Pe. Eider Furtado Silva, Edith Nair Furtado
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Nº. 146 Casa da Família Azevedo ou Leovegildo
Nº. 138 Casa do Sr. João Trindade, vizinha à casa
Dominici, com fachada toda revestida em azulejos
anterior, construída em 1891, possui o mesmo padrão
estampilhados portugueses, sendo o PE 07 um padrão
de azulejos a revestir a fachada – PE 07, o mesmo
do final do século XIX, na parte superior em policromia
friso – FE 22, mas a barra/embasamento é em massa
- laçaria com motivos fitomórficos conhecida como
chapiscada; residência de tradicional estilo português,
“estrela e cruz”, desenho de influência mourisca,
do tipo morada inteira.
padrão 2 x 2; e o PE 11 na barra/embasamento em dois tons de verde, produzido pela Fábrica Viúva Lamego (Lisboa-PT), século XIX, também padrão 2 x 2. Todo o revestimento é delimitado pelo friso “de corda” - FE 22, português, estampilhado em azul cobalto e branco,
Rua Grande ou Rua Antônio Lopes:
do século XVIII, também da Fábrica Viúva Lamego. A casa não possui janelas em sua fachada principal, só três portas, o que nos leva a pensar que talvez ela e a seguinte, fossem um prédio só, então também uma construção de 1891.
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Nº. 544, Casa do Senhor Estrelinha, pertenceu ao Sr. Tolentino Veloso e ao Dr. Arthur Almada Lima, 10º juiz de direito. Tem a maior parte da fachada em azulejos portugueses, laçaria em estampilha policrômico – PE 97, alguns remendos em padrão ferradura – PE 01 e com o PE 14; frisos portugueses em estampilha - FE 33 e FE 41, em azul e branco - motivo meandro, todos do século XIX. Um Registro Devocional do tipo popular na fachada, entre as janelas, do século passado (XX), em quatro peças com São José de Ribamar com cercadura azul, elaborado na técnica da serigrafia em azulejos industrializados brancos. Nº. 193, Casa da Família Pinheiro (Sr. Manoel Pinheiro),
construída
em
1899,
meia
morada
revestida com azulejos portugueses – PE 58, da 2ª metade do século XIX, decoração conhecida como motivo “luz e sombra”, imitação de enxaquetado de fabricação da Viúva Lamego, padrão 2 x 2; o PE 11 na barra / embasamento, separados pelo friso FE 35, possivelmente da Fábrica Viúva Lamego em Lisboa, do tipo “galão”, todos do século XIX e estampilhados.
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Nº. 593, Casa do Sr. Batista Luzardo Pinheiro Barros, de tradicional arquitetura portuguesa, provavelmente morada inteira que teve duas janelas transformadas em portas, funcionando aí um cartório; possui a fachada revestida totalmente em azulejos portugueses estampilhados – PE 11 e na barra/embasamento, um “jogo” do mesmo padrão em peças claras e escuras alternadamente, separados pelo friso FE 18; todos do século XIX.
S/Nº, Casa da Família Duailibe, possui faixa superior contornando a fachada principal e a lateral, em azulejos portugueses estampilhados – PE 14, padrão 2 x 2, da Fábrica Viúva Lamego, do século XIX. Atualmente nela funciona o colégio do município “U.E. Manoel Soeiro” e a loja “SIDNA Modas”.
Rua Dr. Castro Maia: Nº. 582, Prédio da APAE / CNBB, meia morada com um Registro Devocional tipo popular, em quatro peças de azulejos industriais brancos onde se vê a imagem de São José e o Menino Jesus contornados por cercadura azul em serigrafia, na fachada principal, acima da entrada principal.
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Rua Prefeito Antônio Serafim da Costa, cemitério:
Campo Santo São Sebastião, túmulo pertencente à Maria do Socorro Gomes com painel do tipo Registro Devocional, Nossa Senhora de Fátima em azulejos industrializados, quatro peças, cercadura azul em serigrafia.
Hoje Viana oferece aos turistas, além da beleza de seus casarões coloniais alguns revestidos em azulejos, a natureza em toda a sua exuberância oferecendo passeios pelos lagos em barcos a motor, de onde se poderá apreciar melhor a diversidade das plantas e aves aquáticas. Na economia seu ponto alto é a pecuária com bubalinos, bovinos, suínos e equinos; não menos importante é a agricultura com plantações de mandioca, milho, arroz e feijão. Algumas das festas populares e folclóricas de Viana: em janeiro Festa do Divino, em outubro Festa do Arraial de Nossa Senhora Aparecida, em novembro Festa de Nazaré e em setembro Festa de São Benedito da Barreirinha. Possui também diversas manifestações Túmulo nº 5, s/identificação, com Registro Devocional
folclóricas e populares como tambor de crioula ou
de São Jorge em doze peças, cercadura azul escuro em
de mina, Bumba-meu-boi, o Baile de São Gonçalo, o
serigrafia.
Serra Velha, a Chegança, o Fandango, o Candomblé,
A Cidade dos Lagos e sua exuberante paisagem
as Ferras e as Vaquejadas.
de pura beleza tropical possuem valores culturais que
O acervo histórico e arquitetônico da área urbana
são guardados e cultuados por seu povo, mantido vivo
foi tombado juntamente com o patrimônio paisagístico
como motivo de orgulho para as futuras gerações.
da região que compreende os lagos que contornam a
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cidade. A equipe do Inventário de Azulejos das Cidades Históricas do Maranhão tomou conhecimento de alguns locais em Viana onde existiam azulejos e foram retirados, segundo levantamento feito pela equipe do Departamento de Patrimônio Histórico do Maranhão- DPH, na época do Tombamento:
Prédio da Prefeitura – (Rua Antônio Lopes
belas residências da cidade, tendo sido modificado
/ Rua grande), possuía azulejos portugueses em
pelo banco a fim de adequá-lo às exigências do modelo
sua fachada que foram retirados e trocados por
oficial a ser seguido.
novos, industrializados, em 1986 pela administração
Casa da família do Sr. Bibi Silva – (Rua Antônio
municipal, foi construído por um português rico que
Lopes / Rua Grande nº 210) destruída e saqueada pelo
tinha intenção de dar um prédio a cada uma de suas
povo em 1986 por ordem do prefeito, onde hoje é o
filhas; foi palco do desenrolar da Revolução Vianense
Fórum, cujo azulejo é possível que fosse o PE 01 ou
de 30.
PE 07.
Prédio do Banco do Brasil – era uma das mais Após o término do levantamento do patrimônio azulejar da cidade, a equipe concluiu que: a) Encontrou 7 padrões de azulejos, sendo um liso e os demais em estampilha; b) Encontrou 6 padrões de frisos, todos estampilhados. c) A maioria dos azulejos encontrados é do século XIX; d) A grande maioria deles é proveniente da Fábrica Viúva Lamego, de Lisboa - Portugal. e) Encontramos um azulejo de padrão novo – PE 97; f) Um padrão de friso novo – FE 40; g) Uma variante do friso FE 02 – o FE 41; h) Não foram encontrados azulejos em aplicação interna.
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Inventário dos Azulejos das Cidades Históricas do Maranhão - 2006 -
Planilha dos azulejos inventariados
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LO 1.
HA
RI
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ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
PE 13
PE 24
6
7
10
8
ESTAMPILHA
PE 10
5
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13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIM
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
FACHADA
RU
RUA DIREITA, 253
RUA DE BAIXO S/Nº (TIJUPÁ)
BALCÃO SILHAR DA VARANDA
RUA DE BAIXO S/Nº (TIJUPÁ)
RUA GRANDE, 98
ADORNOS ISOLADOS
BALCÃO
RUA DE BAIXO S/Nº (TIJUPÁ)
RUA DIREITA, 102
BALCÃO
FACHADA
15
14
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HI PC
PC
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PC
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CIDADE DE CAXIAS
ESTAMPILHA
PE 27
PE 33
PE 58
3
4
5
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
PE 03
CÓDIGO
2
AZULEJO
PE 01
PADRÃO
1
ÍTEM
AZULEJO ESTAMPILHA
1.2
443
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
REVESTINDO O TÚMULO
OUTROS CEMITÉRIO DOS REMÉDIOS
CEMITÉRIO DOS REMÉDIOS
REVESTINDO O TÚMULO
CEMITÉRIO DOS REMÉDIOS
REVESTINDO O TÚMULO
RUA DO PARNÁSIO, S/N, BAIRRO PONTE
CEMITÉRIO DOS REMÉDIOS
REVESTINDO O TÚMULO
BARRA
RUA 1º DE AGOSTO, 754
RUA BENEDITO LEITE, 716
RUA RUI BARBOSA, 839
CEMITÉRIO DOS REMÉDIOS
ENDEREÇO
ADORNOS ISOLADOS
TAPETE
LOCAL DE APLICAÇÃO REVESTINDO O TÚMULO
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PE 96
CÓDIGO
7
AZULEJO
PE 95
PADRÃO
6
ÍTEM
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
13,5 X 13,5
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
444
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
BARRA
SILHAR
TAPETE
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA BENEDITO LEITE, 848
RUA CÂNDIDO MENDES, 423 A/B
ENDEREÇO
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PADRÃO
AZULEJO
1
ÍTEM
PADRÃO
CERCADURA
CERCADURA DELCACOMANIA
1
ÍTEM
AZULEJO RELEVO
DECALCOMANIA
CD 05
445
---
DIMENSÃO (CM)
13,5 X 13,5
RELEVO COM PINTURA MANUAL
TÉCNICA
DIMENSÃO (CM)
TÉCNICA
CÓDIGO
PR 14
CÓDIGO
ALEMANHA
PROCEDÊNCIA
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
ENDEREÇO
RUA ARÃO REIS, S/N
ADORNOS ISOLADOS
PRAÇA GONÇALVES DIAS, 197/203
RUA AFONSO PENA, 362
RUA VESPAZIANO RAMOS, 725
ENDEREÇO
LOCAL DE APLICAÇÃO
BARRA E FAIXA SUPERIOR
ADORNOS ISOLADOS
LOCAL DE APLICAÇÃO
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ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
FE 08
FE 12
FE 18
FE 30
FE 35
FE 39
3
4
5
6
7
8
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
ESTAMPILHA
TÉCNICA
FE 02
CÓDIGO
2
FRISO
FE 01
PADRÃO
1
ÍTEM
FRISO ESTAMPILHA
6,75 X 13,5
6,75 X 13,5
6,75 X 13,5
6,75 X 13,5
6,75 X 13,5
6,75 X 13,5
6,75 X 13,5
6,75 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
446
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
RUA BENEDITO LEITE, 848
CEMITÉRIO DOS REMÉDIOS
CEMITÉRIO DOS REMÉDIOS
RUA CÂNDIDO MENDES, 423 A/B
REVESTINDO O TÚMULO
REVESTINDO O TÚMULO
FACHADA E INTERIOR
CEMITÉRIO DOS REMÉDIOS
REVESTINDO O TÚMULO
BARRA
CEMITÉRIO DOS REMÉDIOS
RUA RUI BARBOSA, 839
RUA BENEDITO LEITE, 716
RUA DO PARNÁSIO, S/N, BAIRRO PONTE
ENDEREÇO
REVESTINDO O TÚMULO
FACHADA
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
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1
ÍTEM
PADRÃO
FRISO RELEVO
FRISO
6,75 X 13,5
RELEVO COM PINTURA MANUAL
FR 10
447
DIMENSÃO (CM)
TÉCNICA
CÓDIGO
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
BARRA E FAIXA SUPERIOR
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA GONÇALVES DIAS, 197/203
ENDEREÇO
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PADRÃO
1
ITEM
PADRÃO
FRISO ESTAMPILHA
1
ITEM
FRISO
AZULEJO
CIDADE DE GUIMARÃES
AZULEJO ESTAMPILHA
1.3
FE 01
ESTAMPILHA
TÉCNICA
ESTAMPILHA
PE 14
CÓDIGO
TÉCNICA
CÓDIGO
6,75 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
13,5 X 13,5
DIMENSÃO (CM)
448
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
PORTUGAL
PROCEDÊNCIA
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
FACHADA
LOCAL DE APLICAÇÃO
RUA URBANO SANTOS Nº 75
ENDEREÇO
RUA URBANO SANTOS Nº 75
ENDEREÇO
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ÍTEM
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PINTURA DE MUFLA
PINTURA DE MUFLA
NACIONAL – AUTOR DESCONHECIDO
NACIONAL – AUTOR DESCONHECIDO
NACIONAL – AUTOR DESCONHECIDO
NACIONAL – AUTOR DESCONHECIDO
N. S. DE FÁTIMA
SÃO JORGE
SÃO JOSÉ E O MENINO JESUS
SÃO JOSÉ DE RIBAMAR
1
2
3
4
PINTURA DE MUFLA
PINTURA DE MUFLA
TÉCNICA DE DECORAÇÃO
ORIGEM
REGISTROS
ÍCONE DEVOCIONAL
Nº DE ORDEM
1.5 REGISTROS DEVOCIONAIS – VIANA
452
RUA ANTONIO LOPES Nº 544, VIANA
RUA DR. CASTRO MAIA Nº 582, VIANA
RUA PREFEITO ANTONIO SERAFIM DA COSTA, CEMITÉRIO SÃO SEBASTIÃO, VIANA
RUA PREFEITO ANTONIO SERAFIM DA COSTA, CEMITÉRIO SÃO SEBASTIÃO, VIANA
ENDEREÇO
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Inventário dos Azulejos das Cidades Históricas do Maranhão - 2006 -
Mapas do Levantamento
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
Alcântara
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
Alcântara
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
Alcântara
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
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Alcântara
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
Alcântara
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
Caxias
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
Caxias
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Caxias
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Caxias
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Caxias
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CONCLUSÃO Desde os primeiros registros cadastrais feitos pela professora Dora Alcântara, publicados no seu trabalho Azulejos Portugueses em São Luís do Maranhão, em 1980, até os dias de hoje, verificase que o azulejo tradicional, símbolo da identidade cultural de São Luís, vem sendo subtraído ao longo dos anos. No intervalo de nove anos (de 1959 a 1968) foram demolidos vinte imóveis com fachadas azulejadas. O Inventário realizado, em 2004, pela Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa, Filho, registrou que, daqueles duzentos e cinquenta imóveis cadastrados em 1968 só restavam cento e oitenta imóveis azulejados, o que representa uma perda de setenta imóveis, ou seja: de 1959 a 2004 a cidade de São Luís perdeu cerca de noventa imóveis azulejados. Além das perdas de prédios e subtração de azulejos, é crescente a preocupação de técnicos e especialistas com o estado de preservação e conservação do patrimônio azulejar do Maranhão. São vários os fatores que contribuem para essa deterioração: danos decorrentes de vandalismo, descuido dos órgãos competentes, além do clima que apresenta ciclos de chuvas e estiagem a cada seis meses, contribuindo para uma degradação acentuada dos azulejos, provocando sujidades, proliferação de micro-organismos, perdas de vidrado e chacota. Registre-se também que o estado físico do acervo azulejar está comprometido não só pelo envelhecimento natural, mas também pelas agressões humanas, a exemplo de saques, roubos e restaurações sem qualidade técnica (réplicas serigrafadas de reposição, que provocam impacto entre o clássico e vulgar, descaracterizando a arte mourisca). Em outros casos são desrespeitados princípios de conservação e restauro elementares, acentuando-se o estado delicado do revestimento, a exemplo da utilização de cimento Portland para assentamento de azulejos antigos e preenchimento de lacunas de azulejos faltantes, com este material que possui substâncias agressivas às peças cerâmicas. Constatou-se também, que as alvenarias das fachadas e interiores dos sobrados e moradas dos séculos XVIII e XIX que servem de suporte dos azulejos antigos estão, muitas vezes, em processo de deterioração, contribuindo, na maioria dos casos, como condutores dos males que atacam os azulejos. No caso de São Luís, é notória a quantidade de vegetação que cresce sobre o telhado e invade fachadas, até mesmo em edificações habitadas. Conclui-se que de nada adiantará serem restaurados tapetes, silhares assentados em alvenarias lesionadas por problemas que afetam o sistema estrutural do edifício. Tem-se plena consciência de que o inventário não se conclui com esta publicação. A proposta é que seja sempre atualizado na sua base de dados, e que estes possam servir de subsídios para o planejamento e salvaguarda do patrimônio azulejar Maranhense. Os dados coletados e agora publicados nos Relatórios Técnicos poderão significar um ponto de partida para a elaboração de diagnósticos e estratégias de conservação pormenorizadas, que
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busque restaurar, desacelerar ou interromper o processo de deterioração. É recomendável no restauro, sempre que possível, que a peça original seja recuperada em detrimento da sua substituição por réplica. Importante considerar-se que as propostas de intervenção com vista à conservação e restauração do patrimônio azulejar deverão sempre ser precedidas de estudos criteriosos, identificando-se as causas de deterioração através de pesquisas e testes laboratoriais, que comprovem o êxito do restauro diante de situações adversas. Ante de um acervo em estado precário de conservação, e com tantas perdas, está na hora de efetivamente “… opor barreiras à destruição das casas de azulejos, tão preciosas…”, como há oitenta e dois anos, já recomendava o professor Antônio Lopes. É necessário, com urgência, a elaboração de um plano de salvaguarda do acervo azulejar maranhense. Um Plano que consigne o problema da conservação na sua origem, a partir da sua identificação, pesquisa e diagnóstico, para delinear uma política cultural que contemple de uma forma abrangente todos os problemas técnicos e administrativos relativos à sua preservação.
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GLOSSÁRIO
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Associação de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
GLOSSÁRIO
cesto ou jarro florido em geral agrupado a formar um silhar. ALFADINS – placas cerâmicas hexagonais desti-
ABÓBADA – obra da Arquitetura que existe na
nadas a revestimentos de pavimentos, decorados a azul
forma arqueada, serve para cobrir a maneira de teto
ou roxo sobre o branco, sendo utilizada em composi-
num espaço compreendido entre paredes ou colunas.
ção com rosetas.
A parte interna das abóbadas chama-se intradorso. Co-
ALFAGRETES – composição de azulejos repre-
bertura curva de construção geralmente feita de tijolos
sentando floreiras ou hastes floridas, colocados em de-
com formato de cunha.
terminados pontos de uma fachada ou em nichos.
ACANTO – ornato inspirado nas folhas do acan-
ALFARDON – azulejo de pavimento de formato
to. Surgiu na arquitetura grega em frisos e molduras.
hexagonal, alongado, usado em combinação com lose-
Difundiu-se na arte helenística romana, pela Idade
tas quadradas. Esse tipo de agrupamento foi vulgar na
Média e Renascimento e conserva-se até os nossos
azulejaria valenciana dos séculos XV e XVI e em Itália
dias, estendendo-se na ornamentação arquitetônica as
no mesmo período. (ver loseta)
diversas artes decorativas.
ALIZAR ou SILHAR – revestimento pariental
ACERVO – nome dado à coleção de peças de pro-
que ocupa parte inferior de uma parede e cuja altura
priedade de um museu.
pode variar entre um ou dois metros; faixa de azulejo,
ADORNO – todo enfeite ou ornato usado para
madeira ou mármore que reveste as paredes até uma
aformosear qualquer parte do edifício
certa altura do piso.
ADRO – terreno em frente e/ou em volta da igre-
ALMINHAS – alegoria das almas do purgatório
ja, plano ou escalonado, aberto ou murado.
muito representadas em pequenos movimentos dis-
AEROGRAFIA – pintura de azulejos efetuados à
postas à beira de caminhos, encruzilhadas ou e registos
pistola, em geral usando máscaras de metal recortado
de azulejos no exterior das casas; azulejo isolado ou pe-
que funcionam como estampilhas. Foi vulgar durante
queno composição de azulejos representados por alma
o período “Arte Deco”, na Espanha na Fábrica de Sa-
do purgatório envolvido em chamas, na base as letras
cavém.
P.N.A.M. (Padre Nosso – Ave Maria) manifestações de culto popular.
AFRESCO – pintura realizada sobre uma parede com o reboco ainda úmida.
APARELHAMENTO – conjunto das operações de acabamento das peças em verde (rebarbagem, cola-
AGLUTINANTES – que aglutina; que pega como
gens, retoques, etc.).
grande, diz-se da língua na qual muito frequentemente ocorre a composição de elementos vocabulares em
AQUILOMBADO - Dizia-se do escravo refugiado
que os componentes guardam a significação, embora
em quilombo.
percam a individualidade fonética.
ARABESCO – ornato com decoração predomi-
ALBARRADAS – vasos de flores, ladeados por
nantemente curvilínea onde se misturam variados te-
pássaros golfinhos, representados desde a 2ª metade
mas, com execução da figura humana. Os arabescos
do século XVII. No século XVIII, pela repetição dos
da arte mulçumanos predominam as linhas retas que-
motivos intercalados por palmitos ou outros motivos
bradas e entrelaçadas, formando figuras complexas às
fitomórficos, constitui-se em painéis seriados forman-
vezes conjugadas com folhagens.
do silhares. Vasos com ou sem asas para levar flores. É
ARCARIA DO CLAUSTRO – arcada de galerias
um motivo decorativo usado em pintura, especialmen-
internas de conventos que circundam o pátio.
te no azulejo do século XVI e XVII. Motivo de vaso,
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Inventário do Patrimônio Azulejar do Maranhão
ARESTA – saliências nas superfícies do azulejo,
do só na cor azul de cobalto, sobre o fundo branco. É
realizadas através de moldes destinados a separar os
dominante na azulejaria portuguesa entre os anos de
vidrados plumbíferos de várias cores usadas na deco-
1690-1750.
ração. Técnica hispano-mourisca que consistia na apli-
AZULEJO DE ARESTA – azulejo hispano-mou-
cação de moldes de madeira ou metal sobre o barro
risco dos fins do século XV e princípios do século XVI
cru, formando aresta salientes, que isolavam os diver-
em que as várias cores do desenho eram separadas por
sos esmaltes coloridos. Surgiu em Sevilha em finais do
intermédio de aresta saliente do próprio barro.
século XV, prolongando-se a sua utilização no século
AZULEJO DE BAIXO-RELEVO – trabalho de
XVI, substituindo a técnica de corda seca.
escultura, de largo emprego na arquitetura na qual as
ARITA – cidade japonesa onde se estabeleceram
esculturas não sobressaem no seu volume total e sim
diversas oficinas cerâmicas, nas quais as oleiras corea-
em partes, ficando aderente à superfície em que se
nas incrementaram a produção de porcelana.
aplicam. Relevo feito na superfície de uma azulejo no
ARQUEOLOGIA – ciência que deduz o conhe-
qual os motivos representados se ressaltam apenas em
cimento do passado através do estudo dos monumen-
partes. Em geral considera-se o relevo com baixo-rele-
tos e objetos antigos. O estudo de restos e de interesse
vo quando apenas 1/3 da profundidade dos motivos
quando das civilizações ou culturas desaparecidas, é
representados forma volume. É o relevo mais utilizado
precária à informação bibliográfica, dada a carência de
na arquitetura. Foi empregado nos tetos de estuque or-
notícia ou informações históricas.
namentados dos palacetes neoclássicos e em retábulos de igrejas antigas.
AZULEJO – placa cerâmica de espessura variável, geralmente quadrada ou retangular, constituído
AZULEJO DE CORDA SECA – azulejos com
por base argilosa (tardoz), decorada e vitrificada numa
contornos dos motivos decorativos, com ranhuras pre-
das faces, destinada essencialmente a revestimento
enchidas com uma mistura de gordura (óleo de linha-
pariental; placa de cerâmica vidrada que serve para
ça) e manganês, que na segunda cozedura impedem a
guarnecer paramentos. A palavra é de origem árabe –
mistura das cores. Azulejo hispano-mourisco dos finais
az-zullaiju.
do século XV e princípios do século XVI em várias cores eram separadas por intermédio de sulcos preenchi-
AZULEJO AEROGRAFADO - técnica também
dos com uma mistura de óleo de linhaça e manganês.
chamada de “decoração ao terceiro fogo”, aplicação di-
Técnica hispano-mourisca que consistia em gravar o
reta de tinta na chacota por “aerógrafo” (pistola) atra-
termo dos motivos decorativos com rasuras preenchi-
vés de estampilhas de zinco.
dos com mistura de gordura (óleo de linhaça e man-
AZULEJO ALICATADO – composição cerâmica
ganês) evitando assim que na 2ª cozedura as cores se
que resulta da composição de fragmentos cerâmicos
misturem.
vidrados de várias cores recortados a partir de placas
AZULEJO DE FIGURA AVULSA - azulejos ge-
coloridas, formando figuras geométricas. Revestimen-
ralmente monocromático representados, cada um, por
to constituído por pedaços de azulejos de diferentes
um motivo autônomo (flores, animais, barcos, etc.).
cores, recortados e aplicado de forma a organizar uma
Azulejo que contem uma composição central comple-
composição de arabescos geometrizados, como um
ta e isolada. Possui em si o mesmo motivo principal –
mosaico. E é o processo mais antigo do azulejo his-
flores, animais, frutos, figuras humanas, cestos, barcos,
pano-mourisco. Mosaico cerâmico formado por peças
construções variadas. Geralmente ornados os cantos.
de cores uniformes, em geral com formas geométricas
Influência holandesa.
cortadas por placas cerâmicas vidradas e aglomeradas a maneira de mosaico nas superfícies arquitetônica.
AZULEJO DE PADRÃO – composição ornamental formada pela repetição regular de um ou mais azu-
AZULEJO AZUL E BRANCO – azulejo pinta-
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lejos. Consoantes o número de elementos para formar
um instrumento pontiagudo, até por a descoberta a
o padrão, este pode ser classificado em 2x2 ou 4x4 até
cor natural da argila. Técnica de gravação com estilete
12x12. Os azulejos de tapete dos séculos XVII e os
ou prego no azulejo dos motivos decorativos, deixando
azulejos semi-industriais e fachada produzido no sé-
aparecer o corpo cerâmico.
culo XIX são azulejos de padrão. Painel de azulejo
AZULEJO ESPONJADO – azulejo em que as tin-
decorado, composto por um ou mais de um padrão
tas são aplicadas por intermédio de uma esponja ou de
que se repetem formando uma composição. Recebe a
uma escova de modo a sugerir um aspecto granitado.
denominação específica de acordo com a variação fei-
AZULEJO ESTAMPADO – azulejo em que o de-
ta pelo azulejo padrão. Por exemplo, quando o azule-
senho é aplicado por meio de uma estampa ou decal-
jo padrão faz uma rotação, modificando quatro vezes
comania sob o vidrado transparente. Esta técnica tem
sua disposição é chamado 2 vezes 2 barras 1. Existem
também o nome de impressão à “talhe doce”.
azulejos de padrão cujos desenhos são formados por uma variação de 2X2, 4X4, 6x6 e 12X12, implicando
AZULEJO ESTAMPILHADO – azulejo em que
respectivamente 16X16, 36X36 ou 144 variações em
as tintas são aplicadas sobre o vidro opaco utilizando
seus azulejos. Muitas vezes é também um azulejo de
uma estampilha.
tapete. Por esse motivo o azulejo de tapete é às vezes
AZULEJO HISPANO-MOURISCO – designação
também azulejo de padrão.
dada geralmente ao azulejo produzido na técnica da
AZULEJO DE TAPETE – painel de azulejos
corda seca, de aresta ou ambas. Azulejos produzidos
decorado, cuja barra externa formam uma cercadura
em Espanha, Sevilha e Toledonos. Séculos XV e XVI,
dando a este o aspecto de tapete. É usualmente com-
com técnica ou motivos de inspiração islâmica. Pode
posto or um ou mais azulejos de padrão que se repe-
também ser designado por “azulejo mudejar”. Esta de-
tem em diferentes disposições, formando uma compo-
signação mantém-se impropriamente para modelos
sição. Por esse motivo é também chamado azulejo de
mais tardios, com decoração renascentista.
padrão. Em geral tem também como característica a
AZULEJO INDUSTRIAL – azulejo de produção
policromia. Freqüentemente é azul, amarelo e branco.
seriada, decorado por processo mecânico para facha-
Revestimento pariental de azulejos ocupando toda a
das e interiores de lojas e entradas de prédios de rendi-
extensão de uma parede, formada pela repetição regu-
mento. Surgiu a partir de meados do século XIX.
lar de padrões policromados.
AZULEJO MUDEJAR – nome dado habitual-
AZULEJO ENXAQUETADO – composição de-
mente aos azulejos de corda seca e de aresta. São tam-
corativa obtida pelo agrupamento em diagonal de azu-
bém chamados azulejos hispano-arabes ou hispano-
lejos com formas geométricas e dimensões variáveis,
-mouriscos.
separados em faixas retangulares, tarjas pintadas em
AZULEJO PÓ-DE-PEDRA – azulejo industrial
cores lisas utilizam-se em revestimento parientais des-
cuja pasta se adiciona caulino para obter brancura e
de a 2ª metade do século XVI até os meados do século
maior dureza. Pó-de-pedra – argila sem ferro, mistura-
XVII. Composição de azulejos decorados em xadrez
da cm quartzo moído.
simples ou assumindo uma estrutura mais complexa
AZULEJO RELEVADO – azulejo que contém so-
com a introdução de elementos retangulares mais es-
bre a face um relevo aplicado.
treitos e de cor diferentes, sendo neste último caso denominado azulejo de caxilho.
AZULEJO SEMI-INDUSTRIAL – azulejos de padrão produzido no século XIX em que as tintas eram
AZULEJO ESGRAFITADO – cobertura com
aplicadas à trincha sobre uma estampilha.
substancia vítrea transparente ou de cores opacas, que solidifica após a fusão e confere impermeabilidade e
BAIXO-RELEVO – escultura elaborada de manei-
brilho. Técnica que consiste em riscar o engobe com
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ra que as figuras principais se sobressaem muito pouco
fileiras de azulejos inteiros.
da base que lhes serve de fundo.
BASE – designação química para as substâncias
BALCÃO – balanço, na altura dos pisos elevados,
que em solução aquosa se comporta de forma alcalina
fronteiro a uma envasadura de acesso e guarnecido de
e que reage com os ácidos dando origem aos sais.
peitoril ou grade. O termo foi e é mais empregado para
BETONITE – argila proveniente da alteração de
determinar as sacadas ou varandas de peitoris situadas
rochas vulcânicas, constituída de maioritariamente
nas fachadas dos edifícios, geralmente sustentados por
por montemorilonite e beidelite. Tem uma grande ca-
mísulas ou cachorros. Diz Assis Rodrigues que “o uso
pacidade de absorção de água, aumentando de volume
dos balcões parece não remontar além da Idade Mé-
várias vezes, quando molhada. Usa-se como plastifi-
dia” e que foram mais frequentes na Espanha e Itália,
cante na composição de plástica.
sendo raros nos países nórdicos. A palavra também é
BISCOITO – pasta de barro cozido sobre qual
empregada para designar patamares superiores de es-
é aplicado o vidrado. Pasta não esmaltada, já cozida.
cadas externas. Varanda alpendrada elevada do solo,
A cozedura do biscoito é a primeira antes da esmal-
na frente das residências. Nos cinemas, teatros e de-
tagem. Termo igualmente empregado para resultado
mais casas de espetáculos, balcão é o nome da platéias
da cozedura da porcelana. Peça de barro cozido que
suspensas sobre o primeiro pavimento de localidades.
constitui o corpo do azulejo, sobre a qual é aplicado
Mesa elevada, de madeira ou outro material, que sepa-
o vidrado. Pasta cozida uma apta a ser revestida com
ra, nos edifícios comerciais ou públicos, os estranhos
engobe, esmalte ou verniz e recozida.
ou fregueses dos funcionários ou empregados. Diz-se “ balcão de informações”, “balcão de vendas “ ou “balcão
BÓRAX – quimicamente é o tetraborato de sódio,
frigorífico” das mercearias etc.
sendo o mais comum dos minerais de boro. É usado como fundente na composição dos vidros.
BALL CLAY – designação inglesa muito definida para as argila muito plástica (barro gordo) de cozedura
BRANCO DE ESPANHA – pigmento branco
branca e que resistem a altas temperaturas. Empre-
constituído por carbonato de cálcio. É um pó muito
gam-se especialmente como componentes das partes
fino resultante da moagem da crê ou da calcite. Utili-
de porcelana e grês para aumentar a sua plasticidade.
za-se ainda na composição de muitas pastas cerâmicas ou de fritas.
BÁLSAMO DE COPAÍBA – óleo extraído de uma árvore originaria da América do Sul, que se utiliza na
CALCITE – quimicamente é o carbonato de cál-
preparação de tinta para pintura sobre peça de Porce-
cio. É o principal mineral do calcário. Associado às
lana.
argilas constitui as margas. Utiliza-se para introduzir o calcário na composição das pastas, funciona como
BARBOTINA – papa de argila ou de outra pasta
fundente sem, no entanto, tornar as pastas mais com-
cerâmica que utiliza para unir as partes de uma peça
pactas.
ou estado cru ou mole. Argila dissolvida em água sem
CAULIM – palavra derivada do chinês koo-ling
desfloculante, de consistência cremosa. Utiliza-se como aderente e como elemento de decoração.
(que significa colina alta), lugar onde se descobriu o mineral que deu origem à porcelana; argila primária
BARRA – tipo de guarnição constituída por duas
de cor branca que se utiliza na produção da cerâmica,
séries de azulejos, justapostos e sobrepostos limitando
especialmente pasta de porcelana.
uma composição. Os cantos e contracantos são soluções de fecho ou de abertura exterior ou interior cor-
CAULINITE – designação de um dos grandes gru-
respondendo as duas zonas de interseção atualmente
pos das argilas (grupo caulínico). É o principal compo-
designa um motivo linear com as mesmas dimensões
nente dos caulinos, em cuja composição chega a atin-
do azulejo. Guarnição de azulejos formados por duas
gir os 98%. Quimicamente é um silicato hidratado de
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CONTRAÇÃO – redução de tamanho sofrida
alumínio.
pelas peças, tanto durante a secagem como durante a
CERÂMICA – qualquer objeto de argila que te-
cozedura, devido à evaporação da água que contém na
nha sofrido uma transformação química durante o
argila e certas reações químicas produzidas durante o
processo de cozedura. Arte da fabricação da argila co-
processo.
zida, que recebe o nome de cerâmica artística quando engloba as atividades artesanais, cujos produtos com-
DECALCOMANIA – desenho impresso sobre o
preendem objetos de uso doméstico ou decorativo de
papel especial com cores de óxido metálicos em base
barro, louça ou porcelana.
oleosa. O papel adere à peça antes da cozedura e arde durante esta, transferindo o desenho para peça. Para
CERCADURA – o termo engloba genericamente
se transferir para a peça, o decalque deve ser umede-
as molduras ou frisos de arremate de superfície parien-
cido, em seguir a, retira-se o papel do suporte e pres-
tais ornamentadas. Guarnição formada por uma única
siona-se o decalque com uma esponja para que adira
fiada de azulejos. Tipo de guarnição simples constitu-
bem à peça e para eliminar o excesso de umidade e as
ída por uma série de placas cerâmicas (azulejos) justa-
possíveis bolhas de ar.
postos, limitando uma composição ou unidade visual
DECORAÇÃO – elementos ou motivos com os
horizontal ou longitudinalmente correspondente a um
quais adornamos uma peça. Podem utilizar-se três ti-
azulejo.
pos básicos: plástica, gráfico e pictórica.
CHACOTA – objeto e peças cerâmicas que foram cozidas no forno uma única vez e ainda não apresen-
DECORAÇÃO AO GRANDE FOGO – decora-
tam vidro. Para o caso específico da porcelana usa-se o
ção a alta temperatura (superior a 800ºC). Utilizada na
termo biscoito. Peças submetidas à primeira cozedura
pintura sob o vidrado transparente e na pintura sobre
que adquiriram dureza, mas conservam a porosidade.
vidro opaco cru. DECORAÇÃO DE MUFLA – decoração a tem-
CHACOTAGEM – primeira cozedura de uma
peratura moderada, utilizada principalmente na deco-
peça crua a temperatura de cerca de 800ºC.
ração com vidrados coloridos e na pintura do biscoito.
CHAMOTA OU CHAMOTE – resto de barro cozido, triturado ou moído. Normalmente moem-se ca-
DELFT – termo de origem holandesa, ainda que
cos restantes de uma pasta igual ou com característica
por vezes se aplique a um tipo de cerâmica inglesa.
próxima, daquele que se pretende compor. Funciona
Com intensão de imitar a pintura chinesa.
com emagrecedor e, eventualmente como refratário.
DERRAME – sistema de vidração das peças cerâmicas, pela quais estas são banhadas com vidro líquido
CHELSEA – produção de uma fábrica inglesa
em suspensão.
fundada em 1747. CHINOISERIES OU CHINESICE – desenhos
DESFLOCULANTE – produto que mantém um
com motivos orientais por influência das porcelanas
material em suspensão na água, é o caso do chamado
chinesas.
vidro solúvel, da soda etc.
CIMALHA – designa-se do conjunto de molduras
DUREZA DE COURO OU PONTO DE COU-
que se subdivide em uma superfície de parede, tanto
RO – expressão aplicada à argila que secou ao ar, mas
interna como externa. Em sentido mais amplo, cima-
que conserva ainda uma certa plasticidade, não permi-
lha é o termo empregado para referir o tope, cimo, alto,
tindo a modelagem, mas sim o corte.
cume ale de cumeeira. Saliência no topo da parede em
EMBASAMENTO – base – apoio – alicerce con-
que se firmam os beirais.
tínuo que serve de sustentáculo a um edifício. Modernamente dá-se o nome de embasamento ao primeiro
CINZAS – as da linha, da palha, etc. utilizam-se
pavimento de uma edificação – porão.
como componentes dos vidros de altas temperaturas.
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EMPENO – é a deformação de uma peça cerâmi-
recer o corpo cerâmico ou diferente cor. Técnica que
ca durante o processo de secagem, resultante de um
consiste em riscar o engobe com um instrumento pon-
aquecimento desigual.
tiagudo, até a descoberta a cor natural da argila.
ENGOBE – papa cremosa colorida que se utili-
ESMALTAGEM – técnica de cobertura de azulejo
za na decoração. As peças engobadas são ideais para
com substancia vítrea transparente ou de cores opa-
a técnica do esgrafito. Argila líquida de cor clara (que
cas, que solidifica após fusão e confere impermeabili-
pode ser embranquecida com a adição de óxido de es-
dade e brilho.
tanho), usada antes do desenvolvimento da faiança, no
ESMALTE – nome que se dá a substancia vítrea
revestimento de objetos de decoração pintada. Deve
que se funde e se aplica sobre os metais, cerâmicos ou
ser revestido por um vidro incolor. Preparado argiloso
porcelanas. Os esmaltes compõem-se principalmente
de consistência cremosa bastante fluída de cor natural
de sílica, óxido de chumbo e óxido de estanho.
ou corada com oxido metálicos para revestimento do
ESPÓLIO – bens, herança.
azulejo antes da cozedura.
ESTAMPA – desenho feito sobre uma base (papel,
ENVAZADURA – termo que, nos dias de hoje, se
tecido, etc.) através de uma matriz sobre uma base.
usa no lugar de vazaduras para designar os vãos abertos nas paredes, as portas ou janelas. Atos ou efeito de
ESTAMPAGEM – técnica que consiste na aplica-
vazar, isto é cavar, tornar oco, abrir vão, escravar, etc.
ção do desenho por meio de uma estampa ou decalcomania com ponteados no vidrado numa só cor.
ENVERNIZAMENTO – ação de cobrir com verniz uma peça crua ou chacota. O verniz pode ser
ESTAMPAGEM MECANICA - impressão do de-
aplicado por imersão derrame, pulverização ou pincel.
senho por ponteados no vidro, numa só cor. Posterior
Sobre a mesma peça pode sobrepor-se ou misturar-se
a estampilhagem.
diversos vernizes para obtenção de efeitos decorativos
ESTAMPILHA – decoração repetida de realização
especiais.
manual, com a pintura aplicada na superfície esmal-
ENXAQUETADO – composição geométrica
tada dos azulejos através de máscara ou estampilhas
compósita e derivados do xadrez, usados em Portugal
de papel encerado e recortado; papel oleado no qual
no século XVI e a primeira metade do século XVII.
estão recortados os desenhos que se pretende decorar
Agrupamento em diagonal de azulejos em formas geo-
o azulejo.
métricas e dimensões variáveis, separadas pela faixa re-
ESTAMPILHAGEM – pintura à trincha, através
tangulares tarjas. Utiliza-se em revestimento parientais
de recortes de papel encerado aplicado sobre o vidrado
desde a 2ª metade do século XVI e até os meados do
do azulejo. Técnica que consiste na colocação de um
século XVII. Disposição em xadrez de um revestimen-
papel oleado ou uma placa metálica, com o desenho
to com motivo ornamental.
que se quer produzir sobre o azulejo. O motivo é pin-
ERMIDA – pequena igreja.
tado à trincha e a cada cor corresponde uma estampilha.
ESCARAMUÇA - briga, conflito, contenda, desordem.
ESTILO KAKIEMON - trata-se de um estilo japonês muito antigo, que resistiu às imitações e conti-
ESCOMBRO – entulho, ruína. Tem maior aplica-
nua a fascinar os amantes da cerâmica de fato a sua
ção no plural: os escombros (de um edifício).
decoração é tão apreciada hoje em dia como há três
ESCUDELA – cerâmica em forma de prato com
séculos. Os seus desenhos muito alegres e espontâne-
alças laterais.
os, recortando-se espaçadamente sobe o fundo branco
ESGRAFITADO – técnica de gravação com esti-
da porcelana. Utiliza-se uma ampla gama de cores, de
lete ou prego dos motivos decorativos deixando apa-
onde ressaltam os azuis, os vermelhos, os verdes e os
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amarelos. O negro é usado nos contornos, mas nunca
bri de azulejos figurativos ou de padrão, de eu se des-
em linhas contínuas. Atribui-se este estilo a introdu-
tacam, sendo a parte superior do corpo feito com azu-
ção da técnica decorativa do esmalte sobre o verniz. O
lejos recortados. Foram produzidos no século XVIII.
estilo kakiemon teve forte influência sobre a cerâmica
FILETE – cercadura estreita
europeia e chinesa, talvez porque estas se viam obriga-
FINGIDO – efeito ilusionista conseguido em pin-
das a competir comercialmente com o Japão.
tura pelo recurso à perspectiva e a claro-escuro, que
ESTRESIDO – ação ou efeito de estresir, isto é
se faz parecer como tridimensionais ou reais seres ou
reproduzir um desenho sobre a superfície perfurando-
objetos pintados.
-o e fazendo passar pelos orifícios um pó qualquer que
FISSURAS – Fenda. Especialmente empregado
seja colorido, geralmente o carvão. Retirado o molde,
com referência a elementos construtivos de alvenaria
resta na superfície inferior uma série de pontos que
ou concreto armado quando apresentam fendas dimi-
indicam o contorno da figura a ser reproduzido. Este
nutas e de pouco desenvolvimento. Agregamento de
método substitui o que emprega a estampilha, quando
peças cozidas produzidas por um aquecimento rápido
a pintura desejada e a traços não contínua.
do forno.
FAIANÇA – designação que tem origem na cida-
FITOMÓRFICO - que tem atributos de uma
de italiana de Faenza, importante centro produtor e
planta, ou é representado por eles.
exportador de cerâmica desde o século XV. Atualmente refere-se a um grande grupo de produtos cerâmi-
FLORÃO – ornato circular com folhagens que
cos de pasta mais ou menos porosa, e mais freqüente,
decora uma chave de arco ou abóbada. Ornato com
branca, coberta por um revestimento de vidro com ou
forma de florão em remate de torres.
sem decoração. Inclui-se neste grupo uma grande par-
FLORETA – ornato em forma de flor
te da louça utilitária de mesa e decorativa.
FOGARÉU – vaso de pedra com pedestal onde
FAIXA – moldura chata e larga que se situa entre
saem linhas onduladas a imitar chamas. Decora espe-
a arquitrave e a cornija. Tipo de guarnição linear que
cialmente no Barroco e Rococó.
pode ou não encerrar uma composição ou uma área de
FOLCLORE – conjunto de costumes próprios de
cor lisa. Geralmente, a faixa tem metade do tamanho
cada povo (vestimenta, hábitos alimentar, dança, mú-
do azulejo que acompanha.
sica, lenda, etc.).
FELDSPATO – mineral do grupo dos silicatos de
FRISO – guarnição formada por uma fiada de
alumínio; um dos principais componentes dos vidra-
frações retangulares obtida pelo corte de um azulejo
dos e das porcelanas.
em duas, três ou quatro tiras. Tipo de guarnição feita
Designação genérica para um grupo de minerais
com azulejo de dimensão variável. Verificando-se mais
muito comum nas rochas ígneas e constituídas por sili-
usualmente na redução da superfície do azulejo par ½
catos duplos de alumínio e cálcio, alumínio e potássio
ou 1/3, através do recorte do mesmo. Ornamentação
e alumínio e sódio.
pintada ou esculpida abaixo do frontão.
FESTÃO – ornato composto de flores, frutos e fo-
FRITA – sílica fundida, moída e vitrificada que in-
lhagens, entrelaçada de forma encurvada, presa pelas
corporada na argila e nos vernizes, facilita o processo
extremidades, muito utilizado no Barroco e Rococó.
de vitrificação. Produto da fusão e vitrificação simultâ-
FIGURAS DE CONVITE – representação à es-
nea de vários materiais cerâmicos, que posteriormen-
cala natural de lacaios, alabardeiros, damas, guerreiros,
te triturado e moído para se incorporado em pasta ou
em atitudes de receber, colocados em átrios, escada-
vidrado.
rias e jardins Estão normalmente associadas a um lam-
FRONTÕES – estrutura geralmente triangular
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existente acima de portas e colunas e abaixo dos te-
mente.
lhados. Os frontões podem receber os mais diferentes
INCRUSTAÇÃO – técnica decorativa oriental
tipos de decoração. Arremate existente acima das pon-
que consiste em imprimir um desenho sobre a argila
tas ou colunas e abaixo dos telhados.
mole, preenchendo-se o fundo com argila colorida.
FRONTÕES DE ALTAR – revestimento azulejar
INTEMPÉRIE – mau tempo.
da frontaria de altares, ditos de caixa, utilizados do sé-
LAÇARIA – ornato agrupado (festões, por exem-
culo XVI ao XVIII. É constituído por três partes: safe-
plo) preso por fitas, linhas geométricas entrecruzadas,
na, sebastos e pano, podendo este último ser inteiro,
compondo diversas figuras angulares ou poligonais
bi ou tri partido.
(formam desenho em estrela e cruz).
FUNDENTE – substancia que se adiciona a ver-
LADRILHO – peça chata ou pouco espessa, de
nizes ou argila para facilitar a fusão e vitrificação
pedra, cimento, cerâmica ou ferro, usada para revesti-
FUTURISMO – “movimento modernista lançado
mento de piso ou paredes. Geralmente quadrado, mas
pelo poeta italiano Marinete (20 de fevereiro de 1909),
às vezes poligonais, os ladrilhos servem para dar acaba-
o qual se funda numa concepção exasperadamente di-
mento final aos pisos que pela sua localização devem
nâmica da vida, voltada para o futuro. Combate ao cul-
ser impermeabilizados. Daí o emprego de ladrilhos em
to passado e tradição, a melancolia, o sentimentalismo,
áreas descobertas, em copas, cozinhas, banheiros, al-
prega o amor das formas nítidas concisas e velozes, é
pendres, pátios, etc. Quando decorativos costumam
nacionalista e antipacifista; (por extensão e depreciati-
ser usadas em vestíbulos ou paredes. De pedra costu-
vamente) qualquer forma extravagante de arte”.
mam ser de mármore, arenito, etc. Os ladrilhos de ci-
GRAFITAGEM – nome dado às pinturas feitas
mento comprimido quase sempre decorados recebem
em muros das ruas das cidades com uso de spray ou
o nome de “ladrilho hidráulico”. Os ladrilhos cerâmicos
não. A grafitagem tem como objetivo transmitir uma
têm qualidades variadas. Podem ser porosos como os
mensagem ao observador
tijolos comuns e empregados em pátios ou terreiros impermeáveis e duros ao átrio e ao choque. Nos locais
GREGAS - Cercadura arquitetônica formada de
de grande movimento e de guarda de objetos pesados
linhas retas entrelaçadas.
são empregados ladrilhos metálicos geralmente de fer-
GRÊS – cerâmica envernizada, em que a pasta e o
ro.
vidro se fundiram completamente, dando lugar a uma
LADRILHO CERÂMICO – peças para revesti-
peça vitrificada e não porosa, resultante de uma coze-
mento de pisos ou paredes de barro cozido.
dura a temperatura superior a 1200ºC.
LADRILHO HIDRAULICO – peças para reves-
GUARNIÇÂO – limita uma composição através
timento de pisos ou paredes, obtidas pela prensagem
de fiadas simples (cercadura e friso) ou duplas (barra
hidráulica de argamassa de cimento.
de azulejos). Peças de guarnição de enquadramento de um vão de porta ou janela.
LAMBRILHA – azulejo de dimensão reduzida pintado, estampilhado ou estampado usualmente de
HAGIOGRÁFICO – biografia de santos, escrito
figuras avulsas, com ou sem ornato nos cantos, divul-
sobre santos.
gado no 2ºquartel do século XX e com grande inspira-
ILUMINURAS – ilustrações pintadas com cores
ção no imaginário e cultura populares.
vivas e ornamentadas com ouro e prata que decoravam
LIOZ – variedade de calcário branco e duro, usado
antigos manuscritos.
em cantaria e estatuaria. Face aparente das pedras de
IMERSÃO – técnica de vidração em que submer-
alvenaria. Pedra branca e rija que se emprega em can-
ge a peça num recipiente com vidro e retira rapida-
taria dos edifícios ou para escultura de estaturas.
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LOSETA – azulejo quadrado utilizado em com-
tas, frias, etc.) pereos (quartzo, feldspato, etc) outros
posição com alfardons ou tijoleira desadornada, para
componentes rijos das pastas ou vidrados. Consoante
revestimento do pavimento.
ao tipo de moinho moagem, podem fazer por via sua ou via úmida.
LUSTRE – elemento na decoração que confere as peças um aspecto metálico ou iridescente. Tipo de
MOLDE – peça única ou composta por diversas
decoração de aspecto metálico. É uma mistura de sais
partes, geralmente feita de gesso, que constitui o ne-
metálicos, resinas e nitratos de bismutos que se aplica
gativo de uma peça e utiliza-se para obter reprodução
sobre uma peça vidrada e se volta a cozer em uma tem-
da mesma.
peratura mais baixa.
MONOCROMIA – decoração realizada de uma
MAJÓLICA ou MAIÓLICA – designação com
só cor.
origem provável no nome da ilha de Maiorea, cuja pro-
MOSAICO – desenho formado por pequenos pe-
dução cerâmica se teria estendido a Itália no século
daços de vidro ou pedras coloridas, colocadas sobre pi-
XV, adquirindo aí a designação da Faiança. Consistia
sos ou paredes. Revestimento em pedaços de vidro ou
no revestimento com vidrado estanífero do corpo cerâ-
pedras coloridas criando desenhos.
mico depois da cozedura, ficando a superfície prepara-
MOURISCO – estilo arquitetônico de origem ára-
da para receber a decoração pintada.
be, do qual temos raros e maus exemplos, que indica
MARAJOARA – cultura própria da ilha de Mara-
a passagem entre o estilo bizantino e estilo ogival, no
jó. Faz parte dessa cultura a cerâmica decorada com
qual foram exímios “ou mouros”, que na Espanha usa-
motivos geométricos.
ram os maiores exemplos.
MATE – vidro opaco de bom tato.
MUDEJAR – placa cerâmica de estilo decorativo
MATURAÇÃO – fase ou ponto de cozedura de
islâmico-peninsular, em que dominam motivos releva-
uma pasta em que se processa a sintetização de uma
dos pela técnica de aresta e de corda seca. Em Por-
parte importante dos seus componentes. É o ponto
tugal, foi bastante utilizada para revestimento de por-
em que determinada pasta se considera bem cozida
tais de altar, nos séculos XV e XVI. Arte de influência mourisca produzida por artífices árabes submetidos
MERGULHO – método de envernizamento por
aos cristãos da Península Ibérica. Também designa por
meio de imersão da peça num recipiente com verniz.
extensão o ornato arquitetônico de linhas entrelaçadas
MIRANTE – ponto ou construção elevada de
em forma de figuras geométricas.
onde se descortina vasta paisagem. Lugar de onde se
MUFLA – câmara constituída no interior de um
enxerga ao longe. Construção acima do telhado de um
forno, que protege as peças da ação direta do fogo. É
edifício, provida de janela ou abertura que permite vi-
mais vulgar a utilização desse termo para designar um
sibilidade para o exterior.
forno pequeno elétrico.
MISTILÍNEAS – algo constituído em parte por
NAVE – espaço da igreja desde a entrada até o
linhas retas e em parte por linhas curvas.
altar-mor.
MISTURA – agrupamento de duas ou mais subs-
OBRA DE ARTE – a expressão, além de designar
tâncias, sem que exista combinação entre elas.
os trabalhos artísticos propriamente ditos, refere-se
MOINHO – designação genérica para um grupo
aos trabalhos de envergadura executados nas estradas
de maquina que baseando-se em princípios de funcio-
como pontes viadutos, túneis, aquedutos, etc.
namento bastante diferente (moinhos de martelo, de
ÓCULO – abertura ou janela circular ou oval
esferas, de godos, de galgas, etc.) tem como fins tritu-
aberta nas empenas, nos frontões, etc. que fornece a
rar, ou moer finamente materiais clacinados (chamo-
iluminação e ventilação interna, principalmente nos
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desvãos dos telhados. Também conhecido como olho-
chadas. Composição geométrica ou vegetalista de um
-de-boi.
número variável de azulejos.
OLARIA – parte da cerâmica que inclui as peças
PADRÃO ÚNICO – é quando o azulejo contém
de fabricação no forno.
em si próprio um padrão completo, comportando-se de forma antônima em relação aos outros.
ÓLEO DE BALEIA – material que, dizem principalmente os povos da marinha, ter sido empregado na
PAINÉIS HISTORIADOS – painéis de azulejos
composição das argamassas para assentamento de al-
nos quais estão representadas cenas históricas religio-
venaria de pedra. Talvez, na realidade, tal material haja
sas ou profanas. Painéis de azulejos com figurações
sido empregado na preparação dos antigos “betumes”
que narram acontecimentos ou fatos históricos.
usados na fixação de peças de materiais diferentes en-
PÂMPANO – ornato imitando haste de vidreira
tre si e na impermeabilização de reservatórios, canais e
com parras e também cachos de uvas.
tubulações. Na maioria das receitas de betumes encon-
PANEJAMENTO – conjunto de vestes ou panos
travam a cal e certos óleos vegetais, como linhaça ou
que cobrem as figuras pintadas ou esculpidas. Modo
de mamona. Possivelmente, no litoral, onde a cal era
como o artista cobre as figuras, tirando efeitos plásti-
obtida a partir da calcinação de conchas e ostra, o óleo
cos dos trajes pela organização das cores e texturas.
dos betumes seria peixes ou de baleia, vindo assim, do mar todos os ingredientes de massa de vedação.
PARIETAL –adorno para ser pendurado em parede.
ÓLEO DE LINHAÇA – óleo extraído da semente do linho e empregado como solvente e secante de cer-
PASTA – mistura de várias argilas minerais e ou-
tos tipos de tinta.
tros materiais não plásticos que produzem o corpo cerâmico.
ÓLEO GORDO – mistura secante composta de óleo de linhaça, alvaiade, talco, etc.
PASTICHADE – propriedade da argila que nos permite conferir-lhe diversas formas.
OPACIFICANTE – matéria que se introduz no vidro para o tornar opaco. Óxido de estanho é o melhor,
PATAMAR – operação praticada na cozedura e
mas também se usam outros.
que consiste em controlar o aquecimento do forno de modo a manter a sua temperatura invariável durante
ORIGEM – princípio, início, nascimento, proce-
um período de tempo determinado.
dência, naturalidade, pátria, ascendência.
PEANHA - espécie de pequena peça saliente de
ORNAMENTO – adorno, ornato.
paredes, retábulos etc, sobre a qual se colocam ima-
ORNATO – enfeite decorativo. Adorno.
gens, crucifixos, etc.
ORTOGONAL – que forma ângulos retos.
PELE DE LARANJA – vidro defeituoso, cuja su-
OSSUÁRIO – nos cemitérios, locais onde são re-
perfície apresenta granulações e pequenas ondulações.
colhidos os ossos retirados das sepulturas.
PINÁCULO – ornamento geralmente de pedra
OXIDAÇÃO – processo químico que ocorre du-
que coroa fachadas, torres ou frontões dos edifícios.
rante a cozedura, quando se aplica à atmosfera do for-
PIRÔMETRO – instrumento para medir a tem-
no uma alta temperatura.
peratura do forno.
PADRÃO – motivo decorativo, geométrico ou ve-
PÓ-DE-PEDRA – argila sem ferro, misturada com
getalista utilizado em repetição de módulo, cuja liga-
quartzo moído.
ção em continuidade cria efeitos de trama ornamental.
POLICROMIA – estado de um corpo em que na
Foi largamente utilizado no século XVI e 2ª metade
diferentes cores. Conjuntos de várias cores.
do século XVIII e no século XIX, então revestindo fa-
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PONTO DE FUSÃO - temperatura a que funde
intenção devocional colocado nas fachadas de prédios
o vidrado cozido.
invocando a proteção da virgem, ou santos contra cataclismos, cuja aplicação foi largamente difundida ao
PORCELANA – produto cerâmico cuja matéria-
longo do século XVIII.
-prima é uma mistura de caulim, feldspato e quartzo. O berço da porcelana foi a China, e por esse motivo
RELEVO – técnica que consiste na marcação do
a palavra china, e por este motivo a palavra CHINA é
desenho na chacota através do contorno côncavo de
sinônimo de porcelana na língua inglesa.
moldes em madeira ou metal bastante utilizado nos séculos XV e XVI, pelos dela Robia, sendo posterior-
POROSIDADE – grandeza que se determina pela
mente retomada em Portugal no século XIX e divul-
comparação ente o volume correspondente aos poros
gada por artistas, como por exemplo: Rafael Bordalo
de uma peça (aberto e fechado) e total dos componen-
Pinheiro, bem como em produção de azulejo das fábri-
tes da pasta. Esta relação inversa com a densidade da
cas de Sacavém, Desversas e Massarelos.
peça.
RENASCENTISTAS – nome dado às pessoas,
PROCEDÊNCIA – lugar de onde se procede, ori-
obras artísticas, arquitetônicas, etc. referente ao perí-
gem, qualidade de procedente.
odo do renascimento.
PUFTO – representação de uma figura reconchu-
RENDILHAS – ornato lavrado imitando renda.
da, nua. Surge na decoração renascentista inspirado em modelos do antigo EROS, e era muito comum na
RÉPLICA – repetição de uma composição plás-
época do Barroco.
tica, com ligeira variantes, feita pela seu autor ou por outro artista.
PÚLPTO – tribuna elevada em um dos lados da nave, donde o sacerdote prega aos fiéis. O mesmo que
RESTAURAR – restituir a qualquer obra de arte, o
palco.
seu estado primitivo. Recuperar. Os serviços de restauração de obras arquitetônicas, a par de seu profundo
RAJOLA – placa quadrada destinada a revestimen-
interesse, encerram problemas que exigem largos co-
to de pavimentos recortadas e decoradas a azul e roxo
nhecimentos históricos, artísticos e técnicos necessá-
sobre o vidro estanífero, utilizadas em composições
rios a boa compreensão do primitivo aspecto formal do
repetitivas. Produção de Valença bastante comum até
“resto” em recuperação.
finais do século XV e 1ª metade do século XVI.
RETÁBULO – construção de talha da madeira ou
RAMICELOS – ramos pequenos.
pedra lavrada, que guarnece uma parede em que se
RECORTADO – placa cerâmica intencionalmen-
encontra um altar possuindo nichos e pranchas para
te secionada, que se desagrega da unidade a que per-
imagens ou caixilhos para quadros ou baixo relevo.
tence. Usada para constituir remates de cercadura ou
Nos altares isolados, ou desencostado “a romana” não
barras.
há retábulo.
REDUÇÃO – processo químico que tem lugar
ROSETA – ornato com a forma de rosa. Flor que
durante a cozedura, quando a atmosfera do forno é es-
decora os capitéis coríntios e compósitos.
cassa em oxigênio.
ROSETÃO – ornato com a forma de uma grande
REFLEXO METÁLICO – decoração obtida por
rosa empregue na arquitetura romana e nos séculos
duas cozeduras: a 1ª em forno de alta temperatura, fixa
XVI a XVII, para ornar os caixotões de abóbadas ou
o vidrado estanífero, a 2ª em baixa temperatura, ori-
tactos.
gina o depósito dos óxidos de prata, cobre, ferro, que
RÚTILO – quimicamente é o dióxido de titânio
conferem um aspecto metálico.
impuro. Mineral usado como pigmento e opacificante
REGISTO ou REGISTRO – painel decorativo de
para vidros.
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SAIS SOLÚVEIS – sais que se dissolvem em água.
gurar, garantir a existência por parte de algum poder.
SANEFA - Faixa de pano, larga, que se atravessa,
TORNO – aparelho que consta de uma platafor-
como ornato, na parte superior dos cortinados, nas ver-
ma giratória montada por um eixo e que se utiliza para
gas das janelas, etc.
a modelação e também para a decoração das peças cerâmicas. Os tornos podem apresentar diferentes for-
SILHAR – revestimento de azulejo de colocação
mas e tamanhos e são acionados com a mão, os pés ou
pariental, ocupando uma superfície que vai desde o
através de gás ou energia elétrica.
piso até o meio da parede.
TREMPE – pequeno tripé de material refratário
TAPETE – composição para revestimento parien-
que se coloca entre os azulejos durante a cozedura.
tal, geralmente utilizado na cobertura de vastas superfícies, cujo efeito decorativo resulta da repetição regu-
TRIFÓLIO – Ornato com forma ou contorno da
lar de padrões. Este tipo de composição era sempre
folha do trevo.
limitado por guarnições que as definam e individuali-
URNAS FUNERÁRIAS – vasos de cerâmicas usa-
zavam no espaço. Revestimento repetitivo de padrona-
dos para colocação de corpos humanos (falecidos).
gem ao longo de vastas superfícies parientais.
VERNIZ – capa vítrea que recebe uma pequena
TARDOZ – é a superfície não vidrada de um azu-
peça e que se submete
lejo, correspondendo a sua face posterior, adossada ao
VIDRADO – cobertura construída essencialmen-
suporte. Lado ou face tosca de uma pedra de cantaria
te por silicatos e óxidos metálicos destinados a tornar
ou azulejo que fica voltada para dentro da parede. A
as peças impermeáveis. Qualquer acabamento vitrifi-
face oposta a principal. A superfície interna, que olha
cado que reveste um objeto cerâmico.
para dentro da folha de uma porta.
VIDRADO DE SAL – impropriamente chamado
TARJA – moldura desenhada, pintada ou esculpi-
de verniz, obtido pela decomposição de sal introduzi-
da eu cerca um plano onde está uma inscrição, escudo
do em forno no final da cozedura de alta temperatura.
de arma, etc. Termo utilizado para designar os azulejos reduzidos a ½, 1/3 ou 1/5 da superfície usual.
VIDRO – película vítrea que reveste a superfície dos objetos de cerâmica
TÊMPERA – processo de pintura em que os pigmentos são aglutinados, numa emulsão de água e cola,
VIDRO ACETINADO – vidro frio que contém
gema de ovo. Foi usado especialmente ao longo dos
chumbo.
séculos XIII, XIV e XV, na pintura mural e na pintura
VIDRO ESTANÍFERO – vidrado branco e opaco
de cavalete. Nome dado à tinta que é obtida da mistura
pela adição de óxido de estanho, revestia uma superfí-
de pigmentos com gema de ovo.
cie de azulejo utilizado na técnica da faiança.
TERRACOTA – designação adaptada do italiano
VIDRO OPACO – vidro que cobre a cor da peça,
terra-cota (barro cozido) originariamente referia-se a
sobre a qual foi aplicado (também se pode dizer esmal-
toda olaria de barro vermelho. Atualmente entre nós,
te).
designa um tipo de cerâmica predominantemente de-
VIDRO TRANSPARENTE – vidro que deixa ver
corativa, de pasta de cozedura vermelha coada bastan-
a cor da peça sobre a qual está aplicado.
te porosa e sem revestimento, distinguindo-a da produção da olaria de barro vermelho, normalmente de
VIDRO PLUMBÍFERO – vidrado transparente
textura mais grosseira e de característica artesanais.
pela adição de óxido de chumbo. Revestia completamente o azulejo.
TOMBAMENTO – ação ou efeito de tombar.
VISCOSIDADE – propriedade do vidro que im-
TOMBAR – fazer o tombo de alguma coisa. In-
pede que resvale pela superfície da peça. Propriedade
ventariar. Registrar. Normalmente para proteger, asse-
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de fluídos de verniz, que uma vez aplicados sobre uma peça impede que escorram pela superfície da mesma. VITRIFICAÇÃO – fusão e posterior solidificação de diversos silicatos originando o vidro ou outro material com estrutura amorfa semelhante a do vidro. Processo físico-químico que tem lugar as altas temperaturas e por meio do qual o vidrado aplicado sobre a superfície da peça forma uma capa homogênea isenta de porosidade. VOLUTA – ornato enrolado em espiral XILOGRAVURA – gravura em relevo sobre madeira. ZIRCÔNIO – quimicamente é o dióxido de zircônio. Tem diversas aplicações em cerâmicas.
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